É com efusão de espírito que torno conhecido a
todos os amantes da verdade o meu TCC sobre o Corpo Governante dos Testemunhas
de Jeová. Trata-se de um texto que expõe como uma liderança mundial religiosa,
sectária e maldita controla vidas. Ao ler meu TCC, você entenderá os motivos
pelos quais cerca de oito milhões de pessoas no planeta servem fielmente a
homens imaginando estar servindo ao Deus da Bíblia. É uma resposta fulminante
que apenas as vítimas de lavagem cerebral não serão capazes de discernir como
essa liderança escraviza com sutiliza calculista. Espero que você tenha a
coragem de espalhar este textos onde for possível, a fim de arremessarmos o
domínio do Corpo Governante no mesmo lugar onde recomendam que seus asseclas
TJs joguem a literatura que discorda dos ensinos dessa seita (leia o texto e
você descobrirá onde).
INTRODUÇÃO
A
Organização religiosa conhecida como Testemunhas de Jeová, primeiramente sob o
nome Estudantes Internacionais da Bíblia, surgiu em 1874 com seu fundador
Charles Taze Russell, o qual faleceu aos 31 de outubro de 1916. A obra no
Brasil iniciou-se em 1922, quando marinheiros brasileiros conheceram nos
Estados Unidos os ensinos de Russell já um tanto reinterpretados pelo seu
sucessor, Joseph Franklin Rutherford, e os trouxeram para cá. Após muitas
revisões doutrinárias e cismas organizacionais, em 1931 adotou-se o nome
Testemunhas de Jeová, baseado no Livro bíblico de Isaías, capítulo 43,
versículo 10.
Atualmente,
de acordo com o relatório anual de 2012 publicado em 2013, esta organização
atingiu o auge de 7.782.346 publicadores, ou membros ativos, que trabalham de
casa em casa e frequentam regularmente suas reuniões semanais, em 239 países,
enquanto que no Brasil o auge foi de 756.455 publicadores.[1][1]
A estrutura
organizacional eficaz deste movimento tem chamado atenção de críticos e
estudiosos da fenomenologia religiosa mundial e brasileira. Embora não cresça
muito anualmente, a organização religiosa Testemunhas de Jeová conta com um
respeitável programa de doutrinamento de seus seguidores batizados, o qual
inicia meses antes do batismo de cada membro. Este programa segue algumas
etapas como:
(1) Início
de um estudo bíblico realizado uma vez por semana com o recém
interessado;
(2) Após alguns meses, o recém interessado demonstra crer nos ensinos das Testemunhas de Jeová, então, participará de uma escola de treinamento homilético chamada Escola do Ministério Teocrático e, simultaneamente a esta, receberá treinamento no que chamam de Reunião de Serviço, para abordar pessoas no Serviço de Campo ou trabalho de pregação de casa em casa;
(3) No Serviço de Campo, o aprendiz, que já está se tornando experiente pela prática em manusear sua Bíblia Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, procura abrir novos estudos bíblicos e, quando tem êxito nisso, será o professor sob o acompanhamento de outro seguidor já batizado e mais experiente;
(4) Após ter recebido todas as aulas semanais em domicílio, a pessoa já doutrinada deseja ser batizada, mas para ser aprovada deverá participar de algumas sessões de perguntas para testar seus conhecimentos sobre as doutrinas centrais desta organização. Tais sessões são realizadas em sua própria casa ou no local de reunião oficial dos membros chamado de Salão do Reino, sendo elas dirigidas pelos pastores locais conhecidos oficialmente como Anciãos.
(5) Após o batismo, cada membro continuará participando por toda a sua vida da Escola do Ministério Teocrático, da Reunião de Serviço e do Serviço de Campo, além de outras atividades, conforme seu progresso;
(6) Outros meios principais de doutrinamento das Testemunhas de Jeová são a realização de Assembleias de Circuito e Assembleias Especiais (ajuntamento de em média 20 congregações que formam único circuito) e os Congressos de Distrito (ajuntamento de vários circuitos de congregações). E em média a cada cinco anos, são realizados os Congressos Internacionais, com ajuntamentos de Distritos nacionais e de outros países. Nessas quatro reuniões maiores, oferece-se o que as Testemunhas de Jeová chamam de “um rico banquete espiritual”[2][2] onde, segundo elas, seu deus Jeová usa sua liderança mundial conhecida como Escravo Fiel e Discreto ou Corpo Governante, composta até junho de 2013 por 8 homens, os quais elaboram toda a programação espiritual para ser apresentada em 239 países.
Estes mesmos líderes mundiais preparam todo o programa anual de ensino para as 111.719 congregações espalhadas ao redor do terra. Isto possibilita que cada membro desfrute do mesmo programa de ensino ministrado em cada congregação. Ainda outros dois meios de doutrinamento desta organização são os Discursos Públicos nos finais de semana ministrados por Anciãos, ou também pelos diáconos conhecidos ali pelo cargo de Servos Ministeriais e o estudo semanal da revista A Sentinela, sempre tratando de temas doutrinários para toda a organização.
(2) Após alguns meses, o recém interessado demonstra crer nos ensinos das Testemunhas de Jeová, então, participará de uma escola de treinamento homilético chamada Escola do Ministério Teocrático e, simultaneamente a esta, receberá treinamento no que chamam de Reunião de Serviço, para abordar pessoas no Serviço de Campo ou trabalho de pregação de casa em casa;
(3) No Serviço de Campo, o aprendiz, que já está se tornando experiente pela prática em manusear sua Bíblia Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, procura abrir novos estudos bíblicos e, quando tem êxito nisso, será o professor sob o acompanhamento de outro seguidor já batizado e mais experiente;
(4) Após ter recebido todas as aulas semanais em domicílio, a pessoa já doutrinada deseja ser batizada, mas para ser aprovada deverá participar de algumas sessões de perguntas para testar seus conhecimentos sobre as doutrinas centrais desta organização. Tais sessões são realizadas em sua própria casa ou no local de reunião oficial dos membros chamado de Salão do Reino, sendo elas dirigidas pelos pastores locais conhecidos oficialmente como Anciãos.
(5) Após o batismo, cada membro continuará participando por toda a sua vida da Escola do Ministério Teocrático, da Reunião de Serviço e do Serviço de Campo, além de outras atividades, conforme seu progresso;
(6) Outros meios principais de doutrinamento das Testemunhas de Jeová são a realização de Assembleias de Circuito e Assembleias Especiais (ajuntamento de em média 20 congregações que formam único circuito) e os Congressos de Distrito (ajuntamento de vários circuitos de congregações). E em média a cada cinco anos, são realizados os Congressos Internacionais, com ajuntamentos de Distritos nacionais e de outros países. Nessas quatro reuniões maiores, oferece-se o que as Testemunhas de Jeová chamam de “um rico banquete espiritual”[2][2] onde, segundo elas, seu deus Jeová usa sua liderança mundial conhecida como Escravo Fiel e Discreto ou Corpo Governante, composta até junho de 2013 por 8 homens, os quais elaboram toda a programação espiritual para ser apresentada em 239 países.
Estes mesmos líderes mundiais preparam todo o programa anual de ensino para as 111.719 congregações espalhadas ao redor do terra. Isto possibilita que cada membro desfrute do mesmo programa de ensino ministrado em cada congregação. Ainda outros dois meios de doutrinamento desta organização são os Discursos Públicos nos finais de semana ministrados por Anciãos, ou também pelos diáconos conhecidos ali pelo cargo de Servos Ministeriais e o estudo semanal da revista A Sentinela, sempre tratando de temas doutrinários para toda a organização.
Com todo
este sistema de instrução, as Testemunhas de Jeová (TJ) desfrutam de um
programa de ensino uniforme, capaz de prepará-las para defender sua fé. Isto se
deve à liderança mundial do Corpo Governante, que neste trabalho será o alvo de
uma análise crítica quanto, não aos aspectos organizacionais em si, mas quanto
aos métodos e argumentações que adotam para o controle mundial de seus adeptos,
bem como as consequências de tal controle.
Assim, no
primeiro capítulo, serão confrontadas com a Bíblia as supostas bases bíblicas
do Corpo Governante para inculcar na mente de seus seguidores a crença de que
tal organização é a única religião verdadeira. No segundo capítulo,
confrontar-se-ão com a Bíblia algumas das regras legalistas impostas por tal
liderança. E no terceiro capítulo, uma
crítica à luz da Bíblia sobre os métodos de intimidação utilizados para
uniformizar seus seguidores e “protegê-los” do perigo de se desviarem de sua
organização, métodos de controle que envolvem até questões de como as TJs devem
aceitar as regras do Corpo Governante quanto a como lidar com casos de
pedofilia.
Espera-se
que, com esta consideração sobre a influência do Corpo Governante sobre a
religiosidade das Testemunhas de Jeová, possa-se compreender melhor as
motivações por trás de cada abordagem de seus adeptos, criar-se uma metodologia
de abordagem para induzir cada Testemunha de Jeová a refletir melhor sobre suas
crenças e sua lealdade ao Corpo Governante.
Por fim, é
importante mencionar que esta análise crítica de forma alguma pretende violar o
respeito à liberdade de culto das Testemunhas de Jeová e muito menos incitar o
ódio religioso a elas, pois da mesma forma como elas creem que são respeitosas
a criticar o ensino e não as pessoas de outras confissões religiosas,
pretende-se aqui usar do mesmo respeito para lidar com a questão A autoridade
do Corpo Governante sobre as Testemunhas de Jeová à luz da Bíblia. Conforme a
própria liderança mundial desta organização sectária afirma:
"... quando as crenças e práticas religiosas
delas são falsas e merecem a desaprovação de Deus, trazer isto à atenção delas,
por expor a falsidade, significa mostrar amor a elas" [3][3]
"Não é forma de perseguição religiosa alguém
dizer e mostrar que a religião de outrem é falsa. Não é perseguição religiosa
uma pessoa informada expor publicamente uma religião falsa, permitindo assim
que outros vejam a diferença entre a falsa religião e a verdadeira... é um
serviço público em vez de perseguição religiosa, tendo a ver com a vida eterna
e com a felicidade do povo." [4][4]
A Sentinela de 15 de maio de 1964, página 304, parágrafo 3.
Se expor o
erro é sinal de amor às pessoas e não se trata de perseguição religiosa, que o
leitor tire pleno proveito das considerações a seguir. Elas poderão servir de
base para abordagem com os adeptos desta seita.
II. O
EXCLUSIVISMO RELIGIOSO DO CORPO GOVERNANTE
Na história
do Cristianismo, sabemos que nunca houve um pleno consenso doutrinário entre os
intérpretes da Bíblia. Das diferentes interpretações surgiram cismas e novos
grupos religiosos professando a mesma fé em Jesus, e na maioria dos casos os
integrantes de cada movimento religioso recebiam uns aos outros como irmãos em
Cristo.
Mais
especificamente no Século XIX, surgiram homens, inconformados com as doutrinas
centrais do Cristianismo, como a Trindade, a Imortalidade da Alma e das Penas
Eternas, e ao mesmo tempo decepcionados com o liberalismo religioso apregoado
por teólogos que não criam na Bíblia como a inteira Palavra de Deus. Tais
homens, rejeitando seus antigos movimentos religiosos, ou suas anteriores
igrejas cristãs, iniciaram novos movimentos partindo do pressuposto de que após
a morte de João, o último apóstolo de Jesus a falecer, teria surgido uma grande
apostasia que ou fez o Cristianismo desaparecer ou o tornou difícil de ser
identificado. Assim, criaram o mito do ressurgimento do Cristianismo Verdadeiro
a partir do novo grupo com as crenças por eles criadas ou trazidas de volta dos
idos em que elas foram consideradas como heresias pela Igreja Cristã. Foi neste
contexto e com essa motivação que Charles Taze Russell deu origem ao movimento
Estudantes Internacionais da Bíblia, desde 1931 conhecido como Testemunhas de
Jeová. Conforme narra a uma das obras mais conhecidas desta organização,
Russell pretendeu reunir todas as verdades bíblicas espalhadas pelas religiões
numa única religião:
“Que dizer de outras doutrinas bíblicas que foram consideradas na Watch
Tower e em outras publicações? Reivindicou Russell todo o mérito de ter
desvendado essas gemas da verdade? Russell explicou: “Descobrimos que por
séculos várias seitas e grupos dividiram entre si as doutrinas da Bíblia,
misturando-as, em grau maior ou menor, com especulação e erro humano
. . . Descobrimos que a importante doutrina da justificação pela fé e
não pelas obras fora claramente enunciada por Lutero e mais recentemente por
muitos cristãos; que a justiça, o poder e a sabedoria divina foram
cuidadosamente preservados pelos presbiterianos, embora não discernidos
claramente; que os metodistas apreciaram e louvaram o amor e a compaixão de
Deus; que os adventistas prezaram a doutrina sobre a volta do Senhor; que os
batistas, entre outros pontos, sustentaram corretamente a doutrina do batismo
em sentido simbólico, embora tivessem perdido de vista o verdadeiro batismo;
que, fazia tempo, alguns universalistas sustentavam vagamente alguns
pensamentos relativos à ‘restauração’. Assim, quase todas as denominações deram
evidência de que seus fundadores vinham buscando a verdade: mas bem
evidentemente o grande Adversário lutou contra eles e erroneamente repartiu a
Palavra de Deus, que ele não podia destruir totalmente.” […]Ele explicou:
“Nosso trabalho . . . tem sido de ajuntar estes fragmentos da verdade
há muito espalhados e apresentá-los ao povo do Senhor — não como novos,
não como nossos, mas como do Senhor. . . . Precisamos rejeitar
qualquer mérito até mesmo de termos encontrado e reagrupado as joias da
verdade.”[5][5]
A ideia de
reunir as supostas verdades espalhadas entre as seitas e igrejas e
apresentá-las ao Senhor, conforme Russell afirma, resultou em que aquele grupo
se achasse detentor da única doutrina verdadeira. Quem determinava as doutrinas
do movimento a serem cridas pelos adeptos era Russell, e mais tarde sua equipe
de editores. Tais doutrinas eram publicadas em livros e revistas.
Com o tempo, os líderes das Testemunhas de Jeová
responsáveis por suas doutrinas e interpretações bíblicas passaram a ser
chamados de Corpo Governante. Até a data presente, dezembro de 2013, o Corpo
Governante é composto por oito pessoas. Segue a baixo a foto e os nomes de cada
membro[6][6]:
Graças a tal Corpo Governante e suas interpretações
da Bíblia, todas as Testemunhas de Jeová compactuam a crença de que sua
organização religiosa é a única religião verdadeira. Quais são as supostas
bases bíblicas para tal interpretação? Será que elas resistem a uma
interpretação exegética quando procura ser fundamentada em textos bíblicos?
1. AS BASES DO EXCLUSIVISMO RELIGIOSO DO CORPO
GOVERNANTE
A liderança mundial das Testemunhas de Jeová, ao
longo dos anos, tem afirmado ser a única religião verdadeira. Declarou-se isso,
por exemplo, da seguinte forma:
“É somente lógico que haja uma
só religião verdadeira. Isto se harmoniza com o fato de que o verdadeiro Deus é
um Deus não “de desordem, mas de paz”. (1 Coríntios 14:33) A Bíblia diz
que existe realmente “uma só fé”. (Efésios 4:5) Quem, então, são os que formam
o corpo de verdadeiros adoradores hoje? 20 Não hesitamos em dizer
que são as Testemunhas de Jeová.” [1][7][F1] [F2]
Para a Igreja Cristã Protestante-Evangélica,
poder-se-ia admitir haver uma única religião verdadeira, mas esta não se trata
de uma denominação cristã. No Novo Testamento, onde lemos a origem e o
desenvolvimento da Igreja Cristã desde o Pentecostes de Atos Capítulo 2, nada
se diz sobre um nome de Religião a ser reconhecida como a verdadeira, mas
apenas suas credenciais. Conforme explicou Stott:
O que distingue o verdadeiro seguidor de Jesus não
é o credo, nem o código de ética, nem as cerimônias, nem a cultura, mas Cristo.
O que, com frequência, equivocadamente se chama de “cristianismo” não é, em
essência, uma religião nem um sistema, mas uma pessoa: Jesus de Nazaré.” [2][8]
O Cristianismo verdadeiro, portanto, é Cristo, pois ele é, segundo a
Bíblia, em 1 Pedro 2:21, o padrão ou “exemplo,
para que sigais os seus passos”[3][9]. Também
lemos em Tiago 1:27 que “A religião pura e
imaculada diante do nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas
suas dificuldades e não se deixar contaminar pelo mundo.”[4][10] A palavra aqui “religião” é a tradução da palavra grega “Qrhskei,a” e segundo Vine comenta, a intenção proposital de Tiago ao usar este vocábulo usado para
significar religião em seu aspecto exterior foi “pôr em contraste o que é irreal e enganoso com a “pura religião”, a
qual consiste em “visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações”.
Para Vine, a piedade e o amor de Deus são o “Qrhskei,a” ou o corpo da religião verdadeira.[5][11]
Portanto, a interpretação da Igreja Protestante-Evangélica coaduna-se com a
mensagem do Novo Testamento de que a verdadeira religião tem a ver com o seguir
as pisadas de Cristo e imitá-lo, conforme o Apóstolo Paulo escreveu em 1
Coríntios 11:1 e Efésios 5:1 admoestações para os cristãos imitarem a Paulo
como ele imitava a Cristo e imitarem o próprio Deus.[6][12]
Sobre a alegação do Corpo Governante de que há uma
única religião verdadeira porque Deus é um Deus “não de desordem, mas de paz”, questiona-se: Será que o Apóstolo
Paulo escreveu estas palavras aos Coríntios para defender a crença de que as
Testemunhas de Jeová são a única religião verdadeira? Impossível, pois seria um
anacronismo. Paulo escreveu estas palavras cerca de 1820 anos antes de Russell
iniciar tal movimento. Muito menos Paulo, de acordo com o contexto, escreveu
tais palavras para falar daquela igreja como denominação religiosa verdadeira.
Paulo escreveu isto com a intenção de pôr ordem no culto, ou como Pinto, no
esboço de 1 Coríntios, escreve:
“O uso maduro dos dons espirituais exige obediência
às instruções apostólicas para a ordem na adoração cristã (14.26-40) [...] A
participação das mulheres na adoração pública deve ser regulamentada pelo
princípio de submissão e pelas instruções dos apóstolos (14.33b-36)”.[7][13]
Mesmo que o Corpo Governante insista que Deus seria
um Deus de desordem se admitisse haver muitas denominações cristãs com
interpretações diferentes, como expressão do Cristianismo, ou de Cristo, dois
fatos seguintes poriam por terra tal conclusão: Primeiro, o fato de Deus ser
Deus não de desordem mas de paz não implica que tenhamos a capacidade de
interpretarmos a Bíblia uniformemente; somos imperfeitos e incapazes de tal
proeza. Segundo, a própria história do movimento Testemunhas de Jeová atesta
que tal organização já sofreu divisões e grupos dali surgiram como os Auroristas do Milênio e os Russelitas. E por que se dividiram?
Devido a diferentes interpretações. Além disso, dentro do próprio movimento já
houve muitas mudanças de ensinos. Será que as Testemunhas de Jeová admitiriam
que seu “deus” é de confusão por tais mudanças?
Outro argumento do Corpo Governante usado para
promover a crença de que as Testemunhas de Jeová são a única religião
verdadeira é o de que existe apenas uma só fé, conforme Efésios 4:5. Mas o que
lemos neste texto e no contexto? Observe:
“Há um só corpo e um só Espírito, como também
fostes chamados em uma só esperança do vosso chamado; há um só Senhor, uma só
fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e
está em todos.” – Efésios 4:4-6. [8][14]
Será que a palavra “fé” aqui significa
“denominação”, “crença” religiosa ou conjunto de todas as doutrinas e
interpretações de uma liderança? De forma alguma. Champlin afirma que “é a fé evangélica que está aqui em foco, a
saber, a entrega da alma, feita pelo crente, às mãos de Cristo” ou seja,
“a fé no Senhor Jesus, pela qual somos
salvos”.[9][15] Wood
também afirma que tal fé se trata do “comprometimento
pessoal a Cristo” e que “envolve
um reconhecimento de quem ele é como Filho de Deus e Salvador dos homens”.[10][16]
Turner também concorda com isso explicando a fé de Efésios 4:5: “A fé em Jesus como um Senhor era
regularmente o foco da confissão batistal”.[11][17]
Embora seja verdade que não podemos separar Jesus de corpo de doutrinas, pois a
fé em Jesus deve ser fundamentada na Bíblia, admitindo isso, Hendriksen comenta
que neste texto trata-se da “confiança
real e genuína -, por meio da qual abraçamos o único Senhor Jesus Cristo”.[12][18] E mesmo
que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová estivesse certo em afirmar que
“fé” seria crença religiosa e,
portanto, um só corpo de doutrinas, perguntaríamos a tal liderança: Como
poderia o Corpo Governante representar tal suposto único corpo de doutrinas se
frequentemente mudam seus ensinos?
Portanto, vimos que a única religião verdadeira é
Cristo e que o corpo de Cristo, seus seguidores, não possuem o dom de interpretar
a Bíblia uniformemente, mas estão unidos na fé em Cristo Jesus, através da qual
todos que nEle crerem serão salvos.
2. AS SUPOSTAS PROVAS PARA SE INTITULAREM A ÚNICA
RELIGIÃO VERDADEIRA
Enquanto a Bíblia ensina que Jesus é o caminho para
o Pai, os movimentos heterodoxos se intitulam “atalhos” para Cristo; Sem ser
membros de suas seitas não se pode chegar à salvação. Com as Testemunhas de
Jeová não é diferente. E para inculcar na mente de pessoas desinformadas seu
exclusivismo religioso, o Corpo Governante, através de suas literaturas
distribuídas mundialmente pelas Testemunhas de Jeová, tem ensinado seus
leitores a identificar a religião verdadeira da falsa da seguinte forma:
“Em que se baseiam os seus ensinamentos?
Procedem de Deus, ou em grande parte dos homens? (2 Tim. 3:16; Mar. 7:7)
Pergunte, por exemplo: Onde na Bíblia se ensina que Deus é uma Trindade? Onde
diz ela que a alma humana é imortal?[13][19]
Neste primeiro requisito para se identificar a
religião verdadeira, o Corpo Governante tenta induzir seu leitor a concluir que
a Bíblia não ensina as doutrinas da Trindade e da Imortalidade da alma e que,
por isso, as denominações que creem assim não fazem parte da religião
verdadeira. Todavia, a Bíblia ensina que o Pai é Deus (1 Coríntios 8:5, 6), o
Filho é Deus (João 1:1; 20:28), o Espírito Santo é Deus (Atos 5:3, 4; 2
Coríntios 3:17), mas Deus é um só. (João 17:3) Destes textos, a Igreja Cristã
oficialmente ensina este Dogma desde o século IV, no Concílio de Nicéia, em
325. E quanto à imortalidade da alma, quando ela é sinônimo de “espírito” na
Bíblia, fala-se das almas dos mártires cristãos, “mortos por causa da
palavra de Deus e do testemunho que deram” clamarem por justiça debaixo do
altar. (Apocalipse 6:9, 10) [14][20]
Assim, como almas salvas, estão vivas após a morte, mas não ressuscitadas
ainda, visto que na escatologia do livro de Apocalipse a ressurreição dos
salvos é descrita nos capítulos finais. Com essas bases bíblicas, podemos
afirmar com certeza que crer nas doutrinas da Trindade e da imortalidade da
alma não torna uma denominação cristã errônea.
Mas visto que as Testemunhas de Jeová possuem um
Corpo Governante que muda de ensinos constantemente, poderíamos perguntar a
elas: “Onde na Bíblia se ensina as crenças que o Corpo Governante já abandonou?
Se ensinar o que não está na Bíblia torna o grupo uma religião falsa, então que
tipo de religião são as Testemunhas de Jeová quando já ensinaram interpretações
não bíblicas?
Vejamos agora um segundo requisito adotado pelo
Corpo Governante para identificar a sua própria religião como a única
verdadeira:
“Considere se ela torna
conhecido o nome de Deus. Jesus disse em
oração a Deus: “Tenho feito manifesto o teu nome aos homens que me deste do
mundo.” (João 17:6) Ele declarou: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é
somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.” (Mat. 4:10) Será que a sua
religião lhe ensinou que ‘é a Jeová que tem de adorar’? Chegou a conhecer a
Pessoa identificada por esse nome — seus propósitos, suas atividades, suas
qualidades — de modo a sentir que confiantemente pode aproximar-se dele?”[15][21]
Com este argumento, o Corpo Governante pretende
ensinar que apenas as Testemunhas de Jeová usam o nome Jeová porque Jesus
manifestava o nome de Deus. Mas Deus permitiu que a pronúncia do nome divino em
hebraico fosse perdida, sendo que a pronúncia “Jeová”, conforme o Dicionário
Bíblico Wycliffe, surgiu da seguinte forma:
“Nos séculos VI e VII d.C., os estudantes judeus
massoréticos combinaram as vogais de Adonai com as consoantes YHWH para
lembrar o leitor da sinagoga de que deveria pronunciar o nome como Adonai.
Mas aquelas consoantes e vogais formam o nome Jeová, uma forma atestada pela
primeira vez por volta do ano 1220 d.C. [...] Yahweh era, sem dúvida, a
pronúncia aproximada do tetragrama, da palavra de quatro letras YHWH, uma vez
que foram encontradas transliterações para o grego na antiga literatura cristã,
na forma de iaoué (Clemente de Alexandria) e iabé (Teodoreto), pronunciada
“iavé”. A palavra é uma variação
conectada com o verbo haya, “ser”, de uma forma mais antiga hawa.”
[16][22]
Portanto, perguntamos às Testemunhas de Jeová e ao
seu Corpo Governante: Por que Deus teria permitido que a pronúncia do nome YHWH
fosse perdida há muito se um dos requisitos para identificar a religião
verdadeira seria a pronúncia de tal nome, mesmo admitindo-se que Jesus tivesse
usado a pronúncia correta do tetragrama? Não seria porque Deus pretendia que o
nome Jesus estivesse acima de todo nome, conforme Filipenses 2:9-11?
Analisemos a seguir um terceiro requisito do Corpo
Governante:
Demonstra-se verdadeira fé em Jesus Cristo? Isto
envolve apreciar o valor do sacrifício da vida humana de Jesus e de sua posição
hoje como Rei celestial. (João 3:36; Sal. 2:6-8) Tal apreço se demonstra pela
obediência a Jesus — pela participação pessoal e zelosa na obra que ele
comissionou a seus seguidores. A verdadeira religião infunde uma fé que é
acompanhada de obras. — Tia. 2:26.[17][23]
Obviamente que todas as denominações cristãs
ensinam a fé em Jesus Cristo como único meio de Salvação e, evidentemente,
somos exortados pela Bíblia a demonstrar apreço ou gratidão, através de nossas
obras, pelo sacrifício de Jesus na cruz. Mas o Corpo Governante tenta
entrelinhas incutir em seus leitores que a religião verdadeira precisa
demonstrar apreço por participar na modalidade de pregação que identifica as
Testemunhas de Jeová: O trabalho de casa em casa. Todavia, o mandamento de
Jesus é fazer discípulos. (Mateus 28:19, 20) Este é o princípio. O método usado
não deve ser transformado numa doutrina. Todas as denominações cristãs têm
feito discípulos, mas nem todos os cristãos têm participado na Grande Comissão.
Estes terão de prestar contas a Deus. Mas a existência de tais inativos não
anula o fato de que discipular e evangelizar não são obras exclusivas das
Testemunhas de Jeová.
Além disso, retomando a questão princípio e método,
o princípio bíblico e discipular e isso se inicia com a pregação do evangelho.
