Os Adventistas gostam de usar o texto de Isaías 66.17 para argumentar
que a pessoa que ingere carne suína é um indivíduo perdido. Assim diz o
texto em lide: “Os que se santificam, e se purificam para entrar
nos jardins após uma deusa que está no meio, os que comem da carne de
porco, e da abominação, e do rato, esses todos serão consumidos, diz o
Senhor” (IS 66.17 – ARA)
Antes de comentarmos o referido
texto bíblico, vamos ver o que pensava a senhora E. G. White sobre o
assunto, pois quem sabe a ela (o espírito da “profecia”) os adventistas
possam escutar: E. G. White recomendou que “os que cultivam
lúpulo e fumo e criam porcos entre nosso povo” não sejam importunados,
pois ninguém tem o direito de “fazer destas coisas, em qualquer sentido,
uma prova de comunhão”. – Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 338. Quanto ao consumo da carne de porco, ela censurou alguém que propunha fazer desse assunto uma prova de comunhão e acrescentou: “Se
Deus quiser que Seu povo se abstenha da carne de porco, Ele os
convencerá a respeito desse assunto.” -Testimonies, vol. 1, págs. 206 e
207 (extraído via internet no ano de 2003, site Adventista
Movimento de Reforma:
http://www.asd-mr.org.br/biblioteca/reforma/cap14.htm).
Parece-nos,
nos comentários acima, que EG White não considerava tão pecaminoso
assim a ingestão de carne suína, embora a referida autora diz e desdiz
com muita frequência. Entretanto, será que o profeta Isaías estava
dizendo que quem se alimentasse de carne suína perderia sua salvação? É
claro que não, pois o assunto que é abordado pelo profeta é o mesmo
abordado pelo apóstolo Paulo em suas epístolas – CARNE SACRIFICADA A
ÍDOLOS. Ainda que Isaías estivesse condenando a ingestão de carne suína,
não seria anormal, pois era uma norma da “Lei Mosaica” – Lv.11:7 e
Dt.14:8. Lei esta que os adventistas classificam como a Lei Cerimonial, a
qual foi abolida II Cor. 3:14 (segundo eles, pois para nós toda Lei foi
abolida). É claro que biblicamente não existe tal divisão da Lei, pois a
Lei era uma só (Ne.8). O profeta Isaías fala de sacrifícios a uma deusa
e, neste ritual, a ingestão da carne do porco, desta carne o povo de
Deus não deveria participar.
O Novo Testamento não traz nenhuma proibição neste aspecto de alimentação. Paulo ainda diz que: “pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças”(I Tm 4.4). Deus também, no Livro de Atos mostra este mesmo fato: “E
(Pedro) tendo fome, quis comer; mas enquanto lhe preparavam a comida,
sobreveio-lhe um êxtase, e via o céu aberto e um objeto descendo, como
se fosse um grande lençol, sendo baixado pelas quatro pontas sobre a
terra, no qual havia de todos os quadrúpedes e répteis da terra e aves
do céu. E uma voz lhe disse: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro
respondeu: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e
imunda (porco aqui se incluía na Lei). Pela segunda vez lhe falou a
voz: Não chames tu comum ao que Deus purificou”. (At.10.10-15 –
parêntese e negrito do autor). O porco, ainda que imundo, pela fé e com
orações pode ser ingerido sem estarmos cometendo pecado algum. Estamos
abordando o aspecto teológico e de acordo como esta visão teológica
bíblica não há restrição quanto a ingestão da referida carne suína.
Também entendo que não haveria problema nenhum colocar a não ingestão de
carne suína como uma sugestão de saúde, o que não é o fato. Os
adventistas em seus devaneios nos move a apologia, não da carne suína ou
bovina, mas da graça salvadora de nosso Senhor (Ef 2.8-9). Admitir que
as pessoas que ingerem certos tipos de carnes não serão salvas é
importunar a soteriologia bíblica. Conclamo o amigo leitor a ter livre
arbítrio em sua alimentação, mas relacionar alimentação com salvação se
constitui em grave heresia.
Fonte: CACP
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sábado, 27 de junho de 2020
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Leitor da Bíblia e apaixonado por suas incontáveis lições de vida, também um conselheiro e amigo.
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