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terça-feira, 5 de novembro de 2019

É forte!

Muitos cristãos se impressionam com qualquer coisa. Os modismos evangélicos são como ondas na praia, vem e vão e não produzem nada de extraordinário. Por mais de duas décadas envolvido nesse meio pude perceber que grande parte dos clichês gospels são como um “abracadabra” que os mágicos antigos usavam para ludibriar os incautos. Ou a senha “abre-te sésamo” que Ali-Babá utilizava em “As Mil e uma Noites” para abrir a porta automaticamente do esconderijo do tesouro que os 40 ladrões roubavam. O grande problema é que os 40 se multiplicaram em milhares.

Quando um pregador cita algumas palavras, parece que o raciocínio dos fieis fica embotado. E o que este disser a partir da palavra-senha, será quase que a voz do próprio Deus falando. Como se fosse proibido pensar. Deixe-me ser mais claro. Houve época que a palavra mais citada era “tremendo”. O culto é “tremendo”; a revelação agora é “tremenda”; louvor “tremendo”, etc.

Outro tempo a palavra-senha foi “Deus purinho”. Quando o que se falava era “Deus purinho” não se questionava mais nada. Mesmo que o que se dizia não tinha nada de Deus e muito menos de puro. Outra palavra-frase muito dita, inclusive ainda hoje, é: “coisa grande”. Isso é grande, e o que se escuta depois, geralmente enfeitado com algum arrepio ou emoção alterada, também não tem nada de grande, é só mais uma “coisa”.

Esses clichês são utilizados em vários momentos e nas mais variadas denominações para produzir, em muitos casos, um clima de espiritualidade aparente. Verdadeiro pavoneamento do suposto profeta. Em tempos recentes, em alguns grupos, a palavra-chave agora é “forte”. Culto “forte”; oração “forte”; pregação “forte”. Isso e aquilo é muito “forte” igreja – é o que dizem. Pastor “forte”; profeta “forte”; missionário “forte”. São os halterofilistas da fé. Paulo, ao contrário, se gloriava nas fraquezas (2Coríntios 12.9).

Alguns, para justificar certa autoridade e espiritualidade, pregam aos berros, como se o grito fosse transformar heresia em verdade. Dizer mentiras aos berros não a torna mais crível. Gritar não vai fazer com que a heresia dita se transforme em verdade. Uma heresia será sempre uma heresia, seja dita em qualquer tom.

Saiba: não é proibido pensar. Não me leve a mal. Digo isso com tristeza no coração por ver o povo de Deus sendo enganado com discursos rasos e cheios de promessas vãs que não tem nada a ver com o evangelho de Jesus. Nenhuma dessas coisas se encontra nos lábios do Senhor e muito menos na boca dos apóstolos da Igreja primitiva.

Que saudade dos crentes bereanos que examinavam as Escrituras mesmo ouvindo um baluarte da fé como o apóstolo Paulo: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, porquanto, receberam a mensagem com vívido interesse, e dedicaram-se ao estudo diário das Escrituras, com o propósito de avaliar se tudo correspondia à verdade” (Atos 17.11). Estes eram mais nobres porque examinavam as Escrituras e não se impressionavam com qualquer oratória. Leia a Palavra e não se deixe enganar.

O apóstolo Pedro também advertiu que nos últimos tempos: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias…” (2Pedro 2.1-3). Percebe? O apóstolo Pedro adverte sobre essas pessoas cuja única finalidade é arrancar dinheiro dos fiéis. Portanto, já estamos todos avisados.

Pare e pense enquanto você pode. Tremendo (e não soberbo) ficou Isaías, e todo aquele que reconhece a grandeza do Eterno, ao se ter a visão daquele que é Santo, Santo, Santo. Grande é Cristo que foi crucificado, morto e sepultado por nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa justificação. Forte é o nosso Deus em cuja presença só podemos nos humilhar, o adorar, chorar, lamentar nossas misérias e dizer como o publicano: “Tem misericórdia de mim que sou pecador” (Lucas 18.13). 

Fonte: Napec.org

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