Eu estava lendo um site meio satírico na abordagem
de temas contemporâneos, e num determinado tema eles acabaram fazendo um bom
ponto. Um ponto que expõe totalmente um argumento completamente falacioso e
ridículo de nossa cultura.
A argumentação seguia mais ou menos assim... só irei expor a ideia geral, já que só tenho
fragmentos do que li na minha mente.
“Não se case antes de morar junto. Você não tem
como saber com que tipo de pessoa realmente você vai viver, e precisa, por
causa disso, descobrir isso antes do casamento.
Definitivamente não amarre o nó até que você tenha
viajado junto. É importante viajar junto sozinho antes. Você absolutamente tem
que descobrir se o seu futuro cônjuge é um bom companheiro de viagem - e se
você se casar e depois aprender que eles choram durante a turbulência do avião,
reclamam de serviço de hotel por qualquer coisa, são frescos por ninharias...
Se você não tem dinheiro para viajar assim, então faça algo mais humilde ( o
que será um bom teste em si ) e viaje pedindo
carona e veja como seu parceiro reage a essas condições. Quem sabe
acontece um assalto, essa é a oportunidade de ver como seu futuro cônjuge reage
quando tem uma arma na cabeça. É controlado? Se desespera? Põe tudo a perder?
Você precisa também ter certeza de que seu
casamento pode resistir a grandes mudanças na vida, por isso não se case até
que um de vocês tenha sido demitido de seu emprego. Como será que eles reagem –
isso é essencial saber antes – por isso morar junto antes de casar é
importante. Certamente haverão demissões no futuro, e você precisa saber antes
como o futuro cônjuge reagirá.
Outra coisa, não se case antes de terem filhos
juntos. Ver como a outra pessoa é como pai (ou mãe) é fundamental para
determinar se ela é a pessoa certa para você. Se acontecer de que ele seja um
pai ( ou mãe ) completamente negligente, pelo menos você sabe antes de fazer
algo extremo como comprar um vestido branco caro, gastar muito dinheiro numa
festa, salão... É melhor antes disso ter um “bebê-teste” para não se enganar e
se arrepender depois.
Você será humilhado se seus entes queridos viajarem
dezenas de quilômetros para ver suas núpcias e depois você se divorciar apenas
três décadas depois, portanto não se casem até que um de vocês tenha alterado
completamente sua aparência física e ficado bem mais velho. Você quer ter
certeza de que este casamento é sobre o amor, não apenas atração física e seu
fundo fiduciário. Será que o outro ficará com você quando você estiver velho,
com a aparência desgastada pelo tempo? Careca? Flácido? Como saber? É melhor
morar junto até que isso aconteça, para só então ter certeza de que o casamento
vale a pena. É melhor saber antes. E talvez seja bom ser um pouco radical.
Raspe a cabeça, ganhe peso, fique barrigudo, não cuide do cabelo... eu realmente não me importo. Apenas faça. É
melhor ter certeza antes de um passo tão sério como o matrimônio.
E se os casamentos não for algo para você? Se você
não nasceu pra isso? Como saber? Você precisa descobrir isso antes de se casar
com seu parceiro, por isso não se case até que você tenha se casado com alguém,
outra pessoa antes. Por favor, considere outras pessoas para o papel de noiva ou
noivo inicial de teste. Infelizmente durante esse tempo você terá que ser
apenas amante da pessoa que você quer realmente casar. E se você descobrir com o teste que é alguém
para o casamento, finalmente você termina o teste e passa para o casamento
final.
Não se junte – e isso é essencial - à união sagrada
até completar 25 anos morando juntos. É imperativo que você tenha visto seu
parceiro atingir a marca de um quarto de século e sair do outro lado.
Idealmente, isso vai acontecer com você exatamente no mesmo dia (se você é um
gêmeo, você está com sorte!). Você não tem ideia de quantos bons
relacionamentos fracassaram apenas porque um deles atingiu o lado errado depois
de 25 anos e o outro não conseguiu lidar com isso.
E não se case antes que ambos tenham passado por períodos
de extremos traumas e quem sabe depressão profunda. Se a sua outra metade não
for uma pessoa naturalmente deprimida, tente induzi-la privando-a de comida e
sono. Você precisa saber como eles são quando são quase suicidas antes que se
gaste dinheiro como uma cerimônia de casamento... arrume uma casa... e aperte o
nó no pescoço.
