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sexta-feira, 16 de março de 2018

Venham e aprendam de Mim

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11:28-30 

 Venham

O convite de Jesus não é para uma religião, mas para uma Pessoa e para um processo de discipulado. Esse processo tem uma finalidade: Transformar pessoas em discípulos. Tornar-se discípulo é um abandono de tudo o que nos deixa cansados e sobrecarregados.
Warrem Wiersbe sobre esse convite mostra que Jesus dizia: ““Vinde”. Os fariseus diziam “Façam!” e tentavam obrigar o povo a seguir Moisés e as tradições. Mas a verdadeira salvação só pode ser encontrada numa Pessoa: Jesus Cristo. Aceitar esse convite significa crer nele. É um convite aberto a todos os que estão cansados e sobrecarregados, exatamente como o povo se sentia sob o jugo do legalismo fariseu (Mt 23:4; At 15:10)”.[1]

Uma leitura superficial do evangelho levou algumas pessoas a entender que a expressão “cansados e sobrecarregados” tem a ver com as decepções, frustrações e perdas da vida. Porém, o que a expressão quer dizer é que existem pessoas cansadas e sobrecarregadas de uma vida religiosa. A religião é uma luta e sobrepeso desnecessário. E só pode ser aliviado quando a pessoa entra para a escola de Jesus.

O cansaço surge quando há uma luta religiosa para ser aceito por Deus. É uma batalha interminável em fazer, cumprir e desempenhar para Deus. Quem quer fazer sem ser, cansa. A religião é um convite ao fazer em detrimento do ser. E para fazer, o religioso se coloca debaixo de leis e rituais que o sobrecarregam.

A religião dos deveres e afazeres, sem espontaneidade, é um jugo pesado que só atrapalha a caminhada com Deus. Existem muitas pessoas cansadas e sobrecarregadas precisando descansar na revelação de Jesus.

Algumas pessoas estão cansadas e sobrecarregadas de querer curar-se a si mesmas, com as suas próprias forças. Algumas pessoas estão cansadas de trabalhar, com a força do braço, para a santificar-se a si mesmas. Algumas pessoas estão cansadas e sobrecarregadas de querer entrar, se apoderando, pela força violenta de seus méritos e obras religiosas no Reino dos céus que é dado pela graça.

Outras estão cansadas e sobrecarregadas de viver sob o jugo do pecado, e não ver a possibilidade de arrependimento diante dos sinais do evangelho. Cansadas e sobrecarregadas de, por sua sabedoria orgulhosa, não entender o humilde Filho de Deus. Isso é jugo desgraçado, que nos cansa e nos sobrecarrega, a ponto de nos paralisar na vida!

Jesus está chamando pessoas para ir até Ele, e ser aliviado dessa carga. E, com isso, encontrar descanso para as almas oprimidas. Tudo isso porque o jugo de Jesus é suave e o seu fardo é leve. É apenas vir, e encontrar descanso.

Tomem.

A lei de Moisés era rigorosa e aqueles que se colocavam debaixo dela. Se colocavam sob o “jugo da lei”. Além da lei de Moisés, havia o “jugo do rabino”, que as interpretações que os rabinos faziam da lei mosaica. Os escribas e fariseus colocavam cargas difíceis de se levar sobre as pessoas. Era um conjunto de regras que eram ditas com um sonoro: “Não farás”.

Jesus relevou o jugo dos religiosos quando disse: “Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los”.

Se o jugo da vida e da religião é pesadíssimo, o de Jesus é suave. A religiosidade é passageira. A bondade do homem é como uma nuvem da manhã e um orvalho da madrugada que logo passa. A religiosidade do homem não pode restaurá-lo, pois não permanece como a sua vida.
O jugo de Jesus é obediência, não religiosidade de sacrifícios e rituais para que a comunhão com o Senhor seja restaurada. A religião anestesia o pecador para não sentir mais culpas de seus pecados.

A religião é um anestésico que você encontra nas mais diversas manifestações humanas, que tentam pelos seus dogmas religar o homem a Deus, anestesiando-o no cumprimento de rituais, doutrinas e tradições humanas.

O jugo de Jesus, por outro lado, é o antídoto que cura o homem, pois quem o reconciliou e o religou a Deus foi o próprio Deus em Cristo e Sua obra na Cruz, não lhes imputando o seu pecado. Portanto, não se anestesie com a religião, mas beba do antídoto de Jesus, pois é o único caminho para a completa restauração e reconciliação com Deus.

O que Jesus faz em relação a esses jugos é chamar os cansados e sobrecarregados tomar sobre suas costas, um “jugo adequado”, que seria uma melhor tradução para “meu jugo”. Um jugo tamanho certo. O jugo da cura, o jugo da graça, o jugo do perdão, o jugo do Reino dos Céus, o jugo da humildade. O jugo de Jesus é para o processo de discipulado. De ser formado no ensino Dele e à semelhança Dele. Tomar o jugo é se torna discípulo de Jesus.

Aprendam

Jesus está nos chamando para aprender com Ele a ser manso e humilde de coração. Pois, os mansos herdarão a terra, para viver em humildade, em cura, com e como Reino dos céus no coração. E perdoados, e como pequeninos, que tem a revelação do conhecimento de Deus na face de Jesus Cristo.

Aprender é entrar para a escola de Jesus. É se matricular no curso de discipulado. É viver todas as matérias da vida de Jesus. É viver como ele viveu e passar pelas provas que Ele passou e ser aprovado como Ele foi. O professor desta escola é o mestre Jesus e o livro texto é a Bíblia Sagrada. A diferença da escola de Jesus para as outras é que na dele, enquanto estivermos nessa existência, nunca nos formaremos. A formatura será quando Jesus completar a obra nos discípulos naquele Dia.

Mansidão e humildade são as duas características de Jesus. Em contraste ao orgulho e a imposição dos líderes religiosos, Jesus é manso e humilde de coração. Enquanto os religiosos ensinavam com a força da mente, Jesus revelava com a força do coração. É que chamamos de transmissão de vida. Discipulado é vida na vida. Coração ao coração. Se tornar malhetes de Jesus é se tornar manso e humilde como ele.

Descanso

O descanso da religiosidade é dado e encontrado em Jesus. Não é para que o discípulo entre em letargia. Fique parado descansando, mas que caminhando encontre alívio das cargas da religião.

“Certamente Jesus não promete a seus discípulos uma vida de inatividade ou repouso, nem isenção de tristezas ou lutas, mas sim lhes assegura que, se se mantiverem bem unidos a Ele, acharão alívio de esmagadores fardos, como os da angústia arrasadora, do sentimento de frustração e de futilidade, e da desgraça de uma consciência sobrecarregada de pecados”.[2]

O descanso que Jesus concede aos seus discípulos é uma oferta da graça. Não é conquistado por méritos. É uma doação em amor. Se a religião exige trabalho árduo, Jesus exige apenas que se aceite aquilo que aceite pela fé o alívio que é oferecido. Quando há esse entendimento dessa dádiva, o descanso é encontrado é aí ocorre a libertação completa da religiosidade.

O fazer religioso cansa a alma. Desfalece o interior. A segurança da alma se estriba em produção humana. E toda produção humana passa. Por isso é uma pseudo-segurança. Algo falso. Então, quando o descanso em Jesus é encontrado a firmeza interior se torna verdadeira e pode-se descansar em um relacionamento real e verdadeiro com Jesus.

NOTAS
[1] WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume 1. Santo André: Geográfica editora, 2006.
[2] TASKER, R. V. G. O Evangelho Segundo Mateus – Introdução e Comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2007, p. 98.


FONTE: NAPEC

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