Os discípulos de Himeneu e Fileto - O Peregrino

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domingo, 4 de dezembro de 2016

Os discípulos de Himeneu e Fileto

Poucos leitores da Bíblia estão familiarizados com os dois personagens bíblicos, Himeneu e Fileto, e muito menos com os seus ensinos, os quais Paulo criticou na sua segunda carta a Timóteo (2Tm. 2.16-18). Não é fácil também obtermos informações sobre eles em vários dicionários bíblicos. Leiamos o que dizem os versículos apontados:

“Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto. Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns”.

Embora Himeneu seja mencionado duas vezes na Bíblia, uma no texto em apreço e outra em 1 Timóteo 1.19-20, Fileto é mencionado uma única vez e pouco sabemos de suas vidas como obreiros e companheiros do apóstolo Paulo.

Três informações colhemos de 2 Timóteo 2.16-18:

1.  a) Se desviaram dá verdade;
2.  b) Afirmavam que a ressurreição era acontecimento do passado;
3.  c) Perverteram a fé de alguns.

Podiam realmente ser enquadrados no que Paulo declarou em 1 Timóteo 4.1: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos dias, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios. Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”.

O nome Himeneu é derivado de Hímen, deus grego do casamento. Himeneu se tornou apóstata do Cristianismo, durante o primeiro século. Na sua apostasia doutrinária, juntamente com um certo Fileto, ensinava doutrinas falsas, e pervertiam a fé de alguns. O ensino falso deles era que a ressurreição já era coisa do passado. Uma pergunta surge: como poderiam afirmar que a ressurreição era já feita se ela realmente não podia ser comprovada por ninguém da época? Contra fatos não há argumentos. Se realmente a ressurreição já ocorrera como um fato, qualquer argumento contra esse fato em nada adiantaria. Entretanto, a explicação desses homens, pervertidos doutrinariamente, era simples: a ressurreição ocorrera apenas simbólica ou espiritualmente. Nada literal. Ora, nós sabemos que a ressurreição espiritual ou simbólica ocorre com os que estão vivos fisicamente e mortos espiritualmente. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas a pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2.1-5).

Como vemos, os mortos espiritualmente, quando recebem a Cristo como Salvador, ressuscitam espiritualmente: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não das que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3.1-3). Abordando depois a ressurreição dos corpos, literal, e não mais espiritual ou simbólica, continua Paulo: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (verso 4).

A EXPECTATIVA DOS PRIMITIVOS CRISTÃOS

Podemos afirmar que a grande expectativa dos primitivos cristãos, nos dias de Paulo, era com relação à segunda vinda de Cristo. Esperavam que essa vinda se desse ainda em seus dias. Entretanto, a grande dúvida que tinham era com relação àqueles que tinham morrido antes de se ter dado a segunda vinda de Cristo. Qual a situação deles? Será que esses cristãos falecidos iriam participar da ressurreição por ocasião da vinda de Jesus? Paulo então esclarece: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não tem esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele” (1 Tessalonicenses 4.13-14).

O FATO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

Paulo tomando conhecimento dessa dúvida procura argumentar em favor da ressurreição dos cristãos já mortos e como base fundamental para essa ressurreição estava o fato da própria ressurreição de Cristo. Expõe que testemunhas oculares ainda vivas poderiam atestar o acontecimento da ressurreição de Cristo.

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo.” (1 Co 15.3-6) Dessa forma, os cristãos não precisavam alimentar suas dúvidas quanto aos que dormiram no Senhor. É preciso ter presente que a palavra dormir não se refere à alma ou ao espírito, mas ao corpo. O corpo dorme, “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.” (Mt 27.52) Assim, ao morrer os espíritos dos cristãos partiam para estar com Cristo (At 7.59; 2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23) e os corpos ressuscitariam por ocasião da volta de Jesus (1 Ts 4.14).

OS QUE NEGAVAM A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Havia naqueles dias também falsos mestres que negavam a ressurreição de Jesus. Paulo então estabelece os seguintes pontos: os mortos ressuscitam tendo em vista a ressurreição de Cristo; ou não há ressurreição de mortos, o que implicaria na negação da ressurreição de Cristo, um acontecimento historicamente comprovado:

“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam” (1 Coríntios 15.12-14). Mas conclui Paulo: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15.20).
Com base na ressurreição de Cristo, estabelece o que acontecerá por ocasião de Sua vinda: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15.51-52).

A RESSURREIÇÃO ERA JÁ PASSADA

À semelhança do ensino de Himeneu e Fileto, que se desviaram da verdade e ensinavam aos seus contemporâneos ter já ocorrido a ressurreição, também hoje encontramos os discípulos desses dois falsos mestres que repetem o mesmo ensino criticado por Paulo. Afirmam que a primeira ressurreição, apontada em Apocalipse 20.4-6, já se deu: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles… e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal nas suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem- aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. Essa ressurreição é chamada a primeira em dois sentidos: primeiro no tempo e primeiro na qualidade do corpo ressuscitado, isto é, um corpo glorificado como ocorreu com Jesus (Filipenses 3.20-21).

