'E o
que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.
E
disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis'.
(Apocalipse
21:5)
1. Que cena
estranha está aqui aberta para nossa visão! Quão distante de nossas apreensões
naturais! Nem um relance do que está aqui revelado, foi, alguma vez, visto no
mundo pagão. Não apenas os ateus modernos, bárbaros, incivilizados não tiveram
a menor concepção dele; mas foi desconhecido igualmente aos ateus refinados e
polidos, da antiga Grécia e Roma. E quase tão pouco pensado ou entendido, pela
generalidade dos cristãos: eu quero dizer, não meramente aqueles que são
nominalmente tais, que têm a forma de santidade, sem o poder; mas mesmo aqueles
que, em alguma medida, temem a Deus, e buscam operar retidão.
2. Deve-se admitir
que, depois de todas as pesquisas que possamos fazer, ainda assim, nosso
conhecimento da grande verdade, entregue a nós nessas palavras, é
excessivamente reduzido e imperfeito. Como este é um ponto de mera revelação,
além do alcance de todas as nossas faculdades naturais, nós não podemos
penetrar muito profundamente, nem formamos qualquer concepção adequada dele.
Mas pode ser um encorajamento para esses que têm, em algum grau, testado dos
poderes do mundo, a se formarem, e irem, tão longe quanto puderem;
interpretando, Escrituras por Escrituras, de acordo com a analogia da verdade.
3. O Apóstolo
apreende as visões de Deus, e nos diz, no primeiro verso do Capítulo, 'Eu vi um
novo céu e uma nova terra'; e acrescenta em (Apocalipse 21:5) 'E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve;
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis'.
4. Muitos
estudiosos cogitam a estranha opinião de que isto diz respeito apenas ao estado
atual das coisas, e nos dizem gravemente que as palavras devem se referir ao
estado florescente da igreja, e que isto principiou, depois das perseguições
pagãs. Mais ainda: alguns deles têm descoberto que tudo aquilo do qual o
Apóstolo fala, concernente ao 'novo céu e nova terra', foi cumprido, quando
Constantino, o Grande, despejou riquezas e honras sobre os cristãos. Que
caminho miserável é este, para tornar inútil todo o conselho de Deus, com
respeito a todas aquelas grandes cadeias de eventos, com referência à sua
igreja; sim, e a toda a humanidade, desde o tempo em que João estavam em
Patmos, até o fim do mundo! Não. A linha de sua profecia alcança mais além
ainda: Ela não termina, no mundo presente, mas nos mostra o que irá acontecer,
quando este mundo não mais existir.
5. Porque, assim
diz o Criador e Governador do universo: 'Observe, eu faço novas todas as
coisas'; -- tudo o que está incluído naquela expressão do Apóstolo: 'Um novo
céu e uma nova terra'. Um novo céu: a palavra original em Gênesis -- (Gen 1)
'No princípio Deus criou os céus e a terra' – está no plural. E, de fato, isto
é a linguagem constante das Escrituras. Assim sendo, o escritor ancião judeu
está acostumado a considerar três céus; em conformidade ao que, o Apóstolo
Paulo fala de
sua constituição:
'alcançar o terceiro céu'. É este, o terceiro céu, que usualmente se supôs ser
a residência imediata de Deus; tão distante quanto alguma residência possa ser
imputada ao seu Onipresente Espírito, que penetra e preenche todo o universo. É
aqui (se falarmos da maneira dos homens), onde o Senhor senta-se em seu trono,
cercado pelos anjos e arcanjos, e por todos os seus ministros flamejantes.
6. Nós não podemos
pensar que este céu irá passar por alguma mudança; alguma mais do que seu
Grande morador. Certamente este palácio do Altíssimo foi o mesmo, desde a
eternidade, e será, para o mundo sem fim. Apenas os céus inferiores estão
sujeitos à mudança; o mais alto deles nós usualmente chamamos de céus
estrelados. Pedro nos informa que este 'está reservado ao fogo, contra o dia do
julgamento e destruição dos homens iníquos'. Naquele dia, 'ardendo no fogo',
ele deverá, primeiro, 'contrair-se como um rolo de pergaminho'; e, então,
deverá 'dissolver-se, e desaparecer com um grande estrondo'; finalmente, ele
dever 'fugir da face Dele que está sentado no trono e não será encontrado lugar
para ele'.
(II Pedro 3:10)
'Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras
que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que
pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos
para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os
elementos, ardendo, se fundirão? '.
7. Ao mesmo tempo,
'as estrelas cairão dos céus'; a corrente secreta sendo quebrada, o que as
tinha preservado, em suas diversas órbitas, desde a fundação do mundo. Enquanto
isto, o céu mais baixo, ou sublunar, com os elementos (ou princípios que o
compõem) 'se desfarão com fogo ardente'; ao mesmo tempo em que 'a terra, com as
obras que nela há, deverá desfazer-se no fogo'. Esta é a introdução para o
estado mais nobre das coisas, tais que ainda não entraram nos corações dos
homens conceberem, -- a restauração universal, que sucederá à destruição
universal. Porque 'nós vemos', diz o Apóstolo, 'os novos céus e terra, onde
habitará a retidão'.
(II Pedro 3:7) 'Mas
os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como
tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens
ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como
mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda
que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que
alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor
virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se
queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém
ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia
de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se
fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra,
em que habita a justiça'.
8. Uma diferença
considerável haverá, sem dúvida, no céu estrelado, quando ele for feito novo:
Não haverá estrelas em chamas, nem cometas. Quer esses orbes horrendos e
excêntricos sejam planetas mal formados, em um estado caótico (eu falo na
suposição da pluralidade dos mundos), ou tais que tenham se submetido, a sua
conflagração geral,
eles certamente não terão lugar no novo céu, onde tudo estará em ordem e
harmonia. Poderá haver outras diferenças, entre o céu que agora existe e aquele
que existirá depois da renovação. Mas elas estão acima de nossa compreensão:
Nós devemos deixar para a eternidade explicá-las.
9. Nós podemos mais
facilmente conceber as mudanças que irão ser forjadas no céu inferior, na
região da atmosfera. Ele não será mais feito em pedaços por furações, ou
agitados por tempestades furiosas, ou tormentas destrutivas. Meteoros perigosos
e horripilantes não terão mais lugar nele. Nós não teremos mais chance de
dizer: Como uma trombeta sonora e forte, teu trovão faz tremer as nossas
costas; enquanto os relâmpagos avermelhados acenam, junto aos estandartes de
teu anfitrião! Não: Tudo será, então, luz, calmaria, serenidade; um quadro vivo
do dia eterno.
10. Todos os
elementos (tomando a palavra em seu sentido comum, com relação aos princípios
dos quais todas as coisas naturais são compostas) serão novos, de fato;
inteiramente mudados em suas propriedades, embora não em sua natureza. O fogo,
no momento, é um destruidor geral de todas as coisas debaixo do sol,
dissolvendo tudo que vem para sua esfera de ação, e reduzindo ao seu átomo primitivo.
Mas, tão logo ele execute seu último grande trabalho de destruir os céus e
terra; (quer você queira dizer com isto, um sistema apenas, ou toda a fábrica
do universo; a diferença entre um e milhões de mundos, sendo nada, antes do
grande Criador); quando, por assim dizer, ele tiver feito isto, as destruições
forjadas pelo fogo virão para o fim perpétuo. Ele não mais irá destruir; ele
não irá consumir mais: ele irá esquecer seu poder de queimar, -- poder que ele
possui apenas durante o presente estado de coisas, -- e ser tão inofensivo, nos
novos céus e terra, como ele é agora nos corpos dos homens e outros animais, e
na essência das árvores e flores; em todos em que (como os recentes
experimentos mostram) grandes quantidades de fogo etéreo estão alojadas; se não
for, preferivelmente, uma parte do componente essencial de toda matéria
existente debaixo do sol. Mas provavelmente ele irá reter seu poder vívido,
embora desnudado de seu poder de destruição.
11. Certamente,
pode-se deduzir que o vento calmo, plácido, não mais será perturbado pelas
tempestades e tormentas. Não haverá mais meteoros, com seus horríveis clarões,
aterrorizando os pobres filhos dos homens. Diante disto, será que poderíamos
acrescentar (embora, a princípio possa soar como um paradoxo) que não haverá
mais chuva? Percebe-se que não existia no Paraíso; uma circunstância que Moisés
particularmente menciona: 'O Senhor Deus não tem feito chover. – Mas subiu um
vapor da terra', que cobriu os abismos de águas, 'e regou toda a face da
terra', com umidade suficiente para todos os propósitos de vegetação.
(Gênesis 2:5-6) 'E
toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo
que ainda não brotava; porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre
a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da
terra, e regava toda a sua superfície'.
Nós temos razões
para cremos que o caso será o mesmo, quando o paraíso for restaurado. Consequentemente,
não existirão mais nuvens ou neblinas. Mas um dia de luz refulgente. Muito
menos, haverá gases tóxicos, ou rajadas repentinas de vento pestilento. Não
existirá mais siroco [vento quente] na Itália; ventos ressecados e sufocantes
na Arábia; não haverá ventos noroestes mordazes, em nossa própria região.
12. Mas que mudança
os elementos da água irão sofrer, quando todas as coisas forem feitas novas!
Ela será, em todas as parte do mundo, clara e límpida; pura de todas as
misturas desagradáveis e insalubres; surgindo aqui e ali, em fontes
cristalinas, para refrescar e adornar a terra 'com líquido escoando de córregos
murmurantes'. Porque, indubitavelmente, como foi no Paraíso, haverá vários rios
gentilmente deslizando continuamente, para o uso e prazer de homens e animais.
Mas o inspirado escritor tem expressamente declarado que 'não haverá mais
mares'.
(Apocalipse 21:1)
'E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira
terra passaram, e o mar já não existe'.
Nós temos toda
razão para crermos que, no início do mundo, quando Deus disse: (Gênesis 1:9)
'Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca'; a
terra seca espalhou-se sobre a face da água e a cobriu de todos os lados. E
assim, parece ter sido feito, até que, com o objetivo do dilúvio geral que Deus
determinara trazer sobre a terra, imediatamente 'as janelas dos céus foram
abertas e as fontes do grande abismo se romperam'. Mas o mar irá, então, se
recolher aos seus limites primitivos, e não mais irá aparecer sobre a
superfície da terra. Uma vez que, de fato, não haverá mais necessidade dele.
Porque, assim como supõe o Poeta antigo, – cada parte da terra irá naturalmente
produzir o que os seus habitantes necessitarem, -- ou toda humanidade irá
procurar o que toda a terra oferece, através de meios mais fáceis e prontos.
Uma vez que, como nosso Senhor nos informa, todos os habitantes da terra serão
iguais aos anjos, nas mesmas condições deles, em rapidez, e força; de maneira
que eles poderão, tão rápido quanto o pensamento, transportarem-se, ou o que
quer que eles queiram, de um lado para o outro do globo.
13. Não que eu
possa acreditar naquela maravilhosa descoberta de Jacob Behmen, com que muitos,
tão zelosamente, combatem, de que a própria terra com todos os seus apetrechos
e habitantes, será, então, transparente como vidro. Não parece haver o menor
fundamento para isto, tanto nas Escrituras, quanto na razão. Certamente não nas
Escrituras: Eu não conheço um texto, seja no Velho, ou no Novo Testamento, que
afirme tal coisa. Certamente, não pode ser inferido daquele texto em
Apocalipse: (Apocalipse 4:6) 'E havia diante do trono como que um mar de vidro,
semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais
cheios de olhos, por diante e por detrás'. E, ainda assim, se eu não me engano,
este é a principal, se não a única Escritura que tem sido afirmada em favor
desta opinião! Nem eu posso conceber que existe algum fundamento no raciocínio.
