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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Inovações e modismos na igreja brasileira


Em 31 de outubro de 1517, ocorria na Alemanha a Reforma protestante, que, entre outras coisas, combateu a comercialização de bênçãos e a supersticiosidade religiosa. Hoje, algumas igrejas ditas evangélicas se veem ameaçadas por inovações, modismos e crendices que solapam a genuína doutrina bíblica.

A comercialização da fé

Muitas igrejas evangélicas estão reeditando as práticas da igreja medieval, quando aquelas vendiam a salvação por meio das indulgências. O apóstolo Pedro já fazia séria advertência neste particular, (1Pd 5.2,3; 2Pd 2.1-3).

A Bíblia denomina de mercenário aquele que usa das coisas sagradas em benefício próprio, visando tão somente tirar vantagem e lucro para si (Jo 10.11-13; Fp 3. 17-19).

Um exemplo do exposto anteriormente é o caso de Demas, ele era companheiro de Paulo na obra, mas abandonou o apóstolo e foi para Tessalônica, possivelmente em busca de maiores ganhos financeiro, pois Tessalônica era uma cidade próspera onde corria muito dinheiro (2Tm 4.10).

Os mercadores da fé oferecem de tudo como forma de atrair as pessoas, tais como: anéis, rosas, medalhas imantadas, sabonete ungido, sal do Mar Morto, entre outros. Ainda pedem as ofertas de sacrifício, que pode ser: relógios, bicicleta, rádio, TV, carro, casa, etc.
O apóstolo Paulo adverte que nos afastemos de homens fraudulentos que se infiltram na igreja com aparência de piedade, mas trazem ensinamentos contrários para tirar proveito da igreja (1Tm 6.3-5; 2Tm 3.5).

Os modismos na igreja

A obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégia e fervor, mas é preciso cuidado com as práticas sem respaldo bíblico. Deus não aceita fogo estranho no culto (Lv 10.1-3).

Para colocar ordem na realização dos cultos da igreja em Corinto, Paulo foi muito específico ao ensinar que os Dons, ministérios e operações, são dados pelo Espírito a cada um para o que for útil (1Co 12.4-7); Quando no ajuntamento dos crentes  para cultuar, cada um tem salmo, doutrina, revelação, línguas, interpretação, e que tudo seja feito para a edificação. Paulo observa que Deus não é de confusão, e que, portanto, faça-se tudo com decência e ordem (1Co 14.26,33,40).

Não seria esse o padrão a ser seguido pelas igrejas ditas evangélicas em nossos dias?

O temor de Paulo, já em seu tempo, era que a igreja se afastasse da simplicidade que há em Cristo, levada por uma pregação que nada tem que ver com o genuíno Evangelho (2Co 11.3,4). Paulo repreendeu os gálatas pelo fato destes terem passado para outro evangelho o qual transtorna o Evangelho de Cristo (Gl 1.6-8).

Superstição entre os crentes

Superstição é um sentimento religioso excessivo que leva à pratica de atos indevidos e absurdos. A Bíblia faz referência à superstição religiosa nas palavras de Paulo aos atenienses em Atos 17.22: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”.

Há muitos crentes com comportamento e atitudes supersticiosos, como os que se seguem abaixo:

Apagar pecado queimando papeis. Acreditam que precisam escrever todos os seus pecados em pedaços de papel e jogá-los em uma fogueira para eliminá-los por completo. Mas, e o sangue de Jesus? Já não mais nos purifica de todos os pecados? (1Jo 1.7);

Deixar a Bíblia aberta no Salmo 91. Devemos confiar no Deus do Salmo, não no Salmo em si. Tal prática é um sentimento supersticioso. Esteja a Bíblia aberta ou fechada, Deus sempre guarda aquele que o teme e o livra.

A crença exacerbada em anjo da guarda.  É verdade que os anjos do senhor são enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14), mas não podermos supervalorizar os anjos chegando a tornar-se uma angelolatria (Cl 2.18).

Em algumas igrejas, há práticas que chega a imitar práticas espíritas:
  • Caminhar sobre sal grosso; 
  •  Usar roupa branca em determinado dia;
  • Campanha do descarrego;
  • Oração forte contra olho gordo;
  • Oração forte para tirar o encosta;
  • Regressão espiritual, etc.
Ouve-se expressão no meio evangélico que nada tem que ver com a terminologia bíblica;

Canela de fogo; Sapato de fogo; Vassoura de fogo.

A orientação paulina é que não devemos ir além dos limites impostos pela Palavra de Deus, mas deve ser conforme o que nela está escrito, (1Co 4.6).

O uso de objetos e símbolos

O Antigo Testamento é rico em tipologia, no sentido de tornar mais compreensível a comunicação de Deus com Seu povo, Israel (Hb 10.1). Mas ainda que a Bíblia apresente figuras materiais para ilustrar a fé, especialmente no A.T, temos no Novo Testamento a  regra que diz: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10.17).

Os objetos usados em muitas igrejas evangélicas como parte do culto, não passam de verdadeiros amuletos, tais como:
  • O copo com água em cima do aparelho receptor;
  • A rosa ungida;
  • A unção coletiva;
  • Unção de carteira de trabalho, fotos, roupas, etc.;
  • Orar por uma pessoa através de sua foto.
Os casos de objetos usados na Bíblia como ato simbólico de fé, é a exceção, não a regra, que ocorriam espontaneamente, como no caso dos lenços e aventais de Paulo que foram usados por terceiros para a cura de enfermos (At 19.12). Paulo não confeccionou lenços e aventais para utilizá-los na realização de curas e milagres, era de seu uso pessoal. Paulo usava o método ensinado por Cristo: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias,” (v.11).

Os modismos não edificam a igreja, mas tem grande facilidade de entrar nela. A igreja evangélica hodierna, se vê ameaçada pelos mesmos modismos que foram denunciados e rejeitados pelos reformadores. OREMOS pela igreja evangélica brasileira, e pregoemos a sã doutrina da Palavra de Deus, quer ouçam, quer deixem de ouvir.


Fonte: levicosta.blogspot.com.br

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