As mulheres são inferiores aos homens? - O Peregrino

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

As mulheres são inferiores aos homens?

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Pode parecer bizarro discutir uma coisa dessas em pleno século XXI e em um blog cristão (e é mesmo). Mas eu fiquei de dar uma resposta sobre isso a um comentário publicado por um católico aqui no blog no mês passado, que eu achei mais oportuno responder em forma de artigo. O comentário em questão foi este:

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Basicamente, ele argumenta que os homens são superiores às mulheres porque: (1) “o lugar delas é no lar”; (2) “não se interessam por filosofia”; (3) “são nascidas para a escravidão”; (4) “são fisicamente inferiores aos homens”; (5) “são psicologicamente irritantes e loucas”; (6) “tem um timbre de voz inferior”; (7) “o apócrifo católico do Eclesiástico fala da malignidade feminina”; (8) “são menos bonitas que os homens(!)”; (9) “são menos inteligentes”, etc. Então ele termina se gloriando de “não ter nascido escravo nem mulher”, como dizia Platão. Tudo isso para defender o pensamento misógino de Tomás de Aquino, que comprou as ideias misóginas de Aristóteles, o que eu já tinha abordado neste artigo. Basicamente, o comentário reflete a forma brutal com a qual as mulheres foram encaradas por séculos na sociedade até tempos relativamente recentes.

Diante disso, preciso fazer alguns importantes contrapontos:

• Homens são muito mais propensos à violência do que as mulheres. Da massa carcerária, 90% são homens (veja aqui). Isso não ocorre porque a polícia é preconceituosa contra os homens, mas porque homens são naturalmente mais violentos, insubordinados e inclinados a atos ilegais (ou seja, a passar por cima da lei por se julgar acima dela e desdenhar do perigo e das consequências). Homens são mais propensos a se envolver em brigas fúteis de bar ou de trânsito, pois agem compulsivamente com mais frequência. Quando vemos notícias de terroristas explodindo hospitais, de ex-alunos invadindo escolas e atirando pra matar geral, de crime organizado, de roubos, estupros ou gangues, pensamos instintivamente em homens (e com razão).

• Homens são muito mais propensos ao fanatismo (de qualquer tipo) do que as mulheres. Há muito mais homens em torcidas organizadas do que mulheres, e praticamente só eles se envolvem em brigas de torcida (que frequentemente resultam em feridos e mortos), tudo isso por “amor” ao seu time do coração. Há muito mais homens no Estado Islâmico (ISIS) do que mulheres, e dos comentários insultuosos que já recebi ao longo desses dez anos de apologética, 99% deles são de homens fanáticos por uma ideologia religiosa ou política. Raramente uma mulher se rebaixa ao ponto em que os homens costumam descer em um debate, com ameaças de morte e ofensas das mais baixas e obscenas possíveis.

• Homens são também mais propensos aos vícios do que as mulheres. Dos viciados em drogas, 80% são homens (veja aqui). Dos viciados em pornografia, 76% são homens (veja aqui). Também há mais fumantes homens do que mulheres (veja aqui), e homens bebem mais e mais frequentemente do que mulheres (veja aqui). Por isso não surpreende que a expectativa de vida das mulheres seja maior que a dos homens no mundo todo (e que seja tão mais comum vermos homens caindo bêbados por aí do que mulheres). Isso deve significar que as mulheres têm mais “força mental” do que os homens, embora os homens tenham mais força física (o que explica por que há mais homens internados em hospícios do que mulheres).

• Homens também são mais propensos ao vandalismo do que mulheres. É muito mais fácil encontrar um pichador de rua do que uma pichadora. É muito mais comum encontrar um homem depredando um patrimônio público ou privado do que uma mulher. Durante as manifestações de 2013, os chamados black blocs que estavam ali apenas para destruir tudo e causar o caos eram esmagadoramente homens.

• Testes recentes realizados na Europa, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Argentina constataram que as mulheres têm em média um ponto de QI a mais do que os homens (veja aqui), e provaram que a razão pela qual os testes mais antigos apontavam o contrário era apenas porque as mulheres tinham bem menos acesso à educação do que os homens, no passado. Ademais, dos doze tipos de inteligência propostos por Howard Gardner, as mulheres são superiores em nove (veja aqui).

• As mulheres são maioria nas universidades (veja aqui) e tem um índice de conclusão de curso maior do que os homens, que abandonam mais cedo (veja aqui). Das 55 redações com nota mil no Enem do ano passado, 42 foram escritas por mulheres (veja aqui). Depois de analisar 137 mil notas de 22 mil alunos do Centro Universitário Augusto Motta, concluiu-se que as mulheres obtiveram notas 3% superiores aos homens (veja aqui). Lembre-se que Eva só caiu por tentação de um ser sobrenatural, enquanto Adão precisou apenas da sugestão de Eva.

