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domingo, 2 de junho de 2019

Novo nascimento e nova natureza

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." II Coríntios 5:17

Jesus certa vez teve uma conversa com um doutor da Lei chamado Nicodemos, um homem de padrão moral e vida religiosa invejáveis. O Senhor o surpreendeu com uma afirmação: “Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3).

Se Jesus tivesse dito isto a Maria Madalena (que foi uma endemoninhada) ou a Zaqueu (um publicano trapaceiro), poderíamos pensar que eram pessoas de vida tão irregular que necessitavam de uma mudança radical. Entretanto Jesus disse isso a um homem admirável, deixando claro que todos precisam de uma nova vida.

Quando Nicodemos ouviu aquelas palavras, ficou confuso. Tentou entender sob uma perspectiva natural e perguntou: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?” (Jo 3:4). Mas Jesus não estava falando de reencarnação ou coisa parecida. Estava falando de um nascimento espiritual. Por isso, lhe disse: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3:5-6).

O novo nascimento ocorre quando nos arrependemos, cremos em Cristo e lhe entregamos nossas vidas. Imediatamente o Espírito Santo, que é Deus, vem habitar em nós e nos regenera (Tt 3:5), fazendo com que o nosso espírito que estava separado, morto (Ef 2:1,5), seja vivificado. Trata-se de um ato divino (o homem não pode produzi-lo por si mesmo) e espiritual (não é físico, mas interior), através do qual somos regenerados no espírito para uma nova vida.

Antes de nascermos de novo, vivemos sob a natureza herdada de Adão. A Bíblia a chama também de “carne” ou “velho homem”. Éramos governados por ela e por isso servíamos ao pecado (Ef 2:3). Paulo faz uma descrição bastante apropriada desta velha natureza em Ef 4:17-21. Ela é marcada pela vaidade dos pensamentos, falta de entendimento espiritual, alienação da vida de Deus, dureza de coração, dissolução (confusão) e compulsão pelo pecado. Na nossa carne não habita bem algum (Rm 7:18). Ela não se sujeita à lei de Deus e nem pode sujeitar-se porque está corrompida (Rm 8:7,8). Suas obras são “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gl 5:19-21).

Quando nascemos de novo, somos introduzidos numa nova vida. Uma espécie de “metamorfose” acontece em nosso interior (II Co 5:17) e somos liberados do poder do pecado para viver segundo Deus (Rm 6:22). Isso não significa que nos tornamos perfeitos ou impecáveis, mas que não estamos mais debaixo do domínio do pecado como antes. A presença do Espírito Santo em nosso interior libera virtudes que não tínhamos e nos conduz num processo de santificação pelo qual vamos sendo transformados mais e mais na imagem de Cristo (II Co 3:18).
Uma pessoa que nasceu de novo traz evidências disso em seu comportamento. Embora o novo nascimento não produza perfeição automática na vida do homem, ele deflagra mudanças importantes e perceptíveis. Que marcas são essas?  

A primeira delas é sensibilidade. A nova criatura em Cristo recebe um coração sensível à vontade e à presença de Deus (Ez 11:19; 36:26) e passa a reagir aos estímulos do Espírito Santo em sua mente e coração. O amor por Deus é despertado.

Outra evidência do novo nascimento é entendimento espiritual. Antes vivíamos sem compreensão das coisas espirituais  (I Co 2:14). Satanás havia cegado a nossa mente (II Co 4:4) para não compreendermos o evangelho. Quando nascemos de novo, esse véu é tirado e somos liberados para discernir as verdades espirituais (I Co 2:9-12)

A obediência é outra marca do verdadeiro convertido. A nova vida é uma vida de sujeição ao Senhor. Aquele que professa fé em Cristo, mas não busca submeter-se à sua Palavra, não nasceu de novo, pois tem uma fé morta, ineficaz (Ef 3:26; Lc 6:46). Na verdade, a presença do Espírito Santo na vida do crente provoca nele uma rejeição pelo pecado. É uma questão de natureza. Assim como uma ovelha não se sentirá à vontade no meio da lama, aquele que se tornou participante da natureza divina (II Pe 1:4) não se sente bem na prática ou no ambiente do pecado.

A última qualidade distintiva do homem que nasceu de novo é a fé. O justo vive pela sua fé (Gl 3:11). Isso quer dizer que a vida do verdadeiro cristão não se baseia nas coisas visíveis, mas na Palavra de Deus, nas verdades espirituais. Poderíamos dizer que os olhos do novo homem são a fé. É através dela que percebemos as realidades invisíveis do reino espiritual e temos uma vida de vitória, usando-a como chave para acessarmos o poder sobrenatural do Espírito Santo.


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Danilo Figueira é um dos pais da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto onde tem exercido um ministério profético e de ensino, liderando a equipe de pastores juntamente com sua esposa Mônica. Ele tem atuado como conferencista pelo Brasil e exterior, com forte ênfase na formação de liderança, e provido cobertura apostólica para muitos ministérios. Os escritos do Pr. Danilo, especialmente a série de livros "LIDERANÇA PARA A ÚLTIMA COLHEITA", têm sido ferramenta para inúmeras igrejas e suas Escolas de Líderes, já tendo sido traduzidos para outros idiomas como o Inglês, o Francês e o Espanhol


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