Os cultos afro-brasileiros tiveram sua origem no
Brasil com a chegada dos escravos africanos. Cresceram tanto, que hoje
calcula-se que há no Brasil mais de 70 milhões de pessoas envolvidas em alguma
forma de espiritismo. Quem ainda não ouviu expressões como “macumba”, “axé”,
“pomba-gira” ou “meu santo é forte”? O Brasil é um país obcecado com o
sobrenatural — um país místico. Diante deste fato, seria uma negligência muito
grande, por parte dos cristãos, cruzar os braços e não fazer algo a fim de
alcançar os espíritas para Cristo. Para fazê-lo é preciso ter pelo menos
algumas informações básicas.
1 – O QUE É CULTO AFRO?
Os cultos afro-brasileiros são antes de tudo uma
cultura religiosa oral, de caráter mágico, que se manifesta por meio da crença
em seres mitológicos, danças, músicas, rituais e símbolos.
A Região Sul é a que apresenta a maior população
relativa (0,6%), enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram as
menores (0,1%).
Os cinco estados com a maior proporção de
afro-religiosos são o Rio de Janeiro (1,61% ), Rio Grande do Sul (0,94%), São
Paulo (0,42%), Bahia (0,33%) e Mato Grosso do Sul (0,26%).
2. HISTÓRIA
Os cultos-afro tiveram origem com a escravidão
africana no Brasil. A produção de açúcar fez com que, na primeira metade do
século XVI, os portugueses importassem da África mulheres e homens para
utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
Juntamente com eles vieram sua cultura e religião de cunho animista.
“Em quatro séculos de tráfico negreiro, cerca de
3,5 milhões de africanos aportaram no Brasil na condição de escravos, o
equivalente a 37% do total do continente americano”.
3. CRENÇAS
As crenças das religiões afro-brasileiras podem ser
resumidas, grosso modo, nos seguintes aspectos: adoração aos espíritos
ancestrais; manipulação e divinização das forças da natureza; fetichismo;
reencarnação e mediunidade; imagens, talismãs e amuletos; mitologias;
superstições; xamãs, feiticeiros ou pais-de-santo; adivinhação; necromancia
etc.
3.1 Os Orixás e as Outras Entidades nos Cultos
Afros. Quem São os Orixás?
De acordo com o Dicionário de Cultos
Afro-Brasileiros, de Olga Cacciatore, os orixás são divindades intermediárias
entre Olorum (o deus supremo) e os homens. Na África eram cerca de 600 — para o
Brasil vieram talvez uns 50, que estão reduzidos aproximadamente a 16 no
Candomblé, dos quais só 8 passaram à Umbanda. Muitos deles são antigos reis,
rainhas ou heróis divinizados, os quais representam.
Também presentes nos cultos afro-brasileiros estão
espíritos que representam diversos tipos de humanos falecidos, tais como:
caboclos (índios), pretos-velhos (escravos), crianças, marinheiros, boiadeiros,
ciganos etc.
4. CULTURA AFRO
Cultura afro-brasileira é o conjunto de manifestações
culturais do Brasil, que sofreram algum grau de influência da cultura africana,
desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. Dentre elas: festas como o
carnaval; danças e música como o samba; esporte como a capoeira; vocabulário;
culinária e o sincretismo religioso.
5. TIPOS DE RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
São inúmeras as religiões aqui no Brasil que tem
origem africana. Dentre elas podemos citar o Candomblé, dividido em várias
tradições, a Quimbanda, a Umbanda em suas diversas vertentes, o Tambor de Mina,
o Jurema e outros menores e menos conhecidos.
6. SINCRETISMO AFRO GOSPEL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Sincretismo é a fusão ou mistura de religiões ou
filosofias estranhas, ou seja, é o processo pelo qual aspectos de uma religião
são assimilados ou misturados com outra, levando a mudanças fundamentais em
ambas.
Muitas igrejas neopentecostais, de forma
sincrética, têm usado em seus cultos sal grosso para espantar mal olhado, fazem
a terapia do amor que traz a pessoa amada em sete dias, acreditam em videntes
espirituais, distribuem balas consagradas para “abençoar” crianças, frequentam
reuniões do descarrego, elaboram despachos gospel, bebem a garrafada do tempo
dos apóstolos, ungem com óleo objetos inanimados, quebram maldições
hereditárias, expulsam encostos.
A consequência é que muitos ditos “evangélicos”
estão aderindo parcialmente ou até se convertendo a esse tipo de religião,
devido ao baixo nível de ensinamento doutrinário nas igrejas e o alto índice de
superstições e emocionalismo que são praticados nas igrejas evangélicas Brasil
à fora.
CONCLUSÃO
O cristão deve estar informado. Veja o exemplo do
apóstolo Paulo no Areópago (Atos 17.22-31), citando o “Hino a Zeus”, do poeta
Cleanthes (versículo 28). Com isto Paulo pôde comunicar-se melhor com os atenienses.
Ao familiarizar-se um pouco com os cultos afros, você poderá evitar a acusação
de seus adeptos de estar atacando aquilo que não conhece. Seu receio será
também muito menor ao tratar com eles, uma vez conhecendo algumas de suas
terminologias, crenças e práticas.
O desafio dos cultos afro em geral está diante da
Igreja de Jesus Cristo no Brasil, que até hoje não se despertou suficientemente
para reconhecê-los e considerar e calcular o preço envolvido em aceitar o
desafio. Os praticantes destas religiões de alguma forma entram em compromisso
direto com demônios, pactuando-se com Satanás que se transforma em “anjo de
luz”. Para piorar, o movimento gospel dos neopentecostais está imitando
práticas e costumes destes cultos e causando confusão entre o povo. Esperamos
que esta palestra possa ter sido útil e esclarecedora a você e a todos os que
estão empenhados em ganhar almas para Cristo.
Fonte: CACP


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