De fato, tem sido calorosamente suposto, que todas as coisas seriam muito mais
bonitas, se elas fossem completamente transparentes. Mas eu não posso
compreender isto: Sim; eu apreendo inteiramente o contrário. Suponha que cada
parte do corpo humano fosse transparente como cristal, pareceria mais bonito do
que o é agora? Não. Antes, iria nos chocar acima de qualquer medida. O corpo
todo, e, em particular, 'a face divina humana', é, sem dúvida, um dos mais
bonitos objetos que podem ser encontrados debaixo do céu; mas se você pudesse
olhar, através da face rosada, da fronte lisa e regular, ou do seio elevado, e
distintamente ver tudo que está nele, você sairia fora, com repugnância e
horror!
14. Vamos a seguir
examinar estas mudanças que podemos razoavelmente supor, que terão lugar na
terra. Não haverá mais estreita ligação com o frio intenso,
nem se ressecará
com o extremo calor; mas terá tal temperatura que será mais conducente a sua
fertilidade. Se, com o objetivo de punir seus habitantes, Deus fez o antigo...
Ordene seus anjos a
virarem de soslaio, esse lóbulo oblíquo, por meio do qual, ocasionam o frio
violento, de uma parte, e o calor intenso, de outra; então, indubitavelmente,
ordene a eles que retomem sua posição original: Assim, chegará ao final, de um
lado, o calor ardente que torna algumas partes dele dificilmente habitadas e,
de outro, a fúria dos Árticos e gelo eterno.
15. Não haverá,
então, princípios dissonantes ou destrutivos em seu seio. Não haverá mais
quaisquer dessas violentas convulsões em suas entranhas. Não será mais
chacoalhada ou feita em pedaços, pela força impetuosa dos terremotos; e, consequentemente,
não precisará mais de Vesúvio, nem Etna, nem quaisquer das montanhas ardentes
para impedi-los. Não haverá mais rochas horríveis ou precipícios assustadores;
nenhum deserto selvagem, ou praias improdutivas; nenhum pântano intransitável,
ou brejos inférteis, para tragarem o viajante imprudente. Haverá, sem dúvidas,
desigualdades na superfície da terra, que não serão defeitos, mas belezas.
Porque, embora eu não possa afirmar que a Terra tem sua diversidade do céu, de
prazer situado na colina e vale; ainda assim, eu não posso pensar que as
colinas, erguendo-se gentilmente serão algum defeito, mas um ornamento, da nova
terra criada. E, sem dúvida, nós poderemos, igualmente, ter oportunidade de
dizer – Veja, lá sua habilidade maravilhosa veste os campos de verde agradável!
Sua mão exibe milhares de ervas, milhares de flores entre elas!
16. E qual será o
produto geral da terra? Sem espinhos, sem roseira brava, ou cardo; nenhuma erva
daninha inútil ou fétida; nenhuma planta venenosa, prejudicial, ou
desagradável; mas cada um que pode ser conducente, de alguma forma, tanto para
nosso uso quanto prazer. Quão além do que a maioria da imaginação viva é agora
capaz de conceber! Nós devemos não mais lastimar a perda do paraíso terrestre,
ou suspirar diante daquela descrição bem delineada de nosso grande poeta:
Que
esta colina do paraíso, então,
Pelo
poder das ondas, se mova,
Empurrada
pela inundação curva,
Com
todo seu verde espalhado,
E às
arvores à deriva do grande rio,
Para
o abismo aberto, e lá crie raízes,
Numa
ilha salgada e desnuda!
Porque
toda a terra será, então, um paraíso mais bonito do que o que Adão, alguma vez,
viu.
17. Tal será o
estado da nova terra, com respeito à forma das partes inanimadas dela. Mas, por
maior que esta mudança vá ser, ela é pequena, é nada, em comparação com aquela
que irá, então, tomar lugar, através de toda natureza animada. Na parte viva da
criação onde é visto os mais deploráveis efeitos da apostasia de Adão. Toda a
criação animada; tudo quanto tem vida, desde o leviatã até o menor acarino,
foi, desta forma, feito objeto de tal vaidade, como as criaturas inanimadas não
poderiam ser. Eles foram objeto daquele monstro cruel, a Morte, o conquistador
de tudo que respira. Eles foram objeto para sua dor precursora, em milhares de
suas
formas; embora
'Deus não tenha criado a morte; nem tenha prazer na morte de algum vivente'.
Quantos milhões de
criaturas no mar, no ar, e em todas as partes da terra, podem agora, de modo
algum, preservar suas próprias vidas, a não ser tirando a vida de outros;
rasgando em pedaços e devorando as suas pobres, inocentes e submissas presas!
Miserável destino de tais inumeráveis multidões, que, insignificantes como elas
pareçam, são os frutos de um mesmo Pai; criaturas do mesmo Deus do amor! É
provável que, não apenas dois terços, da criação animal, mas noventa e nove em
cem estão debaixo da necessidade de destruírem ao outro, com o objetivo de
preservarem sua própria vida! Mas não deverá ser sempre assim. Ele que está
sentado em seu trono logo mudará a face de todas as coisas, e fornecerá uma
prova demonstrativa para todas as criaturas, de que 'sua misericórdia é sobre
todas as Suas obras'.
O estado horrível
das coisas que, no presente, se obtém, logo irá chegar ao seu fim. Na nova
terra, nenhuma criatura irá matar, machucar, ou causar dor em alguma outra. O
escorpião não terá uma picada venenosa; a víbora, nenhum veneno em seus dentes.
O leão não terá unhas afiadas, para rasgar o cordeiro; nenhum dente para
triturar sua carne e ossos. Mais ainda; nenhuma criatura, animal, pássaro,
peixe, terá alguma inclinação, para ferir alguma outra, porque a crueldade terá
desaparecido, e a selvageria e fúria, esquecidas. De modo que não se ouvirá
mais falar de violência; nem assolação ou destruição será vista sobre a face da
terra. 'O lobo irá habitar com o cordeiro'; (as palavras podem ser
literalmente, assim como figurativamente entendidas), 'e o leopardo se deitará
com uma criança: Eles não ferirão ou destruirão'; do amanhecer até o
pôr-do-sol.
18. Mas o mais
gloriosa de todas será a mudança irá, então, tomar lugar nos pobres, pecadores
e miseráveis filhos dos homens. Esses tinham caído, em muitos aspectos, como de
uma grande altura, então, para a mais baixa profundidade, do que alguma outra
parte da criação. E eles deverão "ouvir uma grande voz dos céus, dizendo:
'Observe o tabernáculo de Deus é com os homens: E ele irá habitar neles, e eles
serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus'".
(Apocalipse 21:3-4). Consequentemente, surgirá um estado puro de santidade e
felicidade, muito superior a que Adão desfrutou no Paraíso.
De que maneira
bonita, isto está descrito pelo Apóstolo: 'Deus enxugou todas as lágrimas; e
não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro; nem haverá mais dor alguma:
porque as coisas antigas já se passaram!'. (Apocalipse 21:3) Como não haverá
mais morte, e nenhuma dor ou enfermidade que leve a isto; como não haverá mais
pelo que se afligir, ou se separar dos amigos; então, não haverá mais tristeza
ou choro. Mais do que isto - haverá um livramento maior do que todo este;
porque não existirá mais pecado. E, para coroar tudo, haverá uma união
profunda, íntima, e ininterrupta com Deus; uma comunhão constante com o Pai e
seu Filho, Jesus Cristo, através do Espírito; uma alegria contínua do Deus
Trino, e de todas as criaturas Nele!
[Editado
por Jennette Descalzo, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções por George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]
Fonte: regenerados.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário