Essa é uma pergunta que recebo
com certa frequência. Como neste blog – e principalmente no mais antigo, o Heresias Católicas – eu fui
um dos primeiros protestantes aqui no Brasil que se atreveu a quebrar a
hegemonia católica na internet ao rebater os ataques papistas à nossa fé, que
por muito tempo ficaram sem resposta (o que me fez ser provavelmente o mais
odiado por muitos deles, embora o Yago já deva ter roubado este honroso posto),
alguns podem pensar que sou do tipo de radical que acha que católico nenhum
pode ser salvo, ou que só existe salvação dentro da minha religião. Nada mais
longe da verdade, uma vez que esse tipo de exclusivismo é uma das
características mais marcantes de uma seita, como é o próprio caso da Igreja
Romana que oficialmente decreta que fora
da Igreja Católica não há salvação (e que lança anátemas sobre todos os
outros).
Além disso, seria uma enorme
prepotência de minha parte dar uma de “Deus” aqui e definir quem será salvo e
quem não será, tarefa esta que só compete a Ele e a mais ninguém. Como eu sou
um pobre miserável, você nunca me verá julgando a salvação pessoal de alguém, dizendo coisas como “os espíritas vão
todos pro inferno”, “os católicos não podem ser salvos”, “muçulmanos são todos
terroristas endemoniados” ou coisas do tipo. Eu posso discordar em quase tudo
da teologia deles, mas também sei que salvação envolve muito mais que o aspecto
teológico apenas: envolve santificação pessoal, a fé que a pessoa tem em Jesus,
a sinceridade com que ela vive essa fé, os frutos que demonstram um
arrependimento verdadeiro, a forma com que ela trata as pessoas à sua volta e
até seus inimigos e detratores, o seu exemplo de conduta e de caráter, o grau
de conhecimento ou ignorância que teve das verdades bíblicas, e assim por
diante.
Neste pacote todo, a teologia
com toda a certeza influencia, mas
não determina decisivamente a
salvação de alguém, como um juiz que bate um martelo decretando que se é
católico já está automaticamente condenado ao inferno e nem precisa avaliar
mais nada da vida pessoal do sujeito. Isso seria resumir toda a vida da
pessoa apenas à sua confissão doutrinária, que é muito importante, mas não o
único fator que conta. Neste momento você deve estar questionando: “Mas se é
assim, então teologia não serve pra nada?”. Também não é por aí, o que
basicamente tornaria todo o meu trabalho uma grande futilidade.
Para entendermos a função e a
importância da religião, precisamos primeiramente compreender o que religião
significa. A palavra “religião” vem do latim religare, que significa, literalmente, “religar”. Mas religar o
que? O homem com Deus. O homem foi criado em comunhão plena com Deus, mas com a
Queda o pecado entrou no mundo e rompeu essa comunhão direta. É para isso que
existe a religião, a fim de reconectar o homem ao seu Criador. E como isso
acontece? Não através de leis ou de fórmulas mágicas, mas por meio da fé no
sacrifício vicário de Jesus em nosso favor, o Cordeiro de Deus que morreu
justamente para nos religar a ele.
Por isso, o nosso religare é Jesus.
Mas há um problema: nem todos
aqueles que dizem crer em Cristo professam realmente a mesma fé. De fato, há
igrejas cristãs tão destoantes entre si que fica muito difícil dizer que se
trata de uma mesma coisa, como se partilhassem uma mesma essência. É aí que
entram os sistemas religiosos. Embora
a palavra “religião” hoje em dia carregue muitas vezes um peso negativo, sendo frequentemente
usada como sinônimo de legalismo e farisaísmo, originalmente falando ela não
tinha esse conceito. Nós podemos nos dizer cristãos
pelo simples fato de crermos em Cristo e seguirmos seus ensinamentos, no
que constitui o Cristianismo. Mas
para seguir esses ensinamentos precisamos saber quais são eles. E é aí que
surgem os falsos cristianismos, que
são como o joio jogado em meio ao trigo, com o único objetivo de causar distração
e confusão.
A verdadeira religião é a
religião que nos religa ao Pai através de Cristo. As falsas são aquelas que vão
tentar justamente impedir esse religare, ou seja, que o Inimigo
colocará ali como pedras de tropeço que na verdade servem à finalidade oposta à
verdadeira religião. Funcionam, portanto, como “anti-religiões”, embora se
apresentem como uma. Se essas religiões abertamente dissessem que não querem
religar o homem com Deus nenhum, elas não seriam religião, mas ateísmo puro.
Então elas se passam como religiões,
embora seu verdadeiro objetivo seja obstruir esse contato com Deus a todo e a
qualquer custo.
Vemos um exemplo disso nas
religiões que não creem em Cristo, ou que creem nele de uma forma bem diferente
de nós cristãos. Para os judeus e muçulmanos, Jesus foi “um grande profeta”,
mas não o Messias; para os espíritas foi “um grande espírito evoluído”, mas não
o Messias; para os hindus é “uma das mais de 100 milhões de divindades” que
existem, mas isso significa fundamentalmente nada, e assim por diante. São
religiões que tiram de cena o sacrifício vicário de Cristo, ficando apenas com
o seu “exemplo pessoal” ou os seus “ensinos morais”. Mas ao tirar o sacrifício,
eles tiram o mais importante: aquilo que nos reconectou a Deus. São, neste sentido, “anti-religiões”, como
expliquei anteriormente. Querem que o homem chegue a Deus, mas pelos meios
errados, que é o mesmo que apontar a direção errada a quem está perdido na
estrada.
Com o catolicismo é diferente.
Eles creem no sacrifício vicário, que é o pressuposto básico para um sistema
religioso ser considerado “cristão”, ainda que formalmente. Isso leva muitos a
concluírem que, embora tenha muitos erros, o catolicismo romano ainda assim é
“cristão” em um sentido autêntico do termo, negligenciando ou subestimando os
seus muitos desvios. Mas a grande sacada do catolicismo e de outras falsas
religiões pretensamente cristãs é que eles creem em Cristo, mas não como o
único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5). Ou seja, ao invés de tirar
Cristo do jogo, como as outras religiões fazem, eles descentralizam Cristo e o tornam mais um em meio a incontáveis
outros mediadores e mediadoras, para que o homem não chegue a Deus nunca.
Um exemplo muito claro e
pertinente sobre isso é o esquema católico de oração, ou melhor, as “rezas”. Há
alguns meses eu publiquei este
artigo sobre as ofensas do padre Paulo Ricardo proferidas em plena missa
contra nós evangélicos, chamando-nos de “otários” por irmos direto a Deus em
oração. Segundo ele, nós somos obrigados a passar pelos “santos” primeiro, ou
senão estaremos sendo “orgulhosos”. Então eu mostrei dúzias de exemplos de
personagens bíblicos dirigindo suas orações diretamente a Deus no Antigo e no
Novo Testamento (ex: 1Sm 1:10; 2Rs 19:15; Is 38:2; 63:16; 1Cr 4:9-10; 2Cr 20:3;
Dn 9:3-4; Mt 6:6; At 1:23-25; Ef 3:14-21, etc), contra zero casos de alguém preferindo orar a um “santo” morto para que
este tal “santo” interceda no céu perante Deus.
Mais do que isso: mostrei que
nós podemos ter plena confiança para
entrar na presença de Deus, sem medo de estarmos sendo “orgulhosos” e sem
sermos feitos de otários por causa disso:
“Portanto,
irmãos, temos plena confiança para
entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que
ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande
sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de
fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência
culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com
firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel”
(Hebreus 10:19-23)
O próprio apóstolo Paulo disse
que por meio de Cristo “temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele” (Ef 3:11-12),
que “há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus” (1Tm
2:5), e que “por meio dele [Jesus] tanto nós como
vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito” (Ef 2:18). Jesus
confirmou que Ele é o caminho – não “um dos” caminhos – e que ninguém vem ao Pai
senão por ele (Jo 14:6), e também que “o que vocês
pedirem em meu nome, eu farei” (Jo 14:14). Contra
todos os textos bíblicos que se acumulam aos montões, padre Paulo repete um
sofisma que usa em todas as suas “aulas” sobre isso: iguala Jesus ao sol e
Maria à lua pra dizer que devemos ir a Maria ao invés de Cristo, pois nossos
olhos doem quando olhamos ao sol! Não é brincadeira, leia você mesmo o que ele
diz:
O nome de
Maria, entre os múltiplos sentidos que se lhe podem atribuir, significa também stella maris, estrela do mar. Nossa
Senhora, deste ponto de vista, é como um luzeiro para guiar os navegantes deste
mundo, um guia para os náufragos que descendem de Adão e Eva. Não sabemos, de
fato, para onde nos dirigir nem divisamos com clareza em que parte se encontra
o porto da salvação, e por isso Jesus nos oferece sua Mãe. Cristo, é bem
verdade, é aquele sol nascente que nos vem iluminar; seu esplendor, porém, pode
ser tão intenso e ofuscante que nossos olhos, para poder enxergar à sua luz,
necessitam olhar para aquela lua em que se refletem seus fulgores – necessita,
numa palavra, olhar para a Virgem Maria.[1]
“Cristo é como o sol”, diz o padre,
“mas o sol é forte demais para olhar pra ele, então vamos a Maria”. O objetivo
aqui é simples: induzir o fiel católico a deixar Jesus de lado, a fim de se
tornar devoto de Maria. Não é exagero quando dizemos que no catolicismo Jesus é
um personagem secundário, jogado para escanteio. É a pura realidade. Por meio
de artifícios humanos cada vez mais engenhosos e com uma fala mansa e bonitinha, todo o objetivo deles será levá-lo
para longe de Cristo, mas para isso eles não vão simplesmente dizer “esqueça
Cristo”, vão propor outra coisa “melhor” no lugar, usando os sofismas mais
criativos e sofisticados para tanto, nem que seja necessário estuprar a lógica
e passar um trator por cima da Bíblia.
Mas eles não se contentam em
obstruir o contato direto do homem com Deus apenas por meio da oração. Também
proíbem o contato direto pela confissão, obrigando-nos a passar pelos padres em
vez de irmos direto a Deus. O professor Alessandro Lima, dono do “Veritatis”, o
site apologético católico mais popular do Brasil, alega expressamente que “é um grande erro crer
que o pecado pode ser confessado diretamente a Deus. Não foi este o desejo do
Nosso Senhor”[2]. Só há um
probleminha com isso: assim como no caso da oração, os personagens bíblicos se
confessavam diretamente a Deus o tempo todo.
O salmista já dizia: “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não
encobri” (Sl 32:5); Esdras conclamava a nação a confessar os seus
pecados ao Senhor (Ed 10:11), Jesus disse para vir a Ele (Mt 11:28), João
escreveu que “ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1:1:9) e que “se alguém pecar temos um advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o justo” (1Jo 2:1), e assim por diante. Mais uma vez, a Igreja
Romana terceiriza algo que pode ser feito diretamente a Deus, embora dessa vez
o faça através dos padres, e não de gente morta.
As consequências desse ensino
são igualmente desastrosas: há milhares de testemunhos de católicos que não se
confessam por vergonha de abrir detalhes de sua vida íntima a um homem que mal conhecem
– e cujas chances de ser um pedófilo não são tão baixas, convenhamos –, e para
não precisar passar por esse terrível constrangimento ao qual a Igreja lhes
submete preferem não confessar os pecados, nem a Deus (a quem a Igreja proíbe)
e nem aos padres (aos quais tem uma compreensível vergonha). Resultado:
acumulam um peso de culpa dentro de si que não é jamais “liberado”, tendo
consequências trágicas na vida espiritual e até na natural.
Mas não é somente com padres e
mortos que a Igreja busca obstruir o contato dos fieis com Deus: ela também faz
isso através dos seus mecanismos. É por isso que a liturgia é tão enferrujada e
enfadonha, e que as rezas são tão mecânicas e repetitivas. Não há “vida” ali,
não há liberdade, não há algo que possamos chamar de real relacionamento
pessoal com Deus. O que há é mecanicismo, tradicionalismo, superficialidade,
artificialidade fabricada exclusivamente para se manter a estrutura de uma
tradição cada vez mais defasada e maçante. Depois não adianta reclamar que as
missas estão cada vez mais vazias ou cheias de idosos, ou que o número de não-praticantes é
muito maior que o de praticantes: foram eles mesmos que pediram isso, quase que
implorando.
Nunca
vou me esquecer do dia em
que tentei assistir uma missa do padre Reginaldo Manzotti com toda a boa
vontade do mundo, mas fui obrigado a mudar de canal por forças maiores,
após
ele repetir o Ave-Maria pela 47ª vez consecutiva (não é exagero),
enquanto estava
prostrado aos pés de uma estátua gigante que apresentavam como se fosse a
mãe de
Jesus. Eu realmente não sei como alguém suporta esse tipo de coisa ou de
que forma poderia tornar a coisa toda mais tediosa do que já é, embora
isso seja justamente aquilo que eles entendem por
“espiritualidade” (e olha que eu tive a sorte de não ter pego uma missa
em
latim, com o padre virado de costas pro povo, como nos “velhos e bons
tempos”...).
