“Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra — purificar o santuário” (p. 420).
O que envolve essa conclusão da obra redentora de Cristo?
“E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que isto se possa cumprir, deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação — um julgamento. Isto deve efetuar-se antes da vinda de Cristo para resgatar Seu povo, pois que, quando vier, Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras. (Apocalipse 22:12). Destarte, os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de vir Cristo à Terra, ao terminarem em 1844 os 2.300 dias, entrou Ele então no lugar santíssimo do santuário celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação preparatória à Sua vinda” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 421).
Quando, finalmente, a obra redentora de Cristo estará concluída?
"Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado 'à terra solitária', de igual modo, Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim, o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na exumação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal" (ldem, pág 1).
Quando os ASD estarão definitivamente livres de seus pecados, ou melhor dizendo, quando seus pecados serão CANCELADOS? A resposta é dada pela Sra. Ellen G. White no livro O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 487:
“Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado, e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome nos livros do Céu, tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. O Senhor declara pelo profeta Isaías: “Eu, eu mesmo sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro". Isaías 43:25”.
Rapidamente, damos a contestação a essa doutrina esdrúxula, da obra da redenção incompleta de Cristo, e de Satanás como aquele que é o protótipo do bode emissário, sobre quem os pecados dos remidos serão finalmente colocados para CANCELAMENTO TOTAL deles.
Os ASD estão realmente errados ao sustentarem tal ensino, não das Escrituras, mas de Ellen Gould White, pois:
1) O lugar onde Jesus entrou depois de sua ascensão aos céus (At. 1:9-11) foi o lugar santíssimo do santuário celestial:
Hb. 6:19-20: “a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.
Hb. 6:19-20: “temos essa esperança como âncora para os nossos corações. Ela é firme e segura e vai até o Santíssimo Lugar, que fica atrás da cortina do céu. Foi lá que Jesus entrou, antes de nós e para o nosso bem. E ele se tornou para sempre o Grande Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”.
Ex. 26:31-34: ”Faça uma cortina de tecido feito de linho fino e de fios de lã azul, púrpura e vermelha e bordada com figuras de querubins. Pendure essa cortina em quatro postes de madeira de acácia revestidos de ouro, que terão prendedores de ouro, e serão fixados em quatro bases de prata. Pendure a cortina debaixo dos prendedores e atrás da cortina ponha a arca do acordo, onde estão as duas placas de pedra. A cortina separará o Santo Lugar do Santíssimo Lugar. Ponha a tampa na arca do acordo, no Santíssimo Lugar. Fora do Santíssimo Lugar ponha a mesa no lado norte da Tenda e coloque o candelabro no lado sul”.
2) A obra da redenção de Cristo, em favor dos pecadores, foi concluída na cruz e, consequentemente, o CANCELAMENTO de nossos pecados quando O recebemos como Salvador único e pessoal:
Hb. 1:3: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.
O sacrifício de Cristo não se repete, é perfeito e eficaz:
Hb. 9:11—13: “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”.
3) Além disso, Cristo é conhecido na Bíblia como Sumo Sacerdote e não como sacerdote. O sacerdote entrava no lugar santo, enquanto que o Sumo Sacerdote entrava no santo dos santos ou santíssimo do santuário no Dia da Expiação:
Hb. 7:26-28: “Com efeito nos convinha um SUMO Sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro por seus próprios pecados, depois pelos do povo: porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu, porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre”.
4) O bode emissário não é protótipo de Satanás, pois:
a) Lev. 16:8: “os dois bodes deviam ser sem defeito”. Se um era representante de Satanás, é ele sem defeito?
b) Lev. 16:5,10,20 os dois bodes deviam fazer expiação pelos pecados. Fez Satanás expiação pelos pecados? (Jo. 1:29; 1Pe. 2:24).
c) Se o bode emissário não representa Satanás, quem ele representa? Basta comparar Lev. 16:22 com Is. 53:11. Basta comparar Lev. 16:21 com Is. 53:6-12; At. 8:32-35. Neste último texto Felipe aplicou a Jesus Isaías cap. 53, que assim cumpre as características de Lev. 16. É possível entender que Cristo como sumo sacerdote (Hb.2:17) CONFESSARÁ os pecados para o bode emissário (Satanás) (Lev. 16:21) ??? Os bodes representam as duas fases da obra de Cristo: perdão (morte do 1º) e remoção (2º) dos pecados, resultado da morte.
Logo, o ensino do sono da alma é indiscutivelmente importante para os ASD poderem sustentar esse ensino herético de Ellen G. White, de que a obra da redenção está incompleta (Juízo Investigativo) e que só estará concluída quando Cristo voltar para CANCELAR os pecados e lançá-los sobre Satanás (o bode emissário). Enquanto isso o SONO DA ALMA...
Extraído do Livro: Imortalidade Condicional ou Sono da Alma
Autor: Natanael Rinaldi
Fonte: www.teologaroficial.com.br
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