“Não tomarás
o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que
tomar o seu nome em vão” Êxodo 20:7. [i]
Eu sei que
muitos cristãos se sentem constrangidos quando ouvem ou veem piadas que vão de
encontro à fé que professam ou ao Deus que seguem. Neste texto nossa intenção é
abordar a falta de observância de muitos cristãos que quebram constantemente o
3º mandamento sem observar a seriedade, severidade e exigência do mesmo. A
observância e a obediência deste mandamento estão ligados estritamente ao nosso
relacionamento correto com Deus, é o verdadeiro testemunho da santidade de Deus
e, também, está relacionado ao nosso culto pessoal ao Deus triúno.
Neste 3º
mandamento aprendemos sobre a santidade de Deus e que o mau uso do nome de Deus
é irreverência. Todo cristão sério deve pensar e se expressar levando em
consideração a devida sobriedade e reverência. Não se deve difamar o nome de
Deus ou jurar falsamente em nome de Deus, nem muito menos usar piadas levianas
levando o nome do Deus Santo. Somos instados pelas Escrituras a cultuar a Deus
com a disposição de espirito que seja compatível com a dignidade e solenidade
de tal exercício, levando em consideração a majestade de Deus com sinceridade,
humildade e reverência. “Para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor
teu Deus” (Deuteronômio 28.58).
Precisamos
entender que o nome de Deus diz muito a respeito de sua natureza e seus
atributos. O nome de Deus é tomado em vão quando o usamos sem a devida
consideração e reverência, quando lemos a Bíblia podemos observar que os
serafins velam seus rostos diante da infinita majestade e glória de Deus. A.W
Pink [ii] nos diz:
Existem apenas duas finalidades que podem autorizar
o nosso uso de qualquer um de seus nomes, títulos e atributos: para a sua
glória e para a nossa própria edificação e de outros. Qualquer coisa além disso
é frívolo e perverso, não fornecendo base suficiente para fazermos menção de
tão grande e santo nome, que é cheio de glória e majestade.
A citação
acima aponta a seriedade e profundidade deste mandamento, precisamos afastar de
nós toda hipocrisia. Precisamos destacar que é pecado seríssimo quando
professamos hipocritamente em relação ao nome de Deus. O pecado do povo de
Israel muitas vezes foi usar o nome de Deus e não obedecer à revelação contida
neste nome, assim violava o mandamento.
O cristão
deve levar em consideração a solenidade do nome santo de Deus, assim
evitaríamos sermos chamados de levianos, irreverentes e praticantes do crime de
perjúrio. R. Alan Cole [iii] comentando a passagem de Exôdo 20.7, nos diz
o seguinte:
Não
tomarás... em vão. No judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer
uso impensado e irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por
ano, pelo sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv
23:27). Em sua forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar
falsamente pelo nome de YHWH (Levítico 19:12). Este parece ser o verdadeiro
sentido do texto hebraico.
Ao voltarmos
para o texto bíblico somos exortados a pensar seriamente e solenemente sobre
nosso Deus e como nos relacionamos com Ele e com as pessoas em nosso dia a dia.
É quase impossível andar nas ruas e não ouvir o nome de Deus sendo tratado com
desprezo blasfemo. As novelas, programas televisivos e redes sociais são
terríveis detratores do nome de Deus. Cabe a nós como povo de Deus, eleitos em
Cristo, honrar e cultuar o nome santo do nosso Deus. Cessem todas as piadas e
brincadeiras inoportunas usando o nome santo de Deus.
Portanto, a
finalidade do 3º mandamento é afirmar a santidade de Deus. Não devemos
profana-lo nem trata-lo irreverentemente. Este mandamento proíbe qualquer uso
do nome de Deus de forma leviana, blasfema e insincera. Devemos reverenciar o
nome divino porque tal nome revela o próprio caráter de Deus.
Soli Deo
Gloria
***
[ii] Pink,
Artur Walkington, 1986-1952. Os Dez Mandamentos; Tradução Claudino Batista
Marra e Felipe Sabino de Araújo Neto – Brasília, DF: Publicações Monergismo,
2009. p.36.
[iii] R.
Alan Cole, Exôdo. Ed. Vida Nova, 1981, p. 151.
Fonte: Electus
Nenhum comentário:
Postar um comentário