1. INTRODUÇÃO
Conhecer e amar a Deus é algo que todo cristão
deve, ou pelo menos deveria fazer. O estudo da teologia (Estudo sobre Deus, sua
obra e revelação) é muita das vezes desconsiderado pelos cristãos pois demanda
como um assunto desinteressante. Porém, não se ama alguém a qual não
conhecemos. A capacidade de amar e apreciar alguém, e de falar dela para outras
pessoas, só vem a medida do conhecimento sobre ela.
O conhecimento de Deus dado aos homens, por Ele
mesmo, não é completo em sua plenitude e essência. Pois Deus é infinito e suas
criaturas finitas e o pecado afetou a mente humana, o tornando incapaz de
conhecer a Deus de forma plena, sem que a criatura distorça, perverta, confunda
ou abuse dela para fins egoístas. Deus permitiu-se conhecer apenas para que
tais homens viessem a ser alcançados por sua própria revelação especial que é a
sua Palavra ou por sua revelação natural, que é para que todos os homens sejam
indesculpáveis no dia do juízo.[1] E é sobre essa porção dada por Deus, a qual
se percebe através de seu relacionamento com a Criatura que vamos estudar. Esse
relacionamento pode nos mostrar algumas facetas das características de Deus,
seus atributos, que chegam até os cristãos por misericórdia.
O modo que conhece se a Deus mostra a verdadeira
realidade e felicidade do coração do homem. Mesmo Deus sendo em essência
incompreensível, Ele pode ser cognoscível. Berkofh diz:
Dr. Orr: Não podemos conhecer a Deus nas
profundezas do seu Ser absoluto. Mas podemos, ao menos, conhece-lo até onde ele
se revela em sua relação conosco. A questão, portanto, não é quanto à
possibilidade de um conhecimento de Deus na impenetrabilidade do seu Ser, mas é
esta: podemos conhecer a Deus procurando saber como ele se relaciona com o
mundo e conosco? Deus se relacionou conosco revelando a si mesmo, e,
supremamente, em Jesus Cristo. [2]
João Calvino em As Institutas da Religião Crista
fala sobre o dever do homem conhecer a Deus a ponto que sintam que devem
todas as coisas a Deus, e que todo homem é favorecido pelo seu cuidado paterno.
Mas preciso e em suas palavras ele vai dizer:
Entendo por conhecimento de Deus não só conceber
que algo seja Deus, mas também compreender o que, no conhecimento acerca dEle, nos
convém saber, o que é útil para sua gloria e, por fim, o que é necessário.[3]
Deve-se buscar o conhecimento de Deus, para a
gloria do próprio Deus, sem querer angariar para si benefícios, que outrora
seriam inúteis. Fica-se então, como servos dEle, o presente de poder
glorifica-lo e buscar as coisas reveladas que emanam de sua pessoa.
Deuteronômio 29:29 diz: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso
Deus, mas as reveladas pertencem a nos filhos para sempre, que sigamos todas as
palavras desta lei”.[4]
A.A. Pink em seu livro os “Atributos de Deus” diz:
Deixe-me esclarecer algo (principalmente tendo em
vista a degradação da pregação moderna em auto-ajuda): conhecer a Deus não é
aprender alguns princípios para você ter “o melhor de sua vida hoje”. Não é
ensinar a nós mesmo uma pretensa “sabedoria” para aplicarmos em nossa vida e
termos sucesso. Conhecer a Deus não é um meio para alcançarmos nosso bem-estar
egocêntrico. É o mais majestoso de todos os fins. Nós fomos criados para
conhecer a Deus e nos gloriarmos nele.[5]
Neste trabalho, irá se compreender de forma
panorâmica a relação do Ser de Deus e seus atributos, as divisões dos
respectivos atributos e com foco no atributo escolhido: Bondade de Deus que
esta presente no que a teologia sistemática chama de atributos comunicáveis de
Deus.
2. RELAÇÃO DO SER E DOS ATRIBUTOS DE DEUS
É conhecido por boa parte dos estudiosos sérios de
teologia que o conhecimento de Deus não pode ser cientificamente definido. Ao
estudar ou tentar chegar a ideias menos incoerentes sobre o ser de Deus,
verifica-se que o Ser de Deus de forma alguma, está separado de seus próprios
atributos.