Mas os métodos podem variar de pessoa para pessoa. Por exemplo, numa igreja há
os que pregam nas ruas, com folhetos. Outros apreciam pregar no local de
trabalha. Algumas irmãs organizam reuniões com as mulheres da igreja e convidam
parentas e vizinhas para ali ouvirem uma mensagem bíblica. Outros ainda
valem-se dos recursos tecnológicos, como a internet, para falar de Cristo. E
outros poucos ainda vão de casa em casa. Assim sendo, uma igreja cristã pode evangelizar
para discipular através de diversos métodos, tudo para estar de acordo com a
Grande Comissão de Jesus.
Um quarto requisito na identificação da religião
verdadeira à moda do Corpo Governante é o seguinte:
“DEMONSTRA AMOR: Os verdadeiros
adoradores “não fazem parte do mundo”, não são divididos por raça ou cultura e
demonstram ‘amor entre si’. (João 13:35; 17:16; Atos 10:34, 35) Em vez de matar
uns aos outros, estão dispostos a morrer uns pelos outros. — 1 João
3:16.” [18][24]
Aqui o Corpo Governante procura incutir na mente de
seus seguidores que o fato de as Testemunhas de Jeová não participar de guerras
nem se tornar policiais, então estão livres de matar o próximo. Estariam até
mesmo dispostas a morrer pelos outros. Sendo assim, não fazem parte do mundo e,
por isso, são a única religião verdadeira. Todavia, Menezes aponta o problema
deste ponto de vista com bons argumentos de que não constitui falta de amor
participar de um serviço militar ou ir às guerras, quando afirma que “para
manter a própria sobrevivência, a nação de Israel tinha seu exército. O próprio
Jeová é chamado ‘pessoa varonil de guerra’ (Êxodo 15.3. NM) Em Josué 10.14
(NM), lemos que o “próprio Jeová lutava por Israel”. [19][25]
Além disso, se João Batista foi considerado um
profeta do altíssimo e cumpridor do propósito de Deus para conduzir o seu povo
no “caminho da paz”, conforme Lucas 1:76, 79, por que ele não ensinou os
soldados, que se aproximaram dele desejosos de saber o que deveriam fazer, a
abandonarem seu trabalho? Ao invés disso, João Batista lhes disse: “Contentai-vos com o vosso salário”.
(Lucas 3:14)[20][26]
Em outras palavras, continuem sendo soldados! Também, temos o exemplo de
Cornélio. De acordo com Atos 10:1, ele era “centurião do regimento militar chamado Italiano”.[21][27]
Se fosse necessário abandonar o serviço militar, as forças armadas, ou até
mesmo renunciar a profissão de soldado, por que não observamos em parte alguma
da narração sobre a conversão de Cornélio, no Capítulo Dez de Atos dos Apóstolos,
que ele deveria deixar de ser Centurião? Por fim, o que mais soa estranho é que
embora o Corpo Governante afirme que a verdadeira religião não mate uns aos
outros, aconselha a seus seguidores: “Se
for atacado ou sua propriedade violada, você pode chamar a polícia.”[22][28]
Consideram pecado matar o próximo mas chamam a polícia armada, a qual poderá
trocar tiro com bandidos e alguém sair morto ou ferido. Parece lógica a crença
da seita Testemunhas de Jeová?
Por fim, um quinto requisito para se identificar a
religião verdadeira na ótica do Corpo Governante tem a ver com as Testemunhas
de Jeová não fazerem parte do mundo da política. Observe:
“Está realmente separada do
mundo? Jesus disse que seus verdadeiros seguidores ‘não fariam parte do
mundo’. (João 15:19) Para adorarmos a Deus do modo como ele aprova é preciso
que nos mantenhamos “sem mancha do mundo”. (Tia. 1:27) Pode-se dizer isso das
religiões cujos clérigos e outros membros se imiscuem na política, ou cuja vida
gira em grande parte em torno de desejos materialistas e carnais?
— 1 João 2:15-17.”[23][29]
Não se pode negar que na política deste mundo
muitos da Igreja Cristã se prostituíram com a corrupção. Todavia, será que a
Bíblia proíbe a participação na política, como algo que mancharia o cristão,
mesmo ele sendo íntegro? A resposta é não! Deus usou seus servos para ocuparem
cargos políticos importantes. Por exemplo, considere o exemplo de José, feito
Governador do Egito, conforme os relatos de Gênesis Capítulos 40 e 41. Sobre
ele, Halley e Unger comentam respectivamente:
“José casou-se com uma filha do sacerdote de Om.
Apesar de ter uma esposa pagã e de governar um reino pagão, manteve a fé que
sempre teve, desde a infância, no Deus de seus pais, Abraão, Isaque é Jacó.” [24][30]
“Quando Potifar colocou José “por mordomo de sua
casa” (39.4), o título empregado é a tradução direta de uma posição nas casas
da nobreza egípcia. Faraó deu a José um ofício de título semelhante na
administração do reino (41.46), correspondendo precisamente ao ofício de vizir,
o administrador chefe do país, segundo em poder, após o próprio Faraó.”[25][31]
Também, considere o caso de Daniel. Nabucodonosor
reconheceu o Deus de Daniel como “Deus
dos deuses e Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios”, pois Daniel
havia interpretado o sonho dele. O resultado foi que Nabucodonosor “o pôs por governador de toda a província de
Babilônia, e também o fez chefe principal de todos os sábios da Babilônia”. E
sem contar que Daniel pediu que seu amigos Sadraque, Mesaque e Abdenego
ocupassem o cargo de “superintendentes
dos negócios da Província da Babilônia, mas Daniel permaneceu na corte real.”
(Daniel 2:46-49) [26][32] Será que
Daniel e seus amigos fizeram parte do mundo por ocuparem este cargo político?
Com certeza, não, pois nada na Bíblia indica isso.
Mas e no Novo Testamento, será que há base bíblica
para um cristão participar da política? Partindo do fato de que os políticos
são autoridades, o apóstolo Paulo escreve que “todos devem sujeitar-se às autoridades do governo, pois não há
autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram ordenadas por ele.”
(Romanos 13:1)[27][33]
Portanto, o arranjo político de toda autoridade humana foi posto por Deus, e o
fato de a maioria não viver à altura do que Deus espera não implica que um
cristão não possa fazer a diferença na política de um país assim como José,
Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego fizeram.
Com esses exemplos em mente, o Corpo Governante
demonstra estar incorreto em proibir seus seguidores de ingressarem em cargos
políticos e fazer disto um requisito para identificar as Testemunhas de Jeová
como a única religião verdadeira. Ele condena todo o arranjo político como
pertencendo a Satanás, mas se beneficia das leis que eles criam e promulgam.
Não seria isto participar do mundo da mesma forma? Se um país proibisse a
liberdade das Testemunhas de Jeová praticar sua religião, não procurariam meios
de influenciá-las ou até obrigá-las a voltarem atrás? Não apelariam para outras
autoridades? Não seriam muito mais beneficiadas se no governo daquele país
houvesse Testemunhas de Jeová para as representarem?
Neste capítulo consideramos
que o exclusivismo religioso apregoado pelo Corpo Governante das Testemunhas de
Jeová não pode ser corroborado pela Bíblia. Observamos que suas bases e os
meios para induzirem outros a identificar tal movimento como a única religião
verdadeira podem ser facilmente questionados e refutados à luz da Bíblia.
Todavia, além de o Corpo
Governante induzir erroneamente seus seguidores na questão da identificação da
única religião verdadeira, ele também causa outro prejuízo sério à vida
espiritual e social das Testemunhas de Jeová. Analisaremos isto no próximo
capítulo.
III. O LEGALISMO DO CORPO GOVERNANTE
Toda denominação religiosa,
cristã ou não, precisa de líderes para guiar seus coadoradores na interpretação
de seu livro sagrado. Na Igreja Protestante-Evangélica, embora se defenda a
livre interpretação das Escrituras Sagradas, pastores e mestres colaboraram em
cada denominação cristã na elaboração de suas declarações doutrinárias. Este
costume remonta aos primórdios da Igreja Cristã. Por exemplo, no livro bíblico
de Atos dos Apóstolos lemos no capítulo quinze sobre uma disputa entre judeus e
gentios sobre a questão da circuncisão. Os judeus convertidos a Jesus defendiam
que os não-judeus, ou gentios, devessem ser circuncidados. A decisão dos
Apóstolos, em Jerusalém, naquele primeiro Concílio da Igreja Cristã, ali
presidido por Tiago, foi que não seria necessário circuncidar os gentios.
Então, temos precedentes bíblicos para que líderes mais experientes interpretem
às Escrituras para a Igreja.
Todavia, surgem algumas
perguntas: Até que ponto podemos confiar nas interpretações humanas? Podemos
questioná-las? Devemos obedecer aos líderes religiosos intérpretes da Bíblia
sem o privilégio de conhecer outros pontos de vista? Sobre isso, Hovestol tece
o seguinte comentário:
“A maioria de nós tende a
confiar que outros pensem por nós. Gravitamos ao redor daqueles que parecem ter
as respostas que não temos e em torno de sistemas que fazem tudo se ajustar de
forma clara para nós. Em outras palavras, dependemos de crivos e de gurus que
nos ajudem a ter lógica nesse mundo confuso. Contudo, o que acontece quando os
crivos por intermédio dos quais vemos a vida estão distorcidos? O que acontece
quando os gurus a quem nos ligamos estão errados? O que acontece para a nossa
fé quando nossos mestres confiáveis nos enganam ou caem?” [28][34]
No caso das Testemunhas de
Jeová, seus gurus são os membros do Corpo Governante. Eles pensam e interpretam
a Bíblia para todo o movimento. Como deve cada membro desta organização encarar
as interpretações e ensinos desta liderança mundial? Observe:
“Jeová também fala conosco por meio do “escravo
fiel e discreto”. [...] (Mateus 24:45-47) Quando lemos publicações preparadas
para nos ajudar a obter conhecimento exato da Bíblia e quando assistimos a
reuniões e congressos cristãos, estamos recebendo alimento espiritual da classe
do escravo.”[29][35]
“Mas, Jeová Deus proveu também sua organização
visível, seu “escravo fiel e discreto” […]. A menos que estejamos em contato
com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida,
não importa quanto leiamos a Bíblia.”[30][36]
“No caso de nós, hoje, significa ter confiança no
“escravo fiel e discreto”, designado para dar-nos o espiritual “alimento no
tempo apropriado”, bem como naqueles dentre eles que constituem o Corpo
Governante. — Mateus 24:45.” [31][37]
Os líderes mundiais das
Testemunhas de Jeová, conforme as citações acima, denominam-se de o Escravo
Fiel e Discreto (a partir de 2015, Escravo Fiel e Prudente) ou o Corpo
Governante que alimenta espiritualmente seus seguidores com a interpretação da
Bíblia, exigindo ao mesmo tempo confiança de seus súditos e alertando-os de que
não há como prosseguir na estrada da vida sem estar em contato com eles, o
canal de comunicação usado por Deus. Neste controle espiritual, surgem os vestígios
inconfundíveis de um legalismo absurdo, conforme veremos a seguir.
1. LEGALISMO QUE GERA A MORTE.
O Corpo Governante das
Testemunhas de Jeová, devido a erros absurdos resultantes de sua hermenêutica e
exegese incorretas ao se interpretar a Bíblia, criou leis para seus seguidores
que podem resultar na morte deles. Por exemplo, considere a famosa questão da
proibição das Transfusões de Sangue. Baseados em Gênesis 9:3, 4, Levítico
17:10-12 e Atos 15:28, 29, entendem que a Bíblia, ao proibir “comer sangue”
está incluindo receber sangue através duma transfusão. Observe como argumentam:
“A posição delas se baseia numa lei fundamental que
Deus deu à humanidade. Logo após o Dilúvio, Deus permitiu que Noé e sua família
comessem carne de animais. Ele só impôs esta restrição: não deviam consumir
sangue. (Gênesis 9:3, 4) Todos os humanos de todas as raças descenderam de
Noé, de modo que toda a humanidade está sob a obrigação de obedecer a essa lei.
Ela nunca foi revogada. Mais de oito séculos depois, Deus repetiu essa lei à
nação de Israel, dizendo que o sangue é sagrado, que representa a alma, ou a
própria vida. (Levítico 17:14) Mais de 1.500 anos depois, os apóstolos cristãos
ordenaram a todos os cristãos que ‘persistissem em se abster de sangue’.
— Atos 15:29. Para as Testemunhas de Jeová, é totalmente impossível se
abster de sangue e ao mesmo tempo introduzi-lo no corpo por meio de uma
transfusão. Portanto, elas insistem em receber tratamentos alternativos. Essa
posição baseada na Bíblia muitas vezes resulta num padrão ainda mais elevado de
tratamento médico. Sem dúvida, é por isso que muitas pessoas que não são
Testemunhas de Jeová também solicitam tratamento médico sem sangue.”[32][38]
Mas será que “comer sangue” e não “abster-se de sangue” é o mesmo que
transfusão de sangue? Uma testemunha de Jeová poderia afirmar que sim, visto
que a medicina considera uma transfusão de sangue como alimentação intravenosa,
e se é alimentação, trata-se de comer sangue. Refutando esta argumentação,
Geslei e Rhodes comentam:
“Enquanto é verdade que
Gênesis 9:4 proíbe “comer” sangue, uma transfusão de sangue não consiste em
comer sangue. Apesar de um médico, ao dar alimentação a um paciente de modo
intravenoso, chamar essa operação de “alimentação”, simplesmente não significa
que o procedimento de dar sangue de forma intravenosa se constitua em
“alimentação”. O sangue não é recebido pelo organismo como “comida”. Comer é o
ato literal de colocar a comida para dentro do organismo de modo normal,
através da boca, e consequentemente para o sistema digestivo.”[33][39]
Se fôssemos levar a sério a
argumentação do Corpo Governante, a medicina teria que criar a terminologia de
que as células comem o sangue visto que o sangue as alimenta com nutrientes.
