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sábado, 13 de junho de 2020

CRISTO E SEUS ATRIBUTOS


Jesus Cristo é:

1-     Aquele que sonda os corações (sua onisciência).
2-     Aquele que opera como o Pai (sua onipotência).
3-     Aquele que passeia no meio dos castiçais (sua onipresença).
4-     Aquele que recebe oração.
5-     Aquele que recebe adorações.

Quem é Jesus?
Um anjo?
Um homem?

Só existem três classes de seres:
a) humanos
b) angelicais
c) divinos

E podemos distingui-las pelos seus atributos. Cada uma destas classes tem as qualidades próprias de sua natureza, e nós, como servos de Deus, só podemos contar com os seres dentro das limitações de seus atributos. Mas quando nos relacionamos com Jesus nós relacionamos com alguém com atributos divinos. Jesus é universal e só pode ser universal porque é divino. As pessoas, por meio do mundo físico, podem relacionar-se com homens, anjos ou demônios, porque são muitos. Jesus, no entanto, é um único ser e, ainda assim, devido à sua natureza divina, pode relacionar-se com todos os cristãos do mundo inteiro em uma comunhão igual a que tem com o Pai (1Jo 1.3).
Se o nosso relacionamento com Cristo é pessoal, então Ele é um ser limitado? Nada disso. Cristo não é como os homens ou como os anjos. Seus atributos o colocam em pé de igualdade com Deus.

Aquele que sonda os corações (sua onisciência)
(Textos auxiliares: Mt 11.27; Jo 16.30; 21.17; Ap 2.23; Jo 2.25).

O conhecimento de Jesus foi limitado na sua vida terrena (Mt 24.36), mas na totalidade de seu ser, por ser Deus, Ele conhecia todas as coisas.

Ao aparecer para João, em Patmos, Ele disse: “Todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras” (Ap 2.23). O que Jesus está dizendo? Que dará a cada um a recompensa devida. E como Ele pode saber o que cada um realmente merece? Por seus atributos divinos, pois Ele é aquele que sonda, esquadrinha os rins (a mente para os antigos) e os corações (sede da personalidade). O Senhor Jesus conhece o que se passa no interior de cada um de nós. E este conhecimento é uma característica de Deus, e de nenhum outro ser. Na verdade, estas palavras de Jesus são apenas o eco das próprias palavras de Deus em Jeremias 17.10: “Eu, o Senhor, esquadrinho os corações, e provo a mente, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo as suas obras”.

O apóstolo Pedro, que tão bem conheceu o Senhor Jesus, estava apto a dizer: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo” (Jo 21.17). Pedro sabia que estava diante de alguém com conhecimento ilimitado.

Aquele que opera como o Pai (sua onipotência)
(Textos auxiliares: Jo 5.19 ; Mt 28.18 ; Fl 3.21)

Ao invés de perguntarmos: “Jesus pode todas as coisas?”, façamos este questionamento de maneira inversa: “Há alguma coisa que Ele não possa fazer?”.  

Se há algum limite para o Filho de Deus, este limite é de permissão, e não de possibilidade. Caso Ele não faça algo, será apenas por lhe faltar a permissão do Pai, e não por faltar poder em sua natureza.
Ele é o Deus Filho, o onipotente Filho de Deus. Se alguém dúvida da onipotência de Cristo, perguntamos: “O Pai pode fazer todas as coisas?”. A resposta é sim. Então, Jesus também pode, pois Ele é Deus e é onipotente. Foi o próprio Jesus quem disse: “... tudo o que o Pai faz, o Filho o faz igualmente” (Jo 5.39). E quando Ele diz que “o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma...” não aqui nenhuma contradição, antes, demonstra apenas a submissão do Filho ao Pai.

 Jesus, o Deus Filho, tem todo o poder no céu é na terra, conforme está escrito em Mateus 28.18. Ele tem poder para colocar todas as coisas sujeitas a seus pés (Fl 3.21). Se Jesus é limitado em algum ponto, não é em sua natureza, mas na submissão voluntária. Seu amor infinito ao Pai limita seu poder infinito.

Àquele que criou, sustenta e circunda todas as coisas haverá algo impossível para Ele? De modo nenhum!

Aquele que passeia no meio dos castiçais

a.) Sua presença nos salvos (Jo 14.23; Rm 8.10)
b.) Sua presença na igreja (Mt 18.20; Ap 2.1)
c.) Sua presença no universo (Ef 4.10, 1.23; Cl 1.16)

Embora sua presença possa variar em grau, ela existe em todo o universo. Desde o coração dos santos, onde Ele habita como Senhor, até o lado do Pai, onde Ele governa o universo, a presença de Cristo enche todas as coisas (Ef 1.23).

Que outro ser, além de Deus, pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo? Mesmo no mundo espiritual, com outra forma de existência, isto é impossível, a não ser para Deus. Cristo, todavia, prometeu habitar, fazer morada naqueles que o obedecem (Jo 14.23). Temos, então, sua onipresença nas diversas pessoas ao redor do mundo.

Indo mais além, Ele se faz presença onde seu nome é invocado em fé (Mt 18.20; cf. Sl 145.18). Em sua igreja, entre os santos, Ele manifesta sua presença por meio do Espírito Santo. Mas nem mesmo o universo foge da sua infinitude. Tudo foi criado Nele, dentro da sua essência infinita, por isso Ele é aquele que preenche todas as coisas (Ef 1.23).

Aquele que recebe orações

Nem o maior santo ou o mais poderoso anjo é digno do nosso mais débil clamor. Eles não possuem a onisciência para poder ouvir, muito menos a onipotência para poder responder. Carecem destas qualidades para se tornarem depositário da nossa fé, clamor e oração.

Embora Jesus tenha dito apenas uma vez que deveríamos pedir-lhe alguma coisa em seu nome (Jo 14.14; cf. tb. os melhores e mais velhos manuscritos), no entanto, Ele se tornou o objeto das orações do seu povo. Aqueles que desejam afirmar categoricamente que não devemos dirigir orações ao Filho, somente ao Pai e em nome de Jesus, devem se dobrar humildemente diante das Escrituras.

Se não bastasse o texto acima, vemos, ainda, que toda a comunidade cristã primitiva usava o nome de Jesus em suas orações, dirigindo a Ele suas súplicas. Estevão invocou o Senhor Jesus, entregando-lhe seu espírito na sua morte (At 7.59). Os santos em Jerusalém invocavam o nome de Jesus (At 9.14), e não somente em Jerusalém, mas “em todo o lugar” se invocava o nome de Jesus (1Co 1.2). Também, encontramos o apóstolo Paulo orando a Jesus para que o livrasse de uma barreira demoníaca (2Co 12.8).

Não resta dúvida de que a igreja primitiva olhava para Jesus da mesma maneira que Israel olhou para Javé. Não como outro Deus, mas como o mesmo Deus que agora havia chegado mais perto, morrido e ressuscitado, para se tornar o seu Senhor.

Aquele que recebe adoração

Estavam bem claras para Jesus, para os discípulos e para os primeiros leitores dos escritos da nova aliança as palavras de Moisés, citadas em Mateus 4.10: “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás”. Sendo assim, a única explicação para o fato de Jesus receber adoração dos homens e dos anjos é Ele ser Deus.

Vemos Pedro (At 10.25,26), Paulo (At 14.11-15) e até um anjo (Ap 22.8,9) rejeitando a adoração.

Jesus, todavia, aceitou, inúmeras vezes, que os homens se prostrassem aos seus pés e o adorassem (Mt 8.2; 9.18; 14.33; Lc 17.15,16).

Não bastasse isso, o próprio Deus exigiu adoração ao Filho, dizendo “Que todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6). E o apóstolo João, ao contemplar a glória celestial, foi testemunha da adoração prestada ao Senhor Jesus Cristo no céu. Eram milhões e milhões de anjos e homens dizendo: “Digno é o Cordeiro [...] de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças ” (Ap 5.12).

O capítulo ainda fala da adoração de toda a criação, uma adoração que não se dirige apenas ao Pai, mas também ao Filho, a quem deve ser tributado “ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre ” (Ap 5.13).

Se Jesus não é Deus, então a palavra de Deus não passa de um amontoado de incoerências. Mas se Ele é Deus, só há algo que o mundo pode fazer: adorar o Filho como adora o Pai, e concordar com os testemunhos das Escrituras a esse respeito.

Declarando sua divindade

Em 1João 5.9, está escrito “Se recebemos os testemunhos dos homens, o testemunho de Deus é maior”. Se não for suficiente o que temos visto até agora, para que possamos nos convencer de que o Senhor Jesus é o verdadeiro Deus, resta-nos ainda o testemunho aberto e inspirado das Escrituras.