Para Moisés o próprio Deus em sua fala vai dizer: Eu
sou o que sou. Nada pode separar a Deus dEle mesmo. O que resta tentar o
estudante, que busca por conhecer o Ser de Deus é tentar compreende-lo pelos
seus atributos que por misericórdia chegam até nos. Robert Culver vai dizer:
Nós conhecemos os atributos de Deus por meio da sua
criação. A Criação não emergiu de Deus como uma emanação. Mesmo assim, foi ele
que a fez, e deixou suas marcas do seu caráter nela, mesmo que não sem alguma
ambiguidade, devido ao pecado que há em nós e a maldição do pecado sobre a
criação. [6]
Os atributos não são partes da essência, como que
se a essência de Deus fosse composta por várias características, atributos ou
qualidades. Toda a essência se encontra em cada atributo e o atributo na
essência diz Culver.[7]
Berkhof vai fazer também a mesma afirmativa:
Da simplicidade de Deus segue-se que Deus e seus
atributos são um. Não devemos considerar os atributos como outras tantas partes
que entram na composição de Deus, pois, ao contrário dos homens, Deus não é
composto de diversas partes. Tampouco devemos considera-los como alguma coisa
acrescentada ao Ser de Des, embora o nome, derivado de ad e tribuere,
pareçam apontar nessa direção, pois nenhum acréscimo jamais foi feito ao Ser de
Deus, que é eternamente perfeito. [8]
Berkhof corrobora com Culver dizendo então o quão é
perigoso separar a essência divina dos atributos ou perfeições divinas. Para
Shedd “Toda essência está em cada atributo, e cada atributo, na essência.” [9]
Por isso, Deus é o que Ele é, e seus atributos são características do Ser e
não partes dEle.
2.1 O SER DE DEUS
O Ser de Deus, ou sua existência é uma premissa
fundamental das Escrituras baseada em pressupostos de que Deus existe e que Ele
se revelou em sua palavra. [10] Pode-se conhecer de forma parcial a Deus apenas
pelos modos que Ele escolheu se revelar. As formas de se conhecer a Deus se dá
por duas fontes. A sua revelação geral, que é Deus revelado na sua criação,
seres humanos e natureza. A referência bíblica bastante usada para essa fonte é
Salmos 19.1; Os Céus proclamam a glória de Deus.[11] E por sua revelação
especial, que é a própria palavra, onde mostra quem Ele é e o que Ele tem feito
na história da redenção.
Louis Berkhof na introdução cap. III da primeira
parte de sua Teologia Sistemática, sobre o Ser de Deus diz:
É evidente que o ser de Deus não admite nenhuma
definição cientifica. Para dar uma definição lógica de Deus teríamos de começar
fazendo pesquisa de algum conceito superior, sob qual Deus pudesse ser
coordenado com outros conceitos: e depois teríamos de expor as características
aplicáveis exclusivamente a Deus. Uma definição genético-sintética assim
não se pode dar de Deus visto que Deus não é um dentre várias espécies de
deuses, que pudesse ser classificado sob um gênero único. [12]
É possível então relatar que segundo Berkhof é
possível somente ter uma definição de Deus sob a perspectiva
analítica-descritiva, onde se explica apenas as características de uma pessoa,
mas deixa oculto ou desconhecido a essência do Ser. Mesmo assim seria incapaz
de ter um conhecimento completo ou perto disso do ser de Deus.
Alguns versículos da própria Bíblia falam da
incognoscibilidade de tentar conhecer o Ser de Deus em sua plenitude; Salmos
145.3:
“Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é
insondável”.[13] Jó 26.14: “Eis que isto são apenas as bordas dos
seus caminhos! Dele temos ouvido apenas um leve sussurro! Mas o trovão do seu
poder, quem o entenderá? ”.[14]
Esses versículos nos mostram que não somente o Ser
de Deus é incompreensível, mas também que cada um de seus atributos, sua
grandeza, poder, pensamentos, caminhos, sabedoria e juízo, está além da
capacidade humana de compreender totalmente ao Ser de Deus.
Bancroft afirma que desde que o homem teve início,
o homem procurou descrever ou retratar Deus. Deus era retratado por meio de
figuras, pintura e de palavras descritivas. Porém, sempre como uma tentativa
falha, ficando muito aquém do seu alvo. Bancroft então afirma que a única forma
de conhecer parte do ser de Deus seja pelos seus atributos:
A natureza de Deus melhor se revela pelos Seus
Atributos. Precisamos ter o cuidado de não imaginá-los como sendo abstratos,
mas como meios vitais que revelam a natureza de Deus. [15]
O Ser de Deus é esse, incognoscível porem
cognoscível nas partes que Ele mesmo quis se revelar. E cabe buscar as
possibilidades do conhecimento a qual tem-se a disposição com as ferramentas
apresentadas; Bíblia.
2.2 A POSSIBILIDADE DE CONHECER O SER DE DEUS
A incompreensão de Deus pode levar ao estudante a
um desespero pela busca de conhecer a Deus. Porém, a Bíblia ensina que Deus é
cognoscível, ou seja, Ele pode ser conhecido de modo verdadeiro, pessoal e o
suficiente para que haja salvação. Uma das características de Deus é que Ele é
um Deus pessoal, e por ser pessoal, se revelou a sua criação.
Berkhof diz que o conhecimento que pode-se ter de
Deus, que é o próprio Deus se revelando, é requisito absoluto para a salvação.