Que comer sangue e transfundir sangue nada têm a ver um com o outro deduz-se do
seguinte fato: Se uma pessoa perder três litros de sangue num acidente e dermos
chouriço para ela comer, ela morrerá por falta de sangue; Se uma pessoa estiver
morrendo de fome e ministrarmos nela uma transfusão de sangue, não mataremos a
fome dela e ela morrerá. Nesta mesma linha de raciocínio, Batista explica:
“O sangue transfundido não
pode ser usado pelo corpo como alimento, da mesma forma que um órgão
transplantado não pode ser usado como alimento pelo corpo. Como existe uma
grande diferença entre comer um coração humano e receber um coração
transplantado, assim também existe uma grande diferença entre comer alimento
com sangue e receber uma transfusão de sangue.” [34][40]
Outro erro de interpretação do
Corpo Governante é que o sangue proibido em Gênesis 9:3, 4, Levítico 17:10-12 e
Atos 15:28, 29 refere-se ao sangue de animais ou qualquer tipo de carne que se
mata para comer, e não de doadores vivos desejosos de salvar uma vida. Para o
povo de Deus do Antigo Testamento, o sangue representava a vida do animal e
sendo morto seu sangue deveria ser usado apenas no altar para fazer expiação,
conforme atestam as palavras de Levítico 17:11: “e eu o tenho dado a vós
sobre o altar, para fazer expiação por vós, porque é o sangue que faz expiação
pela vida”.[35][41] Portanto, não está em voga
aqui o uso de sangue para salvar uma vida da perda de sangue num acidente, mas
de salvar sua vida em sentido espiritual, através do uso do sangue do animal
morto no altar; também envolvia o sangue simbolizar a vida, portanto, seria
irreverência tratá-lo como comida. É por isso que em Atos 15:28, 29, para
evitar problemas entre judeus e gentios convertidos a Cristo, incluiu-se o “abster-se de sangue” na lista de
coisas necessárias, pois mesmo crendo que o sangue de Cristo salva do pecado e
da morte (daí se deveria dispensar o não comer sangue devido ao seu valor
expiatório), ainda assim o judeu convertido a Cristo tinha o sangue como
sagrado.
Mas o legalismo do Corpo Governante
na questão do sangue não para por aqui. Ele decide por uma Testemunha de Jeová
a recusar até mesmo o seu próprio sangue armazenado antes da cirurgia, como
forma alternativa para não se usar sangue de outra pessoa. Veja como isso é
verdade:
“As Testemunhas de Jeová,
porém, NÃO aceitam esse procedimento. Há muito entendemos que tal sangue
estocado certamente não mais é parte da pessoa. Foi totalmente removido dela,
assim, esse sangue deve ser descartado em harmonia com a Lei de Deus: “Deves
derramá-lo na terra como água.” — Deuteronômio 12:24.”[36][42]
Aqui temos o sangue autólogo,
condenado pelo Corpo Governante. Uma vez armazenado, afirmam que não pertence
mais à pessoa e deveria, portanto, conforme Deuteronômio 12:24, ser derramado
na terra como água. Seria esta uma interpretação correta do texto bíblico
supracitado? De modo algum! O contexto revela-nos que o sangue proibido se
referia ao do animal abatido para ser comido e não de doadores dispostos a
salvar uma vida, conforme já se explicou aqui.
Em nome desta péssima
interpretação da liderança mundial das Testemunhas de Jeová, muitos morreram
fiéis a essa doutrina estranha à fé cristã. Por exemplo, para encorajar seus
seguidores a evitar qualquer tipo de sangue como tratamento médico, o Corpo Governante
publicou na capa de uma de suas revistas crianças que morreram fiéis a Jeová e
que se recusaram a receber uma transfusão de sangue. Observe a fotocópia da
capa[37][43]:
Figura 2: Foto da capa da revista Despertai.
Na capa, Jovens que colocaram a Deus em Primeiro
Lugar. Mas a questão é: Se Deus, em toda a Bíblia, não proibiu sangue
humano para salvar vidas, a que “deus” essas crianças realmente puseram em
primeiro lugar?
A Igreja Cristã repudia esta
forma de legalismo, embora sejamos obrigados a respeitar a liberdade dos seguidores
do Corpo Governante. Todavia, lamentamos o fato de muitas pessoas, que no
mínimo poderiam ter vivido um pouco mais, despediram desta vida com alguma
esperança de recompensa futura por esta suposta fidelidade ao Deus da Bíblia. É
bem verdade que haja riscos advindos da transfusão de sangue, mas qual
procedimento médico de maior ou menor calibre não possui riscos?
2. LEGALISMO QUE DESTRÓI O
FUTURO.
Cursar numa Universidade é o
sonho da maioria dos adolescentes que deixam o ensino médio. Para o Corpo
Governante, é arriscado e uma demonstração de falta de sabedoria cursar uma
Faculdade. Por que pensam assim? Vejamos:
"Assim, por afastar seus filhos da
assim chamada educação 'superior' de hoje, estes pais poupam seus
filhos de serem expostos a uma crescente atmosfera de desmoralização,
e, ao mesmo tempo, preparam-nos para a vida no novo sistema." [1][44]
Não é isto um absurdo? Se deixar de cursar uma
universidade poupa as TJs da exposição a uma crescente desmoralização, então
não deveria haver uma TJ com educação superior e esta organização dependeria
exclusivamente de profissionais de religiões condenadas pelo Corpo Governante
desta organização. O texto TJ a seguir expõe ainda mais o exagero de sua
liderança mundial:
"Muitas escolas agora possuem conselheiros de
estudantes que encorajam a buscar educação superior após o ensino
médio, a buscar uma carreira de futuro neste sistema de coisas. Não permita que
lhe façam 'lavagem cerebral' com propaganda do diabo, para ir adiante
e fazer-se alguém neste mundo. O mundo tem muito pouco tempo. Qualquer
futuro neste mundo não oferece futuro algum! ...Ingresse no serviço de
pioneiro... Betel... ou missionário... uma vida que oferece futuro
eterno." [2][45]
O mundo tem pouco tempo? Segundo a Bíblia, sim. Mas
isto não significa que cursar uma Universidade seja sofrer lavagem cerebral.
Esta liderança TJ afirmou isso em 1969, e aconselhou seus seguidores a
trabalharem como pioneiros, ou seja, pessoas que trabalham no mínimo sessenta horas
por mês de casa em casa. Mas não seria sofrer lavagem cerebral parar com os
estudos para trabalhar para uma religião? Veja, a seguir, mais uma declaração
absurda de uma seita que desaconselha fortemente a educação superior.
"Se você é um jovem, você também tem de
encarar o fato de que você jamais envelhecerá neste sistema de
coisas... Caso esteja no nível médio e pensando na universidade, isto
implica em, pelo menos, quatro, talvez seis ou oito anos para graduar-se em uma
carreira especializada. Mas como estará este sistema de coisas por
essa época? Estará bem no rumo de seu fim, se é que já não tenha se
acabado!... O que é realmente prático, preparar-se para uma posição neste
mundo que logo desaparecerá? Ou trabalhar para sobreviver ao fim deste sistema...?
[3][46]
Desta vez, afirmaram que não seria correto gastar
entre quatro a oito anos de estudos numa Universidade pois não o mundo estaria
no fim. Escreveram isso em 1969. Quem creu nesse alerta tão sem cabimento já
está quatro décadas esperando o fim sem formação superior. Não se trata isso
realmente de uma lavagem cerebral? Ainda, a seguir, veja outra palavra de
“encorajamento” para jovens TJs não cursarem uma Universidade:
"Em vista do curto tempo que resta,
a decisão de buscar uma carreira neste sistema de coisas não
só é tola, mas extremamente perigosa... A muitos jovens irmãos e
irmãs foram ofertados bolsas de estudo ou empregos altamente
rentáveis. Entretanto, eles recusaram e puseram os interesses
espirituais primeiro." [4][47]
Em outras palavras, afirmar que buscar uma carreira
neste mundo, e o contexto é educação superior, implica em agir tolamente e de
forma perigosa. Isto não tem o menor cabimento, pois em qualquer área do
conhecimento humano, quer seja ele superior ou profissionalizante, os perigos
são os mesmos, e o cristão precisa perseverar de qualquer forma. Aquelas TJs
que deixaram de cursar uma Universidade para colocar os interesses espirituais
em primeiro lugar, na verdade, deixaram-se levar pelo controle de seus líderes
mundiais. E por último, arrolamos uma experiência citada pelo Corpo Governante
para seus leitores não se enveredarem na educação superior:
"No presente sistema de coisas, sob controle
de Satanás, há muitas coisas que parecem prometer grandes benefícios, mas, na
verdade, podem ser danosos ao nosso relacionamento com Deus. Coisas
como... ir em busca de educação superior para alcançar a posição de
alguém... Poucos anos atrás, um jovem cristão... teve a oportunidade de viajar
ao exterior para dar prosseguimento a seus estudos... gradualmente, ele
perdeu seu apreço pela verdade bíblica... Em um ano ou algo assim, ele perdeu sua
fé completamente e declarou-se agnóstico.[5][48]
Se alguém, ao cursar educação superior, torna-se
agnóstico, ou ateu, o problema estava em sua educação cristã, em seu caráter
cristão, em suas convicções não muito bem alicerçadas, em não ter perseverado
na fé em que cria. Não se pode negar que nas Universidades e Faculdades há
muitos estudantes que de acordo com a Bíblia são más companhias. Muitos líderes
na Igreja Cristã têm alertado seus membros universitários que as “más
companhias corrompem os bons costumes”. (1 Coríntios 15:33)[6][49] Todavia, o
Corpo Governante peca absurdamente em desencorajar a educação universitária com
a escusa de haver ali más amizades. Elas existem em todos os lugares de nossas
cidades. Deparamo-nos com elas nas ruas. A Igreja Cristã, que não pode ser
tirada do mundo, segundo as palavras de Jesus em João 17:15, está ciente de que
devemos nos acautelar contra as más amizades, ou no grego, as más homilias, ou
más conversas. Tanto que Kistemaker comenta sobre 1 Coríntios 15:33:
“Quando nos associamos com más companhias, ou nos
deleitamos nelas, corremos o risco de adotar linguagem profana e suja que
corrompe a respeitabilidade e a reputação de nossa pessoa. Nosso linguajar
revela nossa pessoa interior; ele pode tanto enfeitar como embelezar nosso
próprio nome.” [7][50]
Observe que Paulo não afirma que as más associações
existem no ambiente acadêmico, tornando a expressão generalizante. No contexto
de 1 Coríntios 15:33, as más companhias estão entre aqueles cujos conceitos
sobre ressurreição diferem da sã doutrina, portanto, ao se valer do provérbio da
obra Thaís, do poeta grego
Manander “a má companhia corrompe os
bons costumes”, Paulo alerta para o perigo de associar-se intimamente
com todo aquele que não comunga com a fé Cristã. Mas nem por isso, Paulo deixou
de citar Manander, o qual certamente seria uma má amizade para Paulo, partindo
do fato que Manander não era Cristão. Portanto, se em todos os lugares há quem
discorde de nossa fé, por que desencorajar fortemente o ambiente acadêmico e
não desencorajar o ambiente num curso técnico?
As consequências desse pensar retrógrado, alienado
da Sociedade humana, já podem ser sentidas. Por exemplo, devido ao fato de as
Testemunhas de Jeová, com algumas exceções, não cursarem uma Faculdade, faltam
profissionais entre elas, como médicos, dentistas, engenheiros e professores
universitários. Na maioria dos casos, ficam na dependência de profissionais
como estes se converterem a fé do Corpo Governante depois de graduados e
prestarem um grande favor ao resto do movimento.
Algumas Testemunhas de Jeová, no afã de se safarem
deste questionamento acima, usam Atos 4:13, onde lemos que os apóstolos eram
homens indoutos. Raciocinam que a palavra grega agrámmatos indicava que
os discípulos de Jesus não tinham o curso superior judaizante da época. De
fato, Louw e Nida afirmam que agrámmatos “se refere a uma ausência de
educação rabínica formal”. [8][51] Mas se este era um curso
superior da época e tais discípulos, no contexto Pedro e João, não o tinham,
isto não indica que todos os outros discípulos de Jesus não pudessem ter. O
texto é narrativo-descritivo, e não prescritivo.
Este legalismo destrói planos. Arruína vidas.
Graças as “luzes” ou ao “alimento espiritual” do Corpo Governante, milhares de
jovens desta organização preferem cursos técnicos para terem mais tempo para o
trabalho de casa em casa. Com isso, a qualidade e a quantidade de educação caem
entre seus adeptos e faltam profissionais com o terceiro grau completo entre
eles. Lamentável! Muitos apologistas cristãos ariscam com muita possibilidade
de acerto que esta postura do Corpo Governante diante de cursos superiores é um
meio de impedir um preparo melhor para se questionar os ensinos da seita.
3. LEGALISMO QUE DESTRÓI FAMÍLIAS.
Um dos assuntos mais polêmicos entre os ensinos do
Corpo Governante diz respeito à excomunhão, conhecida entre seus asseclas como
desassociação. Trata-se da exclusão do rol de membros aquela pessoa que, após
ter cometido pecados considerados ali graves, recusou a ajuda dos anciãos (ou
pastores) da congregação (ou templo) em que eram membros. Não se pretende aqui
afirmar que a exclusão em si seja errônea, pois ela é bíblica. O Capítulo 5 da
Primeira Carta aos Coríntios é uma prova disto. A Bíblia também nos adverte
contra receber em nossos lares aqueles que se recusam a crer em Jesus vindo em
carne. Eles haviam vivido entre nós, mas deixaram-se levar por um conceito
errôneo que se tornou conhecido no segundo século como gnosticismo, ou seja,
entre tantas crenças, afirmavam que a carne, ou matéria, era sempre má, e o
espírito sempre bom, sendo assim, Jesus não poderia ter vindo na carne. João, e
a comunidade Joanina que desenvolveu de forma inspirada em anos seguintes à
morte de João, não só exortam àqueles cristãos a não receberem nos lares os
pseudo cristãos gnósticos como também nem sequer saudá-los com os cumprimentos
típicos entre os cristãos da época. (2 João 7-11) Muito menos, também,
pretendemos negar os benefícios da disciplina máxima no arrependimento
posterior de pecadores impenitentes. O homem a quem Paulo, em 1 Coríntios 5:5,
pede para que seja entregue a Satanás, devido à má conduta sexual com sua
própria madrasta, depois de ser excluídos, provavelmente retornou a fé cristã
arrependido, conforme 2 Coríntios 2:8-11 parece indicar. Até aqui o Corpo
Governante e a Igreja Cristã caminham relativamente juntos. Mas onde está o
legalismo do Corpo Governante nesta questão?