• Estudos recentes também constataram que gestoras mulheres são melhores que homens em atributos de liderança, se saindo melhor do que eles em cinco dos sete atributos fundamentais para uma boa liderança: admitir erros (66% das mulheres ante 34% dos homens); comunicar-se de forma aberta (62% e 38%, respectivamente); extrair o melhor de subalternos (61% e 39%) e liderar pelo exemplo (57% e 43%). O estudo entrevistou ao todo 6.509 pessoas em 13 países, incluindo o Brasil (veja aqui).

• É difícil analisar a fundo se as mulheres também governam melhor do que os homens, porque este é um fenômeno relativamente recente e ainda assim raro. Todavia, é bem sabido que dos 63 monarcas ingleses/britânicos que já ocuparam o trono (a esmagadora maioria homens, pois as mulheres só governavam na ausência de filhos homens), nenhum passou perto da rainha Isabel (1558-1603), a grande responsável pela grandeza inglesa. Em suas mãos, a Inglaterra entrou numa «era de ouro», deixando a posição de potência de segunda ordem para se tornar o país mais poderoso da Europa. Sabemos também que homens são mais propensos a governarem regimes autoritários/totalitários e que todas as ditaduras do mundo são sempre governadas por homens, mas mulheres tendem a ter regimes democráticos mais longos e estáveis (como Margaret Thatcher na Inglaterra e Angela Merkel na Alemanha). Estudos recentes também demonstraram que os países onde mais mulheres estão no governo têm menos corrupção (veja aqui).

• Por serem naturalmente mais inclinados à violência, homens também provocam mais guerras do que mulheres, frequentemente por razões frívolas como a mera conquista territorial, quando não por causas mais graves como a imposição de uma ditadura ou de uma ideologia nazista, fascista, comunista e etc. Isabel governou por quase 50 anos sem provocar nenhuma guerra, no mesmo período em que monarcas homens assolavam a Europa com guerras intermináveis. Christian Mequida e Neil Wiener, da Universidade York, analisaram a história e a população de mais de 150 nações do mundo todo e descobriram que os países mais beligerantes são aqueles onde a proporção de jovens do sexo masculino passa dos 35% (veja aqui).

• Certas coisas a gente não percebe na infância, mas nota depois que cresce. Fazer estágio em história nas turmas do Ensino Fundamental me fez observar algumas coisas um tanto óbvias, tais como: (a) meninos costumam ser bem mais bagunceiros e atrapalham muito mais as aulas do que as meninas; (b) meninos se envolvem em brigas com mais facilidade; (c) meninos são mais hiperativos, às vezes só pra chamar a atenção mesmo; (d) meninos são mais displicentes na apresentação de trabalhos e os esquecem com mais frequência; (e) meninos tem mais dificuldade em se submeter a autoridades como o professor e outros agentes da escola, e assim por diante.

• Depois que crescem, as mulheres continuam apresentando alguns atributos mais nobres, por exemplo: (a) são mães mais atenciosas e prestativas do que os pais (no geral); (b) sabem se comunicar melhor e dão mais valor às coisas “pequenas” da vida e do cotidiano, enquanto os homens são mais “objetivos”, por isso é mais difícil ter uma conversa longa com eles; (c) conseguem realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, com muito mais facilidade do que os homens; (d) tem mais flexibilidade em aceitar ou pelo menos tolerar pontos de vista diferentes, enquanto os homens tendem a ser mais obstinados e se acharem os donos da verdade (não é à toa que há mais mulheres que aceitam a fé cristã do que homens, e que elas tem uma frequência maior nos cultos); (e) mulheres tem mais sensibilidade, o que lhes confere uma capacidade maior de amar e de demonstrar esse amor, e talvez isso explique por que há bem menos psicopatas mulheres do que homens.

A conclusão que eu quero chegar não é que de fato as mulheres sejam superiores aos homens (embora se tivéssemos que escolher um, sem dúvida seriam elas), mas sim que Deus criou ambos com personalidade e atributos físicos diferentes, nos quais em alguns os homens se sobressaem mais, e em (muitos) outros as mulheres. Eu pretendia que este artigo fosse publicado no dia das mães (anteontem), o que infelizmente não foi possível. Mas como já disse alguém muito sábio, todo dia é dia das mães, então está valendo :)

 

Fonte: lucasbanzoli.com


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