Mostrando que os primitivos pais da igreja descobriram através de Cristo,
revelação de Deus para a salvação. Por Cristo poderiam conhecer os atributos de
Deus. [16]
Na oração sacerdotal Cristo, o Filho de Deus, Logos
vivo de Deus na Terra, em Joao 17:3 diz: “E a vida eterna é esta: que
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.[17]
O próprio Cristo incentivou a todos aquele a terem conhecimento sobre Deus
o Pai.
Os escolásticos dividiam o conhecimento de Deus em
duas partes; Quid e Qualis. Quid é aquilo que não pode ser conhecido da
Essência de Deus. E Qualis é o que escorre pela relação de Deus com a criação
na qual podemos ter algo sobre a natureza de Deus, revelando alguns de seus
atributos. [18]
Em doutrina bíblica na Bíblia de Estudo NAA, nos
dar um parecer muito coerente com o pouco que podemos conhecer de Deus.
Deus jamais será conhecido de modo absoluto, mas
nós podemos saber coisas sobre Ele que são absolutamente verdadeiras, tanto que
podemos estar dispostos a viver e morrer por essas crenças. Deus proporcionou
um conhecimento sobre si mesmo que é pessoal, relacional e suficiente par uma
vida frutífera, fiel e piedosa. [19]
Também para Berkhof, o homem não pode dar uma
definição de Deus de forma exata no sentido literal da palavra, porém; pode o
homem dar uma descrição que é parcial, através de características relacionais
daquilo que se pode conhecer de Deus. [20]
2.3 O SER DE DEUS REVELADO EM SEUS ATRIBUTOS
Robert Culver diz que os atributos não estão
relacionados a Deus em sua essência. Pois algo que se pode colocar ou tirar é
apenas objeto, enquanto que os atributos são o Próprio Deus. Atributos
significa um membro, uma parte, uma vertente, de Deus, mas sim, o próprio Deus.
Culver afirma:
Os atributos de Deus não podem ser considerados
representações simbólicas, como a coroa e o centro são para um rei ou o símbolo
do peixe para igreja. Nesses casos, os símbolos não têm semelhança necessária
a, ou identidade com, o rei e a igreja. [21]
Devemos lutar contra o perigo de particionar Deus
em sua essência e ser. O Ser de Deus ao se relacionar com os homens, deixa ser
conhecido por suas características, e por aí que podemos ter noção do que Deus
é parcialmente. Essas qualidades não podem ser mudadas, muito mesmo com o tempo
alteradas, pois Deus é um Deus imutável, e isso se inclui a suas qualidades de
essência que por si são o próprio Deus. Deus não pode ser abstrato, mas sim um
Ser vivente e relacional. E essa relação que indicam seus atributos.
Para Berkhof:
Da simplicidade de Deus segue-se que Deus e seus
atributos são um. Não devemos considerar os atributos como outras tantas partes
que entram na composição de Deus, pois, ao contrário dos homens, Deus não é
composto de diversas partes. Tampouco devemos considerá-la como alguma coisa
acrescentada ao Ser de Deus. [22]
Por mais que Deus revele alguns dos seus atributos,
o entendimento sobre seu Ser, grandeza, poder, pensamentos, caminhos, juízos e
sabedorias, está muito além da capacidade da sua criação o compreende-lo
totalmente. Sabe-se que ele se releva, porem jamais a totalidade da sua obra e
caráter.
3. TERMOS E DIVISÕES DOS ATRIBUTOS DE DEUS
O termo “atributos” é considerado um tanto quanto
improprio pois transmite uma ideia que algo pode ser acrescentado a Deus.
Berkhof defende a ideia de que o termo “propriedade” soa em seu melhor sentido,
para indicar algo do próprio Deus e somente dEle. O termo é entendo a luz do
termo propriedade, e quer dizer sobre as qualidades essências nas quais o Ser
de Deus é relevado e observando as tais qualidades pode ser identificado.
A Bíblia de estudo NAA, na sua Doutrina Bíblica ao
final, comentada por Erik Thoennes[23] comentada traz uma definição que soma a
definição do termo, muito pratica para a vida cristã que pode colaborar muito
para o entendimento simplificado sem ser simplista.
Os atributos de Deus são as descrições normativas
que as imagens, os nomes e as ações ilustram a partir de diferentes
perspectivas. Os atributos são as características essenciais que o fazem ser
quem Ele é.[24]
Uma definição mais profunda e com aplicação e
exemplificação e que vale ser considerada é a de Bancroft em sua Teologia
Elementar.
O termo “atributo” em sua aplicação as pessoas e as
cousas, significa algo pertencente as pessoas ou cousas. Pode ser definido como
qualidade ou característica essencial, permanente, distintiva e que pode ser
afirmada, como por exemplo a cor ou o perfume de uma rosa. Os atributos de uma
cousa lhe são tão essenciais que, sem eles, ela não poderia ser o que é; e isso
é igualmente verdade dos atributos de uma pessoa. Se um homem se visse privado
dos atributos dos atributos que lhe pertencem, deixaria de ser homem. Se
transferirmos essas ideias a Deus, descobriremos que Seus atributos Lhe
pertencem inalienavelmente, e, portanto, o que Ele é agora, há de ser
sempre.[25]
Enxerga-se que Deus não pode ser despido de seus
atributos, e que eles são o próprio Deus. Como Berkhof finaliza em tal tema,
“se continuemos a empregar o nome “atributos”, é porque é comumente utilizado,
e o fazemos com claro entendimento de que se deve excluir rigidamente a noção
de algo acrescentado ao Ser de Deus”.[26]
As divisões dos atributos de Deus são bastantes
diversificadas segundo os autores de renomes da teologia sistemática. Várias
classificações, porem são as mesmas em certo sentido. As mais importantes
segundo Berkhof são as seguintes:[27]
Atributos Naturais: Auto existência, simplicidade,
infinidade, imutabilidade que pertencem a natureza constitutiva de Deus. Atributos
Morais: Verdade, bondade, misericórdia, justiça, santidade que o qualificam com
um ser moral.
Atributos Absolutos: Essência de Deus. Atributos
Relativos: Considera a relação de Deus com a sua criação.
Atributos Imanentes ou Intransitivos: São atributos
do próprio Deus, não chega para sua criação tal conhecimento. Atributos
Emanentes ou transitivos: São como a bondade, justiça que produzem efeito
externo para a sua criação.
Atributos Incomunicáveis: São aqueles somente
pertencentes a Deus como sua imutabilidade. Atributos Comunicáveis: São aquele
que são percebidos com o relacionamento de Deus e sua Criação.
Mesmo com variantes de definições e tentativas de
se tatear quais são as divisões que mais se achegam próximo do que se é, por
ser humano finito, o homem nunca chegará a um absoluto. São apenas caminhos a
ser seguidos e não a formula final de Deus. Desta maneira, consegue-se enxergar
que somente por alguns atributos que são revelados, que pode-se conhecer a
Deus. A partir desses atributos pode-se ter uma parcela de conhecimento sobre o
Ser de Deus; sempre limitado ao homem finito, mas por misericórdia do próprio
Deus deixou-se conhecer pelo seu relacionamento com a sua criação e criatura.
4. OS ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS E COMUNICÁVEIS DE
DEUS
Porém, a separação, divisão, distinção mais comum
entre os estudiosos e escritores é a que distinção que expõem sobre os
Atributos incomunicáveis de Deus e os Atributos Comunicáveis. Não como formula
final, mas como algo que pode-se compreender de forma mais tranquila.
Atributos incomunicáveis: Seus atributos que não é
revelado a sua criação como a sua independência, que é sua existência própria,
autossuficiência, asseidade, imutabilidade, eternidade (infinidade),
onipresença e unidade.[28] Deus em seu ser não tem a necessidade de
nada, por isso o serviço a ele jamais deve ser motivado pelo pensamento
humanista, ou egocentrista, de que Deus possa precisar daqueles que o buscam,
pois Ele mesmo é provedor de tudo e todas as coisas. Por conta da sua
imutabilidade pode-se confiar, pois não é um Deus inconstante ou instável. Sua
eternidade pode ser uma fonte de paz para os cristãos, pois, com Ele, em sua
eternidade se tem descanso e consolo, pois até mesmo se a morte alcançar a vida
terrena, tem-se a certeza da vida eterna ao seu lado.
Atributos comunicáveis: Uma lista um pouco mais
longa, é confirmada através das Escrituras (Revelação Especial) que está
presente no espirito humano como a bondade, justiça, amor, poder, retidão,
santidade, paz, misericórdia, zelo, ira e etc.[29] É nesses atributos que Deus
se posiciona como ser moral, consciente, inteligente e livre, com um Deus
surpreendentemente pessoal.
Berkhof vai dizer que a personalidade humana requer
um Deus pessoal para sua explicação, pois o mundo em geral dá tal testemunho da
personalidade de Deus, pois em toda sua estrutura e constituição ele se revela
através da criação, seus sinais de inteligência, emoções, e também um senso e
religião, que a própria natureza do homem busca. Fazer o que é reto, moral e
ético vem de uma implicação que existe um Ser Supremo, Perfeito Juiz e
Legislador.[30]
5. O ATRIBUTO DA BONDADE DE DEUS
Dentro dos atributos comunicáveis é encontrado os
atributos morais de Deus. Eles são geralmente considerados como as perfeições
mais gloriosas do próprio Deus. Charles Hodge em sua Sistemática vai dizer que
a bondade no sentido bíblico do termo, inclui o amor, a misericórdia e a graça
de Deus.[31] Berkhof por sua vez, acrescenta a longanimidade em seu escopo.[32]
Charles Hodge procura o cuidado de não confundirmos
a bondade de Deus com a bondade humana, que é muitas das vezes julgada ou
formulada sem um padrão perfeito que é Deus.