Sabemos que os excluídos, enquanto não se
arrependem de seus erros e procuram até promovê-los como atitudes corretas
devem ser vigiados pela liderança da igreja, para que não causem estragos à fé
cristã. Mas quando eles se arrependem, e retornam dispostos a se reconciliarem
com a Igreja, não há necessidade de evitar a associação íntima com eles,
conforme aconselha Paulo em 1 Coríntios 5:11-13. Quando uma Testemunha de Jeová
resolve se arrepender do pecado que causou a sua desassociação da Organização,
ela precisa comunicar os anciãos do seu arrependimento. É aqui que os
legalismos começam. Mesmo que a pessoa excluída realmente se arrependeu e já
está um bom tempo sem se envolver com o pecado cometido, pois confessou e
abandonou o erro (Provérbios 28:13), o Corpo Governante estabelece que o
desassociado precisa passar meses ou até mais do que um ano frequentando as
reuniões das Testemunhas de Jeová e que, enquanto isso, ninguém, exceto os
anciãos, devem sequer dizer um “oi” para tal pessoa. Enquanto ela estiver
desassociada, mesmo que arrependida, ela será exortada até mesmo a entrar no
Salão do Reino, o local das reuniões da seita, apenas depois do cântico e da
oração iniciais e sair antes do cântico e da oração finais. Observe a
veracidade dessa informação:
"A pessoa desassociada pode
ser readmitida caso apresente evidência clara de arrependimento, demonstrando
por um período razoável que abandonou seu proceder pecaminoso e que deseja ter
uma boa relação com Jeová e sua organização. Os anciãos terão o cuidado de
deixar passar tempo suficiente, talvez vários meses, um ano, ou até mais, para
que o desassociado prove que seu arrependimento é genuíno." [9][52]
A questão é: Onde a Bíblia ensina tal procedimento?
Em local nenhum! Nem esperar tanto tempo, nem dar essa disciplina no mínimo
estranha. Não se pretende afirmar que os líderes nas igrejas cristãs devam
fazer vista grossa a se a pessoa se arrependeu ou não, mas não há base bíblica
para que se dê tanto tempo para ela provar que se arrependeu. As evidências do
arrependimento, segundo a Bíblia, são a confissão e não incorrer no mesmo erro.
(Provérbios 28:13) Na parábola do Filho Pródigo, o Pai não recebeu o filho
arrependido para dar-lhe vários meses ou um ano ou ainda mais tempo ainda para
provar seu arrependimento. (Lucas 15:11-32) Enquanto a pessoa procura provar
tal arrependimento, nenhuma Testemunha de Jeová deve dirigir-lhe a palavra,
mesmo que se tratar do próprio pai ou mãe desassociados, a menos que se trate
de um caso urgente a ser resolvido. Observe como o Corpo Governante incentiva
seus asseclas a tratarem os desassociados:
"Depois
de ouvir um discurso numa assembleia de circuito, um irmão e sua irmã carnal se
deram conta de que precisavam mudar o modo como tratavam a mãe, que morava em
outro lugar e havia sido desassociada seis anos antes. Logo depois da
assembleia, o irmão ligou para a mãe e, depois de reafirmar seu amor por ela,
explicou que não falaria mais com ela, a não ser que um assunto familiar
importante exigisse esse contato. Pouco depois, a mãe começou a assistir às
reuniões e, com o tempo, foi readmitida. Também, o marido dela, um descrente,
passou a estudar e com o tempo foi batizado." [10][53]
O que se pode esperar de uma seita que apregoa aos
filhos evitarem contato com a própria mãe, a menos que seja por um motivo muito
importante, até que ela se arrependa e seja readmitida no seu rol de membros?
No caso acima, apesar de a mãe ter retornado à seita, pode-se fazer o seguinte
questionamento: Por que ela retornou ao movimento – Para ter a companhia tão
importante dos filhos ou porque ela se arrependeu?
Mas o legalismo não para aqui. O Corpo Governante
regras absurdas, nada bíblicas, de como tratar os desassociados, ou os que se
dissociam, arrependidos e que irão aguardar meses ou um ano e pouco para serem
readmitidos naquele convívio, conforme cada situação diferente. Por exemplo,
quando se precisa resolver assuntos familiares com parentes da seita excluídos,
veja como o Corpo Governante ordena e decide por seus seguidores qual atitude a
ser tomada pelos parentes ainda fiéis ao movimento:
"Contudo, pode haver alguns
assuntos familiares absolutamente necessários que exigem comunicação, tal como
a legalização dum testamento ou duma propriedade. Mas deve-se fazer o parente
desassociado compreender que a sua situação mudou, que não mais é bem-vindo no
lar, nem é companheiro preferido." [11][54]
Não queremos com isso afirmar que uma pessoa excluída
de sua igreja cristã deva ser tratada como se nada tivesse acontecido. Mas o
legalismo, que é sempre o exagero empedernido, típico dos hereges, de quem
sofre de patologias religiosas, vai além do bom senso cristão. Em vez de se
aproveitar a oportunidade para o reencontro com o excluído para convidá-lo a
retornar arrependido para a igreja, as Testemunhas de Jeová reagiriam da forma
mais cruel: “Em minha casa você não é mais bem vindo(a) enquanto não retornar
ao povo de Jeová! Vamos resolver o assunto em outro local que não seja a minha
casa!” Então, perceba-se bem o ponto: O Corpo Governante explica e decide para
as Testemunhas de Jeová como devem agir.
Ainda com respeito a como tratar parentes
desassociados, que evidentemente não morem no mesmo teto, o Corpo Governante
comete abusos por declarar o seguinte:
"A situação é diferente
quando o desassociado ou dissociado é um parente que vive fora do círculo
familiar imediato ou no mesmo lar. Poderá ser possível ter quase nenhum
contato com tal parente. Mesmo que houvesse alguns assuntos familiares que
exigissem contato, este certamente ficaria reduzido ao mínimo, em harmonia com
o princípio divino: “[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame
irmão, que for fornicador, ou ganancioso [ou culpado de outro grave pecado],
. . . nem sequer comendo com tal homem.” — 1 Coríntios
5:11." [12][55]
É óbvio que segundo a Bíblia, a pessoa disciplinada
com a exclusão deve entender que seus irmãos em Cristo querem seu retorno à
Igreja mas com arrependimento genuíno. Sabe-se que certas igrejas cristãs
modernas não fazem mais questão para este tipo de disciplina, mas ainda há
igrejas cristãs que levam a sério esta questão, dando a correta disciplina.
Todavia, o texto proíbe a convivência, ou a associação íntima com tais
pecadores. Outro ponto importante: O texto de 1 Coríntios 5:11 refere-se a
fornicadores, ganancioso, beberrões,
entre outros tipos de pecados, que não se arrependeram ou que ainda estão cometendo
o mesmo pecado? A resposta é óbvia: Trata-se daqueles que não se arrependeram.
No texto em grego, Paulo diz que se um chamado irmão “for”. O verbo
“for” aqui é do presente do subjuntivo ativo. Estando no presente, a ação é
contínua. Portanto, a atitude de evitar associação íntima com tais pecadores
deve ser adotada enquanto eles estejam sendo impenitentes, que não se
arrependem. No entanto, o Corpo Governante vai além do texto e estabelece a
mesma regra para pessoas arrependidas ou não: nenhuma TJ pode falar com elas,
sob pena de também serem desassociadas.
No próximo
caso, veja como o Corpo Governante admoesta seus seguidores a tratarem pais
desassociados e idosos que precisam dos cuidados dos filhos.
"Por
exemplo, o pai ou a mãe desassociados podem estar doentes ou talvez não possam
mais cuidar de si mesmos em sentido financeiro ou físico. Os filhos cristãos
têm a obrigação bíblica e moral de ajudar. (1 Tim. 5:8) Talvez seja
necessário trazer o pai, ou a mãe, para o lar, em caráter temporário ou
permanente. Ou talvez seja aconselhável providenciar cuidar deles onde há
pessoal médico, mas onde ele ou ela teriam de ser visitados. O que se fizer
dependerá de fatores tais como as verdadeiras necessidades do pai ou da mãe,
sua atitude e a consideração que o chefe da família tem para com o bem-estar
espiritual da família." [13][56]
Em outras
palavras, traga os pais para sua casa, mas tente primeiro ver se é possível
deixá-los onde há pessoal médico (para evitar o contato). E o que se fizer
dependerá das verdadeiras necessidades do pai ou da mãe. Ou seja, se as
necessidades não forem tão urgentes e sérias, é preferível não trazê-los para
casa. Só traga em último caso.
E se o filho
for desassociado, ou se dissociou porque foi para uma outra igreja, será que
ele pode participar de um estudo bíblico em família com os pais? Então, há
duas possibilidades: Uma é se o filho é menor e mora no mesmo teto com a
família. A outra é se o filho é maior e mora fora da casa dos pais. Veja:
"Se um
filho menor for desassociado, os pais ainda cuidarão de suas necessidades
físicas, provendo-lhe instrução moral e disciplina. Não dirigirão um
estudo bíblico diretamente para o filho, no qual ele participe. Contudo, isso
não significa que não se requererá dele estar presente ao estudo da família. E
eles poderão trazer à atenção as partes da Bíblia ou das publicações cristãs
que contêm conselho de que ele precisa. (Pro. 1:8-19; 6:20-22; 29:17; Efé. 6:4)
Poderão fazer com que os acompanhe às reuniões cristãs e se sente com eles, na
esperança de que tome a peito o conselho bíblico." [14][57]
"O
mesmo se daria também com respeito ao filho que deixou o lar, mas que
agora é desassociado ou dissociado. Pais cristãos às vezes, por algum tempo,
acolheram de novo um filho desassociado que ficou física ou emocionalmente
doente. Mas, em cada caso, os pais poderão avaliar as circunstâncias
individuais. Viveu o filho desassociado sozinho, não podendo mais fazê-lo
agora? Ou quer ele voltar principalmente porque seria uma vida mais fácil?
Que dizer de sua moral e de sua atitude? Introduziria ele “fermento” no lar? — Gál.
5:9." [15][58]
O primeiro
grande absurdo das citações acima é: Um filho desassociado que more na mesma
casa não pode receber um estudo bíblico apenas para ele, mas pode participar se
for para toda a família. Esta regra é legalista e não se encontra nas
Escrituras Sagradas, a regra de fé e prática dos cristãos. Além disso, ela é
desamorosa, pois como deixar de dar ao filho desassociado e em pecado o
principal remédio para fortalecer a alma e a consciência do pecador, ou seja,
as verdades da Palavra de Deus? Sobre
isso, vale a pena mencionar as palavras publicas no livro de Steve &
Lois Rabey:
“Amor por
perdedores Veja, Jesus tem uma falha fatal: Ele não consegue se afastar dos
fracassados. Quando todos desistem, Ele continua procurando – a mulher que
fracassou em cinco casamentos, o homem cego no tanque, que por 38 anos falhava
em fazer as coisas no tempo certo; a mulher com hemorragia, que não quis
desistir; o discípulo que falhou em segui-lo, o pescador que fracassou na
pesca; o ladrão que não obedeceu à lei; a mulher adúltera que falhou em manter
a pureza moral; o discípulo que fracassou em crer.” [16][59]
Numa igreja
cristã séria e bíblica, os pais crentes desejam o retorno dos filhos excluídos,
e terão o enorme prazer em não permitir que suas mentes fiquem inativas quanto
a se alimentar da Palavra de Deus. Mas para o Corpo Governante, como este
fornece o suposto alimento espiritual para seus seguidores, o principal castigo
para quem pecou grave, foi excluído e está ou não arrependido, ou seja, não foi
readmitido ainda, mas precisará provar seu arrependimento por meses ou um ano e
mais um pouco é: Coma do nosso alimento, mas sozinho! Onde a Bíblia ensina tal
coisa? Em lugar nenhum!
Outro erro
absurdo nas citações acima é pôr obstáculos para os pais aceitarem de volta
para casa filhos desassociados. É óbvio que nem na Igreja Cristã seria sábio
pais trazerem de volta filhos traficantes, se eles podem viver lá fora e se
morar com os pais fosse apenas uma fachada para enganar as autoridades. Mas
esta é uma decisão da família, não da Igreja. Graças a estes conselhos, muitos
pais têm recebido desassociados apenas no portão de suas casas, não importando
se tais excomungados, condenados ao ostracismo religioso, quer arrependidos ou
não, ou que até estejam frequentando igrejas cristãs e por isso não podem ser
aceitos no convício da família.
Para o assunto desassociação não ficar muito
extenso, consideremos apenas mais um caso de legalismo. O Corpo Governante não
perdoa nem os defuntos de Testemunhas de Jeová desassociadas. Respondendo à
pergunta se seria correto ministrar uma mensagem bíblica ou Discurso Fúnebre no
enterro de um desassociado, deu-se a seguinte resposta:
"Caso
morra enquanto desassociado, os arranjos para o seu funeral poderão constituir
um problema. Seus parentes cristãos talvez quisessem ter um discurso no
Salão do Reino, se esse for o costume local. Mas isso não seria próprio
para alguém que foi expulso da congregação. Se ele tiver dado evidência de
arrependimento e de querer o perdão de Deus, tal como por deixar de praticar o
pecado e assistir as reuniões cristãs, a consciência de algum irmão talvez lhe
permita proferir um discurso bíblico na funerária ou no local do enterro."
[17][60]
Visto que um enterro não serve para encomendar a
alma a Deus, por que proibir a realização de uma mensagem bíblica na própria
Igreja (ou Salão do Reino), tendo o morto se arrependido ou não? A quem
pregaríamos a Palavra de Deus? Ao defunto ou às pessoas ali presentes?
Perceba-se ainda que o legalismo desta seita é tão exacerbado que caso não
tenha dado tempo de a pessoa se arrepender por completo ou de dar
evidência mais ampla de arrependimento e, por isso, morreu sem ser readmitida,
ela não poderá ser velada no Salão do Reino da seita. Onde a Bíblia ensina
isso? Em lugar nenhum!