Você sabe se está "apaixonado" (ou o
outro está) o suficiente para ir visitá-lo, por exemplo, enquanto está
cumprindo uma sentença de prisão? Você deve descobrir isso antes de jogar toda
a sua vida num casamento! Então, ao invés ir rápido, cometa um crime e então
espere e descubra se seu parceiro ( ou parceira ) vai te ver, te visitar todo
fim de semana. Se assim for, você pode andar pelo corredor e se casar seguro.
E mais um passo importante, não se case antes de
ver a outra pessoa morrer. Honestamente, esse é um evento realmente traumático
em um casamento, e você quer ter certeza de que pode lidar com isso antes de se
comprometer a passar toda a sua vida juntos. Talvez você não consiga lidar com
isso e é melhor descobrir antes. Bravamente se voluntarie como aquele que
assiste seu parceiro “conhecer” o Criador. Este é geralmente o passo em que os
casais percebem que não vai funcionar, que não poderão lidar... por isso certifique-se
de não ignorá-lo.
Eu poderia continuar dando dicas de como é melhor
morar juntos até que todos esses passos sejam alcançados... para só então ter
certeza de que casar é a coisa certa. Se precipitar é muito perigoso, e
casamento é uma coisa muito importante para sermos imprudentes. É muito
importante mesmo não se casar antes de ver a outra pessoa morrer. Se você souber
lidar com isso... aí você sabe que está pronto...”
Pois bem, essa era a ideia geral do artigo. Muitas
vezes, só debochando para expor toda a falácia de nossa cultura.
Você ficará com a Bíblia ou com a “sabedoria
cultural?”
Eu estava vendo algumas fotos de casamentos do
seriado Game Of Thrones num site – eu li tempos atrás alguns dos livros, apesar
de não ter visto o seriado. Isso me fez
lembrar que todos os casamentos nos livros são assustadoramente errados. Isso
colocou minha mente a pensar nos casamentos de nossa geração... Apesar de não
terem, talvez, (espero) toda a loucura de Game of Thrones, são muito melhores?
Na vida do casamento, as semelhanças são em grande
parte tomadas como garantidas antes do casamento. Parece que onde você mora e reside,
são os lugares de divergência, nada mais. Não importa como (ostensivamente)
possam ser pequenos, mesmo minúsculos, os pontos de atrito virão a ocupar um
espaço emocional desproporcionalmente vasto quando você vive junto full time,
sobre o mesmo teto. Isso ocupa um lugar desproporcional tão grande, que muitas
vezes parece que vocês estão vindo de "culturas" opostas de 180
graus. Ou seja, você pode ter 95% de vida e perspectivas em comum com seu
cônjuge; os 5% restantes é onde teu relacionamento vai acontecer. O amor só
pode realmente ser visto em sua imagem real, depois que a afinidade termina. Em
outras palavras, você não vai se sentir tão bem combinado. Pelo menos não
quanto achamos que isso importa.
Um dia, por mais que tentemos evitar, acabamos
descobrindo: Não casamos com a pessoa certa.
Em parte, isso é porque temos uma confusão
desconcertante de problemas que surgem quando tentamos nos aproximar de outro
ser humano pecador. Parecemos normais apenas para aqueles que não nos conhecem
muito bem. Em uma sociedade mais sábia, mais auto-consciente do que a nossa,
uma pergunta padrão em qualquer antecipação seria: "Como essa pessoa é
quando é totalmente ela, como ela é de perto realmente?"
"Ninguém é perfeito", é uma frase que
gostamos de repetir. O problema é que antes do casamento, raramente mergulhamos
em nossas complexidades. Sempre que o relacionamento antes do casamento (namoro,
noivado) ameaça revelar nossas falhas, culpamos nossos parceiros e chamamos
isso de dia ruim. Quanto aos nossos amigos, eles não se importam o suficiente
para fazer o trabalho duro de iluminar-nos com a realidade mais escura sobre
nós. Um dos privilégios de estar por conta própria (solteiros e sozinhos) é,
portanto, a impressão sincera de que somos realmente muito fáceis de conviver.