A seguir, faremos uma exposição (com comentários) de quatorze textos em que apóstolos, profetas e o próprio Jesus declaram abertamente a divindade do Filho de Deus. Recomendamos que todos leiam as referências seguindo-as em sua Bíblia, pois, sem essa observância, ficarão impossibilitados de compreender a abordagem a que nos propomos.

Isaías 9.6
Esta passagem messiânica se refere a Jesus como o “Deus forte”. Este menino “que nos nasceu” recebe um título que Isaías atribuíra a Javé . Em Isaías 10.21, o profeta diz: “os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó”. Logo, Ele, Jesus, é o Deus forte.

João 1.1
Sua distinção (estava com Deus) e a sua identificação (era Deus) com Deus são expressas de uma maneira bem simples aqui. As maiores distorções teológicas são demasiadamente frágeis para anular o que o autor inspirado quis dizer: que Jesus é o Verbo de Deus.
As tentativas obstinadas de alterar a verdade aqui expressa criaram doutrinas absurdas e estranhas que não chegaram jamais a um consenso claro. Se Jesus não é Deus, como diz o texto, quem Ele é então?

João 1.18
Aqui Jesus é o “Deus unigênito” que revelou, mostrou e desvendou ao mundo como é o Pai.

João 5.18
Até mesmo os próprios inimigos de Jesus entendiam sua identificação com Deus. É preciso ser tolo para não compreender o que Jesus quis dizer. E João, ao narrar este fato, comenta sobre a percepção dos judeus.

João 10.30
Esta união não é só de propósito, como alguns querem interpretar. É uma união de natureza. Os contextos anterior e posterior comprovam isto. Nos versículos 28 e 29, lemos: “... ninguém poderá arrebatá-las das minhas mãos [...] ninguém poderá arrebatá-las das mãos dele [...] eu e o Pai somos um”. No verso 30, Jesus está explicando o que havia dito anteriormente. O contexto posterior, v. 33, mostra que foi isto que os seus ouvintes entenderam, ou seja, que Ele estava declarando sua divindade.

João 20.28
Mais do que uma exclamação, é um reconhecimento. Vemos Tomé chamando Jesus de Senhor e Deus seu.

Romanos 9.5
Ainda que debatido na atualidade, os primeiros copistas colocaram a pontuação de uma maneira que a divindade de Cristo ficou expressa. Com certeza, a dúvida hoje levantada não era conhecida pelos primeiro cristãos.

Atos 20.28
Também controvertido, este texto fala da igreja de Deus que Ele comprou com o seu próprio sangue. Toda esta disputa não passa de preconceito

Filipenses 2.6
“Sendo em forma de Deus” fala da sua natureza espiritual, antes de adquirir a terrena. Não se tratava de uma forma humana ou angélica, mas divina. Não era homem ou anjo, mas Deus. Por isso, Ele compara a nossa sujeição a outros (v.5) à sujeição do Filho ao Pai. Ainda que possua a mesma forma de Deus, Jesus, o Filho, se fez menor que o Pai.

Colossenses 2.9
Não apenas algumas características, não apenas um pouco da sua natureza, mas “toda a plenitude da divindade”. Possuir toda a plenitude da divindade e não ser Deus é como possuir toda a plenitude da humanidade e não ser homem.

Tito 2.13
“Grande Deus e Salvador Jesus Cristo”. Inserir a preposição “do” antes da palavra “Salvador” para tentar fazer uma diferenciação é tolice, pois sabemos que a parousia - aparecimento - se refere à vinda de Jesus em glória.

1João 5.20
Aqui, encontramos o apóstolo João chamando Jesus Cristo de “o verdadeiro Deus”. Bem disse Atanásio em seu verso: “Verdadeiro Deus do verdadeiro Deus”.

Com estas passagens, podemos verificar que na crença de João, Paulo, Lucas, Tomé, Isaías e Pedro Jesus Cristo era Deus manifestado na carne. Em linguagem verbal ou escrita, eles ousaram proferir algo que seria considerado blasfêmia, embora possamos inferir.

Fonte
ICP – Instituo Cristão de Pesquisas – Teologia Sistemática

Via www.teologaroficial.com.br

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