“Vós
sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos
homens." Mateus 5:13
Nós entramos no
período mais desafiador da história humana em relação à fé. As nações estão
sendo rapidamente formatadas por um espírito anticristo e a realidade crescente
é de valores, ética e leis absolutamente opostos ao Cristianismo. À medida em
que o tempo passa, aumenta a sensação de que estamos falando sozinhos e de que
o que falamos deve ser reprimido. Alguns exemplos:
Desconstrução da
família... O divórcio e o concubinato são conceitos estabelecidos na cultura e
na lei do nosso país (agora, com novas facilidades legais, os divórcios
cresceram 200% em São Paulo). A união civil entre homossexuais e o direito
dados a estes de adotarem crianças também já vigoram no Brasil (o
"casamento", com caráter religioso, é a próxima conquista da pauta,
para acabar de vez com a heteronormatividade e com o conceito original de
família).
Confinamento da
fé... O mundo trata de limitar o exercício da fé ao espaço dos guetos
religiosos e, se possível, da individualidade humana. Cada vez mais se rejeita
a ideia da fé pública, divulgada, persuasiva, conquistadora. As leis que vêm
sendo propostas e aprovadas no Brasil são só a repercussão do movimento das
nações ocidentais: proibição de símbolos religiosos em repartições públicas,
limitação de espaços para programas religiosos na mídia, cerceamento de
qualquer tipo de discurso que oponha práticas religiosas ou culturais
estabelecidas (por conta disso, crianças indígenas são enterradas vivas no
Brasil sem que ninguém possa interferir) e o ensino contra práticas de
feitiçaria e idolatria está para ser criminalizado como preconceito, como já é
feito em muitas nações. Em outras palavras, o mundo nos impõe cada vez mais a
ideia: Se vocês têm fé, guardem-na com vocês e não nos incomodem!
Foco nas liberdades
individuais e o pragmatismo... O endeusamento do indivíduo é a grande marca
desta geração. O que vale é a liberdade de cada um e o prazer pessoal. É esta
mentalidade hedonista que justifica, não apenas a prática do aborto, por
exemplo, mas as leis que a defendem. Sendo assim, uma mulher que tenha direito
sobre o seu próprio corpo pode decidir entre seguir com uma gravidez ou
interrompê-la. “Questão pessoal”, dizem eles... Esta é uma bandeira defendida e
fomentada pela ONU e também pelo atual governo brasileiro. Junte-se a isso a
mentalidade pragmática desta geração, segundo a qual o que interessa é o
resultado imediato de cada ação humana ou social e não os valores que possam
contradizer tal direção. Ora, como o Cristianismo defende e se baseia em
valores, alguns dos quais que só terão seus frutos revelados na eternidade, é
visto (e será cada vez mais) como retrocesso pela sociedade secular.
Diante de um
cenário tão contraditório, que opções restam ao povo de Deus? Se permanecermos
passivos, como quem não tem nada a ver com tudo isto, seremos engolidos pelo
secularismo e morreremos. Não passaremos de "sal insípido" que,
segundo as palavras de Jesus, "para nada mais presta, senão ser pisado
pelos homens".
Se nos colocarmos
na defensiva, apenas preocupados em guardar o nosso espaço e direito, talvez
resistamos por um tempo, mas não seremos capazes de conquistar as próximas
gerações e igualmente terminaremos tragados, ainda que mais lentamente. Seremos
o que um grande líder evangélico, que hoje está desviado da verdade, chamou um
dia de "sal no saleiro", concentrados em nossa essência, mas
incapazes de mudar o que está ao nosso redor.
Resta-nos apenas
uma possibilidade viável e digna: assumirmos a condição de agentes
transformadores, nos apresentando ao mundo como um modelo completamente
distinto e pagando o preço que for necessário para sustentá-lo. Em outras
palavras, encararmos a responsabilidade de sermos sal que salga, que cura, que
muda o sabor. Esta é a única chance de que terra seja cheia do conhecimento e
da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.
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Danilo Figueira é um dos pais da
Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e
de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele
tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte
ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos
ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros
"LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras
igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas
como o Inglês, o Francês e o Espanhol.
Fonte: regenerados.com.br
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