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domingo, 4 de março de 2018

Como eu oro… mesmo quando é difícil

Traduzido por Juliana Pellicer Ruza – Artigo original aqui.

Orar é difícil. Quando o compositor de “Amazing Grace” John Newton, observou que somos arrastados perante Deus como escravos e fugimos como ladrões, ele estava falando sobre a oração. “Eu me percebo tão relutante para me dedicar a isso,” lamentou. Quando Tim Keller escreveu “Não consigo pensar em nada grandioso que seja, ao mesmo tempo, fácil,” ele estava escrevendo sobre oração.

Para mim, a oração constante sempre foi uma batalha, uma luta. Uma das coisas mais difíceis para pessoas caídas é virem a Deus de joelhos com mãos vazias; como alguém disse, “Fico relutante para vir a orar, e quando estou orando, fico relutante em permanecer”.

Ainda assim, algumas coisas não podem ser adiadas. Eu não posso fazer as orações de hoje amanhã. O amanhã tem suas próprias necessidades. Discípulos seguem disciplinas – tarefas com as quais eles lutam cada dia, todos os dias. Estar em paz com este fato foi um passo em direção à minha constância. Uma vez que conectar-se com Deus em uma amizade íntima é vital para a sobrevivência, eu pensei que você poderia gostar de saber, brevemente, como eu oro, ainda que debilmente, em meu próprio esforço para me conectar com Deus – não para me colocar como um modelo, mas para oferecer uma ajuda, um pequeno guia, um encorajamento para um companheiro de jornada. Aqui está o que eu faço. Aqui está como eu oro.

O impulso, a princípio, é me apressar (tanta coisa para fazer), passar minha lista de pedidos e seguir em frente. Mas eu resisto a isso. Eu me aproximo do Senhor, quase sempre com as palavras “Pai, santificado seja o Teu nome.” É um começo, um abraço, uma iniciação à intimidade – “Pai. Tu és santo. Eu não sou. Eu preciso de Ti.”

A razão pela qual eu decido que meu corpo e minha mente estarão focados em Cristo – diariamente, de preferência – é ligar-me a Ele, devotar-me a Ele. Essa é a minha necessidade. Eu nem sempre consigo me conectar profundamente, ainda assim, eu primeiro me aproximo dele.

Este é o começo. – “Aproximem-se de Deus e ele se aproximará de vocês.” (Tg 4:8).

Em seguida eu canto um hino, uma canção doce para mim, com palavras que vêm do meu coração, expressando meu apetite, meu desejo, meu amor, minha dependência – ou talvez, exaltando uma virtude divina. Eu acho as músicas antigas mais satisfatórias. Ultimamente, uma das favoritas é o refrão de ‘Tis So Sweet to Trust in Jesus,” com letras alteradas para cantar para ele e não sobre ele: “Jesus, Jesus, como confio em Ti, como preciso mais e mais de Ti…Oh de forças para confiar mais em Ti.”

Em seguida, abro minha cópia do Valley of Vision, uma coletânea de orações puritanas curtas. Eu leio em voz alta, orando uma oração apenas – lentamente, atentamente, intencionalmente – modificando as palavras aqui e ali para se adequarem às minhas próprias intenções e teologia, tornando-a minha, aplicando-a às minhas circunstâncias pessoais e expandindo-as conforme eu queira.

Minha próxima súplica começa com uma certa forma de “Venha Teu reino, seja feita a Tua vontade na terra como é no céu.” Eu quero que Deus faça mudanças e o primeiro lugar em que o reino precisa vir é na minha própria vida, e na minha casa, com minha própria família.

Aqui eu passo a ser mais específico, citando minhas próprias falhas e inadequações, pedindo a Deus para transformar aquilo em que já está claro para mim que preciso mudar. Se preciso admitir um erro, ou clamar por força, ou implorar por santificação em mim, esta é a hora.
Em seguida vem minha família – minha esposa, minhas filhas. Eu luto por minha família, orando para que o reino de Deus venha para aqueles que são meus. “Livra-nos do mal,” Jesus nos ensinou a orar. É isso o que eu peço para mim, destacando áreas específicas onde eu percebo lutas ou necessidades específicas que precisam ser atendidas – conflitos, escassez, desejos, esperanças – todas por mim.

Dali eu vou para os demais – as necessidades urgentes, prementes dos amigos, normalmente – ou preocupações gerais das quais eu estou a par.

Finalmente, oro por ajuda com as tarefas específicas que estão diante de mim – meu “pão de cada dia”, por assim dizer.

Eu saio simplesmente devotando a mim e ao meu dia a Deus, encerrando com a pequena doxologia no final da oração do Senhor, ou com a benção da separação de Davi no Salmo 19: “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador”, ou com algo significativo. Você decide.

Este é o padrão básico. Eu não faço todas estas coisas todas as vezes que oro – algumas vezes deixo alguns passos de lado – mas a sequência me conecta a Deus, me coloca em movimento, e me mantém no caminho. Se algo parecer mecânico, eu paro, me concentro novamente e então recomeço. Algumas vezes, porém, eu abandono todo o plano. Algumas questões são tão urgentes que as orações saem de forma espontânea, com sentimento e intensidade, e eu não quero que um padrão imposto impeça minha conexão com Deus quando isso acontece. Eu deixo passar.

A estrutura não é rígida, mas é uma ferramenta, um guia, uma abordagem. Ajuda quando eu oro em voz alta, mas nem sempre. Algumas vezes, eu simplesmente sussurro “Senhor Jesus, tem misericórdia de mim” sem parar, pois são as únicas palavras que consigo formar.

Lembre-se que a primeira regra da oração é orar – a ação sempre vence a intenção. Em segundo lugar, conectar-se com Deus é o objetivo. É onde a vida está – nele, não em um método.


FONTE: NAPEC

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