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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Conversa entre Jesus e Pilatos

Objeção cética: Como é que os escritores do Evangelho poderiam saber o conteúdo da conversa privada entre Jesus e Pôncio Pilatos, sendo que isso aconteceu pouco antes de sua crucificação (João 18:28-40)?

Algumas pessoas tentam justificar sua descrença no cristianismo com o argumento de que a Bíblia contém dificuldades e contradições irreconciliáveis. Um amigo cético recentemente me perguntou como os escritores do Evangelho poderiam saber a natureza da conversa privada que Jesus teve com Pôncio Pilatos. Afinal de contas, os apóstolos não estavam a par deste diálogo confidencial. Existem duas explicações para esta objecção, uma puramente natural e a outra sobrenatural (ou teológica), mas as duas não são mutuamente exclusivas.

Em primeiro lugar, dada a natureza da grande controvérsia em Jerusalém acerca de Jesus de Nazaré e seu julgamento público pelos romanos (Lucas 24:13-24), Pilatos pode simplesmente ter falado com outras pessoas sobre o conteúdo de sua conversa com Jesus. Esses detalhes verbais podem ter sido transmitidos a outros líderes romanos e/ou aos líderes religiosos judeus e, posteriormente, para os seguidores de Jesus. Vale lembrar que Jesus também tinha seguidores secretos tanto dentro da liderança romana (Centurião, Mateus 8:5-13) e judaica (Nicodemos, João 3:1-15).

Sem dúvida, os apóstolos estavam interessados em todos os detalhes concernentes a prisão, julgamento e a posterior execução de Jesus. Não é difícil imaginar como o conteúdo desta conversa pode ter vazado, especialmente para as pessoas-chave envolvidas nos eventos. Embora as pessoas hoje possam argumentar que isso é “boato”, os antigos não diriam a mesma coisa. Eles podem muito bem ter interpretado isso como um outro detalhe importante transmitido por fontes confiáveis relacionadas ao julgamento público e a crucificação de Jesus. Além disso, se os detalhes dados acerca dessa suposta conversa fossem factualmente falsos, os críticos hostis (que também podem ter sido informados sobre a natureza exata dessa conversa) poderiam simplesmente desmenti-los.

Em segundo lugar, o conteúdo desta conversa privada entre Jesus e Pilatos pode ter chegado aos autores dos Evangelhos através do processo de inspiração divina. No Evangelho de João, capítulos 14-16, Jesus informou aos apóstolos que o Espírito Santo viria a orientá-los, informá-los, e dar-lhes recordação exata dos acontecimentos verídicos sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus. Considere estas duas afirmações bíblicas sobre o papel do Espírito Santo ao inspirar os autores bíblicos:

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João 14:26)

Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. (João 16:13)

Biblicamente falando, a inspiração divina poderia servir para dar aos apóstolos novas informações ou para confirmar a verdade de informações retiradas de outras fontes. Portanto, a partir da perspectiva cristã, ambas estas explicações podem estar corretas.


Fonte: olhaievivei.wordspress.com.br
Foto: google

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