DATAS DA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO

Como a confusão doutrinária é uma característica das Testemunhas de Jeová, que dificilmente sustentam um mesmo ensino por muito tempo, o mesmo ocorre com respeito à data da ocorrência da primeira ressurreição, que, segundo antigo ensino, se deu em 1878 e 1918. Duas datas foram indicadas para essa ressurreição espiritual e simbólica pregada por essa organização religiosa:

1878 – “Por exemplo, foi em 1927 que A Torre de Vigia apontou que os membros fieis do corpo de Cristo que dormiam não foram ressuscitados em 1878 [como certa vez se pensava]” (Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, p. 149-STV).

1918 – “Uma das muitas verdades esclarecedoras que Deus forneceu então às suas testemunhas, referia-se aos membros da nação espiritual de Deus, que já tinham morrido fisicamente. Isto se deu em 1927. Naquele ano, as testemunhas entenderam que os israelitas espirituais falecidos tinham sido ressuscitados em 1918 à vida no céu, junto com Cristo Jesus. Tratava-se, naturalmente, duma ressurreição invisível. Invisível aos olhos humanos, a ressurreição dos membros falecidos da nação espiritual de Deus para a vida celestial deu-se conforme a Bíblia predissera” (Do Paraíso Perdido ao Paraíso Restaurado, p. 192- STV).

Cumpre-se, com as Testemunhas de Jeová, o que Deus falou por meio do profeta Jeremias: “E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). Com que desfaçatez declaram: “Uma das muitas verdades esclarecedoras que Deus forneceu”. Atribuem a Deus a falsa profecia de que os mortos ressuscitaram em 1918, quando já o tinham dito para 1878. Deus não é um “Deus de confusão” (1Coríntios 14.33).

Insistem em afirmar a mesma mentira religiosa: “A partir de 1918, quando um dos últimos da nação espiritual de Deus morre, ele não precisa dormir na morte. Deus o ressuscita na morte para a vida no céu, assim como o apóstolo disse a respeito dos últimos                                   da nação espiritual de Deus, que vivessem depois de 1918: “Nem todos dormiremos na morte, mas todos seremos mudados, num momento, num abrir e fechar de olhos” (Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, p. 192, edição de 1959, STV).

“Toda a evidência indica que essa ressurreição celestial começou em 1918, após a entronização de Jesus, em 1914” (REVELAÇÃO Seu Grandioso Clímax, p. 103, edição de 1988, STV).

ALGO INQUIETANTE ENTRE AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

A grande pergunta que se deve fazer às Testemunhas de Jeová é: 

Como poderia ter a primeira ressurreição ocorrido em 1878, e depois a mesma ressurreição ter ocorrido em 1918? Por exemplo, a ressurreição de Jesus teve a comprovação de várias pessoas e ainda de estar o seu túmulo vazio:

“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou- lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles, ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou e comeu diante deles” (Lucas 24.33-43).

“Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mão, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20.25-29).

Mas, qual a prova da primeira ressurreição ter ocorrido em 1878 segundo ensinavam as Testemunhas de Jeová? E por que essa ressurreição não foi comprovada por ninguém? Por que a ressurreição ensinada por elas é estritamente espiritual? A ressurreição ocorreu só na mente das Testemunhas de Jeová, e tanto é assim que a seu bel prazer mudaram a data para 1918. Recorrem à válvula da invisibilidade.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ PERVERTEM A FÉ DE MUITOS

No seu afã de sobreviver à Batalha do Armagedom, as Testemunhas de Jeová cumprem rigorosamente o que seu Corpo Governante determina, para que ganhem a vida eterna no paraíso na terra. Devem empregar várias horas por dia para divulgar a mensagem do reino de Jesus estabelecido no céu em 1 de outubro de 1914.

“Contando-se 2.520 anos a partir de princípios de outubro de 607 A. E. C. chegamos a princípios de 1914” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 111).

“A evidência bíblica mostra que no ano de 1914 E.C. o tempo de Deus chegou para Cristo voltar e começar a dominar” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra? p. 147/16).

“A volta de Cristo não significa que ele volta literalmente a esta terra. Antes, significa que assume o poder do Reino com relação a esta terra e volta sua atenção para ela. Ele não precisa deixar seu trono celestial e realmente vir à terra” (Poderá Viver…, p. 147/16).

Nesse trabalho, duas vezes por semana, um grande perigo correm as pessoas, quando recebem em suas casas a visita de duas pessoas que se identificam como Testemunhas de Jeová, e que estão advertindo as pessoas sobre o perigo do Armagedom. Para que possam sobreviver ao Armagedom precisam abandonar sua religião e entrar para a Sociedade Torre de Vigia, a única organização visível de Deus na terra. Agregando-se às Testemunhas de Jeová a liberdade delas está perdida. Assim, a liderança das testemunhas passa a dominar tais pessoas, que se tornam propagadoras dos ensinos heréticos dessa organização, destacando-se que creem na existência de uma classe de pessoas que vai morar no céu, e que já ressuscitou espiritualmente, para morar com Cristo no céu a partir de 1878, posteriormente mudado para 1918. Afastam-se assim da verdade bíblica e pervertem as Escrituras para sua própria perdição. Jesus advertiu sobre o perigo às nossas portas, dizendo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que veem até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mateus 7.15). E se cumpre o que declamou Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Timóteo 3.13).

A GRAVIDADE DO ENSINO DE HIMENEU E FILETO

Para avaliarmos a gravidade do ensino falso de Himeneu e Fileto, Paulo os entrega a Satanás. Disse Paulo: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia; conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” ( 1 Timóteo 1.18-10).


Pr. Natanael Rinaldi

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