Todos estes pontos legalistas sobre a desassociação
entre as Testemunhas de Jeová causaram na vida de muitos desassociados, ou
dissociados, que se auto excluíram do movimento, muitas dores e depressão pela
perda de amigos e familiares. Na internet pode-se ver o testemunho de muitos
deles, mesmo de pessoas que realmente pecaram contra Deus e contra as normas da
seita. Muitos deles mereceram ser excluídos, e certamente seriam se fossem
membros em igrejas cristãs sérias. Mas a grande diferença é o ostracismo à que
tal pessoa passa enfrentar, e aí questionamos se os que retornam à seita voltam
como fuga dos problemas que enfrentam ou por amor ao seu “deus”.
Neste capítulo, observamos três meios pelos quais o
Corpo Governante das Testemunhas de Jeová demonstra seu legalismo
inconfundível: Regras não bíblicas ao se proibir transfusões de sangue e até
mesmo a ministração do sangue autólogo; regras não bíblicas para desencorajar a
educação universitária; regras não bíblicas de como se deve tratar excluídos
desta organização.
No próximo capítulo, aprenderemos como o Corpo
Governante controla seus adeptos, garantindo a uniformidade que tanto anseiam
em sua organização. Seria este controle um método bíblico ou um desvio à lá
farisaísmo?
IV. OS MEIOS DE CONTROLE DO CORPO GOVERNANTE
De acordo com as Escrituras Sagradas, Cristo é o
edificador de sua Igreja. (Mateus 16:18) A Bíblia o chama também de “o cabeça”
da Igreja. (Efésios 5:23) A Igreja, conforme Gruden define, “é a comunidade de todos os cristãos de todos
os tempos”.[18][61] A
Bíblia afirma que Cristo se entregou pela Igreja (Efésios 5:25), portanto, não
há como separar o cabeça, Cristo, do seu corpo.
Como Cristo, segundo a Bíblia, ressuscitou e não se
encontra mais fisicamente entre nós, deixou através do Espírito Santo homens
para pastorear o rebanho de Deus. (Atos 20:28-32; Efésios 4:11) O escritor da
Carta aos Hebreus afirma que tais líderes prestam contas a Deus por cuidar
deste rebanho. (Hebreus 13:17) Pedro escreveu em sua primeira carta que eles
deveriam pastorear este rebanho não como dominadores. (1 Pedro 5:2, 3)
Com estes textos acima expostos, surge a pergunta:
O Corpo Governante pastoreia seus asseclas conforme as exigências bíblicas, ou
por trás desta liderança bem organizada há abusos como ferramentas de controle
religiosos?
1. CONTROLE ABUSIVO
Conforme vimos no capítulo passado, o Corpo
Governante criou regras à margem das Escrituras sobre questões polêmicas: a
proibição do sangue, o estudo universitário e o tratamento dispensado aos
desassociados. Em outros termos, “ensinam
por doutrinas que são preceitos humanos”[19][62],
conforme disse Jesus sobre os fariseus hipócritas. (Mateus 15:7, 8) Há muita
similaridade entre a tradição oral dos fariseus, que se somava às Escrituras do
Antigo Testamento, e as doutrinas do Corpo Governante, que se somam à própria
“bíblia” que usam. Assim também, há muita semelhança entre o modo como os
fariseus controlavam os membros de seu partido e a maneira como o Corpo
Governante lida com seus subalternos.
No caso dos fariseus, sua maior conquista era
denunciar elementos impuros e profanos, todavia, ao mesmo tempo, julgando-se os
detentores da verdade, ‘coando o
mosquito e engolindo o camelo’, ou seja, o que Gundry chama de “artificialismo desse legalismo”. [20][63]
Como isso ocorre entre as Testemunhas de Jeová?
Em primeiro lugar, o Corpo Governante plagiou o
sistema episcopal da Igreja Católica Apostólica Romana, mas trocou os títulos
dos líderes. Não que o sistema de governo eclesiástico, per se, seja pecaminoso, mas nas mãos de maus líderes pode ser
perigoso. No Catolicismo, há o Papa, depois os cardeais, os arcebispos, os
bispos e os padres. O Papa comanda toda a Igreja. O mesmo se dá com o Corpo
Governante. O Papa interpreta a Bíblia, segundo a fé romana, de forma
inerrante, em sua função ex-cátreda. O Corpo Governante, embora admita
erros passados, interpreta a Bíblia para seus seguidores e os proíbe de
expressarem qualquer discordância de suas interpretações, pois até que não
mudem de interpretação e reconheçam o erro dela, levam seus subservientes a
encarar seus ensinos como verdade a ser aprendida, aplicada e ensinada na vida
diária. É um estilo farisaico de liderança, pois não permite às pessoas terem
opiniões diferentes, mesmo que estas sejam com a intenção de contribuir para
melhores interpretações, e não causar divisões.
Depois do Papa, há os arcebispos, responsáveis por
controlar o andamento da fé católica em grandes territórios, como países ou
estados de países grandes. Entre as Testemunhas de Jeová há os superintendentes
zonais, que são enviados para supervisionar o andamento dos trabalhos da seita
em países e suas respectivas filiais. Conforme a SOCIEDADE TORRE DE VIGIA
afirma, “ele supervisiona a obra de pregar e fazer discípulos”. [21][64]
Assim também como os arcebispos e bispos católicos
cuidam de territórios de portes menores, observam-se na organização do Corpo Governante
os superintendentes de circuito e de distrito. Os de circuito do andamento da
“obra de vinte congregações (templos), permanecendo uma semana em cada
congregação; os de distrito cuidam de vários circuitos de vinte congregações. [22][65]
E assim como no Catolicismo Romano há padres em
cada igreja, assim também entre as Testemunhas de Jeová há “anciãos” em cada
Salão do Reino para “pastorear” o rebanho do “deus” deles. Qual o problema em
tudo isso?
O problema não está na organização em si. Não está no
modo como designam líderes para supervisionar sua obra mundial ou regional para
garantir que seus ensinos sejam pregados e obedecidos. Não está em serem como
os fariseus, buscando proteger seu grupo do que é contra a Palavra de Deus. O
problema é que toda esta estrutura organizacional uniformiza, em vez de unir a
seita em torno das interpretações bíblicas. Qual a diferença entre uniformizar
e unir? O sistema episcopal, quando bíblico, respeita a liberdade dos leigos,
líderes e teólogos de interpretarem a Bíblia conforme seus próprios estudos,
desde que tais interpretações não firam os dogmas centrais da fé cristã. Embora
haja diferenças de pontos de vista sobre assuntos secundários, todos os
cristãos debaixo deste sistema são considerados membros de um só corpo, o de
Cristo. Há unidade de propósito, que é adorar a Deus, apesar da diversidade e
pluralidade. A autoridade está em Cristo. Todavia, quando o sistema episcopal
não é bíblico, a autoridade está num “corpo governante” que decide, em cada
detalhe, em que seus asseclas devem crer. A escravidão a tal liderança é tão
exacerbada que os estudos bíblicos vêm pronto, restando aos ruminadores do
movimento aprender o que lhes é oferecido, sem a liberdade de pensar além, não
das Escrituras, mas do que os líderes da seita escrevem.
É exatamente assim que se observa no sistema
episcopal disfarçado de teocracia no movimento Testemunhas de Jeová. Toda a
seita é uniformizada, não unida. Num casamento feliz, marido e mulher, que
sempre possuem pontos de vista diferentes, se amam e cedem em suas opiniões,
gostos e modos de ser, para que o casal seja unido apesar das diferenças. Isto
é unidade que vem de Deus. Mas a uniformidade não bíblica, fruto do domínio
humano e espiritualmente desgraçado, obriga todos a usarem uniformes da fé,
desde o vocabulário até as interpretações.
Então, analisemos o controle do Corpo Governante,
com toda a sua hierarquia, para assegurar que as suas interpretações sempre
reconsideradas e atualizadas estejam sendo cumpridas em toda a terra habitada.
Viajemos no tempo e descubramos, então, como o Corpo Governante uniformiza a
vida de quem os segue.
Em 1959, surgiu uma questão entre as Testemunhas de
Jeová, que proíbem a transfusão de sangue, se seria correto ou não usar
medicamentos feitos com frações de sangue. Qualquer leitor assíduo da Palavra
de Deus sabe que a Bíblia nada tem a dizer sobre isso, portanto, seria correto
um cristão doente aceitar tal tratamento, caso precisasse, a menos que os
médicos não lhe recomendassem. Todavia, o Corpo Governante decidiu defender um
assunto em que a Bíblia se cala, portanto, dependeria da decisão de cada
pessoa. Ele decidiu, no lugar de milhões de vidas, sob uma suposta nova luz de
Jeová, que é correto aceitar remédios feitos com frações de sangue. Observe:
1a. LUZ “...É CORRETO ACEITAR REMÉDIOS FEITOS
COM FRAÇÕES DE SANGUE. – “A injeção de anticorpos no sangue tendo como veículo
o soro de sangue ou o uso de frações de sangue para criar tais anticorpos não é
o mesmo que tomar sangue, ...fazê-lo não parece estar incluído na expressa
vontade de Deus ao proibir o sangue como alimento. Seria, portanto, assunto de
decisão individual quanto a aceitar ou não tais tipos de medicação.” [23][66]
Mas será que o Corpo Governante manteve a decisão
acima? Veja como mudaram de interpretação, lembrando que é sempre com a
desculpa de que o deus TJ lança novas luzes para reorientar seu povo:
2a. LUZ – É ERRADO ACEITAR REMÉDIOS FEITOS COM
FRAÇÕES DE SANGUE - “É errado suster a vida mediante infusões de sangue,
plasma, glóbulos vermelhos ou várias frações de sangue? Sim! ... Quer seja
sangue integral quer fração de sangue ... a lei divina se aplica”. [24][67]
Se antes era permitido a ministração de remédios
feitos com frações de sangue em TJs, percebemos que o Corpo Governante passou a
decidir que não era mais correto fazê-lo. Mas mudaram novamente de opinião.
Observe:
3a. LUZ – É CORRETO (DE NOVO!) ACEITAR REMÉDIOS
FEITOS COM FRAÇÕES DE SANGUE - “Que dizer, então, do uso dum soro que
contenha apenas uma fração minúscula de sangue e que seja empregado para prover
uma defesa auxiliar contra uma infecção, não sendo empregada para realizar a
função sustentadora da vida normalmente desempenhada pelo sangue? Cremos que
isto deve ser decidido pela consciência de cada cristão.” [25][68]
Desta vez, deixaram para a decisão de consciência
de cada TJ valer-se ou não de remédios feitos com frações de sangue, desde que
fosse uma fração minúscula. Mas onde a Bíblia faz diferença do que seria uma
fração minúscula ou não de sangue? Mas acredite! O Corpo Governante novamente
mudou de interpretação sobre este assunto:
4a. LUZ – É ERRADO (DE NOVO!) ACEITAR REMÉDIOS
FEITOS COM FRAÇÕES DE SANGUE - “Certos fatores plasmáticos da coagulação
acham-se agora em amplo uso... os que recebem tal tratamento enfrentam outro
perigo mortífero... quase 40% dos 113 hemofílicos apresentam caso de
hepatite... todos receberam sangue integral, plasma ou derivados sanguíneos que
continham os fatores. Naturalmente, os verdadeiros cristãos não utilizam este
tratamento potencialmente perigoso, acatando a ordem da bíblia de ‘abster-se de
sangue’”. [26][69]
Desta vez, proibiram novamente remédios feitos de
frações de sangue, alertando seus leitores de que se tratava de tratamento
perigoso. Onde a Bíblia ensina isso? Em lugar nenhum! Para alguns pacientes,
sob determinadas circunstâncias, o uso de Aspirina é perigoso, mas isto não tem
nada a ver com a opinião religiosa de uma liderança mundial religiosa; compete
aos médicos avaliarem a questão. Mas por incrível que pareça, os grandes
intérpretes das Escrituras mudaram novamente de opinião e retornaram ao
conceito de que cada TJ deve decidir por consciência própria, quando estão
envolvidas pequenas quantidades de derivado de sangue. Observe:
5a. LUZ – É CORRETO (DE NOVO!) ACEITAR REMÉDIOS
FEITOS COM FRAÇÕES DE SANGUE - “Alguns cristãos acham que aceitar uma
pequena quantidade de derivado de sangue para tal fim não é [...] desrespeito
pela lei de Deus [...] adotamos atitude de que esta questão precisa ser
resolvida por cada pessoa, por decisão pessoal.” [27][70]
Conforme podemos observar, e isto já foi
demonstrado em páginas anteriores, o Corpo Governante muda sempre de ensinos, e
como usa um sistema episcopal para apregoar o que a Bíblia não ensina, sempre
precisa rever seus conceitos. Posto isso, para cada ensino alterado, nos cinco
exemplos acima, todas os seguidores do Corpo Governante eram e são obrigados a
obedecê-los, sob pena de excomunhão ou desassociação. Assim, se em 1959, uma
testemunha de Jeová fizesse uso de remédios feitos com frações de sangue, ela
não teria problemas com a seita, mas se o fizesse em 1962, teria. Mas se o
fizesse em 1974, não teria mais, mas se tivesse feito tal procedimento em 1975,
teria. E desde 1978, não teria mais. Mas a pergunta que não quer calar é: O que
isto tem a ver com o sistema de controle do Corpo Governante para uniformizar a
seita?
Se uma testemunha de Jeová resolvesse aceitar
remédios feitos com frações de sangue numa época em que a suposta luz do “deus”
dela proibisse tal procedimento, e os anciãos ficassem sabendo desta atitude,
ela poderia ser expulsa desta organização. Mas e se os anciãos soubessem do
suposto erro dela e concordassem com ela? Neste caso, o superintendente de
circuito responsável em cuidar daquela congregação se reuniria com outros
anciãos de outra congregação para julgar e punir os infratores. E se os anciãos
e o superintendente de circuito tivessem aprovado a atitude da errante? O superintendente
de distrito se reuniria com outros anciãos e até superintendentes de circuito
para julgar e punir os errantes. E assim, até chegar ao Corpo Governante. As
Testemunhas de Jeová poderiam refutar com a afirmação de que este método
garante a unidade do ensino cristão. Mas isto é verdade apenas quando o ensino
é bíblico. Quando o sistema episcopal, velado ou não, se casa com a heresia, o
circo da seita está armado, e o sistema de governo baseado em princípios
bíblicos se torna uma tirania recheada de obrigações sem fundamentação bíblica.
