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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Os três níveis da Unção

Todos nós falamos de “unção”, mas poucos compreendem o que isso significa. Confundimos unção com carisma, com capacidade humana de tocar o sentimento das pessoas e com poder natural. No entanto, unção é a manifestação sobrenatural do Espírito Santo que habita em nós, sobre passando nossos limites e capacidades humanas e manifestando em nossas vidas a graça de Deus.

Um dos símbolos bíblicos do Espírito Santo e consequentemente da sua unção é o azeite. O processo artesanal de produção do azeite em Israel é uma perfeita ilustração de como a unção é liberada em nossas vidas e de que maneira ela deve ser usada. Cada detalhe nesse processo de fabricação do azeite tem um significado muito especial.

É interessante observar a produção das azeitonas. A Terra Santa é coberta por oliveiras, a ponto delas serem um dos símbolos de Israel. Estas árvores produzem por muito tempo. No Jardim do Getsêmani há ainda hoje uma oliveira da época de Jesus e ela ainda é produtiva! Isto nos fala da possibilidade de que, em nossas vidas, a fonte de unção nunca se esgote.

Depois de produzidas e colhidas, começa a moagem das olivas. Essas azeitonas são postas num moinho e uma roda pesada é deslocada sobre elas, amassando-as e fazendo com que se tornem uma massa úmida, uma lama escura.

Não consigo pensar sobre isso sem fazer uma ligação com a necessidade de quebrantamento em nós. Não haverá unção em nossa vida, a não ser que aceitemos perder o individualismo e submeter-nos ao tratamento de Deus com nossa carne. Ele nos pressiona pela Palavra, pelas circunstâncias adversas, pela ação das autoridades sobre nossa vida, até que possamos revelar o nosso melhor.
Essa prensagem nos fala também (e acima de tudo) da obra da Cruz. Você se lembra de Jesus, no Getsêmani, suando sangue, aceitando ser esmagado pelo Pai para liberar depois o seu Espírito sobre a igreja? É daí que vem a verdadeira unção.

Voltemos ao processo de extração do azeite. Depois de completamente moídas as azeitonas, a massa é colocada em cestas de fibra vegetal e prensada por três vezes, para que o azeite vaze pelos poros da fibra, ficando retida apenas a parte sólida.

Aqui há uma peculiaridade muito interessante. A massa é prensada três vezes, com níveis crescentes de pressão, produzindo qualidades diferentes de óleo. Esse processo é utilizado desde os tempos bíblicos e pode ser uma maravilhosa parábola para nós. Na primeira prensagem, é coletado um óleo de qualidade excelente, puríssimo, usado em Israel exclusivamente para o serviço religioso. Na segunda, se produz um ótimo azeite, utilizado para medicamento e alimentação. Na terceira, já com mais elementos da fibra vegetal que funciona como filtro, se produz o azeite usado para combustível e cosmética.
O que todo esse processo pode nos sugerir ou ilustrar para nossa vida espiritual? Em primeiro lugar, é muito rico entendermos que a melhor porção da unção em nossa vida deve ser consagrada ao Senhor, usada na nossa devoção.

No Antigo Testamento, se utilizava desse azeite mais nobre, não para beneficiar aos homens, mas para honrar ao Senhor. Era esse óleo que mantinha a luz do tabernáculo (e depois, do templo) acesa todo o tempo, era com ele que se consagrava  objetos e pessoas e que se fabricava o incenso aromático. Tudo para Deus!
A não ser que haja unção em nossa adoração, intercessão e ministério ao Senhor, não passaremos de religiosos secos. Sem óleo, nosso relacionamento com Deus se torna rotineiro e enfadonho. E quando pensamos em oferecer algo ao Senhor, precisamos sempre reservar a primeira porção, a melhor.
O azeite extraído na segunda prensagem, usado para alimento e medicina, pode representar a unção que empenhamos em servir aos outros. Também nessa dimensão, para ganhar vidas, fazer discípulos, consolar os fracos, curar os enfermos (na alma e no corpo) precisamos do óleo do Espírito Santo. Nosso ministério aos homens não pode ser desenvolvido apenas baseado em esforço, em suor. Tem que trazer azeite, graça, poder sobrenatural.

 Óleo da terceira prensagem era usado para combustível nas casas e fabricação de cosméticos. Isso fala de também desfrutarmos da unção. Após oferecer o melhor ao Senhor e aos homens, podemos também nos beneficiar, abastecendo-nos e renovando-nos na alegria do Espírito Santo.
Decida que sua vida cristã não será seca e rotineira. Cultive a unção diariamente e use-a para tudo o que você vai fazer. Lembre-se que Jesus foi moído no Calvário, para que tivéssemos esse óleo preciso. Porque depender do suor, se podemos nos mover no azeite?!!


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Danilo Figueira é um dos pais da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros "LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas como o Inglês, o Francês e o Espanhol.

Fonte: regenerados.com.br

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