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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Os Quatros Erros



São basicamente quatro os erros principais que polemiza a teologia da igreja voz da “verdade”, são eles:

1 – A natureza de Deus (a doutrina da trindade)

– o que o ministério voz da verdade prega e crê (IEVV)

O Ministério Voz da Verdade crê que existe UM SÓ DEUS, e não TRÊS DEUSES. Um só Deus, se manifestando de várias formas: como PAI, criador do mundo, como FILHO, veio resgatar o homem do pecado e como ESPÍRITO SANTO está atuando hoje em nossas vidas. (site oficial)

2- Análise das Crenças Unicistas da Igreja Voz da Verdade

Para nós, trinitaristas, Jesus é uma pessoa muito amada a quem tributamos honra, glória e louvor (Ap 5.11-13). Nestes versículos bíblicos, Jesus, o Cordeiro, recebe com Deus, o Pai, adoração de todos os anjos do céu.

Demais disso, não cremos tampouco em três deuses, isto se chama triteísmo. Este falso conceito de Deus divide a substância divina consequentemente em três Seres separados. Por outro lado, a crença ortodoxa na Trindade nunca admite isso, pois as escrituras falam de um só Deus e não três.

Inquestionavelmente, aceitamos que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, com apoio de Cl 2.9, que diz: Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Duas naturezas – a divina …e o Verbo era Deus (Jo 1.1); e a humana …e o Verbo se fez carne (Jo 1.14) em uma só pessoa.

Paralelamente, afirmamos com 1 João 5.20, que Jesus é o verdadeiro Deus: E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (destaque nosso). Mas a IVV não crê assim, como lemos na sua declaração de fé citada: colocam o Pai e o Filho como personificações e não como personalidades distintas na Trindade.

3 – A Bíblia – um livro cristocêntrico

Que a Bíblia fala de uma pessoa central e que a Bíblia é um livro cristocêntrico, não há dúvidas. Que há um só Deus e que o primeiro mandamento proíbe a existência de outros deuses, nenhum cristão genuíno nega Não terás outros deuses diante de mim (Dt 5.7).

No entanto, Deus é uma palavra polissêmica que se emprega para o Pai (Ef 1.3), para o Filho (1 Jo 5.20) e para o Espírito Santo (At 5.3-4). Tanto é que Deus em Gn 1.1 se aplica à Trindade, pluralidade em unidade. No princípio criou Deus (Elohim) o céu e a terra. A palavra Elohim aparece cerca de 2.500 vezes nas Escrituras hebraicas. Isso é repetido em Gn 1.26 quando o verbo façamos e o pronome nossa aparecem no plural indicando uma pluralidade na unidade. Pluralidade de pessoas e unidade de natureza.

Que outra maneira haveria de explicar-se o emprego dessa palavra senão para indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?

Acresce de importância quando se sabe que existe uma palavra Eloah para referir-se a Deus de modo singular. O uso de Elohim, com referência à Trindade, se torna mais acentuado pelo fato de que a palavra se usa algumas vezes em concordância com verbos e pronomes no plural, enfatizando-se a forma plural da palavra.

alguns exemplos:

Gênesis 1.26: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…

Nota: O uso do verbo façamos e do pronome nossa é revelador do sentido de que Elohim serve para indicar a pluralidade de pessoas. Sabemos que o nome Elohim por si só não prova a unidade composta, no entanto o contexto apoia a unidade composta de Deus (Gn 1.26; 3.22; 11.7).

Gênesis 3.22: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.

Nota: O uso do pronome plural nós indica pluralidade de pessoas.

Gênesis 11.7: Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.

Nota: Enquanto o substantivo Deus está no singular, os verbos desçamos e confundamos flexionam-se na primeira pessoa do plural indicando pluralidade de pessoas na unidade.
De modo algum podemos dizer que há uma só pessoa na divindade, os fatos quando claramente analisados não comportam tal ideia.

4 – contra a trindade

O senhor Antônio Carlos Prieto Martins, no artigo Manifestações de Deus e não de Pessoas Distintas no site oficial do Conjunto Voz da Verdade declara:

O principal motivo da doutrina romana é confundir os crentes salvos em Cristo Jesus, os quais possuem um contato íntimo com Deus e sabe muito bem quem é Deus, e de nada é confundido. Essa doutrina de que existem 3 Pessoas distintas é tão contraditória, que quem tenta explicá-la, acaba se confundindo e diminuindo o poder de Deus.

Vocês não crêem na Trindade?

Resposta: “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3 pessoas distintas, separadas, pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar, tirando a glória Dele.”(site oficial)

Resposta Apologética:

Se estas palavras partissem de uma Testemunha de Jeová entenderíamos a falta de critério usado na abordagem da questão, mas partindo do site de um conjunto que se diz comungar com as igrejas evangélicas, isto é tanto inadmissível como perigoso.

A doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega, primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano.O Concílio de Nicéia em 325 a.D. reconheceu a deidade absoluta de Jesus, contestando a doutrina de Ário, que ensinava ser Jesus uma criatura de Deus.

É preciso ainda diferenciar tecnicamente entre Trindade Ontológica e Trindade Econômica para não cairmos no mesmo erro da citação acima de que Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar, tirando a glória Dele.

Por Trindade Ontológica queremos dizer que a divindade co-existiu por toda a eternidade tendo a mesma substância, poder e glória iguais. Já a Trindade Econômica é como esse mesmo Deus Triúno se manifestou na história do mundo, em específico na salvação do homem. Há como uma divisão de tarefas para cada membro da Trindade: primeiro o Pai planejou, segundo o Filho executou esse plano de redenção deixando a última parte ao Espírito Santo, o qual aplica a regeneração e a santificação desta obra no coração do salvo. Daí a sequência: 1º – Pai, 2º – Filho e 3º – Espírito Santo. Erra barbaramente quem pensa que esta sequência prova algum tipo de desigualdade entre os membros da Trindade. É puramente uma questão funcional e não de natureza.

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