1. Um dos obreiros nossos recebeu o folheto que ora passo a ler parcialmente, pelo qual as chamadas testemunhas de Jeová convidam o povo para participar de sua reunião chamada Refeição Noturna do Senhor e chamada por nós de Ceia do Senhor. Ainda nesse folheto indagam “O que exatamente os discípulos de Jesus tinham de persistir em fazer? E por que é tão importante comemorar o sacrifício de Jesus?”
As Testemunhas de Jeová realmente persistem em fazer o que Jesus fez ao lado dos seus discípulos na noite que antecedeu a sua morte?
Não. Porque Jesus antes de dizer “Persisti em fazer isso em memória de mim”, ele agiu da seguinte maneira: “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mt 26.26-29). Ora, como um grupo religioso publica um folheto em que declara, “O que exatamente os discípulos de Jesus tinham de persistir em fazer? E por que é tão importante comemorar o sacrifício de Jesus?” Como dizer que estão persistindo em fazer o que Jesus recomendou que se fizesse em sua memória se 99% dos presentes não come o pão e nem bebe o vinho como Jesus recomendou aos seus discípulos, naquela oportunidade, que assim fizessem? E para recusarem conscientemente o pão e o vinho dizem para si mesmos, “eu não sou digno porque não pertenço ao novo pacto mediado por Jesus. Será que estão realmente persistindo em fazer o que Jesus ordenou? Ou estão realmente invalidando as palavras de Jesus que ordenou: “Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.”?
2. Como eles justificam essa flagrante desobediência recusando o pão e recusando o vinho usado por Jesus como símbolo do seu corpo e o vinho, símbolo do seu sangue?
A resposta a essa pergunta é oportuna, mas decepcionante para os que estão presentes a essa reunião anual. Se perguntássemos a qualquer deles a razão da recusa do pão e do vinho, a resposta seria uma só: é que eu pertenço a uma classe chamada de “outras ovelhas” e também conhecida por “a classe da Grande Multidão” e não faço parte do novo pacto inaugurado por Jesus. Não tenho Jesus como mediador porque ele é mediador só da classe dos Ungidos e, por isso, não posso participar. Só a classe dos Ungidos composta de 144 mil pessoas é que integra o novo pacto. A oportunidade para integrar essa classe dos Ungidos terminou em 1935. Depois dessa data, só podemos estar presentes e observar mas não participar. Nasci depois de 1935.
3. Interessante, tenho lido a Bíblia muitas vezes, mas nunca encontrei essa data 1935 na Bíblia. Essa data 1935 aparece alguma vez na Bíblia?
Ah! meu irmão, realmente essa data não é encontrada na Bíblia. Mas isso se deu como resultado de uma revelação dada ao então presidente da Sociedade na época em que ele vivia. Repetindo, tanto não é bíblica essa data de 1935, que hoje essa data já está sendo posta de lado. A Sentinela de Maio de 2007, na página 31 publicou a seguinte mudança doutrinária: “… com o passar do tempo, alguns cristãos batizados depois de 1935 tiveram nascido o testemunho que eles têm a esperança celestial. Assim, parece que não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado.” (o grifo é nosso).
A Sociedade Torre de Vigia depois de 74 anos ensinando que a data de 1935 era o tempo limite para uma pessoa alistar-se na classe dos Ungidos, integrando o número dos que iriam para o céu e que pertenciam ao novo pacto inaugurado por Jesus, agora chegam à conclusão que “não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado”. Como se atreveram a marcar a data de 1935 como resultado de uma revelação e agora se reconhecem errados, prejudicando milhares de pessoas que tiveram a porta do céu fechada para eles? Bem falou Jesus dos escribas e fariseus da sua época: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mt 23.13).
4. E nós não comemoramos anualmente a morte de Jesus?
Não porque não somos judeus e não é próprio que quando os judeus comemoram sua páscoa relembrando sua saída da escravidão egípcia, que nós, como cristãos, celebremos a Páscoa, pois se trata de um Festa Anual Judaica, conforme está em Levítico 23. A Ceia do Senhor é uma expressão usada por Paulo em 1 Coríntios 11.23-26, “Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” A expressão de Paulo “todas as vezes” não limita a celebração apenas a uma vez no ano, mas é oportuno que periodicamente nos recordemos da morte de Jesus tomando o pão e bebendo o cálice em memória do que Jesus fez por nós no Calvário: morreu por nós e ressuscitou ao terceiro dia (Rm 4.25). Recuse o convite do folheto. Não é bíblico.
Fonte: CACP
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