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domingo, 6 de novembro de 2011

A igreja Adventista é uma seita? Daniel 8.14

“A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento, foi: ‘Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado’. Daniel 8:14”(O Grande Conflito, 1975, p.408).

Assim sendo, a interpretação particular do texto de Daniel 8:14 é a coluna central da existência do movimento Adventista. Tão somente observar detidamente essa passagem bíblica, tem-se prova da veracidade do movimento Adventista. Ou, se ficar demonstrado que a interpretação Adventista dessa passagem está equivocada, uma doutrina essencial desse movimento sucumbe, colocando tal movimento sob destruição absoluta.

Repetindo o que Goldstein disse sobre a importância vital de 1844 para existência do Adventismo: “Ou a data de 1844 é verdadeira e temos a verdade, ou é falsa e nós herdamos uma mentira e a temos propagado.” (GOLDSTEIN, 2003, p.13). Ele estabeleceu isso. E estava baseado em Ellen White.

Mas qual a interpretação adventista dessa passagem? Segue-se a exposição do famoso pregador adventista Alejandro Bullón. Mais adiante a proposta de Ellen White também será exibida, para ficar claro que o pensamento é o mesmo.

A exposição dele é fraca, pois não dá motivos para tal exposição. Mas serve para o propósito aqui, visto que está colocado de maneira simples: “1- Perceba que o período profético de 2300 anos começa quando saiu a “ordem para restaurar edificar Jerusalém”. E a história registra que essa ordem foi dada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. este é o ano do período profético “(O Terceiro Milênio, 2000, p. 33). Antes de continuar, será útil ressaltar que ele embaraça para os propósitos doutrinários, as setentas semanas de Daniel nove com o período de Daniel 8.14.

Então, Bullón conta de 457 a.C. 2300 anos para frente, chegando ao ano de 1844 A.D. E chega a seguinte conclusão: “Se, depois do período de 70 semanas, continuarmos contando o tempo, concluiremos que o período de 2300 anos termina em 1844. Quer dizer que, naquele ano a profecia, o Santuário celestial seria purificado, ou seja, começaria o grande julgamento da raça humana”(O Terceiro Milênio, 2000, p. 34).

A próxima afirmação de Bullón revelará o quanto a doutrina de 1844 está profundamente arraigada na mentalidade adventista. Até mesmo de grandes pregadores adventistas, como é caso de Alejandro Bullón: “Cristo não entrou em santuário feito por mãos... porém, no mesmo Céu... ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado.” Quer dizer que, em 1844, a porta entre o lugar santo e o santíssimo, lá nos Céus, abriu-se para que Jesus pudesse iniciar a purificação do Santuário” (O Terceiro Milênio, 2000, p. 36).

A Crença Fundamental Adventista de número 24 afirma que há um santuário no Céu. Onde Cristo ministra em favor dos crentes, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de Seu sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas, na cruz. E ainda que ele foi empossado como nosso grande Sumo Sacerdote e começou seu ministério intercessório quando subiu aos céus foi apenas em 1844, ao fim dos 2.300 dias, que ele teria iniciado a segunda e última etapa de Seu ministério expiatório.

Essa segunda etapa, o juízo investigativo, tem dois objetivos. Revelar aos anjos quem dentre os mortos será digno de ter parte na primeira ressurreição e tornar manifesto quem, dentre os vivos, está preparado para a trasladação ao Reino. A terminação do ministério de Cristo apontará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes da segunda vinda.



REFUTANDO O PRIMEIRO ESTÁGIO

Vamos agora nos concentrar nesse suposto estágio que Cristo ficaria de (c.)31 até 22 de outubro de 1844. Como vimos, a crença adventista defende que esse foi o serviço sacerdotal de Cristo na parte externa do santuário. Ele entrou no Santo dos santos após 1844 para terminar o seu trabalho. Visto a palavra sacrifício aparece em Dn 8.14, a proposta parece plausível. ‘Parece...’

Agora vamos aos problemas relacionados ao santuário em conexão com Daniel 8.14. Na próxima postagem veremos o significado dos 2.300 dias.

1ª) Em Dn 8.14 não existe evidência que haveria mudança, alteração do que estava acotecendo nesses 2300 dias. Mas se você levar em conta que o sumo sacerdote entrou no santo em 31 A.D. significa que, pelo menos, uns 480 o santuário (de 457a. C. até 31 A.D.), estaria sem sacerdote! Leia atentamente Daniel 8.11-14.

2ª) Em Dn 8.14 revela uma interrupção contínua do sacrifício diário por 2.300 dias. Isto é, pela proposta adventista, até 1844 não aconteceria oferecimento de sacrifícios (no céu). Mas isso eles não ensinam. Hebreus (8,9,10) é o grande problema para isso.

3ª) Não existe subsídios necessários no texto de Dn 8.14 para achar que a interrupção se iniciaria na terra (em 457 a.C.), na figura terrestre, e terminaria no céu (em 1844) na realidade celestial.

4ª) Hebreus 9.8-14 está tão claramente expondo a alteração do terrestre com o celestial; está efetivamente revelando a superioridade por causa do sangue de Jesus, que se continuássemos a ideia dessa interrupção de 2300 dias, atribuiríamos imperfeição ao serviço sacerdotal do Senhor Jesus.

5ª) Se notarmos Hebreus 8.13 é até ilegítimo um aplicação de problemas ‘terrenos’ no santuário terrestre ao santuário celestial.

6ª) Hebreus não tem e não faz ligação alguma com Daniel 8.14.

7ª) O autor inspirado da carta aos Hebreus ensina QUE CRISTO JESUS ENTROU NO SANTISSIMO NO SUA ASCENÇÃO!!! (Hb 6. 19,20; 9.3,8,11).

8ª) Um exame honesto de Daniel 8.11-14 revelará que a impureza (ou os seus defeitos) do santuário deve-se ao fato do ‘chifre pequeno’ atacá-lo e não por causa dos pecados dos ofertantes. Mas para os teólogos adventistas, visto que Cristo levou os pecados dos crentes para dentro do céu, esse teria ficado impuro. Veja: “A visão especifica o momento em que Jesus deveria começar seu antitípico ministério do dia da expiação – a tarefa de juízo investigativo (Daniel 7) e purificação do santuário – “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Dan. 8:14). Uma vez que a visão se refere ao tempo do fim, o santuário aqui mencionado não pode ser o santuário terrestre – pois este já havia sido destruído em 70 d.C. Portanto, a profecia deve se referir ao santuário do novo concerto no Céu – o lugar em que Jesus ministra em favor de nossa salvação.” (Nisto Cremos p. 421).

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