Namorados, noivos não são mais auto-conscientes do
que nós. Naturalmente, nós fazemos nosso esforço em tentar compreendê-los. Nós
visitamos suas famílias. Nós olhamos para suas fotos, conhecemos seus amigos.
Tudo isso contribui para a sensação de que fizemos o nosso dever de casa. Nós
não fizemos. O casamento acaba como um jogo esperançoso, generoso, infinitamente
amável, tomado por duas pessoas que ainda não sabem quem são ou que o outro
pode ser, vinculando-se a um futuro que não podem conceber e evitaram
cuidadosamente investigar. Evitando todas as descrições bíblicas - tanto do ser
humano, quanto do casamento.
Durante a maior parte da história registrada, as
pessoas se casaram por razões lógicas: porque a sua parcela de terra era
adjacente a do outro e ela queria expandir suas terras, sua família tinha um
negócio próspero, seu pai era o magistrado na cidade, havia um castelo para ser
mantido, ou ambos os conjuntos de pais Subscreviam a mesma interpretação de um
texto sagrado. E de tais casamentos razoáveis, fluía solidão, infidelidade,
abuso, dureza de coração e gemidos de tristeza ouvidos através das portas. O
casamento da razão não era um conto de fadas. Era muitas vezes estreito de
espírito, explorador... É por isso que resolvemos substituir pelo casamento do
sentimento. Agora tudo seria diferente... será?
O que importa no casamento do sentimento é que duas
pessoas se sintam atraídas umas pelas outras por um instinto esmagador e por
isso “sabem” em seus corações que ele está certo – que aquela é a escolha
certa. Na verdade, quanto mais imprudente um casamento parece (talvez tenha
tido apenas alguns meses que se conheceram, um deles não tem emprego – ou o que
tem emprego certamente não pode sustentar uma família - ou ambos são apenas recém saídos da
adolescência), mais seguro o casamento do sentimento acaba por se sentir – É o
amor contra mundum. A imprudência é tomada como um contrapeso a todos os erros
da razão, aquele catalizador da miséria dos antigos casamentos, essa demanda de
pensar em tudo. O prestígio do instinto é a “reação traumatizada” contra muitos
séculos de razão irracional.
Mas apesar de acreditar que estamos buscando
felicidade ( e a glória de Deus como central ) no casamento, não é assim tão
simples. O que realmente a maioria busca é a familiaridade - o que pode
complicar os planos que poderíamos ter para o que chamamos felicidade e glorificar
a Deus no casamento. Não só as nossas afeições são fundamentalmente
inconstantes, mas muitas vezes são moldadas pelas feridas e vicissitudes da
infância, que tendem a nos afastar da saúde e da felicidade e não em nos levar
em direção a ela (ou seja, a dicotomia sempre popular entre o que queremos
verso o que precisamos).
Cometemos erros também, porque somos tão
solitários. Ninguém pode estar em um estado de espírito ideal para escolher um
parceiro quando sente que ficar sozinho é insuportável. Temos de estar
totalmente em paz com a perspectiva de muitos anos de solidão, a fim de ser
adequadamente exigente; caso contrário, corremos o risco de amar simplesmente o
parceiro que nos poupou desse destino horrível. Ou seja, a solidão é uma força
tão poderosa (e sentimento!) Que muitas vezes nubla o nosso julgamento,
estabelecendo-nos para co-dependência e fracasso, tanto quanto – se dirigida da
maneira correta – ou seja, bíblica, para o companheirismo frutífero.
Finalmente, nos casamos para fazer um bom sentimento
permanente. Imaginamos que o casamento nos ajudará a encher a alegria que
sentimos quando pela primeira vez
pensamento em propor o casamento: Talvez estivéssemos num lugar com o
sol da tarde lançando seu brilho através do mar, conversando sobre aspectos de
nossas almas que ninguém parecia ter visto antes... Casamos para tornar essas
sensações permanentes, mas não conseguimos ver que não havia uma conexão sólida
entre esses sentimentos e a realidade do casamento.
Ou seja, os casamentos de sentimentos operam na
maioria das vezes, como arranjos de auto-realização mútua (emocional). Não é
tanto que "você é o único para eles ", mas que "eles são o único
para você." Tais relacionamentos prosperam, conscientemente ou não, na ilusão
e projeção em relação à outra pessoa. Como gostamos de dizer, a expectativa
falsa é um ressentimento planejado, e não há expectativas maiores do que as
expectativas astronômicas que nós colocamos sobre um potencial companheiro.
Dentro de tal estrutura, não importa a pessoa com quem você casar, ela será (e
é) a pessoa errada simplesmente pela razão dela ser uma pessoa. Isso fatalmente
matará aquilo que você resolveu chamar de amor.
Na verdade, o casamento tende decisivamente a nos
mover para outro plano, muito diferente e mais administrativo, que talvez se
desdobre numa casa comum, com um longo trajeto para o trabalho e crianças
enlouquecedoras que “matam” (rsrsrs) a "paixão" de onde elas
emergiram. O único ingrediente em comum daquele dia perfeito é o parceiro.
A boa notícia é que não importa se descobrimos que
nos casamos com a “pessoa errada”.
Não devemos abandoná-la, devemos abandonar apenas a
ideia romântica fundadora sobre a qual a compreensão ocidental do casamento se
baseou nos últimos 250 anos: que existe um ser perfeito que pode satisfazer
todas as nossas necessidades e satisfazer todos os nossos anseios.
Precisamos trocar a visão romântica dos filmes por
uma “consciência trágica” da Queda humana e do pecado original, de que toda a
vontade humana caída frustra, irrita, “enlouquece” e nos decepciona de certo
modo - e nós (mesmo que sem qualquer malícia – ou seja, sem ser de propósito)
faremos o mesmo com o outro. Não pode haver um fim para nosso senso de vazio e
incompletude no casamento – devemos encontrar isso em Deus antes de nos
casarmos (Infelizmente isso não tem sido uma realidade nos que se dizem
cristãos hoje ) . Mas nada disto é incomum ou motivos para o divórcio (O que
também, infelizmente, tem sido uma realidade nos que se dizem cristãos hoje).
Escolher quem se comprometer é meramente um caso de identificação de qual
variedade particular de coisas gostaríamos mais de sacrificar. (Eu diria que
isso é apenas o passo inicial e básico).
Esta filosofia e verdadeira visão bíblica do pecado
original oferece uma solução para muita angústia e agitação em torno do
casamento. Pode parecer estranho, mas a visão da realidade do pecado original
alivia a excessiva pressão imaginativa que nossa cultura romântica coloca no
casamento. O fracasso de um parceiro em particular para nos salvar de nossa
tristeza e melancolia não é um argumento contra essa pessoa e nenhum sinal de
que uma união merece falhar ou ser atualizada. Como eu disse – quem nos salva
de nossa tristeza e melancolia não pode ser um homem ou uma mulher, ou o
casamento... isso é um trabalho a nível de Deus somente... nenhum ser humano
suporta o peso de ser nosso Salvador, ou Redentor, ou Razão da vida.
A pessoa que melhor se adapta a nós não é a pessoa
que compartilha todos os nossos gostos (ele ou ela não existe), mas a pessoa
que pode negociar as diferenças de gosto de forma inteligente - a pessoa que é
boa em desacordo. Ao invés de alguma ideia nocional de complementaridade
perfeita, é a capacidade de tolerar as diferenças com a generosidade que é o
verdadeiro marcador da pessoa "não excessivamente errada" – Já que
não existe a pessoa certa num mundo caído e debaixo do pecado original. A
compatibilidade é uma conquista do amor; não deve ser sua pré-condição.
O “otimismo”, e não a visão verdadeira da queda
humana e do pecado original, não estimula a esperança, ele a mata. O amor deve
ter algo além da realização emocional em seu interior para que ele permaneça.
Você pode dizer, então, que, juntamente com nossa
cultura, não abraçamos uma compreensão sóbria da natureza / capacidade humana
como a Bíblia descreve tão bem e tão claramente, para nos proteger ou exonerar-nos, quando as
coisas forem mal. Então insistimos em colocar o “amor romântico” como a única
força no universo que tem realmente o poder de levantar o espírito humano do
seu aleijado interior. Mas o “amor romântico” não pode olhar para nosso
interior aleijado e dizer: “Levanta e anda!” – Só uma Pessoa pode fazer isso. E
é bom que seja antes do casamento.
Como seguimos a cultura, em seu humanismo que odeia
a realidade da Queda humana, Depravação Total, Pecado Original... acarretamos
junto com a cultura um conjunto de expectativas infladas, em termos e espécie.
