Socialistas
sempre foram assim: só pensam em distribuir o que existe, nunca em criar
riqueza de fato. O resultado acaba sendo apenas miséria para todos, à exceção
da cúpula do poder que age em nome do povo oprimido [1]. Esse comentário foi
feito por Rodrigo Constantino a respeito do filme Elysium, onde
mostra a Terra no ano de 2159, numa total miséria, enquanto os ricos, que vivem
fora da Terra, tem acesso a todo tipo de riqueza e tratamento contra as
doenças. No entanto, os que estão na Terra, na miséria se revoltam e vão tomar
o controle do sistema e tornar as riquezas disponíveis para todos.
Isso me lembra o que tem
ocorrido em muitas igrejas neopentecostais por aí. Muitas dessas igrejas
ensinam que a riqueza do ímpio pertence ao “povo de Deus”, no caso eles; e que
a igreja precisa tomar posse desse tesouro que se encontra em mãos alheias.
Quem ensina essa prática de “tomar posse” utiliza textos do Antigo Testamento,
principalmente os que narram a tomada da terra de Canaã pelos Hebreus. Esses
líderes dizem que da mesma forma como o Senhor deu a terra de Canaã para os
judeus, a igreja precisa ter essa mesma visão e tomar posse das riquezas que se
encontram nas mãos dos ímpios. Realmente é um belo discurso, só que fora de
contexto. E texto fora de contexto é pretexto para heresia. E haja heresia
nisso!
Eu
conheço uma pessoa que foi doutrinada dessa forma na igreja que frequentava.
Esse indivíduo toda vez que via alguém com alguma coisa nova logo dizia para a
outra pessoa: “Eu tomo posse!” Muitas vezes essa palavra foi dirigida a mim, e
eu confesso que essas palavras me irritavam profundamente. Tanto que uma vez eu
lhe disse: “Porque você não toma posse do que é seu?”
Observando
a vida dessa pessoa, eu via que ela realmente tinha muita coisa que “tomava
posse”; ela tinha máquina de lavar usada, televisão usada, geladeira usada,
muitos brinquedos dos filhos usados… Ela nunca teve o prazer de entrar em uma
loja e comprar algo novo. Algo que não havia pertencido a alguém – não que eu
tenha alguma coisa contra ter coisas usadas – não é isso. Mas essa pessoa vivia
de migalhas, de coisas que ela havia “tomado posse”. E pior, de coisas velhas e
muitas vezes quebradas. Que coisa triste! A meu ver, essa pessoa vivia de
esmola e não se dava conta disso.
Essa
história que estou contando tem sido uma triste realidade em muitas igrejas por
aí. Pessoas que têm sido doutrinadas a ter e não a ser. A tomar posse, e não
lutar para conseguir o precisam através do trabalho e, principalmente, na
direção de Deus. Muitos têm sido ensinados que as bênçãos do Senhor sobre a
vida de uma pessoa, são medidas pelo o que a ela possui e não pelo que ela é, ou
seja, uma pessoa consagrada a Deus, tendo uma vida santa e irrepreensível.
E
o que tem gerado nessas pessoas que recebem essa doutrina do “tomar posse”?
Elas ficam cada vez mais gananciosas. Querem mais e mais. Ocorre com essas
pessoas aquela velha frase que diz: “Tem gente que é muito engraçada,
gastam um dinheiro que não tem, para comprar o que não precisa para
impressionar quem não gostam”.
Tais
pessoas não conhecem o verdadeiro sentido do ter e ser. Essas pessoas
desconhecem o Senhor que nos garante que de tudo que tivermos necessidade Ele
nos supriria. Veja o que Jesus nos falou em Mateus 6.31-33:
“Portanto, não se preocupem, dizendo: Que vamos
comer? ou que vamos beber? ou ‘que vamos vestir? Pois os pagãos é que
correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam
delas.Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas
essas coisas lhes serão acrescentadas”.
Isso
sim é a verdadeira riqueza e a verdadeira posse que o Senhor tem para nós.
Mais
uma vez citando Rodrigo Constantino quando disse a respeito do
Socialismo: “O resultado acaba sendo apenas miséria para todos, à
exceção da cúpula do poder que age em nome do povo oprimido”. Quem
ensina essa doutrina está cada vez mais rico – líderes gananciosos. Enquanto os
seus seguidores estão na total miséria, principalmente espiritual.
Pense
nisso!
Nota
Fonte: www.napec.org
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