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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O Evangelho sem o Julgamento Final não é o Evangelho

Traduzido por Semi Chung Azeka – Artigo original aqui.

Há uma tendência em nossa apresentação do evangelho que é o de nos posicionarmos em favor daquilo que faz as pessoas se sentirem bem – “Deus te ama. Ele deu sua vida por você. Ele quer se relacionar com você.” Tudo isso é absolutamente verdadeiro. Mas não representam o evangelho completo.

Existe uma parte do evangelho que muitos se afastam. Não gostamos de falar sobre isso. Inclusive muitas igrejas evitam o assunto. Mas quando é deixado de fora, colocam as pessoas numa situação de compreensão incompleta do evangelho.

Estou referindo-me ao julgamento final.

Preferimos falar sobre o amor, a graça e a misericórdia de Deus. Estes são, obviamente, essenciais para a mensagem evangélica. Porém eles não são suficientes. Algo está faltando. Não basta dizer às pessoas que elas podem ser salvas. Temos o comando de dizer-lhes do que elas estão sendo salvas.

A Mensagem do Evangelho Inclui o Julgamento

Quando o apóstolo Paulo apresentou-se diante Felix, procurador da Judéia, teve a oportunidade de falar “sobre a fé em Jesus Cristo.” Felizmente, Lucas nos diz em detalhes o que acontece:

“Vários dias depois, Félix veio com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e o ouviu falar sobre a fé em Cristo Jesus. Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. Atos 24:24-25 NVI

Por favor, não perca a significância deste texto. Paulo é convocado à falar diante de um importante oficial do governo. Esta é uma oportunidade de comunicar o Evangelho cuidadosamente. E, como parte do Evangelho, ele inclui “o julgamento vindouro”.
Além disso, tome nota da reação de Félix à mensagem de Paulo. Ele ficou alarmado. Estava com medo. De fato, Félix pede à Paulo para se retirar. Ele não poderia mais suportar ouvi-lo.

Alguns de nós poderemos pensar que Paulo deveria ter suavizado sua mensagem. Queremos realmente assustar as pessoas com a nossa mensagem? Obviamente, Paulo estava mais preocupado em comunicar o Evangelho com precisão do que comprometer o Evangelho para fazer as pessoas se sentirem bem.

Antes que você pense que esta foi apenas uma ocorrência única e isolada, considere as palavras de Paulo para a Igreja em Roma. Não posso dizer-lhes quantas vezes li essas palavras e perdi a frase chave. Paulo escreve, “(De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei; pois mostram que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.) Isso tudo se verá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho.” Romanos 2:14-16 NVI

Aqui, Paulo é ainda mais explícito. Ele nos diz que o julgamento de Deus que está por vir, através de Jesus, está “de acordo com meu Evangelho”. O julgamento final é parte do Evangelho. Não é uma questão periférica. Não é um complemento. Não, é fundamental para o Evangelho.

Além disso, isto não é exclusivo de Paulo. Em seu sermão para Cornelius e sua família, Pedro diz:

“Nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém, onde o mataram, suspendendo-o num madeiro. 40 Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, 41 não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão, por nós que comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos. 42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de vivos e de mortos. 43 Todos os profetas dão testemunho dele, de que todo o que nele crê recebe o perdão dos pecados mediante o seu nome”. Atos 10:39-43 NVI

Novamente o Evangelho é pregado. Pedro proclama a morte e ressurreição de Jesus. Ele prega o perdão dos pecados para todos aqueles que crerem. Mas Pedro não pára por aí. De fato, Jesus não permitiria que ele parasse aí. Leia novamente as palavras no versículo 42. Pedro nos diz que Jesus ordenou aos seus discípulos para testemunharem sobre o julgamento vindouro. Especificando, Jesus ordena seus seguidores para falar às pessoas que Ele é nomeado por Deus para ser o juiz dos vivos e dos mortos.

O Amor e o Julgamento de Deus são Apresentados Juntos

Se quisermos permanecer fiéis a Cristo e seus ensinamentos, então deve haver espaço em nossa mensagem para a ira de Deus que vem no julgamento final. Verdadeiramente, Deus é gentil e amoroso. Porém, Ele é também justo e santo. Apresentar um sem o outro não é o Evangelho. Ambas as verdades devem ser mantidas juntas se quisermos comunicar o glorioso Evangelho revelado nas escrituras.

Uma cuidadosa leitura do Novo Testamento demonstra essa abordagem. O amor e a justiça de Deus não estão em oposição. Na verdade, eles são frequentemente apresentados um ao lado do outro. Por exemplo, Paulo escreve, “Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra você mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento.” Romanos 2:4-5 NVI

Paulo fala da bondade de Deus e do justo julgamento, que vem no dia da ira, ao mesmo tempo. Ou, novamente, João escreve,
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”. João 3:16, 36 NVI

Devemos nadar contra a corrente que se dirige a um evangelho sensível ao consumidor. Como fiéis seguidores de Jesus, não podemos ter o luxo de pinçar e escolher quais partes do Evangelho iremos comunicar.

Lembre-se sempre, o Evangelho é negado se for alterado ou comprometido. Estas não são minhas palavras. Paulo afirma corajosamente: “Como já dissemos, agora repito: Se alguém anuncia a vocês um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!” Gálatas 1:9 NVI


Fonte: www.napec.org

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