Muitas
pessoas têm se perguntado sobre a essência de se defender a fé. Se ao
fazê-lo não se estaria julgado a pessoa que traz um ensino não
condizente com a Sagrada Escritura.
Em
geral, fora da igreja evangélica, ao se lançar questionamentos na área
religiosa cria-se uma polêmica acompanhada de debates acirrados, pois
têm-se ensinado que devemos respeitar a religiosidade dos povos, e por
isso não se deve questionar o estilo e opção religiosa de ninguém, para
que assim consiga-se caminhar rumo a um ecumenismo mundial, alicerçado
na tolerância e aceitação da pluralidade de religiões.
Em
geral, no seio da Igreja Cristã Evangélica, ao se falar sobre os
conflitos doutrinários do Russelismo, Mormonismo, Espiritismo,
Islamismo, Catolicismo e outras seitas e religiões em comparação com a
Bíblia Sagrada, cria-se um debate esclarecedor e geralmente proveitoso
na elucidação de dúvidas e no ensino prático da doutrina bíblica.
O
fato é que nos últimos tempos muitos denominados integrantes da igreja
evangélica têm aderido a filosofia secular, em se tratando do debate
religioso, e na defesa de seus pontos de vista particulares têm-se
utilizado até a própria Escritura na tentativa de fazer cessar esse
abordagem.
Por
diversas vezes afirma-se que aqueles que adentram na apologética (arte
de defender a fé) tornam-se guerreiros insuportáveis na convivência,
exagerados no ensino, extremistas em seus dogmas e exacerbados em seu
discurso.
Por
diversas vezes afirma-se que “apontar” os erros das demais religiões e
“denunciar” aqueles que têm distorcido a Bíblia Sagrada é o mesmo que
julgar, e para isso se fazem utilizar de textos bíblicos como “Não julgueis, para que não sejais julgados”. (Mt 7:1)
Entendemos
que, talvez, isso se dê pelo fato de colocar-se em uma posição de
cuidado para não sofrer o julgamento de Deus. Entretanto, tal atitude
também pode ser identificada como omissão, e ainda como conivência.
Ao fazer tal afirmação, “Não julgueis, para que não sejais julgados” Jesus nos traz esclarecimentos valiosos, que são bem convenientes para esse assunto. Vejamos o texto completo:
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”. (Mt 7:1-5)
Em
primeiro lugar, se julgar – nesse sentido – é errado, então aqueles que
reprovam os que combatem heresias também estão julgando. Estão julgando
os apologistas.
Em
segundo lugar, o julgamento condenado por Jesus no texto bíblico é o
julgamento hipócrita, ou seja, condenar-se a prática errada dos outros
sem que antes se corrija a própria vida, pois muitas vezes condena-se os
outros sem que se observe a própria prática de coisas piores.
Em
terceiro lugar, Jesus não reprova o julgamento em si, propriamente
dito, pois Ele mesmo diz, no mesmo texto que se deve tirar “primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Observe bem que Jesus diz que após corrigir-se o próprio erro pode-se
então auxiliar o outro na correção. O problema é que muitos não desejam a
correção, mas anseiam por continuar em suas práticas erradas.
Em
quarto lugar, o próprio Jesus nos orienta no correto julgamento, livre
da hipocrisia, pois dos versículos 15 a 20 Ele mesmo nos dá orientações
sobre como proceder em um julgamento reto e justo, observando os frutos e
discernindo falsos profetas vestidos de ovelhas.
O
profeta Jeremias nos apresenta um problema, ao afirmar que coisa
horrenda estava acontecendo porque o povo estava gostando. Todavia, ele
inquire o povo perguntando-lhe o que seria feito a respeito. O povo de
Deus deveria fazer algo! Ora, para se tomar uma atitude é necessário se
observar com atenção e responsabilidade, e depois se proceder a um
julgamento, no qual as medidas cabíveis devem ser tomadas por amor ao
Senhor e compromisso com Sua Palavra.
“Coisa
espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam
falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim
o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr 5:30-31)
O
apóstolo João nos diz que não é pecado julgar, desde que se faça sem
partidarismo, interesse próprio nem preconceito, mas que se proceda o
julgamento através da reta justiça, e nada melhor para guiar tal
julgamento do que a Palavra de Deus, que é reta e justa.
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (Jo 7:24)
O
apóstolo Paulo nos diz que não é pecado julgar, já que um dia haveremos
de julgar até mesmo o próprio mundo. Todavia, este julgamento deve ser
feito segundo os princípios de Deus, segundo a Sua Sagrada Palavra.
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?” (1 Co 6:2-5)
O
mesmo apóstolo Paulo, falando aos gálatas, disse que enfrentou o
apóstolo Pedro cara a cara, porque este tornou-se repreensível. Ainda,
Paulo fez tal repreensão publicamente, porém, de acordo com o que está
escrito no Evangelho.
“E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl 2:11-14)
Por diversas vezes encontramos a orientação bíblica sobre o julgamento, principalmente no que se refere a preservação da boa doutrina bíblica.
Primeiro, a BÍBLIA nos diz que devemos averiguar aquilo que é ensinado:
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são
de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". (1Jo 4:1) .
Segundo, a BÍBLIA nos diz que devemos notar, ou seja, destacar publicamente aqueles que têm trazido ensinos errados: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe". (2 Ts 3:6,14)
Terceiro, a Bíblia nos exorta para que busquemos uma doutrina bíblica sadia: "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério". (2 Tm 4:1-5)
Quarto, o fato de ocorrerem conversões através das pregações de hereges não significa que está se pregando uma palavra genuinamente bíblica: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". O fato é que Jesus Cristo disse que essas pessoas (Mt 7:22-23) NUNCA foram ovelhas de Seu rebanho, e mais, disse que o que estavam fazendo era iniquidade (pecado) pois Ele disse "vós que praticais a iniquidade".
Segundo, a BÍBLIA nos diz que devemos notar, ou seja, destacar publicamente aqueles que têm trazido ensinos errados: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe". (2 Ts 3:6,14)
Terceiro, a Bíblia nos exorta para que busquemos uma doutrina bíblica sadia: "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério". (2 Tm 4:1-5)
Quarto, o fato de ocorrerem conversões através das pregações de hereges não significa que está se pregando uma palavra genuinamente bíblica: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". O fato é que Jesus Cristo disse que essas pessoas (Mt 7:22-23) NUNCA foram ovelhas de Seu rebanho, e mais, disse que o que estavam fazendo era iniquidade (pecado) pois Ele disse "vós que praticais a iniquidade".
Com
isso, devemos analisar com muita integridade bíblica a qualidade e
conteúdo das pregações e ensinos que são passadas para o povo de Deus,
observando se estão de acordo com a Escritura Sagrada.
Essa
prática é louvada pela própria Bíblia (At 17:11), e deve ser exercida
não só pelos denominados apologistas, pastores e professores, mas por
todo aquele que deseja ter uma vida de fidelidade e comunhão com o
Senhor, segundo os princípios bíblicos.
O
apóstolo Paulo disse que poderíamos julgar aquilo que ouvimos, segundo a
Escritura Sagrada, e disse mais, que até os seus próprios ensinos
poderiam e deveriam ser confrontados com a Escritura Sagrada. "Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo". (1Co 10:15) "...mas
há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho
além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo
dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema". (Gl 1:7-9)
Com
certeza, se fosse nos dias atuais talvez algumas pessoas escrevessem
para Paulo dizendo que ele não podia chamar ninguém de maldito. Não é
mesmo? Afinal de contas, ele não poderia julgar ninguém.
Ora,
o próprio Paulo se coloca a disposição para ser confrontado com
Escritura Sagrada e diz mais, se até ele ensinasse algo que fosse além
do que está na Escritura Sagrada poderia ser chamado de maldito.
Como
estudantes da Bíblia podemos analisar os ensinos e mostrar os erros, a
luz da Escritura. Entretanto, nos deparamos com aqueles que afirmam que
apresentar a verdadeira face dos hereges e de suas heresias é errado. É
julgar o próximo. Com isso, entendemos que tais pessoas têm optado por
posicionar-se ao lado daqueles que tais coisas praticam e ensinam,
porque o próprio Jesus disse que “ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro,
ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a
Mamom” (Mt 6:24). Caso contrário, têm optado por outro pecado, o
pecado da omissão. A omissão de ver alguém no erro, e permanecer calado,
imparcial e neutro. Tudo em nome de uma distorcida adoração. A isso eu
denomino de pecado de Pilatos, pois por não desejar se envolver resolve
lavar as mãos.
O
ato de mostrar o erro e lutar por uma doutrina bíblica e saudável é
bíblica e isso em nenhum momento é visto como um julgamento distorcido e
sem apoio Escriturístico. Se faz necessário entender que a Igreja de
Cristo é a coluna da VERDADE! "Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade" (1Tm
3:15) O crente é exortado a apresentar-se a Deus aprovado, tendo um bom
testemunho ("não tem de que se envergonhar") e conhecendo e ensinando
bem a Sagrada Escritura ("maneja bem a palavra da verdade"). "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15) Deus continue te abençoando.Autor: Robson T. Fernandes
Fonte: https://bereianos.blogspot.com
Imagem: Google


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