Essas expectativas não são meramente irrealistas, são na verdade, arrogantes,
poderíamos dizer sem medo de errar. É uma rebelião contra a Verdade que não
gostamos. Verdade sobre nós mesmos.
Infelizmente, como nossa cultura, muitos cristãos
não podem ir além do horizontal. Como seria diferente se pudessem. Poderiam
encontrar no vertical um terceiro modelo para o casamento, não um de
conveniência ou gratificação mútua, mas desinvestimento e sacrifício: o noivo
que se dá plenamente por sua noiva rebelde, o sinal de sua fidelidade não sendo
um anel, mas uma cruz. Este Noivo não está sob nenhuma ilusão sobre o que está
começando. Ele não está esperando que você e eu sejamos responsáveis por
construir o relacionamento - ou sentimentos - para alavancar a devoção dele por
nós. Na verdade, Ele está pronto para absolver-nos deles. Ele sabe que "as
pessoas erradas" são tudo o que somos, que nenhum de nós é muito bom em
amar ou ser amado. Nada bons. No entanto, Ele se recusa a poupar a mágoa,
tristeza, sofrimento e a cruz para nos redimir - graças a Deus. Ele é o fim
oposto do espectro cultural encarnado. E só sua morte, poderia nos fazer como
Ele. Nós nos privamos da verdadeira alegria quando idolatramos a imagem do
casamento acima da realidade que ela representa.
Olhe para a foto de uma pessoa que você ama. Você
poderia dar mais importância a essa foto do que a pessoa real? Nosso casamento
é uma foto... é impensável elevar isso além de ser a sombra e foto do amor de
Cristo pela sua Noiva.
O casamento tem um incrível propósito não centrado
em nós mesmos. Mostrar o Evangelho e o casamento final ao mundo. Mas na
realidade, quanto tempo gastamos gostando mais da foto do que da realidade?
Estragamos a realidade do propósito do casamento, abraçando loucamente a sua
imagem, a sua foto... e perdemos o real.
A Bíblia expressa claramente que o casamento é uma
instituição decretada por Deus e uma instituição destinada a glorificar a Deus,
exibindo algo sobre ele. O grande mistério do casamento é que a relação de
aliança de marido e mulher é um retrato da relação de aliança de Cristo e sua
igreja. O casamento é de Deus, somente de Deus, de Deus e de Deus, assim
negligenciamos a Deus para nosso perigo e desespero. É somente quando a fundação bíblica está no
lugar que nós somos capazes de entender corretamente como um marido e esposa
devem se relacionar, como eles devem assumir seus papéis separados e como eles
devem procurar trazer glória a Deus individualmente e como um casal.
Mas para a grande maioria, o caminho para o altar é
um território inexplorado. É cada pessoa em seu próprio chão particular, sem
uma bússola, muitas vezes sem um objetivo. Aqueles que chegam ao altar parecem
ter tropeçado nela por acidente.
Há um ditado popular que diz que todo mundo quer ir
para o céu, mas ninguém quer morrer. Um fenômeno similar acontece em relação ao casamento. Mas nem
numa coisa, nem na outra, isso é possível. O Grande Noivo foi para a cruz e
aponta o caminho para nós.
Paulo pinta para nós um quadro totalmente diferente
– uma bússola realmente confiável – para nós em Efésios. Ele diz que em vez de
uma união egoísta, o casamento em seu núcleo central é projetado para ser uma
união abnegada ( Ef 5.25-30).
Morte para si mesmo (de ambos), e não gratificação
pessoal é o centro da verdadeira atração gravitacional no casamento. Mas não
temos ouvido muito bem... talvez porque temos ouvido muito a definição
Ocidental dos últimos anos 250 anos... e ansiamos simplesmente por algo que
cumpra nossos anseios, promova nossas paixões e cubra nossas próprias
inadequações. Por isso caímos na mentira de que o casamento só vale a pena
quando encontramos a pessoa ideal e perfeita para nós, alguém que satisfaça
nossas necessidades específicas e complete nossas fantasias e ilusões. Que seja
o peça do quebra-cabeça perdida, o elo que falta, a outra metade do coração...
para nos fazer íntegros e inteiros. E, finalmente, cheguemos a conhecer a
satisfação que anda não experimentamos na vida.
O casamento tem uma única porta verdadeira. E essa
porta gira na dobradiça do sacrifício semelhante ao de Cristo.
Tempos atrás alguém (um cristão) me disse que seu
casamento tinha se tornado uma prisão. Como a cultura tem formatado a visão
daqueles que dizem ser cristãos em nossos dias. A Bíblia diz: "Alegra-te
com a mulher da tua mocidade."
Provérbios 5:18
Como isso é diferente do que nossa cultura ensina a
cada dia. A Bíblia não diz: “Alegre-se na sua jovem esposa” – Apesar disso ser
verdade também. Mas o que é enfatizado é “alegra-te com a mulher da tua
mocidade” – Sim, aquela garota com quem você se casou quando ambos eram jovens.
Já passou algum tempo deste então. Talvez tenha passado muito tempo. Mas NADA
importante de fato mudou. Ela ainda é aquela garota que se deu a você diante de
Deus no dia do seu casamento. Ele colocou-se nos seus braços. Da maneira mais
profunda ela fez isso, vulnerável e confiante. Lembre-se disso todos os dias e
maravilhe-se com isso. Deus planejou isso. Deus planejou assim o casamento.
Lembre-se daqueles dias, como costumavam rir e se
divertir... é tua responsabilidade ter isso de novo e de novo... agora e
sempre: "Alegra-te com a mulher da tua mocidade." Provérbios 5:18 – Sim, muitas coisas na vida
mudam, e certamente mudaram. Vocês viram juntos uma quantidade de problemas e
tristezas que jamais sonharam que veriam e sentiriam. Mas você ainda tem aquela
garota... e ela conta mais do que todos os problemas do mundo e tristezas que
possam ser vividas. Olhe para ela... anos e anos passaram... mas apesar da
vida, muito não mudou. Pense sobre a fidelidade a você ao longo dos anos,
apesar, você tem que reconhecer, das tuas falhas, fraquezas, defeitos... e tudo
isso foi graça de Deus. Tua vida com ela é a expressão da misericórdia de Deus
sobre você de muitas e variadas maneiras. Deixe o teu coração derreter de novo
e de novo... e se glorie em Deus pelo plano eterno que é manifestado em teu
casamento.
Teu casamento não é uma prisão... teu casamento,
apesar do que afirma toda uma cultura a tua volta, que é voltada para o ego,
não é uma sentença de morte – O casamento só é uma sentença de morte para o teu
egoísmo. Teu casamento é uma fonte de alegria que flui da bondade e
misericórdia de Deus. Que maravilha o plano de Deus no casamento que cada dia
mais visa a libertação do inferno do ego para um caminho de alegria que começa
agora em nossa vida, e depois continua indefinidamente naquilo que ele
representa na união de Cristo com sua igreja. Aqui essa alegria deve ser mais
profunda e maior a medida que envelhecemos juntos e compartilhamos essa graça
enquanto vivemos – esposa e esposo. A ordem não é só seguir adiante, é se
alegrar: "Alegra-te com a mulher da tua mocidade." Provérbios 5:18
Nossos casamentos, por fim, existem para isso – ser
vislumbres, espelhos, da linda relação de Cristo e sua Noiva ( Ef 5.31-32) –
Refletindo no dia a dia do casamento, a mesma forma como Cristo agiu conosco.
Quando nos sacrificamos pelo nosso cônjuge, aromas do evangelho são produzidos
no mundo. O casamento não foi criado para que nosso cônjuge satisfizesse todos
os nossos desejos e necessidade de completude. Esse é o trabalho de Jesus. E
quando Cristo fez isso em nós – nos completou e atendeu as necessidades
inexoráveis de uma alma criada para Ele. Podemos nos entregar livremente a
obediência e a edificação do outro em ser mais parecido com Cristo e
glorificá-lo. E o outro conosco... e assim como casal, glorificarmos a Deus.
Sem isso, lá no fundo, os casamentos de nossa
geração (incluindo os cristãos), não serão muito diferentes dos de Game of
Thrones.
"Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor
dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado
o Deus de toda a terra. Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e
triste de espírito; como a mulher da mocidade, que fora desprezada, diz o teu
Deus." - Isaías 54:5,6 - Já somos completos nele.
Fonte: josemarbessa.com
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