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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Uma visão de Deus e uma nova vida

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.” Isaías 6:1

O ponto central do testemunho de Isaías nesta passagem é esta afirmação: “eu vi o Senhor”. É a partir da visão que tem de Deus que esse homem sai do cenário obscuro e de morte em que se encontrava para lançar-se ao ministério profético e falar, da parte de Deus, aos homens.

O Isaías que entra nesta cena não é o mesmo que sai. Antes de ver o Senhor, Isaías é um homem triste e inseguro (“no ano em que morreu o rei...”), culpado (“estou perdido, sou homem de lábios impuros...”) e negativo (“habito no meio de um povo de impuros lábios”). Mas a partir desse encontro, dessa revelação, ele se torna um profeta, alguém com sentido e missão na vida.

A visão que um homem tem de Deus determina sua história. Foi por isso que Jesus num determinado momento perguntou aos seus discípulos: “Quem dizeis que eu sou?”. Enquanto a imagem que eles tinham se baseasse em especulações humanas e não em revelação, eles não estariam habilitados para crescer. Há muitos que têm uma visão parcial ou distorcida de Deus e por isso não se relacionam adequadamente com Ele. Porém, diante da visão correta de quem Ele é, é impossível não mudar de vida.

Quem é o Deus revelado a Isaías que mudou os rumos de sua existência? Em primeiro lugar, ele viu um Deus que governa soberanamente. Suas palavras são: “eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono”. O aspecto mais decisivo da revelação de Deus na vida de um ser humano é o seu senhorio. Ele se assenta no mais alto trono do universo! Essa visão, perdida por Adão no Éden, precisa ser recuperada para que voltemos ao eixo. Ele é Senhor! Como diz o apóstolo Paulo em Romanos 14:9 - "foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos".

Ao ressuscitar, Jesus tinha uma declaração a fazer e dela nasce a missão de todo crente: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:18). É a partir do reconhecimento da autoridade absoluta de Cristo sobre todas as coisas e, inclusive, sobre nossa vida e vontade, que podemos começar um relacionamento adequando com Ele.

Quando Isaías teve sua experiência, ele viu um Deus capaz de encher todos os espaços – “e as abas de suas vestes enchiam o templo” – O Senhor que pode transformar nossa vida e dar-lhe sentido não um deus acessório, que acrescentamos como um detalhe aos muitos outros interesses de nosso coração. Ele é um Deus que enche tudo, que ocupa todos os espaços do templo que somos nós, que se espalha com seu reino e vontade sobre todas as áreas da nossa vida, sem que lhe imponhamos reservas.

Além disso, o verdadeiro Deus que precisamos enxergar é um Deus Santíssimo. Isaías percebeu serafins e aqueles seres celestiais só tinham um assunto: “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo”... A santidade de Deus precisa confrontar o nosso pecado. Sem a visão de suas vestes alvíssimas, de sua pureza inegociável, o homem tentará fazer dEle um bonachão, cúmplice dos seus pecados. Ele, porém, é Santo e diante de sua santidade nós temos que mudar, que converter-nos. Como diz o Salmo 96:9, "Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras".

Isaías viu também um Deus que comanda uma guerra. Conforme a palavra dos serafins em sua visão, Ele “é o Senhor dos Exércitos”. É importante entendermos que o Senhor tem um inimigo, comandante de um império de rebelião. Por isso Ele se levanta e revela como Yaweh Tsabaah, o Senhor dos Exércitos. Sem o entendimento de que a vida cristã é uma constante guerra, de que há um inimigo a vencer e um “general” a obedecer, nos tornamos passivos e tímidos. Enxergá-lo no comando de suas miríades nos coloca no exercício de uma missão de conquista.

Finalmente, Isaías enxergou que Yaweh é um Deus cujo coração está voltado para o nosso planeta; A proclamação angelical em sua visão dizia: “toda a terra está cheia da sua glória” . Apesar de assentar-se no trono de um universo infinito, o Deus que se revela a Isaías escolheu a Terra como centro de suas atenções. Ele faz a glória do seu rosto brilhar sobre ela por um simples motivo: Ele ama gente! E é por isso que quando Isaías consegue ouvir a voz daquele a quem está vendo, as palavras são: “a quem enviarei, quem irá por nós?” E sua resposta não poderia ser outra, diante da grande revelação que estava tendo. Então, ele diz: “Eis me aqui, Senhor. Envia-me a mim”.

Tomara que eu e você consigamos ver Deus como Ele é. Se isso acontecer, nossa vida ganhará propósito e missão.


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Danilo Figueira é um dos pais da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros "LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas como o Inglês, o Francês e o Espanhol.


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