“Quem semeia
para a sua carne, da carne colherá destruição, …” (Gálatas
6.8).
O Brasil é considerado no mundo todo como o “país do carnaval“. Existe até uma música que diz: “Atrás do Trio
Elétrico só não vai quem já morreu”. O Carnaval está relacionado à alegria,
liberdade e muita curtição, mas nós sabemos que os excessos cometidos
nesses dias de folia causam muita tristeza. A alegria dura poucos dias, mas as consequências
do pecado podem durar uma vida inteira. A prostituição, o adultério e as drogas
destroem vidas preciosas e muitos guardam como lembranças do
Carnaval, as doenças sexuais, gravidez indesejada e muitas feridas na
alma. Devemos considerar que muitas festas podem ser perigosas, principalmente
quando envolvem bebidas alcoólicas e drogas, mas o Carnaval com certeza é
a pior delas. Por não ser uma festa familiar, o Carnaval afasta a pessoa;
principalmente o jovem, do seu lar, colocando-o num ambiente onde tudo é
permitido. Por isso você precisa entender a origem desta festa:
Carnaval, provavelmente, vem da palavra latina
“carnelevarium” ou “eliminação da carne” e tem suas raízes nas festas
gregas realizadas por volta do ano 600 antes de Cristo, como forma de
agradecimento aos deuses pela produção agrícola. Mas o nome atual e sua
popularização se devem, principalmente, à iniciativa da Igreja Católica Romana,
que adotou a festa no século VI d.C. como uma espécie de despedida aos prazeres
da carne nos dias que antecedem à quaresma. Nos quarenta dias de penitência,
inspirados no jejum de Jesus no deserto, o católico não poderia comer carne.
Por isso, realizava-se, nos três dias antes da quarta-feira de cinzas, o “carne
vale”, que em latim significa “adeus à carne”. Era a oportunidade para que
fosse consumida a carne e outros alimentos que, se guardados, apodreceriam
durante a quaresma. Sabendo-se que a quaresma seria um tempo de santificação
para o católico, o Carnaval foi adquirindo a conotação de um período de
liberação nas questões morais.
Com o passar dos séculos, o aspecto religioso
enfraqueceu, mas a festa continuou com folias, brincadeiras, libertinagem,
música e dança. As fantasias com máscaras escondem a identidade dos foliões,
dando certa sensação de liberdade, podendo brincar sem ser reconhecido pelos
outros. Cria-se então a ocasião propícia para expressões que não seriam aceitas
no cotidiano. Assim, tornou-se muito comum a prática dos homens se vestirem de
mulher e vice-versa. No Brasil, a festa reforçou seu aspecto artístico com
desfiles de escolas de samba e carros alegóricos, mas por outro lado, enfatizou
o erotismo, com fantasias que expõem o corpo, principalmente das mulheres.
São três dias de folia, e ao final deles,
muita tristeza: famílias e relacionamentos
destruídos por causa da traição, mortes por overdose de drogas, acidentes
de trânsito, assaltos, grande número de homicídios e brigas. Quantas moças
perdem sua virgindade na loucura do Carnaval e ficam grávidas
prematuramente? Quantas crianças são roubadas de pureza e
inocência? Quanta violência e loucura em nome do prazer! Um prazer
passageiro, que não preenche a alma, pelo contrário, só aumenta a solidão, as
frustrações e traz o peso da culpa.
O Carnaval é uma festa onde há licença
para pecar e por isso Deus não aprova. A Bíblia diz que o resultado do pecado é a morte
(Romanos 6.23), e nós cristãos, não podemos de maneira alguma participar disso.
A Bíblia também diz que o cristão se tornou nova criatura, com uma nova
natureza, e agora deve buscar a santificação, pois o corpo já não é seu –
ele se tornou morada do Espírito Santo (1 Tessalonicenses 4.3,4) Por isso,
você e eu não podemos nos conformar com uma festa que é sinônimo de
pecado e alegria passageira, onde Deus fica de fora.
O cristão e o Carnaval
Sabemos ser o Carnaval uma festa da carne que não é
devida a nós que “não recebemos o espírito do mundo, mas
o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado
gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria
humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas
espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas
do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e
ele por ninguém é julgado. Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para
que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (I Coríntios
2.12-16).
O Senhor nos faz sentir o prazer pela sua palavra (Salmos 1.2) e
perder o prazer pelas coisas da carne, saindo da “roda dos escarnecedores” quando o Espírito Santo nos convence do
pecado (João 16.8-11). Por isso não adianta combatermos o carnaval com
a nossa carne (vontade ou opinião), precisamos aprender a lutar espiritualmente
e pedir a Deus que convença nossos familiares, amigos e governantes a abandonar
estas práticas.
O Carnaval é uma festa imprópria para todos, mas
principalmente para o cristão. Alguns
vão com o propósito de evangelizar e não podemos proibir o evangelismo, mas
devemos alertar que é um trabalho arriscado. Todo cuidado é pouco. Alguns
jovens vão com a desculpa de uma diversão inocente. Cuidado! É muito difícil alguém
entrar no “esgoto” e sair sem se sujar. Nossa alegria não depende de
festas. Em Cristo está o nosso prazer e a nossa
alegria, que não termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas continua para sempre!
A Bíblia diz: “Quem semeia para a sua carne, da carne colherá
destruição, mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida
eterna” (Gálatas 6.8).
O que acontece no Carnaval?
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não
satisfareis a concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não
façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais
debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:
adultério, prostituição, impureza, lascívia (sensualidade, pornografia,
devassidão) idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias (teimosia,
tenacidade), ciúmes, iras,discórdias, dissensões(desarmonia,
divisão, desacordo), heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse,que os que cometem tais coisas não herdarão
o reino de Deus” (Gálatas 5.16-21).
O que acontece no carnaval foi descrito nestes
termos, mas todos os anos, através dos mesmos veículos de comunicação que
divulgam esta ‘festa’ o saldo é: rombos nos cofres públicos que bancam estas
comemorações, assaltos, acidentes de trânsito, assassinatos, lares desfeitos
por adultérios, gravidez inconsequente, milhares de jovens experimentam drogas
pela primeira vez, o vírus da Aids é comprovadamente proliferado em alta escala
nestas datas, etc. E se existissem saldos positivos, seriam mínimos diante
de tais fatos.
No livro de Isaías (leia abaixo) vemos uma
advertência sobre festas pagãs da época que eram muito parecidas com o Carnaval
atual. Esta festa apresenta muitos atrativos, inclusive, para os jovens
cristãos, porque hoje muitas coisas são aceitas sob o pretexto de que “não
tem nada a ver”. Mas cuidado, pois essa festa tem sido um caminho de destruição
para muitas vidas. Veja:
“Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a
bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquente! E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas, e
vinho há nos seus banquetes, e não olham para a obra do Senhor, nem consideram
as obras das suas mãos. Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de
entendimento, os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Portanto,
o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e
para lá descerão o seu esplendor, e a sua
multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram. Então, o plebeu se
abaterá, e o nobre se humilhará; e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se
humilharão” (Isaías 5.11-15).
Fonte: cristaoreformado.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário