Diz um ditado popular que: “a única certeza que temos desse mundo é que não sairemos dele vivo”! Essa afirmação costumeira nos leva a um dos grandes dilemas da humanidade, que é: existe vida após a morte?
Existem
milhares de “teorias” que tentam de alguma forma explicar essa questão,
desde os mais céticos, aos mais românticos e poéticos. No entanto,
nossa prioridade é sempre consultar o que o próprio Deus nos diz a cerca
disso, e sem dúvida alguma, é nas Sagradas Escrituras que encontraremos
essa resposta.
É
preciso lembrar que Deus criou o homem e o colocou numa terra perfeita,
sem doenças e sem pecados, onde tudo era bom. O homem por sua vez,
preferiu se rebelar contra o mandamento divino optando pelo pecado em
vez da obediência. Veio então a queda do homem gerando a morte! (Gn.
03). Esse ato trouxe consequências devastadoras para a humanidade, o
homem separou-se de Deus e sua natureza se corrompeu totalmente
impedindo-o de voltar-se para Deus por sua livre escolha (Rm 3:23; Ecl
7:20). Estávamos assim escravizados pelo pecado e condenados a voltar ao
pó de onde viemos (Gn 3:19; Ecl 3:20).
Durante
a criação do homem, Deus usou dois elementos fundamentais para a nossa
formação, um temporal (pó da terra) e outro atemporal (fôlego da vida).
Nessa junção dicotômica foi criado o homem, uma alma vivente (Gn 2). Mas
se a carne voltará ao pó, para aonde irá nossa alma?
Cristo
nos ensina uma parábola que simboliza justamente esse estado pós-morte
(Lc 16:19-31). Duas pessoas morrem e aparecem “conscientes” num outro
lugar, e lá percebemos dois lugares bem distintos, um de angustia e
sofrimento, e o outro comparado ao seio de um pai, um lugar de conforto.
A Bíblia nessa parábola nos mostra que após a morte o homem partirá
para uma espécie de mundo dos mortos (hades).
Tendo
isso em mente podemos agora saber que existem basicamente dois caminhos
após a morte, um que leva ao lugar do sofrimento da alma, e o outro ao
conforto da alma.
Mas
pelo texto, o único modo pelo qual conseguiremos alcançar o lugar de
conforto, é nos arrependendo através de ouvir o que “Abraão” chama de
“Moisés (Lei) e os Profetas”, ou seja, o Evangelho da Glória e Graça de
Deus. A Lei e os Profetas apontam para o Cristo, aquele que é “o
caminho, a verdade e a vida”.
É
unicamente pela fé graciosa no Messias (Jesus), algo que não vem de
nós, mas de Deus, é que teremos acesso a esse lugar de descanso, não
importa a quantidade de obras que você faça aqui, pois é impossível ao
homem salvar-se a si mesmo. O evangelho é muito claro quando diz que: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9) e em outro lugar diz: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:1).
Sem Cristo como condutor ao paraíso, só restará o tormento e a angústia
eterna. Estreita é a porta que leva a salvação... Cristo é essa porta
estreita!
A
Bíblia chama esse estado de primeira morte. A primeira morte nos
conduzirá a este lugar onde os que morrem com e sem Cristo aguardarão o
grande dia. Este é um lugar intermediário que ficaremos até o dia do
juízo, onde os que morreram em Cristo ressuscitarão para a glória
eterna, e os que morreram sem Cristo padecerão tormentos eternos. Estes
que morreram sem Cristo padecerão no dia do juízo a chamada segunda
morte!
Sobre
o estado de primeira morte, é bom termos em mente que para os Cristãos,
a morte é lucro, uma grande benção e não uma maldição. O Apóstolo Paulo
diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e
habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Caso continue vivendo no corpo, terei
fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado
dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”
(Fp 1.21-23).
O
Apóstolo nos informa que o crente confiado na obra de seu Salvador
Jesus Cristo, não tem medo do que possa lhe acontecer após a morte, mas
deseja partir para estar com seu Senhor, portanto, nós não precisamos
ter receio da morte, porque a Escritura nos garante que nem mesmo a
morte “será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39; cf. Sl 23.4). De fato, Jesus morreu para
libertar “aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo
medo da morte” (Hb 2.15).
O
estado do crente depois da morte é diferente e melhor do que o
experimentado nesta vida, embora ainda não seja tão bom quanto será na
ressurreição final. No estado intermediário iremos experimentar a
continuação da existência pessoal e consciente na presença de Cristo.
A
morte trará ao crente um descanso para sua alma e a Bíblia
freqüentemente refere-se a esse estado como “sono”. Porém, esse
eufemismo não diz que estaremos dormindo após a morte, pelo contrario,
ele apenas nos mostra que finalmente descansaremos do sofrimento dessa
vida, mas totalmente conscientes e com Cristo no paraíso.
Em
suma, a provação da humanidade termina com a morte, após ela, não há
mais nenhuma chance ou esperança de salvação. Para o crente, a morte é a
emancipação imediata dos conflitos e problemas desta vida, quando então
entraremos num estado temporário, mas já gozando de uma eterna
bem-aventurança.
Fonte: http://mensagemreformada.blogspot.com
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