Assim, o abuso não está na forma em si, mas no fato de que onde há preceitos
humanos em assuntos espirituais, não há reino de Deus, mas dos homens, e onde o
homem reina – Corpo Governante – homem domina homem para seu próprio prejuízo.
– Eclesiastes 8:9.
2. “NÃO LEIAM O QUE ELES ESCREVEM”.
Nada mais abusivo do que uma liderança mundial
intimidar com tom de proibição os adeptos de lerem material de outras religiões
e, principalmente, de ex-adeptos da própria seita. Evidentemente, todo cristão
deve tomar cuidado com o que lê, mas para julgarmos algo como bom ou ruim,
precisamos examiná-lo. A fim de controlar a vida dos seus asseclas, o Corpo
Governante alerta:
“Se por curiosidade lesse a literatura apóstata,
seria como se convidasse um inimigo da verdadeira adoração à sua casa — um
desassociado ou dissociado — para se sentar consigo e expor suas ideias
apóstatas. Há apenas um lugar apropriado para tal tipo de matéria — jogue-a
fora, no lixo!”[28][71]
Para a seita, inimigo da verdadeira adoração é toda
pessoa que apostata da fé interpretada pelo Corpo Governante. Muitos ex-adeptos
do movimento TJ têm escrito livros e matérias em sites para narrar suas
experiências e elencar os motivos pelos quais deixaram de ser TJs, sendo que
não deixaram de crer na Bíblia e no Deus Yaweh, nem no Cristo enviado por Deus.
São apóstatas apenas porque discordaram da liderança mundial. Não se pode negar
que em algumas páginas impressas ou virtuais perambulam o ódio religioso contra
o movimento. Todavia, muito material bom e confiável pode ser lido, com provas
documentais excelentes, a fim de se provar os erros da liderança TJ e
incriminá-los como maus intérpretes das Escrituras.
Algumas TJs poderão responder que Paulo demonstrava
a mesma preocupação quando escreveu aos cristãos em Corinto sobre seu medo de
que assim como a serpente havia desencaminhado Eva pela sua astúcia, assim
também eles fossem corrompidos na fé. (2 Coríntios 11:3) Mas Paulo não proibiu
que eles lessem algo contra a fé. Pelo contrário, ensinou cristãos a examinarem
tudo e reter o que é bom. (1 Tessalonicenses 5:21) Realmente, não se deve
perder tempo com fofocas e meias verdades. Mas quando uma instituição religiosa
é acusada de agir como falso profeta, por exemplo, é correto analisar os dois
lados da questão – o de quem acusa e o de quem é acusado – e dar um veredicto.
O próprio Corpo Governante ensina as TJs a fazer isso, nas palavras: "Para
refutar, é necessário conhecer bem os dois lados da questão e analisar
detalhadamente as evidências usadas."[29][72]. Que pena
que isto só e válido quando o Corpo Governante acusa do erro as outras
expressões de religião, para que seus seguidores cheguem à conclusão que se “deve”
chegar: O Corpo Governante sempre tem razão! Por isso, as TJs jamais podem se
sentir livres para analisar os questionamentos de ex-TJs e de apologistas
cristãos sérios. A suposta “verdade” frágil que não resiste aos fatos!
Outra forma de manipulação escandalosa se observa
do fato de que o Corpo Governante instrui seus seguidores a não publicarem
sites defendendo as próprias crenças TJs, pois temem a abordagem crítica de
ex-tjs através de e-mails e comentários que podem ser publicados nos próprios
sites. Veja como isso é verdade:
"Não
há necessidade de ninguém preparar páginas na Internet sobre as Testemunhas de
Jeová, sobre nossas atividades ou crenças. Nossa página
oficial apresenta informações exatas para quem as desejar."[30][73]
“Portanto, não
tenhamos nada a ver com apóstatas ou com qualquer um que afirme ser irmão, mas
desonra a Deus. Deve ser assim mesmo que seja um membro de nossa família.
(1 Cor. 5:11) De nada nos beneficia tentar refutar os argumentos de
apóstatas ou dos que criticam a organização de Jeová. De fato, é
espiritualmente perigoso e impróprio ler suas informações, quer em forma
impressa, quer na internet.”[31][74]
— Isa. 5:20; Mat. 7:6. w12 15/5 4:12, 13
Sendo assim, o Corpo Governante TJ exerce controle
quase absoluto sobre o que uma TJ deve ou não ler. Enquanto impedidas de
comparar sua fé com outras, seus métodos de interpretação com outros, os
asseclas do movimento são bombardeados rigidamente com uma só mensagem
unificada, todavia frágil diante dos questionamentos. A proibição de nem mesmo
refutar os argumentos de apóstatas (ex-TJs), com certeza, tem seu lado
positivo, praticado até na igreja cristã, pois aqui também se crê que não se
deve perder tempo com longos debates com aqueles que não mais professam a fé
cristã. Todavia, o abuso reside no fato de que não se é permitido dialogar nem
mesmo com ex-TJs que professam a fé incondicional na Palavra de Deus e que
levam uma vida de entrega ao Senhor Jesus. Por que, então, tal proibição? A
resposta é apenas uma: O exclusivismo religioso de um movimento sectário, que
se considera única religião verdadeira,
e todas as outras como falsa, somado ao receio de que as TJs descubram os erros
absurdos já cometidos por uma organização de maus intérpretes das Escrituras, o
que torna questionável a competência de tais líderes em se rotulares os
profetas da era moderna, que fornecem a melhor interpretação das Escrituras
Sagradas.
3. A ESTRANHA POLÍTICA DE LIDAS COM PEDÓFILOS DA
SEITA.
Em 2015, canais de Televisão na Austrália
denunciaram um escândalo promovido pelo Corpo Governante das Testemunhas de
Jeová. Descobriu-se com provas concretas que esta liderança mundial, já por
décadas, orientava por carta cada ancião (pastor) em suas respectivas igrejas
(Salões do Reino) a não denunciarem às autoridades casos de pedofilia
praticados por membros desta comunidade. Por exemplo, a famosa rede de
televisão CNN noticiou o seguinte (segue abaixo a transcrição da notícia):
ÃNCORA DO JORNAL - “Uma investigação que está em
andamento em Sidney, na Austrália, revelou informações perturbadoras sobre
abuso de crianças dentro das Testemunhas de Jeová. Representantes da Igreja
revelaram que mais de mil pedófilos foram identificados desde 1950. A comissão
descobriu que de desses centenas de casos, nenhum ... NENHUM foi denunciado
para a polícia. Um ancião denunciou que é prática da igreja não denunciar
abusos sexuais, e ao invés disso usam respostas alegadamente baseadas na
Bíblia. Emma Hannigan da SBS Australiana tem acompanhado as audiências. Ela
falará conosco ao vivo de Sidney. Emma, essa é uma Comissão Real de grande
abrangência que começou com alegações de abusos de crianças na Igreja Católica,
e agora está investigando as Testemunhas de Jeová. As evidências têm sido até
então bastante condenáveis.
REPÓRTER (Emma) - Certamente. A Comissão Real soube
que desde 1950, como você disse, mil e seis supostos pedófilos foram
identificados nas Testemunhas de Jeová. São mil e seis pessoas, não casos.
Então, não sabemos ao certo quantos casos, mas nenhum desses foi denunciado às
autoridades. O que a igreja fez foi investigar por conta própria, e isso
geralmente envolvia colocar acusado e vítima juntos para discutir a alegação de
abuso. Uma vítima identificada apenas como BCB foi atraída e abusada por Bill
Niel, um respeitado ancião quando ela tinha quinze anos. Quando o abuso veio à
tona, ela foi convocada para uma reunião com os anciãos, incluindo o seu
agressor. Bill Niel, hoje falecido, admitiu o abuso. [A vítima disse]: “Eu
achei a experiência de denunciar meu abuso para uma sala cheia de homens,
incluindo o que me abusou, bastante perturbadora.” Foi pedido a ela que não
discutisse o assunto com ninguém mais por respeito ao abusador e à família
dele. [A vítima novamente disse]: “Hoje penso que me disseram para respeitar o
homem que fez aquelas coisas comigo ... mas ninguém me ofereceu nenhum respeito
ou apoio.” A Comissão Real que dos mil e
seis supostos pedófilos identificados nas Testemunhas de Jeová, desde 1950, nem
sequer um foi denunciado à polícia. Essa evidência foi tirada do testemunho de
um ancião que já investigou pessoalmente um caso de abuso.
[Diante das
autoridades, o ancião disse]:
AUTORIDADE INTERROGANDO - E a respeito de contar às
autoridades, você está ciente das suas obrigações, se alguém lhe fala sobre um
caso sério de abuso sexual?
ADVOGADO TESTEMUNHA DE JEOVÁ - Nós não denunciamos
para a polícia. Acho que incentivamos para que façam isso, mas damos apoio se
precisarem.
REPÓRTER (Emma) - Anciãos podem agora se deparar
com acusações criminais por acobertamento de abusos sexuais. A Comissão soube
também que a igreja apenas acreditava nas vítimas se o suposto abusador
confessasse ou se houvesse duas ou três testemunhas.
[Advogado TJ disse]:
- A exigência de que haja duas ou três testemunhas
já impediu de que pelo menos 125 casos de abuso infantil chegassem até uma
comissão judicativa.
REPÓRTER (Emma) - As audiências sobre as
Testemunhas de Jeová estão previstas para durar por mais duas semanas.
ÂNCORA DO JORNAL - A Comissão ouviu hoje outro
ancião que investigou o caso de BCB. Foi dito que quando ele soube que a mulher
considerava levar sua história à Comissão Real, ele perguntou: “Qual seria o
resultado disso além de levar o nome de Jeová na lama?” Ele admitiu que talvez
esta não tenha sido uma abordagem compreensiva para se tomar. Além disso, a
Comissão Real tem lidado com a resposta dos anciãos da Igreja quando jovens
meninas alegam que foram abusadas sexualmente por membros da igreja.
REPÓRTER (Emma) - Hoje, o ancião Joe Bello disse
que a igreja recomenda uma resposta bíblica para o trauma causado pelos abusos
sexuais. A Comissão escutou dos sobreviventes de abuso que se sentiram tão
negligenciados pela sua igreja que pensaram em suicídio. Eles disseram que
nunca lhes foram oferecidos compensação ou consolo, e a própria igreja diz que
talvez isso seria algo que eles deveriam considerar, mas certamente eles não
estão dispostos a se comprometer com nada no momento.[32][75]
Por que não levar os casos de abusos sexuais da
parte de membros da Organização TJ? Para salvaguardar o nome de Jeová? Ou para
proteger o nome da religião contra vitupérios? O controle abusivo do Corpo
Governante sobre as vidas de seus asseclas vai até na esfera dos abusos sexuais.
É óbvio que não se pretende aqui afirmar que o Corpo Governante endossa tais
crimes hediondos, como se os ensinasse através de uma cartilha escondida, mas
encara tais crimes absurdos para ser resolvidos em domicílio, quando na
verdade, deveria entregar os criminosos às autoridades. Não seria muito melhor,
e mais bíblico, respeitar as leis humanas, conforme Romanos 13:1-7 ordena aos
cristãos, por entregar tais criminosos às autoridades, e ao mesmo tempo
oferecer ajuda bíblica amorosa tanto para o transgressor se arrepender como
para a vítima ser consolada?
Neste capítulo, afirmou-se com provas irrefutáveis
que o controle do Corpo Governante sobre seus liderados é abusivo. Ele é capaz
de decidir não apenas quais ensinos as TJs devem crer ou não, mas até impor
mudanças de ensinos que elas devem aceitar, sem questionar. E algumas dessas
mudanças têm a ver com a saúde de membros incautos desta organização, quando
ficaram mancando entre opiniões divergentes, se podiam ou não receber frações
de sangue doado. Quem erra mais – o “deus” TJ, que não é competente para
revelar uma verdade única, pelo menos nesse caso que envolve saúde e até a
vida, ou o Corpo Governante, que manca entre várias opiniões diferentes sobre
um mesmo assunto e, portanto, não merecem crédito para interpretar as
Escrituras Sagradas, a Bíblia?
Também vimos que nada tem a ver a liberdade da qual
Jesus promete seus seguidores, a qual os libertaria (João 8:32), com a
escravidão das TJs a seu Corpo Governante, o qual as proíbe de ler matérias
religiosas que apontam para interpretações diferentes desta liderança mundial.
Por fim, vimos que o Corpo Governante decide pelas
TJs, vítimas de abusos sexuais cometidos por “irmãos da mesma organização”, que
elas devem ficar caladas e não denunciar este crime hediondo às autoridades, já
que usam a Bíblia para aconselhar o abusador e criminoso e sua vítima,
desobedecendo a ordem bíblica de obedecer às autoridades e, portanto, negar a
entregar a TJ criminosa às autoridades, com a intenção de não trazer vitupério
ou mancha ao nome de Jeová, como se Deus precisasse do ser humano para tornar
ou manter o nome dele limpo e plenamente santo.
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho, que envolveu muita pesquisa, servirá
de ajuda para conscientizar pessoas desavisadas do perigo moral e espiritual
pelos quais atravessa todo aquele que arvora a se tornar membro da seita
Testemunhas de Jeová. Por melhores que sejam alguns dos ensinos desta
organização, como o método exemplar de levar as credulidades delas a seus vizinhos,
a forma com que usam a Bíblia para preservar a unidade de suas famílias, a
maneira com que dão valor à qualidades cristãs como a honestidade e a paz entre
os povos, toda esta água que parece limpa na verdade está contaminada com
atitudes que a fé cristã chama de heresias, ou desvios doutrinários, nas mãos
de líderes mundiais que escravizam seus seguidores de várias formas diferentes.
