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sábado, 29 de junho de 2019

Planejando na submissão

“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.” Provérbios 16:1

As palavras do sábio dizem que “o homem pode fazer planos”. Nossa relação com Deus não nos amarra à condição de escravos ou robôs programados para viverem apenas a vontade alheia. Não. Ele nos permite aspirar por algo que esteja em nosso coração. Mais do que isso, podemos fazer do desejo plano, desenhar o caminho para nossas conquistas.

Eu diria que, mais do que uma permissão, nossos projetos pessoais acabam sendo considerados pelo coração do Pai e podem, inclusive, ser uma expressão de fé e honra ao seu Nome.

Fico tentando imaginar o coração perfeito de Deus a partir do meu coração imperfeito. Se eu me sinto estimulado quando um discípulo ou um filho se inquieta por uma determinada conquista em sua vida, desconfio que o Senhor também se alegra com aqueles que, com o coração correto, almejam algo a mais na vida.

O conformismo não é uma virtude. Há pessoas que se acomodam com o que têm, com o que são, com o que fazem. O mínimo para elas já é suficiente. E o pior é que muitos colocam isso na conta da humildade. Confundem passividade com contentamento.

Uma coisa é sermos gratos a Deus por aquilo que temos, estarmos contentes em nosso espírito, sabendo que não merecíamos e, portanto, o que temos e somos até aqui é obra da graça, fruto da vontade de Deus. Outra coisa é não almejar mais nada, ter a alma estéril, sem vontade, entregue ao “Deus dará”.

Eu vibro ao ver que um discípulo não se acomoda, que ele é capaz de lutar por progresso em sua vida. E não estou falando apenas das coisas “espirituais”. Vejo como um sinal de saúde quando alguém está buscando meios de dar mais conforto à sua família, trabalhando para comprar uma casa ou um carro melhor, estudando para galgar níveis mais destacados, seja no ministério ou na vida profissional. Isso revela uma alma saudável!

Há muito de romantismo na visão de que a vida cristã deve ser absolutamente despojada, sem conquistas materiais. A vida monástica, os votos de pobreza, o celibato e tantas outras “renúncias ao prazer” podem ser a escolha de alguns e até mesmo o chamado particular que Deus faz a certas pessoas, mas nunca foram colocadas na Palavra de Deus como padrão para toda a igreja e como marca necessária a uma verdadeira espiritualidade.
Obviamente, no extremo oposto desse exagero está o outro, da chamada teologia da prosperidade, que resume a graça de Deus nas coisas temporais, coloca o material como meta principal da vida cristã e induz as pessoas a confundirem bênção com riquezas terrenas.

Há um lugar saudável, de equilíbrio, entre esse dois extremos e é nesse lugar que “o coração do homem pode fazer planos”. O desejo de conquistar, dentro das regras de Deus, estabelecidas em sua Palavra, não apenas faz parte dos nossos direitos, mas alegra o coração do Pai, que quer o melhor para seus filhos e encheu a Bíblia com promessas que dizem respeito, não só à vida espiritual e às riquezas da eternidade, mas a uma trajetória bem-sucedida e feliz na terra.

Sonhar, projetar e trabalhar por ideais é, portanto, um sinal de vida. Só os medíocres nada almejam. Entretanto, tudo isso tem que curvar-se a uma verdade maior: “a resposta certa dos lábios vem do Senhor”. Nossos desejos e planos são livres, mas não são soberanos. Eles estão sujeitos a uma palavra final e essa palavra vem de Deus. Nós, os que queremos viver para Ele e agradá-lo, precisamos decidir curvar-nos alegremente à sua vontade, ainda que construamos nossas metas na vida.

Para alguns dos nossos planos, Deus dirá ”não”. E quando o fizer, não estará simplesmente castrando nossa vontade, desconsiderando nosso coração ou tentando impor sobre nós a pseudo-espiritualidade do despojamento. Quando, o nosso Pai, que nos ama com amor extremo, veta algum dos nossos projetos, Ele tem um motivo.
Às vezes, a negativa de Deus virá porque, conhecedor do caminho inteiro como Ele é, sabendo o que nós não sabemos, enxergando o que está depois da curva e que nós não enxergamos, ele quer livrar-nos. Sim, em muitas situações, aquilo que nos parece muito bom agora, nas verdade nos causará tremendos prejuízos amanhã e por isso o Pai, em seu amor, nos diz “não”.

Em outras situações, a negativa de Deus, que pode vir por uma palavra ou pelo desmoronar dos nossos castelos de areia, se dará pelo fato de que aquilo que nós estamos construindo está em rota de colisão ou seja um empecilho ao plano particular que Ele tem para nós. Aí sim, em sua soberania, e não abrindo mão de sua vontade, Ele nos impedirá de seguir em nossos planos, uma vez que estes nos desviam do seu propósito.

Sabendo perfeitamente de tudo isso, eu decidi viver a vida sob duas decisões. Primeiro, vou projetar e lutar por tudo o que o meu coração deseja e que não tenha uma reprovação na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Segundo, vou desistir submissamente de tudo o que Deus me diga para parar ou que a sua própria mão destruir em minha vida, confiando sempre que o melhor que eu tenho é a sua presença e vontade.


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Danilo Figueira é um dos pais da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros "LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas como o Inglês, o Francês e o Espanhol.


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