Em
todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos
amou. Romanos 8:37
A
riqueza da carta que Paulo escreveu aos romanos é mesmo incomparável, pois,
nesta carta o apóstolo trata de todos assuntos que envolvem o Evangelho e o faz
de uma maneira sistematizada, não é sem razão que alguns gostam de chamá-la de
“o Evangelho segundo Paulo”.
Ele trata aqui de temas como a corrupção
geral da humanidade, fé, Cristo, salvação, justificação entre outros assuntos
concernentes ao Evangelho, mas, mesmo tratando de todos estes assuntos ele toma
a liberdade de falar de um atributo de Deus, por meio do qual todas estas
coisas são possíveis, o AMOR DE DEUS.
Neste
capítulo, Paulo, trata do efeito primário da justificação pela fé, ou seja, a
falta de argumentos para qualquer condenação. O apóstolo afirma que esta
justificação teve por base o amor de Deus, Sua inclinação natural.
Seu
argumento é lógico e objetivo, “se Deus é por nós quem será contra nós?”, ou
seja, se é Ele quem nos justifica, quem iria contra o veredito de um Juiz
Idôneo e Soberano?
Então
ele passa a falar de algumas situações que os cristãos romanos estavam
enfrentando e que poderiam fazê-los duvidar desta justificação e, por
consequência disso, do amor paternal de Deus, tais como tribulação, angústia,
perseguição, fome, miséria, perigo ou a morte.
Ele
afirma que, depois de envolvidos e revestidos deste amor, nenhuma destas
situações teriam mais influência a ponto separá-los dele.
Então,
o apóstolo cita o tão repetido versículo: “Em todas estas coisas, porém, somos
mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.
Gosto
de uma ilustração que ouvi como proposta para entender este versículo, deixando
claro que é muito rasa perto do significado do versículo, é mais ou menos
assim:
Imagine
um boxeador, com essas histórias que se repetem a tais esportistas. Alguém
pobre, que treina “de favor” em uma academia modesta, mas que possui algum
talento e por isso então é alvo de um empresário visionário.
Passa
a lutar como amador, depois se profissionaliza e disputa um título de
importância internacional.
Então,
desafiando e vencendo todos os oponentes que estão acima da sua colocação no
ranking desta competição, ganha o direito de desafiar o campeão e, ao vencê-lo,
então, torna-se o campeão, o vencedor!
Mas,
se ele é o vencedor quem seria o “mais que vencedor” da história?
Sua esposa! Sim, porque teria acesso a
tudo que ele conquistou às custas de socos e murros, sem nunca ter pisado em um
ringue e nunca ter adquirido um hematoma!
Eu
avisei que era pequena a ilustração, mas considere o seguinte:
Quem
foi que sofreu? Quem apanhou? Quem foi crucificado? Quem morreu? Quem
ressuscitou?
JESUS!
Tudo por amor e hoje somos mais que vencedores neste amor, pois não fomos nós
que sofremos com a angústia do Getsêmani, com a perseguição do seu próprio povo
e com o pecado do mundo todo, mas, temos acesso hoje aos benefícios da Sua
vitória.
Assim,
a nossa condição de mais que vencedores consiste única e exclusivamente na
vitória final do amor de Deus sobre todas estas coisas: JESUS!
Para
muitos, a vitória do cristão se resume em estar acima dos outros, “honrado” por
Deus e tendo o resto do mundo sob seus pés!
Para
estes, a vitória tem sabor, doce como o mel!
Mas
para aqueles que entendem que sua vitória consiste na sua justificação sem
méritos, baseada somente nos méritos de outro maior que, por amor se fez menor,
esta vitória tem cor, cheiro e sabor de sangue!
Sangue
inocente!
Para
aqueles que querem a vitória com sabor de mel, por mim, que se LAMBUZEM!
Mas,
para aqueles que se vêem todos os dias confrontados com as acusações de serem
quem são, pecadores, confiem somente na justificação para quem não tem mérito
algum, a justificação que vem de Deus, a justificação que vem da Cruz, a
justificação que vem do Evangelho, pois:
“Quem
nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição,
ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos
mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.
Um
amor que da significado a cruz e uma cruz que ganha significado no amor.
Fonte: www.napec.org
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