De acordo com as Escrituras, a Bíblia tem
autoridade para nos ensinar, repreender, corrigir. (2 Timóteo 3:16, 17) Os
apóstolos, escritores inspirados da Palavra de Deus, reivindicaram tal
autoridade, pois eram instrumentos de Deus na revelação de verdades que Ele
quis nos comunicar de forma escrita. Mas do que está escrito de forma inspirada
por Deus, não se pode ir além para a fé genuinamente cristã. ( 1 Coríntios 4:6)
Toda prática ou ensino além das Escrituras, ensinada como verdade divina, nada
mais é do que ensino de homens ou tradição humana, e quando uma liderança, não
contente em inventar crenças fora da Bíblia, ainda ameaça seus seguidores de
serem destruídos num vindouro Armagedom, ou fim do mundo, caso não se confie
neles como um suposto canal de comunicação entre Deus e os homens, então nada
mais fazem do que reivindicarem o papel de mediadores terrenos entre Deus e os
homens, quando na verdade, segundo a fé cristã, há um só mediador entre Deus e
os homens, Jesus Cristo. – 1 Timóteo 2:5.
Ter uma liderança mundial não é o problema, em si,
se esta liderança ensina seus irmãos de culto a serem discípulos de Cristo, não
dela. Nada mais terrível para a fé cristã quando elas, sob o escrutínio das
provas, revela-se como substituta de Cristo, pondo milhões de pessoas debaixo
das palavras de Jesus adulteradas, como se Jesus e ela falassem ao mesmo tempo:
“EU SOU O CAMINHO, e nós o atalho; EU SOU A VERDADE, mas você só aprende a
verdade conosco, E EU SOU A VIDA, mas você só tem a vida eterna se estiver
conosco. (João 14:6) Quando uma liderança mundial se presta a interpretar a
Bíblia para seus asseclas sem permitir que eles concordem ou não, com o devido
respeito a estes líderes, mas apenas lhes dá a liberdade de concordar, então a
liberdade humana nos moldes divinos dá lugar ao farisaísmo, ou, numa linguagem
mais moderna, a uma versão mais light de Estado Islâmico, onde não se mata com
a faca, mas se mata com a letra; onde o ataque terrorista explode não pessoas,
mas sua liberdade de interpretar as Escrituras; onde não se degola crianças da
fé oposta, mas da própria fé quando seus pais resolvem não mais salvá-las quando
o sangue de outrem é o único recurso disponível urgente nas mãos de um médico
competente. No final das contas, parece tudo igual.
Não há liderança amorosa à luz da Bíblia quando ela
afirma “iremos para o céu, e somos o canal de comunicação entre Deus e os
homens” e todos os demais irão viver na terra para sempre. Conseguem criar uma
separação entre eles e seus liderados até mesmo depois de Deus dar a cada um a
vida eterna, quando o Cristo da Bíblia ensina que todos serão um só rebanho, um
só pastor. (João 10:16) Toda autoridade humana numa seita ou igreja que seja
vertical não pode ser o resultado do amor de Deus, mas da paixão pelo poder,
pelo governo. O próprio nome diz, o qual não aparece na Bíblia: Corpo
Governante.
Que este trabalho seja encarado, além do valor
acadêmico, como uma denúncia sobre a estupidez do homem que domina outro homem
para arruiná-lo. (Eclesiastes 8:9) Que seja uma nota de utilidade pública, que
alerte os seres humanos contra o orgulho eclesiástico por trás de uma careta
humilde, como que clamando nas ruas “te amamos quando nos servem, te odiamos
quando não nos servem, e para os amar novamente, voltem a nos servir”.
E como grito de ódio ao que é mal, pois a Bíblia
ordena a odiarmos o que é mal (Salmos 97:10), finda-se este trabalho com o
clamor: Protejam suas crianças de se tornar Testemunha de Jeová, para que
possam apagar suas velinhas de aniversário, para que possam crescer e cursar
uma universidade sem críticas alheias, e para que possam ter a liberdade de
verem, quando for o caso, seus abusadores sexuais irmãos de seita por trás das
grades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, Paulo Sérgio. Manual
de respostas bíblicas. 2ª. Edição. São Paulo: Edições Kairós, 2008.
BÍBLIA SAGRADA Almeida Século 21.
São Paulo: Vida Nova, 2010.
CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento interpretado versículo por versículo. Volume 4. São Paulo:
Hagnos, 2002.
DUPLEY, Timothy. Cristianismo
autêntico: 968 textos selecionados
das obras de John Stott. São Paulo: Editora Vida, 2006.
GEISLER, L. Norman; RHODES, Ron. Resposta às
seitas: um manual popular sobre as
Interpretações Equivocadas das Seitas. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
GRUDEN, WAYNE. Teologia
Sistemática : Atual e Exaustiva. São Paulo: Vida Nova, 2005.
GUNDRY, Robert H. Panorama do
Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2011. 3ª. Edição Revisada e
Ampliada.
HALLEY, Henry Hampton. Manual
Bíblico de Halley: Nova Versão
Internacional (NVI). São Paulo-SP: Editora Vida, 2001.
HENDRIKSEN, William. Comentário
do Novo Testamento: Efésios e
Filipenses. 2ª. Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005.
HOVESTOL, Tom. A Neurose da
Religião: O desastre do extremismo
religioso. São Paulo: Hagnos, 2009.
INTERNET.
https://www.youtube.com/watch?v=7r1xmVaZiA0
KISTEMAKER, SIMON. Comentário
do Novo Testamento : 1 Coríntios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
LOUW, Johannes; NIDA Eugene. Léxico
Grego-Português do Novo Testamento. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil,
2013.
MENEZES, Aldo. Por que
Abandonei as Testemunhas de Jeová: o impressionante depoimento de quem viveu na
seita: Uma resposta bíblica e definitiva. São Paulo: Editora Vida, 2001.
PFEIFFER, Charles Jr. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010.
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso.
Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2008.
SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E
TRATADOS. Anuário das Testemunhas de Jeová de 2013. Cesário
Lange: 2013.
_______A Sentinela de 15 de maio. Cesário Lange, SP. 2012.
______A Sentinela de 1º
de Setembro. Cesário Lange-SP. 2009.
______A Sentinela de
1º. de Outubro. Cesário Lange-SP. 2008.
______O Fim da Religião Está
Próximo. Cesário Lange – SP. 2006.
______Organizados Para Fazer
a Vontade de Jeová.
Cesário Lange-SP. 2005.
______Achegue-se A Jeová.
Cesário Lange-SP. 2002.
______Nosso Ministério do
Reino de Agosto de 2002. Cesário Lange-SP. 2002.
_______ Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático. Cesário
Lange, SP. 2001.
______A Sentinela
de 15 de agosto. Cesário Lange-SP. 1998.
______Despertai! de
22 de maio. Cesário Lange-SP. 1994.
______Nosso Ministério do
Reino de Janeiro. Cesário Lange, SP. Janeiro de 1993.
______As Testemunhas de Jeová
– Proclamadores do Reino de Deus. Cesário Lange-SP. 1992.
______A Sentinela de
1º de Março. Cesário Lange-SP. 1989.
______Raciocínios à Base das
Escrituras. Cesário Lange-SP. 1989.
______A Sentinela de 15 de abril. Cesário
Lange-SP. 1988.
______Despertai! de 8
de julho. Cesário Lange-SP. 1988.
______Nosso
Ministério do Reino – Novembro. Cesário
Lange, SP. 1997.
______Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. Cesário Lange-SP: 1982.
[1][1] Anuário das Testemunhas de Jeová de 2013, pp.
180-187. Cesário Lange: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 2013.
[2][2] Nosso Ministério do Reino de Janeiro, p. 3. Cesário
Lange: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Janeiro de 1993.
[3][3] Despertai! de 8 de julho de 1988, p. 28. Cesário
Lange: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1988.
[4][4]
Sentinela de 15 de maio de 1964, p. 3. Cesário Lange: Sociedade Torre de Vigia
de Bíblias e Tratados, 1964.
[5][5] As Testemunhas de Jeová – Proclamadores do Reino de Deus,
pp. 48, 49. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 1992.
[7][7] Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 190. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 1982.
[8][8]
DUPLEY, Timothy. Cristianismo Autêntico : 968 textos selecionados das obras
de John Stott, p. 465. São Paulo: Editora Vida, 2006.
[11][11]
VINE, W. E. Dicionário VINE : O Significado Exegético e Expositivo de
Palavras do Antigo e do Novo Testamento, p. 939. Rio de Janeiro: CPAD,
2002.
[13][13]
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento, p.
285. São Paulo: Hagnos, 2008.
[15][15]
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, p.
596, Volume 4. São Paulo-SP:
Hagnos, 2002.
[16][16] WOOD, A. Skevington. The
Expositor´s Bible Commentary, p. 56, Volume 11. Grand Rapids, Michigan-EUA
: The Zondervan Coporation, 1978.
[17][17] TURNER, Max. Comentário Bíblico
Vida Nova, pp. 1858, 1859. D. A. Carson... [at Al.]. – São Paulo-SP: Vida
Nova, 2009.
[18][18]
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento : Efésios e Filipenses, p.
221. 2ª. Ed. São Paulo : Cultura Cristã, 2005.
[25][25]
MENEZES, Aldo. Por que Abandonei as Testemunhas de Jeová: o impressionante
depoimento de quem viveu na seita: Uma resposta bíblica e definitiva, p.
332. São Paulo : Editora Vida, 2001.
[30][30]
HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley: Nova Versão Internacional
(NVI), p. 103. São Paulo-SP: Editora Vida, 2001.
[34][34]
HOVESTOL, Tom. A Neurose da Religião : O desastre do Extremismo Religioso, p.
82. São Paulo : Hagnos, 2009.
[39][39] GEISLER, L. Norman &
RHODES, Ron. Resposta às Seitas: Um Manual Popular sobre as Interpretações Equivocadas das Seitas, p.
39. Rio de Janeiro-RJ: CPAD, 2000.
[40][40]
BATISTA, Paulo Sérgio. Manual de Respostas Bíblicas, p. 378. 2ª. Edição.
São Paulo: Edições Kairós, 2008.
[44][44] Despertai! 8 de junho de 1967, p. 25 (em Inglês). New York, EUA: Watchtower Bible And
Tracts Society, Brooklyn. 1967.
[45][45] A Sentinela 15
de março de 1969, p. 171, Volume encadernado
(em inglês). New York,
EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.
[46][46] Despertai! 22 de maio
de 1969, p. 15 (em Inglês). New
York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.
[47][47] Ministério do Reino, junho de 1969, p. 3 (em Inglês).
New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.
[48][48] A Sentinela 15 de agosto de 1992, pp. 28, 29. New York, EUA: Watchtower Bible And
Tracts Society, Brooklyn. 1969.
[50][50]
KISTEMAKER, SIMON. Comentário do Novo Testamento : 1 Coríntios, p. 781.
São Paulo-SP: Cultura Cristã, 2004.
[51][51]
LOUW, Johannes & NIDA Eugene. Léxico Grego-Português do Novo
Testamento, p. 295. Barueri, SP : Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
[52][52] Organizados
Para Fazer a Vontade de Jeová, p. 156. Cesário Lange: Sociedade Torre de Vigia
de Bíblia e Tratados, 2005.
[53][53]
Nosso Ministério do Reino de Agosto de 2002, p. 4. Cesário Lange-SP :
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 2002.
[54][54] A
Sentinela 15 de Janeiro de 1971, p. 31. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia
de Bíblias e Tratados, 1971.
[55][55] A Sentinela de 15 de abril de 1988, página 28, parágrafo 14. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados, 1988.
[56][56] A Sentinela de 15 de dezembro de
1981, pp. 24, 25. Cesário Lange-SP :
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.
[57][57] A Sentinela 15 de dezembro de 1981,
p. 24. Cesário Lange-SP : Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.
[58][58] A Sentinela 15 de dezembro de 1981,
p. 24. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.
[59][59]
STEVE & LOIS RABEY. Lado a Lado : Um manual de discipulado, p. 95. Rio de Janeiro-RJ : Editora Sepal, 2004.
[60][60] A
Sentinela 15 de dezembro de 1981, p. 27.
Cesário Lange-SP : Sociedade Torre
de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.
[61][61] GRUDEN, WAYNE. Teologia
Sistemática : Atual e Exaustiva, p. 715. São Paulo: Vida Nova, 2005.
[63][63]
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento, p. 97. São Paulo-SP :
Vida Nova, 2011. 3ª. Edição Revisada e Ampliada.
[64][64] Organizados Para Fazer
a Vontade de Jeová, p. 53. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados,
Cesário Lange-SP. 2005.
[65][65] Organizados para Fazer a Vontade de Jeová, pp. 45-53.
Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados, 2005.
[66][66] A
Sentinela 1.º de fevereiro de 1959, pp. 95 e 96. Sociedade Torre de Vigia
de Bíblias e Tratados, Cesário Lange-SP.
1959.
[67][67] A
Sentinela de 15 de março de 1962, p. 174. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados, Cesário Lange-SP. 1962.
[68][68] A
Sentinela de 15 de outubro de 1974, p. 640. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias
e Tratados, Cesário Lange-SP. 1974.
[69][69]
Despertai! de 22 de agosto de 1975, p. 29. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias
e Tratados, São Paulo-SP. 1975.
[70][70] A Sentinela de 1 de dezembro de
1978, p. 31. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados : São Paulo, SP.
1978.
[71][71] Nosso Ministério do
Reino, janeiro de 1987, p. 8, parágrafo 2. Sociedade Torre de Vigia de
Bíblias e Tratados: Cesário Lange, SP. 1987.
[72][72] Beneficie-se da Escola
do Ministério Teocrático, p. 34. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados : Cesário Lange, SP. 2001.
[73][73]Nosso Ministério do Reino - Novembro de 1997, p. 7,
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados : Cesário Lange, SP.
1997.
[74][74] A Sentinela 15 de
maio de 2012, pp. 12, 13. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados :
Cesário Lange, SP. 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário