De todas as atividades da Igreja, a mais nobre e a
mais importante é o culto a Deus. Fomos criados para, na adoração a Ele, nos
deleitarmos e sermos plenamente felizes e satisfeitos em e para a Sua glória;
evangelizamos a fim de que os eleitos de Deus sejam alcançados e salvos, e,
assim, se juntem à Igreja Invisível e à Visível também no louvor e adoração ao
santo Nome de Deus. Mas, o culto a Deus tem de ser da forma como Ele requer de
nós. Não deve ter invencionices humanas, nem visar agradar às pessoas, mas,
sim, conformá-las à vontade soberana de Deus, e, assim, elas encontrarem a
verdadeira felicidade para os seus corações. Por isso mesmo, Deus nos
prescreveu princípios que regulam o Seu culto.
O princípio regulador do culto é claramente
expresso nas Escrituras, mostrando que tudo o que não é ordenado pela Escritura
no culto a Deus é proibido. Os textos-chave são: “Agora, pois, ó Israel,
ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que
vivais, e entreis, e possuais a terra que o Senhor Deus de vossos pais vos dá.
Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que
guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.1,2).
“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas
diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como
serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não
farás ao Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao Senhor, e que ele
odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram
no fogo aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada
lhe acrescentarás nem diminuirás” (Dt 12.30-32).
Tanto na pregação da Palavra quanto na liturgia
(serviço de culto a Deus) não podemos ir além do que está revelado nas
Escrituras. Os hinos e músicas cantadas, as orações e a pregação não podem
jamais ir além ou aquém das Escrituras. Deus fala por meio delas, e se elas não
nortearem cada parte do nosso culto, então não podemos dizer que cultuamos a
Deus como Ele requer de nós.
A Assembleia de Westminster além de produzir a
nossa Confissão de Fé, os Catecismos, Breve e Maior, também produziu “Um
Diretório de Culto”, o qual embora não tenha sido (lamentavelmente)
adotado oficialmente pela IPB, podemos utilizá-lo como um norte para o nosso
culto.
Da Reunião dos Crentes da Igreja e Seu
Comportamento no Culto Público de Deus
Quando a Igreja se reúne para o Culto Público, as
pessoas (tendo antes preparado seus corações para o mesmo) devem todas vir, e
tomar parte; não se ausentando das Ordenanças Públicas por negligência, ou por
pretexto de reuniões particulares.
Que todos entrem no recinto da Reunião, não com
irreverência, e sim de maneira comedida e decorosa, tomando seus lugares sem
mesuras (cumprimentos) em direção a um ou outro lado, ou outros movimentos de
adoração.
Os fiéis estando reunidos, o ministro, depois de
convoca-los solenemente à adoração do grande nome de Deus, deverá começar com
Oração: “Reconhecendo em toda reverência e humildade a incompreensível grandeza
e majestade do Senhor (em cuja presença eles assim se apresentam de modo
especial), e sua própria condição vil e indigna de se aproximar Dele; com
inteira incapacidade por si mesmos de fazer tão grande obra; e humildemente
implorando-Lhe o perdão, auxílio e aceitação em todo o Culto a ser então
realizado; e por uma bênção naquela porção definida de sua Palavra que ora será
lida; e tudo mais, em o Nome e pela mediação do Senhor Jesus Cristo”.
Uma vez começado o Culto Público, as pessoas
deverão dirigir toda sua atenção a este culto, evitando ler qualquer coisa que
não seja o que o ministro está lendo ou citando no momento; e abstendo-se
sobretudo de todos os cochichos, consultas, saudações, ou cumprimentos
particulares a quaisquer pessoas presentes, ou que estejam entrando; como
também de todos os olhares fixos, cochilos, e outro comportamento indecoroso,
que possam perturbar o ministro ou as pessoas, ou impedir a si mesmo ou a
outros de cultuar a Deus.
Se por necessidade as pessoas forem impedidas de
estarem presentes no início, não devem, ao entrar na Igreja, se entreter em
devoções pessoais, e sim reverentemente se comporem para se unir com a
congregação, para a Ordenança de Deus que esteja ocorrendo no momento.
(Extraído do Diretório de Culto de Westminster).
***
Autor: Rev. Olivar Alves Pereira
Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2016/06/o-principio-regulador-do-culto.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário