Há um seriado muito interessante chamado Downton
Abbey ( Teve 5 Temporadas entre 2011 e 2015 ). É um drama britânico de época
ambientado numa casa de campo em Yorkshire na Inglaterra entre 1912 e 1925.
Downton Abbey retrata a vida da família Crawley no pós Belle Époque e a vida
dos empregados que trabalham para eles no pós-era eduardiana
O seriado começa em 1912 e retrata os grandes
acontecimentos históricos e como esses tem um efeito sobre suas vidas e sobre a
hierarquia social britânica. Ao longo do seriado as notícias estão misturadas
aos eventos cotidianos, como o Naufrágio do Titanic ( no início do seriado ) –
O começo da I Guerra mundial, a epidemia da gripe espanhola que matou
milhões... O seriado é super premiado, tendo recebido, por exemplo, o maior
número de indicações na história do Primetime Emmy Awards ( 27) – É uma
das séries mais premiadas. Um sucesso!
Downton é a casa dos Crawleys, que têm sido sido os
condes de Grantham deste 1772. A “casa” é cheia de galerias, bibliotecas, belos
quartos, vista deslumbrante... Mas sob as escadas vive um grande número de
pessoas fora desse glamour, são os empregados, que na maioria das vezes são,
dentro de seus limites, tão possessivos, tentando demarcar seus lugares quanto
os seus patrões.
O série começa com a família ouvindo a notícia do
naufrágio do Titanic em 1912 e, atualmente, segue-os até o início de 1920.
Algo interessante sobre esta história são as tramas
paralelas dos aristocratas e os empregados constantemente cruzando caminhos
embora em mundos separados. O contraste das duas classes fornece uma dicotomia
intrigante.
Os funcionários muitas vezes enfrentam a dolorosa
verdade que, apesar de seu trabalho ser apreciado, e poderem almejar aumentar a
sua posição, eles não são iguais aos Crawleys e nunca serão. Por mais que
tentem, os seus melhores esforços nunca poderão ser o suficiente para mudar o
seu lugar na vida.
O que fica claro é que se você está fora da
aristocracia, você está num beco sem saída... a menos que você seja um membro
da família, você não tem chance.
O que isso importa, você deve estar se perguntando,
com nossa vida espiritual? Importa muito ao olharmos para tudo que o
Evangelho é. Em 1 João 3.1 é dito a nós: “Vede quão grande amor nos tem
concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos
conhece; porque não o conhece a ele.”
Você vê a grande diferença? Olhe o que Paulo diz em
Efésios 1.5: “E nos predestinou para
filhos de adoção por Jesus
Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” – É isso que
somos. E Romanos 8.17: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros
também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele
padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” – Ou olhe para
João com suas palavras iniqualáveis: “Amados, agora somos filhos de Deus, e
ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” - 1
João 3:2
Em Cristo não somos apenas salvos – o que já seria
inacreditável para rebeldes que mereciam a punição eterna. Mas somos adotados,
transferidos de uma linhagem de escravos para a “aristocracia”. No seriado
Downton Abbey, os empregados estão sempre tentando ascender, encontrar seu
valor nas tentativas próprias se sair do seu status, tentando merecer isso,
tentando chamar atenção, tentando conquistar isso através do merecimento, as vezes
intrigas, competição... Mas em Cristo as tentativas carnais e mesquinhas se
foram... é nos revelado pelo Espírito desde o início, que não há qualquer
merecimento em nós, somos indignos... A nossa posição não é mais encontrada ou
buscada em nossas tentativas de realização... está totalmente alicerçada
naquilo que o Pai faz por graça soberana por causa de Cristo. Então fomos
feitos, sem merecimento, filhos do Rei!
Eu sei, isso muitas vezes tem sido usado – “filhos
do Rei!” – como declaração fútil em nossos dias de declarações vazias e
triunfalistas. Você pode então ter ouvido ou dito isso, mas isso é evidente em
sua vida? Rei, reino... Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo...” – João
8.36.
É um reino onde a vida gira em torno da glória e vontade de Deus: “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. João 4:34 – Onde nada gira em torno de nós mesmos: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” - Mateus 6:10 – Onde cada oração, mesmo nas agonias do Getsêmani, é: “Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.” João 12:28 – Existe uma confiança tranquila em seu coração, uma sensação de total aceitação tão somente por causa de Cristo, um gozo que leva e ao mesmo tampo flui da total aceitação e deleite na vontade de Deus, segurança... que confirma a crença: “Somos filhos do Rei!”
O Reino de Deus é uma monarquia, não uma
democracia, e nós nascemos de novo na família real. Devido a isso, podemos
acordar de manhã num mundo cheio de aflições... e ir para a cama a noite, em
paz, sabendo com certeza que nosso Pai nos escolheu na eternidade - “E nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade” – Efésios 1.5 – Que somos seus filhos, santos e
amados. Nosso estado é completamente seguro nEle, e seu propósito é nos
transformar na imagem de Seu Filho... nosso caminho é a santidade crescente até
chegar a ser dia perfeito. Nossa posição não é baseada em nosso trabalho
diário, mas em nossa adoção eterna. Mas não ganhamos só o status de filhos por
adoção, uma nossa natureza, completamente diferente da do homem em Adão, foi
infundida em nossos corações – e nela vivemos: “E lhes darei um só coração,
e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de
pedra, e lhes darei um coração de carne” - Ezequiel 11:19 – “E
dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei
da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” -
Ezequiel 36:26 – “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois
daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei
no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” - Jeremias
31:33
Não lutamos mais, como os empregados dos Crawleys
na série Downton Abbey, tentando ascender num beco sem saída, mas também não
vivemos com um título sem valor na realidade da vida, um título vazio. Deus nos
incluiu na família – “Agora somos filhos de Deus!” – mas a todos os quais Ele
fez isso, lhes deu o poder de viverem tão somente para Sua glória e nisso se
deleitarem completamente. O que os difere completamente do mundo a sua volta –
escravos do pecado, das concupiscências do engano e vivendo para si mesmos.
Somos da família?
“E nos predestinou para
filhos de adoção por
Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” - Efésios 1.5
Fonte: http://www.josemarbessa.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário