Pó
é o que fomos, o que somos e o que seremos. Deus criou o homem do pó da
terra e sentenciou-o a voltar ao pó. O homem não é o que é, mas o que
foi e o que há de ser. Só Deus pode dizer: “Eu sou o que sou”. Porque o
homem foi pó e voltará ao pó, então é pó. Deus fez o homem do pó e
soprou em suas narinas o fôlego da vida. O homem é pó levantado na vida e
pó caído na morte. Quando o vento sopra, o pó se levanta. Quando o
vento cessa, o pó cai. Cai em casa, no hospital, na rua. Pó levantado na
vida. Pó caído na morte. Mas sempre pó.
Não
é difícil entender o pó que fomos, pois Deus fez o homem do pó da
terra. Não é difícil entender o pó que seremos, pois basta visitar uma
tumba e ler as letras grafadas na lápide fria: “Aqui jaz”. Para que não
haja qualquer espaço de vaidade em nosso coração, a Escritura diz que
Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Vejamos esses três
aspectos da realidade humana.
Em primeiro lugar, o pó que fomos. O
homem é terreno. Foi feito do pó da terra. Sua origem é daqui de baixo.
Antes de recebermos o sopro divino éramos apenas pó inerte e sem forma.
Sem o sopro de Deus, somos pó caído. Quando sopra o vento, então somos
pó levantado. Mas, quando o sopro divino se vai, voltamos a ser pó
caído. Pó levantado na vida; pó caído na morte. Quando a morte acontece?
A morte acontece quando a alma se separa do corpo. Então, o corpo que
que foi feito do pó, volta ao pó.
Em segundo lugar, o pó que somos. Se
o homem veio do pó e voltará ao pó, então é pó. Nosso breve percurso
entre o berço e a sepultura é um traço entre pó e pó. Porque o homem não
é o que é, mas o que foi e o que há de ser; porque o homem veio do pó e
voltará ao pó, então é pó. Pó no começo da vida, pó durante a vida e pó
no final da vida. Pó levantado na vida; pó caído na morte. Para que não
haja qualquer altivez no coração do homem, Deus o sentencia: “Tu és
pó”. Mas como entender o pó que somos? Como compreender o pó que anda,
que corre, que chora, que ri? Esse é o pó levantado na vida. Feito do
pó, recebemos vida, o sopro divino. Então nascemos, crescemos,
amadurecemos e morremos. Nesse breve ou longo percurso, sempre pó. Por
que, então, tantas diferenças entre os homens? Por que tantos
preconceitos e tantas vaidades? Viemos todos do pó. Voltaremos todos ao
pó. Somos todos pó. O pó não tem vida em si mesmo. Ele não pode dar vida
a si mesmo. Porque somos pó, somos totalmente dependentes de Deus. Se
ele cortar nosso oxigênio, caímos e viramos pó. Oh, mas Deus soprou nas
narinas do homem o fôlego da vida e ele passou a ser alma vivente. Então
foi concebido, gestado, nascido, crescido. Então viveu, cresceu,
trabalhou e fez notório o seu nome. Oh, o pó levantado na vida, foi
criado à imagem e semelhança de Deus, o criador. Por isso, pode
relacionar-se com ele, conhecê-lo, amá-lo e glorificá-lo. Quando o corpo
feito do pó voltar ao pó, então, a alma voltará para Deus.
Em terceiro lugar, o que pó que seremos. A
sentença divina ao pecador foi: “Tu és pó e ao pó tornarás”. Porque o
salário do pecado é a morte, a morte passou por todos os homens, porque
todos pecaram. O pó levantado na vida, torna-se pó caído na morte. Na
sepultura, todos viram pó, sem os adereços da vaidade. O pó caído,
entretanto, não é nossa realidade final. A sepultura não é nosso último
endereço. Quando Jesus voltar em seu poder e glória, nosso corpo mortal,
corruptível, fraco e cheio de desonra, ressuscitará incorruptível,
poderoso, glorioso, espiritual e celestial, semelhante ao corpo da
glória do Senhor Jesus!
Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: cristaoreformado.com.br
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