A
vida é uma combinação de alegrias e tristezas, sorrisos e choro, saúde e
enfermidade, avanços e recuos. As circunstâncias não podem ditar nossas
emoções. As pessoas não devem roubar nossa alegria. As coisas não são o
eixo da nossa felicidade. No texto em tela, o apóstolo ensina algumas
verdades sublimes:
Em primeiro lugar, dar graças é uma ordenança divina e não uma opção humana. Aqueles
que são cheios do Espírito (Ef 5.18) têm no coração gratidão e nos
lábios ações de graça. Se a ingratidão é um gesto inadequado para um
cristão, as ações de graças são a sua marca. Devemos ser gratos a Deus
pelo dom da vida, pelo privilégio de termos uma família, pela bênção de
termos amigos, pela honra de fazermos parte da família de Deus. É
impossível olhar ao nosso redor e não ver motivos sobejos e eloquentes
para alcançarmos aos céus nosso tributo de louvor e nossas efusivas
ações de graças.
Em segundo lugar, dar graças é uma atitude que inclui tanto a face sorridente de Deus como suas providências carrancudas. Devemos
dar graças por tudo e não apenas pelas coisas boas. É claro que não
devemos dar graças a Deus pelo mal moral. Uma esposa não deve agradecer o
fato do marido chegar em casa bêbado nem o marido deve agradecer o fato
de sua mulher lhe ter traído. Os pais não devem agradecer pelo fato de
um filho ter caído no cipoal das drogas nem uma família dar graças por
uma riqueza adquirida de forma ilícita. Porém, devemos dar graças pelos
dias de sol e também pelos dias de tempestade. Devemos dar graças pela
abundância bem como pela escassez. Devemos dar graças pela saúde e
também quando a enfermidade chega. Devemos dar graças pelos montes cujos
picos beijam as nuvens e também pelos vales mais profundos cobertos de
escuridão.
Em terceiro lugar, dar graças é uma atitude constante e não apenas em ocasiões esporádicas. A
Escritura nos ensina a dar graças sempre. Isso significa que essa
atitude não deva ser esporádica. Devemos cultivar esse santo hábito de
agradecer. Mesmo quando nós não entendemos todos os detalhes daquilo que
nos atinge, devemos dar graças, pois Deus está no controle e todas as
coisas cooperam para o nosso bem. Mesmo que sejamos golpeados pela dor
como foi o patriarca Jó, podemos dizer que Deus tudo pode e nenhum dos
seus planos pode ser frustrado.
Em quarto lugar, dar graças deve ser um tributo de louvor endereçado ao único Deus vivo, fonte de todo o bem. O
apóstolo Paulo é enfático em dizer que devemos dar graças a Deus. Ele é
a origem de todas as bênçãos. Dele procede toda boa dádiva. De suas
mãos dadivosas emanam todos os tesouros de sua bondade. É do céu que
jorra para nós os motivos que nos levam às ações de graças. Não
agradecemos a nós mesmos nem aos deuses fabricados pela engenhosidade do
enganoso coração humano, mas agradecemos a Deus, nosso criador,
provedor, protetor e redentor.
Em quinto lugar, dar graças a Deus deve ser em nome Jesus, o único mediador das bênçãos que nos alcançam. É
em nome de Jesus que devemos levantar nossa voz para agradecer. É em
nome de Jesus que devemos expressar a Deus nosso preito de louvor. É em
nome de Jesus que ousamos entrar na sala do trono, tendo livre acesso à
graça, para adorarmos a Deus por quem ele é e darmos graças pelo que ele
tem feito em nós, por nós e através de nós.
Hoje,
conclamo você a abandonar a murmuração e voltar-se para Deus com o
coração repleto de gratidão e com os lábios cheios de louvor!
Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: cristaoreformado.com.br
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