ATEÍSMO
O termo ateísmo vem do prefixo grego a, “não”, e de theos, “Deus”. O ateu não acredita na existência de qualquer divindade. Ao contrário do teísta, que acredita que Deus existe além do e no mundo, e do panteísta, que acredita que Deus é o mundo, o ateu crê que não há Deus neste mundo nem no além. Apregoa que o Universo surgiu por acaso, ou que sempre existiu, sustentado por leis inerentes e impessoais. O ateísmo é comumente classificado em duas classes: ateísmo teórico e ateísmo prático.
a) O ateísmo teórico ou filosófico, mais intelectual, nega a existência de Deus fundamentando-se num processo de raciocínio;
b) O ateísmo prático não reconhece a existência de Deus, e seus adeptos vivem como se Ele de fato não existisse.
Vários pensadores iluministas eram ateus militantes, entre eles os filósofos franceses Voltaire e Jean-Paul Sartre. Os ateus e críticos da religião mais articulados e conhecidos do século XIX foram os filósofos alemães Ludwig Feuerbach, Karl Marx, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche. O filósofo britânico Bertrand Russel, o psicanalista austríaco Sigmund Freud e Jean-Paul Sartre estão entre os ateus mais influentes do século XX.
AGNOSTICISMO
A palavra agnóstico provém de duas palavras gregas (a, “não” + gnostikós, “que conhece”), ou seja, “não conhecimento”. Este termo foi criado pelo professor T. H. Huxley (1825-1895), inspirado em David Hume (1711-1776) e Immanuel Kant (1724-1804).1
O agnóstico não nega a existência de Deus, mas sim a possibilidade do conhecimento de Deus. É o sistema que ensina que não sabemos, nem podemos saber, se Deus existe ou não. Seus simpatizantes dizem acreditar unicamente no que se pode ver e tocar.
MATERIALISMO
O materialismo não acredita na existência do espírito ou de seres espirituais. Para seus adeptos, toda a realidade é simplesmente matéria ou redutível a ela. Assim, afirmam que não existe vida pós-morte, o céu e o inferno, que são apenas estados terrenos de prazer ou sofrimento, sucesso ou fracasso, nada mais. Para os materialistas, quando o corpo morre, a alma também morre, decompondo a matéria; a mente estaria destruída. Portanto, para eles não existe juízo superior ao nível humano; o pecado é apenas imperfeição da natureza humana.
PANTEÍSMO
Panteísmo (do grego pan, “tudo”, “todas as coisas”, e theos, “Deus”) é a doutrina que afirma a identidade substancial de Deus e do universo, os quais formariam uma unidade e constituiriam um todo indivisível. Para os panteístas, Deus não é transcendente ao universo e dele não se distingue nem se separa. Pelo contrário, é-lhe imanente; todas as coisas estão de alguma forma identificadas com Deus. A conclusão seria: o mundo é Deus e Deus é o mundo.
Os filósofos Spinoza e Hegel, foram os panteístas mais conhecidos da modernidade. Spinoza identifica Deus com a natureza (Deus sive natura), enquanto Hegel identifica Deus com a História.
POLITEÍSMO
Este termo deriva-se do grego poly, “muito”, e theos, “deus”. Politeísmo é a cosmovisão que afirma a existência de vários deuses e deusas. Nega a existência de uma divindade absoluta como ensina a Bíblia. É uma das crenças mais antigas que existe. Segundo Geisler, “o politeísmo grego entrou em declínio com a ascensão do teísmo filosófico de Platão e Aristóteles. O politeísmo romano praticamente morreu com a ascensão do cristianismo no ocidente”.2
DEÍSMO
É a crença em uma divindade que fez o mundo e tudo que nele há, mas deixou que sua criação fosse regida pelas leis naturais, sem sua interferência. É um teísmo sem milagres, além de rejeitar a inspiração divina das Escrituras. Assim, o deísmo “é a religião natural baseada no raciocínio puramente humano”.3
DUALISMO
O dualismo é o sistema filosófico que admite a existência de dois reinos, dois princípios co-eternos em conflito um com o outro, tais como matéria e espírito ou bem e mal. O platonismo é o exemplo do primeiro e o zoroastrismo, o gnosticismo e o maniqueísmo são exemplos do segundo.
Grande parte das seitas orientais é dualista. Creem que existem duas forças cósmicas, duas energias opostas que formam o universo e tudo que nele há. Essas duas energias recebem o nome de Yin e Yang. A força positiva do bem, da luz e da masculinidade é o Yang; a essência negativa do mal, da morte e da feminilidade é o Yin.
1 Baseado em Atos 17.23, que no idioma original grego tinha a inscrição Agnosto Theo (o deus desconhecido), ele interpretou erroneamente essa passagem das Escrituras.
2 GEISLER, Norman. Enciclopédia de apologética – respostas aos críticos da fé cristã. São Paulo: Vida, 2002. p. 707.
3 OLIVEIRA, Raimundo. As grandes doutrinas da Bíblia. 9ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 50.
4 BETESDA, Faculdade Teológica. Curso Fundamental de Teologia – Mód. I
Fonte: www.teologaroficial.com.br
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