Como todas as modificações da bondade
supramencionadas e encontram em nossa natureza depilada, e por si mesmas se
recomendam a nossa aprovação moral, sabemos que tem de existir em Deus sem
medida e sem fim. Nele são infinitas, eternar e imutáveis.[33]
Ao examinar a Bíblia, podemos logo combater a
comparação humana de bondade com a bondade perfeita de Deus. Jesus ao ser
questionado pelo jovem rico no Evangelho de Marcos 10.18 diz: “Ninguém é
bom, a não ser um, que é Deus”.[34] Também é apresentando nas
Escrituras como a fonte de todo bem, como em Salmos 36.9 onde o Poeta canta: “Pois
em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz”.[35] Berkhof
a explicar esse texto com excelência e refrigério ao coração do leitor.
Todas as boas coisas que as criaturas fruem no
presente e esperam no futuro, fluem para elas desse manancial inexaurível. E
não somente isso, mas Deus é também o summum bonum, o sumo bem, para
todas as criaturas, embora em diferentes graus e na medida em que correspondem
ao propósito da sua existência.[36]
Quão doce é provar da bondade de Deus. Uma bondade
perfeita e absoluta, que não pode mudar. O Salmista Davi faz várias declarações
da bondade de Deus e uma delas faz-se necessário mencionar; Salmos 34.8; “Provem
e vejam que o Senhor é bom; bem-aventurado é quem nele se refugia”.[37]
5.1 A BONDADE DE DEUS PARA COM SUAS CRIATURAS EM
GERAL
Somos informados especialmente no novo testamento
que a Bondade de Deus demonstrada em amor para com as suas criaturas. Em
Efésios 2.7 o apóstolo Paulo diz que essa bondade salva pecadores; “para
mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus”.[38] Berkhof escreve sobre essa bondade
como definida em perfeição de Deus que o faz tratar a todas suas criaturas de
forma benevolente e generosamente. Em Salmos 145.9,15,16, Davi exalta a bondade
de Deus:
O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias
permeiam todas as suas obras. Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu
tempo, lhes dás o alimento. Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os
viventes. [39]
O Senhor é bom para todos e para com todas suas
obras, demonstrando o seu cuidado pelo bem-estar da criatura. Mesmo os não
crentes recebem desse alimento e dessa bondade. Porém, aqueles que reconhecem
dessa benção e bondade recebem as bênçãos que dela provem, desfrutando assim da
bondade do Criador.[40]
A. W. Pink cita em seu livro, uma descrição valida
e mui digna da bondade de Deus:
Ha uma tão absoluta perfeição na natureza e no ser
de Deus que nada lhe falta, nada nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode
acrescentar para melhorá-lo. “Ele é essencialmente bom, bom em Si próprio, o
que nada mais é; pois todas as criaturas só são boas pela participação e
comunicação da parte de Deus. Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas, é
a própria bondade: na criatura, a bondade é uma qualidade acrescentada; em
Deus, é Sua essência. [41]
E para os cristãos, a demonstração de bondade para
com suas criaturas foi o episódio central do Evangelho. Bondade e amor para
aqueles que não merecem, foi demonstrado na cruz, com o grande objetivo de
redenção das criaturas a qual ele escolheu salvar. Em João 3:16: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nEle crê não pereça mais tenha vida eterna”.[42] O
apóstolo Joao continua no próximo capitulo no versículo 10 dizendo: “ Nisto
consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou
e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.[43]
5.2 O AMOR DE DEUS
Bancroft vai dizer que o amor de Deus propriamente
dito é aquele atributo de Deus pelo qual Ele se inclina a comunicar-se com a
sua criação. Completa dizendo: “o amor de Deus é seu desejo pelo bem-estar
desses seres amados e o deleite que tem nisso”. [44]
Já Berkhof vai
discordar de Bancroft, dizendo que o amor de Deus não pode achar completa
satisfação em nenhuma de suas criaturas, e que seu amor pelas criaturas se dá
por si mesmo, ou como na própria fala de Berkhof “neles Ele ama a si mesmo”.[45]
Calvino em seu livro sermões em Gálatas discorre
sobre o amor de Deus para com toda a humanidade, mas de forma muita mais
especial com os seus eleitos, dizendo que Deus reserva um amor especial para o
seu rebanho.
Embora Deus demonstre sinais de Seu amor para com
toda a humanidade em geral, toda a linhagem de Adão foi separada Dele até serem
reunidos por meio de Jesus Cristo. Deste Modo, embora o amor de Deus por todos
os homens seja demonstrado pelo fato de terem sido criados em Sua própria
imagem, e, embora Ele faça com que o sol brilhe sobre todos, provê comida para
todos, e cuide de todos, contudo, isto não é nada comparado ao especial
amor que Ele reserva para Seus eleitos, Seu rebanho. [46]
Augustus Hopkins Strong cita Jonathan Edwards em
sua sistemática, abreviando em suma a complexidade do entendimento do amor de
Deus, em relação ao próprio Deus e a sua criação.
Considera que o amor de Deus, antes de nada,
dirige-se a si mesmo compreendendo a maior quantidade do ser, e somente
secundariamente dirige-se as Suas criaturas cuja quantidade é infinitesimal
comparada com a dEle.[47]
Visto Deus nos amou em uma demonstração histórica
de seu amor através do seu Filho Jesus Cristo, esse amor primeiramente antes de
alcançar as suas criaturas, amou antes a si mesmo. Sabendo então, que Deus
possui um amor onde nEle mesmo a porção de amor é infinita, eterna e imutável,
pode-se, depositar toda confiança no Amor que não se pode igualar a moral e perspectiva
de amor humano, foi somente por Graça.
A. W. Pink corrobora com a ideia em que o que move
o amor de Deus é primeiramente por Ele mesmo.
O amor de Deus é imune de influência alheia.
Queremos dizer com isso que não há nada nos objetos do Seu amor que possa
colocá-lo em ação, e não há- nada na criatura que possa atraí-lo ou
impulsioná-lo. O amor que uma criatura tem por outra deve-se a algo existente
nelas; mas o amor de Deus é gratuito espontâneo e não causado por nada nem por
ninguém… Deus amou o Seu povo desde a eternidade e, portanto, a criatura nada
tem que possa ser a causa daquilo que se acha em Deus desde a eternidade. [48]
Alguns filósofos e estudiosos da Bíblia dizem não
haver em Deus emoção, que tal sentimento, amor, não poderia haver em Deus por
se tratar de uma forma de relacionamento pessoal e propriamente do ser humano.
Hodge vai dizer que tal especulação é meramente infundamentada e que a própria
Bíblia mostra o amor de Deus por meio de toda sua palavra.
O único ponto de analogia entre o amor em nós e o
amor no Absoluto e Infinito é a auto comunicação. O amor em nos leva a auto
revelação e comunhão; em questão de fato, o Infinito se revela e se desenvolve
no universo, especialmente na humanidade. Bruch admite que tal doutrina está em
real contradição com as representações de Deus no Antigo Testamento e em
aparente contradição com as do Novo Testamento.[49]
Hodge vai dizer que se o amor em Deus não passa de
um nome para aquilo que explica racionalmente o universo; que se Deus é amor simplesmente
porque está presente no pensamento humano e com consciência, então a palavra
amor tem uma definição, significado definido; nada nos revela concernente a
natureza real de Deus. E Hodge finaliza com a seguinte afirmação; “…amor
necessariamente implica em sentimento, e, se não há em Deus sentimento algum,
então não pode existir amor”.[50]
5.3 A GRAÇA DE DEUS
Um dos atributos que são pertinentes a bondade de
Deus também é a sua Graça; palavra que se origina no hebraico “shanan” e
do grego “charis”. Geralmente a Bíblia emprega a palavra para indicar a
imerecida bondade de Deus e seu amor para aqueles que perderam direito a ela
devido a queda, e estão sob sentença de condenação.
Seguindo um esquema e estrutura de versículos que
Berkhof usa em sua Teologia Sistemática para a estruturação da Graça de Deus
para uma melhor compreensão, pode-se ver uma construção leve de se
entender.[51]
A Graça de Deus é fonte de todas as coisas como é
visto em Efésios 1.6,7: “para louvor da glória de sua graça, que ele nos
concedeu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção, pelo seu
sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça…”.[52]
É
pela graça que foi aberto o caminho de redenção foi aberto aos pecadores em
Romanos 3:24; “sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus…”[53].
Foi
por Graça que a mensagem dessa redenção foi levada aos perdidos e por ela veio
a justificação em Romanos 4:16;
Essa é a razão por que provém da fé, para que seja
segundo a graça, a fim de que a promessa seja garantida para toda a
descendência, não somente à descendência que está no regime da lei, mas também
à descendência que tem a fé que Abraão teve, porque Abraão é pai de todos nós…[54]
Por ela são enriquecidos os que assim creem no
Filho, Jesus Cristo de benção espirituais e através da graça herdam a salvação
em Efésios 2:8: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vocês, é dom de Deus”.[55]
Berkhof traz a luz do leitor o que tem por si mesmo
feito o homem com o conceito de “Graça” na teologia moderna:
No modernismo teológico, com sua crença na bondade
inerente do homem e em sua capacidade de bastar-se a si próprio, a doutrina da
salvação pela graça tornou-se praticamente um “acorde perdido” e mesmo a
palavra “graça” foi esvaziada de toda significação espiritual e desapareceu dos
discursos religiosos. Só foi conservada no sentido de “graciosidade”, coisa
inteiramente externa. Felizmente há algumas evidencias de uma renovada ênfase
ao pecado, e de uma recém-despertada consciência da necessidade de graça
divina. [56]
Von Allmen, em seu Vocabulário Bíblico conclui o
significado de Graça para o ser humano meramente caído e despido de qualquer
merecimento, e na qual estava sob condenação e para o ser criado saber que de
tal Graça não pode existir nada, somente dela desfrutar.
O ser humano não reúne condições para receber a
graça. Então logo se conclui que a graça é iniciativa de Deus em favor do ser
humano, isto é, favor imerecido. Portanto, “a graça divina não se separa de
Deus, mas é uma relação pessoal que Deus estabelece entre si mesmo e os seres
humanos, ele os encara com favor e com bondade.[57]
A Graça é proclamada no evangelho a fim do homem
não se glorificar por nada que possa faze-lo merecedor ou salvador de sua
própria alma. A graça alcança o homem por misericórdia e não por méritos, sem
ela, não seremos salvos de modo nenhum. Fora de Cristo todos estão perdidos,
culpados e mortos. Mas como já citado acima, pela graça somos salvos e isso não
vem de nós, é dom de Deus.
5.4 A MISERICÓRDIA DE DEUS
Outro aspecto da bondade de Deus para com suas
criaturas é a sua misericórdia. Pelos escritores de teologia como Robert Culver
é chamado de amor transitivo. É o amor em pratica para com aqueles que não merecem
as provisões de Deus, mas necessitam, desesperadamente de seu amor.[58]
Berkhof
vai dizer:
Se a graça de Deus vê o homem como culpado diante
de Deus e, portanto, necessitado de perdão, a misericórdia de Deus o vê como um
ser que está suportando as consequências do pecado, que se acha em lastimável
condição, e que, portanto, necessita do socorro divino. Pode-se definir a
misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus demonstrado para com os
que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos. Em
Sua misericórdia Deus se revela um Deus compassivo, que tem pena dos que se
acham na miséria e está sempre pronto a aliviar a sua desgraça.[59]
Na misericórdia Deus se revela um Deus compassivo,
até mesmo com os que não temem a Ele, Ele os derrama misericórdia, como vemos
em Salmos 145.9: “O Senhor é bom para todos, e as suas
misericórdias permeiam todas as suas obras”.[60]
Assim como temos em
Deus um atributo de ser um Deus imutável, Ele permanece o mesmo desde a
eternidade. Lamentações 3.22 vai declarar: “As misericórdias
do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim”.[61]
Em Êxodo 33:19 diz: “…eu farei passar toda a
minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti: e
terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu
me compadecer”.[62]
As misericórdias de Deus têm então origem
na graça e bondade divina. A. W. Pink comenta:
O primeiro fruto da bondade de Deus é Sua
benignidade ou generosidade, pela qual Ele dá liberalmente a Suas criaturas
como criaturas: assim deu Ele o ser e a vida a todas as coisas. O Segundo fruto
da bondade de Deus é a sua misericórdia, que denota a pronta inclinação de Deus
para aliviar a miséria das criaturas caídas. Assim a misericórdia pressupõe o
pecado.[63]
As várias declarações sobre a misericórdia de Deus,
aparecem por toda a Bíblia. Em Salmo 57:10: “… a tua misericórdia é grande
até aos céus …”.[64] Em Salmos 103: 11: “Pois quanto ao céu está acima
da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que temem”.[65]
Em
Romanos 9:23 os fies e eleitos são designados “… vasos de misericórdia …”.[66]
E tem-se a Deus, como Pai de Misericórdias em 1 Corintios 1.3: “Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de
toda consolação…”[67]
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando verdadeiramente entendemos a bondade de
Deus, quando passamos a olhar e enxergamos que Deus somente nos deve sua Ira,
mas por meio de sua própria misericórdia decidiu desde a eternidade proveu
mérito em Cristo para cobrir tudo aquilo que nos devíamos então nossa visão
muda do Ser de Deus.
A motivação de nós cristãos para a vida crista, não
é apenas obedecer tais leis que se encontram na Bíblia, ou nos ensinamentos de
Jesus Cristo. A nossa motivação deve ser a eterna gratidão por sua bondade,
amor, misericórdia e sua Graça. E essa motivação e compreensão sempre ira nos
levar a uma vida de piedade, gratidão e obediência. Nos leva para longe da
moralidade e nos fazer verdadeiramente conhecer a Deus no qual servimos. Nos
leva para longe de criar “deuses” de nós mesmos. Como diz Joao Calvino ao falar
de pessoas que não conhecem/ estudam a pessoa de Deus e que criam para si
deuses falsos e o adoram achando que estão adorando o único Deus:
Assim, amam e cultuam seus delírios todos aqueles
que rendem cultos falsos a Deus, porque de modo algum ousariam ser tão frívolos
com Ele se primeiro não se forjassem um deus conforme a torpeza de suas frivolidades.[68]
Ao estudar o Ser de Deus, seus atributos e nos
aprofundar um tanto na sua bondade, enxergamos quão solido, eterno, digno de
confiança e louvor o nosso Deus tem se revelado. Gratos pela sua revelação e
misericórdia ao permitir que possamos conhecer e nos aprofundar em conhecer
suas características que são em si o próprio Deus. Como diz o profeta Oseias
6.3: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor! Como o amanhecer,
a sua vinda é certa; ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva fora de
época que rega a terra.”
Observação: Este artigo foi inicialmente
apresentado como trabalho acadêmico ao Curso de Teologia da Faculdade
Presbiteriana de Teologia FATESUL, para a disciplina de Teologia Sistemática I,
ao professor Rev. Miguel Elizeu Eduardo
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de Estudo NAA. Tradução: João Ferreira de Almeida – Ed. Revista e
Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.
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Oliveira. São Paulo: UNESP, 2008.
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1990.
STRONG,
Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Traduzido por: Augusto
Victorino. São Paulo: Hagnos, 2007, p. 463.
NOTAS
[1]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução: João Ferreira de Almeida – Ed.
Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018, p. 2043.
[2]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Traduzido por: Odayr Olivetti. 4ª
ed.,São Paulo: Cultura, 2017, p. 44.
[3]
CALVINO, João. A Instituição da Religião Cristã. Traduzido por: Carlos
Eduardo de Oliveira. São Paulo: UNESP, 2008, p. 40.
[4]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 349.
[5] PINK,
A. W. Os Atributos de Deus. Tradudizo: Odayr Olivetti, São Paulo, PES,
1990, p. 04.
[6]
CULVER. Robert D. Teologia Sistemática – Bíblica e Histórica. Traduzido
por: Valdemar Kroker et al. 1ª ed., São Paulo: Shedd Publicações, 2012, p.
101.
[7] CULVER.
Robert D. Teologia Sistemática – Bíblica e Histórica. 2012, p. 101.
[8]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 45.
[9]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 45.
[10]
BANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, Doutrinaria e Conservadora. Traduzido
por: João Marques Bentes. 3ª ed., São Paulo: Batista Regular, 1999, p.19.
[11]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 926.
[12]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 41.
[13]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 1053.
[14]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 880.
[15]
BANCROFT. Emery H. Teologia Elementar. 1999, p.23.
[16]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 29.
[17]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 1943.
[18]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 29.
[19]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 2407.
[20]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 31.
[21]
CULVER. Robert D. Teologia Sistemática – Bíblica e Histórica. 2012, p. 101.
[22]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 44.
[23] Erik
Thoennes (Ph.D. pela Trinity Evangelical Divinity School) é professor e
presidente de estudos bíblicos e teológicos na Biola University e pastor na
Grace Evangelical Church em La Mirada, Califórnia. Anteriormente, lecionou no
Wheaton College e Trinity Evangelical Divinity School. Ele é autor de numerosos
artigos e livros.
[24]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. 2018, p. 2049.
[25]
BANCROFT. Emery H. Teologia Elementar. 1999, p.23.
[26]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 52.
[27]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 53.
[28]
BANCROFT. Emery H. Teologia Elementar. 1999, p.57.
[29]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 63.
[30]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 64.
[31]
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Traduzido por: Valter Martis. 1ª
ed. São Paulo, Hagnos, 2014, p.322.
[32]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 68.
[33]
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. 2014, p.322.
[34]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1796.
[35]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 942.
[36]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 68.
[37]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 938.
[38]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2152.
[39]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1054.
[40]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 68.
[41]
PINK, A. W. Os Atributos de Deus. 1990, p. 44.
[42]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1908.
[43]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1908.
[44]
BANCROFT. Emery H. Teologia Elementar. 1999, p.72.
[45]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 69.
[46]
CALVINO, João. Gálatas. Traduzido por: Valter Graciano Martins. 1ª ed.
São Paulo, Paracletos, 1998, p.38.
[47]
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Traduzido por: Augusto
Victorino. São Paulo: Hagnos, 2007, p. 463.
[48]
PINK, A. W. Os Atributos de Deus. 1990, p. 58.
[49]
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. 2014, p.323.
[50]
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. 2014, p.324.
[51]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p. 69.
[52]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2150.
[53]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2043.
[54]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2049.
[55]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2152.
[56]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p.69.
[57]
ALLEMN. J J, Von. Vocabulário Bíblico. Traduzido por: Alfonso
Zimmermann. 1ª ed. ASTE, São Paulo, 1972, p. 158.
[58]
CULVER. Robert D. Teologia Sistemática – Bíblica e Histórica. 2012, p. 156.
[59]
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2017, p.69.
[60]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1054.
[61]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1377.
[62]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 178.
[63] PINK,
A. W. Os Atributos de Deus. 1990, p. 59.
[64]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 960.
[65]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 1010.
[66]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2059.
[67]
BÍBLIA. Bíblia de Estudo NAA. Tradução. 2018, p. 2078.
[68]
CALVINO, João. A Instituição da Religião Cristã. 2008, p. 49.
Fonte: Napec
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