“Mas, ainda que nós ou mesmo um
anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado,
seja anátema... Repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que
recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:8-9
A fé é o bem supremo do ser
humano. Sem ela não temos acesso à salvação e ao mundo de Deus. Exatamente por
isso, Satanás age para matá-la ou desviá-la, de tal maneira que não possamos
desfrutar do que o Criador nos preparou.
Não sei o que é pior, se a
ausência de fé ou a fé sincera desperdiçada no engano das religiões. Tanto uma
coisa quanto a outra mantém o homem perdido, sem direito à vida eterna.
De um modo geral, as pessoas
vivem sob a mentalidade de que Deus aceita tudo, ou quase tudo. É confortável
acreditar que Ele nos abençoa de qualquer maneira, ainda que desconheçamos sua
vontade. O velho sofisma de que “todos os caminhos levam a Deus” e de que
“todos somos filhos de Deus” tem adormecido a consciência de grande parte dos
que não chegam ao cúmulo de assumirem-se ateus. E assim, enganados por um falso
conceito, semeiam sua fé em terreno estéril.
Não é verdade que todos os
caminhos levam a Deus. Jesus afirmou categoricamente: “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14:6). Essas me
parecem ser palavras muito diretas. Mas se elas não bastam, há outros textos
bíblicos tão categóricos quanto esse. Atos 4:2 é um exemplo. Falando de Jesus,
ali está decretado: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual possamos ser
salvos”.
A não ser que desprezemos a
Bíblia, único registro autêntico e sagrado da Palavra de Deus, não há como
afirmar que um homem está salvo, se ele não tiver uma experiência de
arrependimento e entrega da sua vida a Cristo, reconhecendo-o como seu único
Senhor e suficiente salvador.
A ideia corrente de que todo
mundo é filho de Deus também não encontra respaldo nas Escrituras Sagradas. O
que, na verdade, a Bíblia diz é: “Jesus veio para o que era seu, mas os seus
não o receberam. A todos, porém, que o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, os que crêem no seu nome” (Jo 1:11,12). Em
outras, palavras, homem algum é filho de Deus, a não ser que receba Jesus em
seu coração e creia nEle. Há uma grande distância entre ser criatura e ser
filho. Criaturas, todos somos. Filhos, apenas os da verdadeira fé.
Outro grande equívoco, a luz da
Palavra de Deus, é o de que nossas obras podem salvar-nos, ou seja, de que se
formos “bons” teremos direito à vida eterna. Algumas das religiões mais
praticadas no Brasil pautam-se nessa proposta. Entretanto, se o comportamento
correto do homem pudesse salvá-lo, o sacrifício de Jesus na cruz teria sido em
vão. Porque Ele morreria, entregando seu sangue como pagamento dos nossos
pecados, se nós mesmos pudéssemos conquistar a vida eterna por esforço próprio?
Ou será que uma parte do homens, os “bons”, não precisa de salvação?
Contradizendo veementemente o
poder salvífico das boas obras, o que lemos na Bíblia é que “todos os homens
pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23). E ainda: “Não há
justo, nenhum sequer” (Rm 3:10). Sendo assim, admitindo que todos nós estamos
encerrados na condição de pecadores e perdidos, condenados à separação eterna
de Deus, como podemos salvar-nos? A resposta é absolutamente clara na Palavra:
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9). Na verdade, as boas
obras devem ser consequência e não causa da nossa salvação. É o que diz o
versículo seguinte, escrito pelo apóstolo Paulo: “Pois somos feitura dele,
criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para
que andássemos nelas” (Ef 2:10).
Fico penalizado ao ver que
pessoas sinceras e que amam a Deus estão enganadas por um “evangelho” que se
choca a verdadeiro evangelho, o que está nas Escrituras. Muitas delas foram
convencidas de que a reencarnação ou a sucessão de muitas vidas as levará a um
aperfeiçoamento e, finalmente, à salvação. No entanto, o que a Bíblia diz é que
“ao homem está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disto o juízo” (Hb
9:27).
Você se lembra daquele
malfeitor, crucificado ao lado de Jesus? Ao arrepender-se e confessar sua fé em
Cristo, ele pediu: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. E
qual foi a resposta de Jesus? “Em verdade, em verdade te digo que hoje mesmo
estarás comigo no paraíso” (conf. Lc 23:42-43). Perceba que a salvação foi
instantânea, em resposta ao seu arrependimento e fé. Jesus não lhe falou sobre
reencarnações e nem tampouco ele teve oportunidade de tornar-se “bom” para
merecer a vida eterna, uma vez que sua história fora manchada por muitos crimes
e ele estava morrendo ali, incapaz de reconstruir sua biografia. Simplesmente
creu e pela graça foi salvo.
Há tantos enganos na religião
que despreza a Bíblia ou a rebaixa ao mesmo patamar de outros escritos. E por desconhecer
a palavra, gente sincera está desperdiçando a sua fé. É por isso que Deus
lamenta: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento” (Os
4:6). E Jesus revela a única saída para isso: “Conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará” (Jo 8:32).
Dê graças a Deus porque hoje
você está conhecendo o verdadeiro evangelho. Apegue-se a ele e creia
totalmente. Divulgue-o para quem ainda está desperdiçando a sua fé no engano
das religiões. Rejeite todo ensino que estiver além das Escrituras. Se não está
na Bíblia, é anátema (maldição)!
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Danilo Figueira é um dos pais da Comunidade Cristã de
Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e de ensino, liderando
a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele tem atuado como
conferencista pelo Brasil e exterior, com forte ênfase na formação de
liderança, e provido cobertura apostólica para muitos ministérios. Os escritos
do Pr. Danilo, especialmente a série de livros "LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA
COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras igrejas e suas Escolas de
Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas como o Inglês, o Francês
e o Espanhol.
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