Quando falamos de
cura divina, entramos numa área bem excitante do evangelho. Ver o poder de Deus
se manifestando e quebrando o jugo da enfermidade, além de por fim ao
sofrimento daqueles que por ela estavam cativos, produz uma intensa alegria no
meio do rebanho e repercute na salvação de muitas vidas. Portanto, esse direito
que temos através do sangue da Cruz, de sermos curados e curar, é indispensável
na vida da igreja.
Os elementos
básicos da cura divina são a graça (da parte de Deus) e a fé (da parte do
homem). Em linhas gerais, a soma desse dois valores produz a cura. Entretanto,
quando passeamos pelos evangelhos e pelo livro de Atos, percebemos que a
dinâmica, a forma de Deus operar e do homem mostrar sua fé, varia muito.
Há sempre uma indagação
em nossa mente: Porque tantos são curados e outros não? Responder isso de
maneira simplista com argumentos do tipo “Deus não quis” ou “a pessoa não tinha
fé” seria meio perverso da nossa parte, em primeiro lugar porque a revelação
que temos das Escrituras é que o Senhor sempre quer curar. Além disso, muitas
vezes o que faltou não foi fé, mas entendimento de como manifestá-la.
Temos na Bíblia
muitas curas narradas, todas elas operadas pelo poder do mesmo Deus. Mas a
dinâmica de como isso aconteceu varia imensamente. Veja por exemplo o caso do
homem que, no meio de uma sinagoga lotada, recebe uma palavra de Jesus, estende
a sua mirrada e vê o milagre ocorrer instantaneamente (Mt 12:10-12). Ele, como
tantos outros nos evangelhos, não precisou de um grande esforço. Foi encontrado
pelo olhar de Deus no meio da multidão e simplesmente reagiu com fé a um
estímulo celestial.
Para outros, o
milagre custou o preço da perseverança e da determinação. Infelizmente, muitas
pessoas não são curadas porque, diante das dificuldades ou falta de sinais de
Deus está preocupado com seu sofrimento, desistem. Não foi assim com o
paralítico e seus quatro amigos que, tendo encontrado a multidão com empecilho
para chegarem até Jesus, não se deram por vencidos. Antes, subiram ao eirado da
casa e tirando a cobertura, deram um jeito para que o enfermo fosse exposto ao
poder de Deus (Lc 5:18-25).
Quando aqueles
homens saíram de casa carregando seu amigo, havia fé em seus corações.
Entretanto, essa fé teve que passar por provas. Se eles tivessem desistido
diante das dificuldades, o milagre nunca seria operado.
Algo semelhante
aconteceu com um cego em Jericó. Ao ouvir o tropel da multidão e informar-se de
que Jesus estava por perto, ele começou a gritar freneticamente e, embora as
pessoas o repreendessem e mandassem calar, ele estava determinado a chamar a
atenção do Senhor (Lc 18:35-43). Não fosse sua determinação e até sua
inconveniência, a oportunidade da cura teria passado de sua vida.
Há muitos que
querem a cura e até creem que ela vai ocorrer, mas permanecem passivos diante
de Deus. Seja por timidez, medo de se frustrarem (que não deixa de ser
incredulidade) ou excesso de escrúpulos, simplesmente esperam ser curadas e não
são. E porque? Faltou-lhes um pouco mais de atitude.
O cego de Jericó
chamou a atenção de Jesus, ao ponto do Mestre parar e colocá-lo como centro da
atenção de todos, antes de curá-lo. Muitas vezes acontece assim. Estamos num
culto e então, seja por uma palavra de conhecimento (revelação), seja pelo
instinto do ministrante, a atenção do povo se volta para determinada pessoa
carente de cura. É maravilhoso quando isso acontece. Nossa fé é tremendamente
estimulada quando Deus nos dá algum sinal prévio de que quer nos curar.
Entretanto não tem que ser necessariamente assim! Você não precisa esperar que
alguém dê atenção ao seu problema e nem mesmo que um ministrante dê atenção a
você. Se em seu coração você entender que a unção está naquele lugar e decidir
que será liberto por ela, independente da ação dos homens, é provável que sairá
com um milagre.
Lembra-se da mulher
que sofria com uma hemorragia de doze anos? Jesus não lhe tinha dado nenhuma
palavra e sequer a havia percebido no meio da multidão. Não impôs as mãos sobre
sua cabeça e nem orou por ela. Entretanto aquela mulher decidiu conquistar sua
cura (Mt 9:20-22). Relata a Palavra que ela “dizia consigo mesma: se eu tão
somente tocar a sua veste, ficarei sã”. E ficou! Qual foi o seu segredo? Ela
não esperou que o poder de Deus chagasse até a sua necessidade, mas,
determinada, foi ao encontro da cura e extraiu d'Ele o poder.
Em todos os casos
que citei até aqui, a cura se evidenciou imediatamente. Mas muitas vezes ela é
como uma semente plantado que vai germinar depois. Cito o caso dos dez leprosos
(Lc 17:12-14). Eles clamaram por cura a Jesus e recebeu deles uma palavra de fé,
mas não viram o milagre naquele momento, embora cressem. Como o Senhor os
mandou apresentarem-se aos sacerdotes, eles obedeceram e diz o evangelho que
“indo eles, foram purificados”. Ou seja, embora não tenham visto nenhum sinal
de libertação quando estavam em contato com Jesus, creram e o desejo de seus
corações se cumpriu. Portanto, mesmo que não seja de forma instantânea, se você
se expõe em fé à unção de Deus, uma semente de cura pode estar dentro de você.
Vá fazer os exames e depois volte para glorificar ao Senhor!
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Danilo Figueira é um dos pais da
Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e
de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele
tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte
ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos
ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros
"LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras
igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas
como o Inglês, o Francês e o Espanhol.
Fonte: regenerados.com.br
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