Traduzido por Anderson Rocha – Artigo
original aqui.
Há
uma razão pela qual a Bíblia começa do jeito que ela o faz. Observe o primeiro
versículo: “No
princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn 1:1). Deus está lá
antes que algo comece, e Ele começa tudo. Sem Ele, não haveria nada. O universo
e tudo que há nele é o reino Dele. Ele é o Rei, e é o domínio Dele.
O resto da Bíblia que se segue
a esse versículo baseia-se na ideia de que existe um Deus. Toda criatura é
Dele. Toda lei natural é Dele. Toda verdade moral é Dele. Sem Ele, não temos
fundamento para nossa teologia, ética ou valores. Tudo mostra indícios até Ele.
Isso
tem implicações significativas para o que acreditamos. Nada faz sentido sem
primeiro reconhecer que Deus existe e fez todas as coisas. Lembrando que isso
pode nos ajudar a entender melhor as discussões com pessoas que não
compartilham das nossas convicções religiosas.
Muitas
vezes, me pego falando com céticos quanto à moralidade. Eles ficam atônitos em
manter uma determinada ética sexual, por exemplo. Por um lado, entendo sua
perplexidade. A moralidade bíblica pode parecer arcaica ou desnecessariamente
limitada se parece ser sem justa causa. Se há um Deus que nos fez, no entanto,
suas regras morais são intemporais, relevantes e justificadas.
É
por isso que muitas vezes é inútil justificar uma ética sexual por mérito
próprio ao falar com um cético. Se você deseja mostrar que a ética é boa, você
pode prever sua razoabilidade sobre a existência de Deus. Isso é porque todas
as coisas se voltam para Deus. Deixe-me apresentar alguns exemplos.
Aborto: os cristãos acreditam que o
aborto é um crime moral grave porque mata um ser humano inocente. Muitos
não-cristãos, no entanto, acreditam que o aborto é moralmente permitido. Eles
ficam confusos com a razão pela qual consideramos nossa visão. Se você parar
para pensar, o aborto é errado porque há um Deus que diz que a vida humana é
intrinsecamente valiosa. Portanto, o erro do aborto é finalmente fundamentado
na existência de Deus. Sem Gênesis 1:1, não há Deus, ninguém feito à Sua
imagem, e nada há de errado em matar um ser humano inocente. Como você pode ver
com o aborto (ou qualquer outra questão bioética), tudo se volta para Deus.
Homossexualidade: os cristãos
acreditam que o comportamento homossexual é pecado. A maioria das pessoas na
sociedade, no entanto, está vigorosamente em desacordo conosco. As conversas sobre
o assunto podem resultar em um infrutífero vai e vem: “A homossexualidade é errada”,
“Não, não é”, “Sim, é”, etc. Este assunto, porém, também se volta
para Deus. Pode-se perguntar: “Se
você acreditava que havia um Deus que nos criou e nos designou, inventou sexo
para homens e mulheres e comunicou Seu plano para a humanidade, seria
importante para você o que Ele diz sobre homossexualidade?” Se eles
não concordarem, então não será importante discutir sobre a moralidade do
comportamento homossexual. Afinal, eles nem sequer concedem que o Deus que nos
criou (se eles acreditassem Nele) teria autoridade para orientar seu pensamento
sobre o assunto. Se, no entanto, eles acreditam que importa o que Deus disse se
Ele existisse, então talvez uma discussão sobre Deus seria logicamente a
prioridade do que uma discussão sobre o que Ele disse sobre sexo e
homossexualidade. O ponto o qual quero chegar é que nossa ética sexual é, em
última instância, baseada na existência de Deus. Se não há Deus, então não há
moral para nos dizer como conduzir a expressão sexual. Mais uma vez, tudo se
volta para Deus.
Jesus é o único caminho? O cristão
afirmar que Jesus é o único caminho para o céu é ofensivo para muitos
não-cristãos. Dizem que é arrogante sugerir que outras religiões não são também
um caminho legítimo para Deus. A afirmação de que Jesus é o único caminho, no
entanto, não é uma reivindicação feita pelo homem. Os cristãos não pensaram
nisso. Foi Jesus quem proclamou corajosamente: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem
ao Pai exceto por mim” (João 14:6). Os cristãos simplesmente seguem
seus ensinamentos.
Como
se pode ver, até mesmo a exclusividade de Jesus se volta para Deus. Se houver
apenas um Deus, então só Ele determina os termos para se entrar no céu. Se Ele
decide que todos devem ser perdoados e a única maneira de receber o perdão é
tornar-se discípulo de Jesus, então isso se torna o único caminho para o céu.
Se houvesse outro deus, talvez existissem outros termos. Mas, como só existe um
Deus, há apenas um caminho.
Reconhecendo
que nossas crenças e valores se voltam para Deus, faz-nos lembrar que Ele é a
nossa base. Tudo começa com o primeiro verso, “No princípio, Deus…” e todas as
coisas seguem a partir daí.
Há
também ramificações práticas. Às vezes, nos distraímos com os detalhes de nossa
fé quando conversamos com pessoas que não compartilham nossas convicções.
Acabamos debatendo questões secundárias (não quero dizer que não são
importantes). Ao invés disso, às vezes precisamos dar apoio e falar sobre a crença
mais fundamental de que existe um Deus e tudo está fundamentado Nele.
Traduzido por Anderson Rocha, em 13Fev18
Fonte: NAPEC
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