E o objetivo por detrás de
tornar toda a missa e as rezas tediosas no máximo nível possível é simples:
levar o povo a um desinteresse cada vez maior em ir cultuar a Deus ou orar
qualquer coisa que seja. É uma obstrução pelo
próprio mecanismo da coisa. Eu poderia continuar aqui com o “magistério
infalível” que proíbe o livre exame da Bíblia (para garantir o monopólio da
interpretação, que é outra forma de obstrução, desta vez do conhecimento e da
consciência individual) ou com o purgatório, que na prática leva muitos a
pensarem que podem viver “mais ou menos” que entram no céu mesmo assim, nem que
seja na “segunda chamada”, ou com muitas outras invenções do tipo com intuitos
sempre de afetar o envolvimento do homem com Deus, mas vamos ficar apenas com
estes três exemplos.
Eles já são o suficiente para
nos mostrar que, embora oficialmente essa Igreja creia no sacrifício de Cristo,
ela não entende que o véu já se rasgou e que já temos livre acesso ao Pai. Ela
precisa ofuscar e descentralizar a pessoa de Cristo e terceirizar todas as
principais formas de contato do homem com Deus, visando precisamente evitar
esse religare, que não é do homem
consigo mesmo ou com outros homens que já morreram, mas do homem com Deus. No
fundo, não é muito diferente de uma religião explicitamente politeísta com um
panteão de deuses e deusas, com a diferença de que esses postos são ocupados
por “santos” com a mesma função (como você pode ver neste
comparativo).
Isso significa que é impossível que um católico seja salvo?
Não. Significa apenas que a Igreja que ele pensa ser “a única verdadeira” é na
verdade uma instituição que tenta, que se esforça, que faz de tudo para evitar
esse contato do homem com Deus, mas ela não pode impedir isso em absoluto,
porque a salvação é pessoal. Eu conheço católicos que dizem não ser devotos de
nenhum santo a não ser Cristo, e tenho certeza que muitos deles têm um
relacionamento com Deus bem mais próximo do que diversos protestantes que não
levam Deus a sério, mas esses católicos não fazem isso por
causa da Igreja, mas apesar dela.
Se
você é católico e se sentiu
ofendido por eu dizer isso, eu lamento, mas devo lembrá-lo que isso é
muito leve se comparado ao tratamento que a sua Igreja sempre deu a nós
protestantes e a todos os
outros que não fazem parte da «única Igreja de Cristo, fora da qual não
há
salvação». A crença unânime de toda a tradição católica até o recente
Concílio
Vaticano II é a de que não há possibilidade de salvação se não for
católico
romano, e nunca é tarde lembrar o que diz o “Catecismo Maior” de 1905,
sob a
forma de perguntas e respostas objetivas como essas:
153 – Então
não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de pessoas batizadas que
não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe?
Resposta
– Todos os que não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe, não pertencem à
Igreja de Jesus Cristo.
168 – Pode
alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Resposta
– Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se,
como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura
desta Igreja.
É bastante irônico que a
instituição “cristã” que mais matou, queimou, perseguiu, torturou e oprimiu
minorias religiosas na história seja justamente aquela mesma que se diz “a
única verdadeira”, e que hoje nega ou renega o seu passado obscuro.
Em suma, podemos dizer que as religiões não-cristãs são como um motorista que aponta o caminho errado a alguém perdido na estrada. O catolicismo, por outro lado, é como um motorista que aponta o caminho certo, mas que enche de obstáculos neste percurso para dificultar o acesso. E, finalmente, o verdadeiro Cristianismo é como o motorista que aponta o caminho certo, sem obstruir a passagem ao destino.
Em suma, podemos dizer que as religiões não-cristãs são como um motorista que aponta o caminho errado a alguém perdido na estrada. O catolicismo, por outro lado, é como um motorista que aponta o caminho certo, mas que enche de obstáculos neste percurso para dificultar o acesso. E, finalmente, o verdadeiro Cristianismo é como o motorista que aponta o caminho certo, sem obstruir a passagem ao destino.
Mas nunca devemos nos esquecer
que, mesmo em se tratando da melhor de todas as igrejas (seja ela qual for),
não significa que todos ali serão salvos, porque denominação por si só não
salva ninguém. Muitos vão se perder por não terem uma vida reta com Deus, a
despeito de estarem em uma igreja saudável que pregue um evangelho mais
autêntico, da mesma forma que já havia falsos crentes e desviados na Igreja
primitiva, enquanto os apóstolos ainda viviam. Uma igreja saudável pode apontar
o caminho certo, mas quem decide trilhá-lo ou não é você. Quem espera ser salvo
carregado nas costas por uma igreja, espera tão mal quanto aqueles que
escolheram uma igreja errada.
Fonte> lucasbanzoli.com
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