Foi José Smith um profeta de Deus? Sou imensamente grato a Deus por
não ter deixado que decisões tão importantes dependessem de opiniões ou
caprichos dos homens. Ele providenciou um teste absolutamente infalível
e que até o cristão mais simples pode usar a fim de determinar se a pessoa que
se diz profeta é verdadeira ou falsa. É tão claro que inclusive os que não
são cristãos podem aplicá-lo e não serem desviados da busca da verdade.
Eis o teste de Deus para o profeta: “Porém o profeta que presumir de
falar alguma palavra em meu nome, que eu não mandei falar, ou o que falar em
nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração:
Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta
falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como
profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal
profeta: não tenhas temor dele” (Deuteronômio 18:20-22).
Nesta e também em numerosas outras passagens bíblicas descobrimos que
Deus falou por meio de seus profetas verdadeiros, palavra por palavra, enquanto
profetizavam. Uma vez que Deus não pode mentir nem errar, o cumprimento das
palavras de seus profetas verdadeiros sempre foi exato.
Qualquer profeta que não passasse neste teste da profecia cumprida era
profeta falso. (Veja Deuteronômio 13:1-5; Isaías 9:13-16; Jeremias 14:13-16;
Ezequiel 13:1-9.)
Uma profecia falsa desqualificava o homem para sempre como profeta de
Deus. Segundo as Escrituras, sob a lei do Antigo Testamento, o profeta que
presumisse falar o que Deus não havia mandado, devia ser morto.
A seguir apresentamos algumas profecias de José Smith que não passaram
no simples teste de exatidão de Deus:
1. Concernente à Nova Jerusalém e seu templo (Apocalipse 21:22).
Segundo esta profecia em Doutrina e Convênios 84:1-5, dada em setembro de 1832,
a cidade e o templo devem ser erigidos no estado de Missouri nesta (atual)
geração.
Os apóstolos da igreja mórmon conheciam esta profecia e declararam no
Journal of Discourses (Diário de Discursos) (volume 9, página 71; volume10,
página 344; volume 13, página 362), sua certeza de que esta
profecia havia de se cumprir durante a geração na qual a profecia foi feita por
Smith em 1832. De fato, no dia 5 de maio de 1870, o apóstolo Orson Pratt
declara ostensivamente: “Os Santos dos Últimos Dias esperam ter o cumprimento
desta profecia durante a geração em existência em 1832 assim como esperam que o
sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá
todas as suas promessas.” (1)
A cidade não foi construída; o templo não foi erigido nesta geração. A
profecia era falsa.
2. Sião, no Estado de Missouri, “não poderá cair, nem ser removida de
seu lugar”, Doutrina e Convênios, seção 97:19. José Smith estava na
cidade de Kirtland, Estado de Ohio quando fez esta predição e não tinha
consciência de que Sião fora removida–duas semanas antes da assim chamada
revelação.
3. A casa Nauvoo deve pertencer à família Smith para sempre,
Doutrina e Convênios 124:56-60. José Smith foi morto em 1844. Os mórmons
foram levados de Nauvoo e a casa já não pertence à família Smith. Esta profecia
era falsa. José Smith era um falso profeta.
4. Os inimigos de José Smith serão confundidos ao procurar
destruí-lo, 2 Nefi 3:14, O Livro de Mórmon. Smith foi morto, a bala, na prisão
de Carthage, em Illinois, no dia 27 de junho de 1844.
5. Jesus Cristo devia nascer em “Jerusalém, que é a terra de
nossos antepassados”, Alma 7:10, O Livro de Mórmon. A Palavra de Deus
diz que Jesus nasceria em Belém (Miquéias 5:2), e essa profecia foi
cumprida (Mateus 2:1).
6. A vinda do Senhor, History of the Church (História da Igreja),
volume 2, página 182. Em 1835 José Smith, profeta e presidente predisse “a
vinda do Senhor, que estava próxima…até mesmo cinqüenta e seis anos deviam
terminar a cena”. (2)
7. Referente aos “habitantes da lua”, Journal of Oliver B.
Huntington, volume 2, página 166. Esse devoto e dedicado companheiro mórmon de
José Smith citou-o descrevendo sua revelação a respeito da lua e seus
habitantes: “Os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme que os habitantes
da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à moda dos quacres, e
seu estilo é muito geral, com quase um tipo só de moda. Têm vida longa;
chegando geralmente a quase mil anos.” (3)
8. Uma profecia bastante reveladora é relatada por David Whitmer, uma
das Três Testemunhas do Livro de Mórmon. Em seu livro, An Address to All
Believers in Christ (Uma Proclamação a todos os crentes em Cristo)–(Richmond,
Missouri, 1887), Whitmer disse que José Smith recebeu uma revelação de que os
irmãos deviam ir a Toronto, no Canadá, e que venderiam ali os direitos
autoraris do Livro de Mórmon. Foram mas não puderam vender o livro, e pediram
explicações a José Smith. Smith, sempre esperto, disse-lhes: “Algumas
revelações são de Deus; algumas são dos homens, e outras são do diabo.”
Profeta bíblico algum jamais usou tal desculpa, pois nenhum
profeta verdadeiro de Deus jamais falhou. Durante o período do Antigo
Testamento, Smith teria sido imediatamente apedrejado até à morte, por se fazer
passar por profeta de Deus. Se Smith não podia saber se a profecia vinha de
Deus, do homem ou do diabo, não podemos confiar em suas revelações em O Livro de
Mórmon e também nos outros escritos. Como é que podemos confiar nosso destino
eterno a tal homem?!
Os mórmons gostariam de tachar o livro de Whitmer de “escrito apóstata”.
Dizem, entretanto, ser ele uma das três Testemunhas Sagradas, que “jamais negou
seu testemunho”; neste caso ele certamente não poderia ser apóstata.
9. Em outra ocasião o astuto Smith declarou: “Na verdade,
assim diz o Senhor: é sábio que o meu servo David W. Patten, liquide
todos os seus negócios, logo que possível, e disponha de sua mercadoria, para
que na primavera que vem, em companhia de outros, doze, incluindo a si,
desempenhe uma missão para mim, a fim de testificar do meu nome e levar novas
de grande alegria a todo o mundo.” (4)
A data em que esta profecia foi dada era 17 de abril de 1838. David
Patten morreu de ferimentos de arma de fogo no dia 25 de outubro de 1838. Não viveu para
sair em missão na primavera. Deus, que conhece o futuro, não haveria de chamar
um homem para uma missão, não a revelaria nem a faria registrar se soubesse que
esse homem morreria antes do seu cumprimento. Isso faria de Deus um idiota
ignorante, sem preparo e sem conhecimento do futuro. Suas revelações e
profecias certamente não seriam “a segura Palavra de Deus”.
Os mórmons tentam, pateticamente, defender esta profecia de Smith
dizendo que David Patten pode ter sido chamado para uma missão em algum outro
mundo (depois da morte). Se isto for verdade, não há registro de que os outros
onze homens também tenham morrido para acompanhar a Patten nessa missão à qual
foram chamados. É estranho que Deus nem mesmo se tenha importado em mencionar
uma coisa tão estupenda como a morte do homem, expondo-se a uma acusação de
profecia falsa. Deus não brinca com sua palavra nem com seus profetas. Esta
profecia de José Smith foi uma profecia falsa, e não de Deus.O teste de Deus
para o profeta é muito simples; é muito claro. José Smith não pode passar no
teste. Suas profecias falharam. José foi um profeta falso.
Amigos mórmons a quem apresentei esta prova têm tido reações variadas, como era de se
esperar. Alguns ficaram abalados, admitiram que José Smith foi um falso profeta
e voltaram-se, com todo o coração, para Jesus somente, para a alegria deles e
minha.
Certa senhora mórmon amável, havia trabalhado infatigavelmente na igreja
mórmon e havia se tornado bastante conhecida no trabalho entre as mulheres de
um estado vizinho ao meu. Leu este material, conversou comigo e foi
maravilhosamente libertada do mormonismo e trazida a Cristo. Ela ama o
povo mórmon e sente por ele uma responsabilidade tremenda. Mais tarde, tive a
alegria inexprimível de levar seu marido mórmon a Cristo.
Como ele chorou de alegria quando Jesus o libertou de seus pecados e
concedeu-lhe o dom gratuito da vida eterna! Tal paz, segura e duradora, ele
nunca havia encontrado no mormonismo.
Outros mórmons, em defesa de O Livro de Mórmon e da igreja mórmon, e com
medo das espantosas implicações para si mesmos e suas famílias, se recusam a
admitir o óbvio – que José Smith foi um profeta falso. Tentam desesperada ou
valentemente, dependendo do ponto de vista do leitor, salvá-lo de seu dilema
inextricável.
“Você tirou o que ele disse do contexto em que foi dito!” declararam
alguns.
“Talvez ele quisesse dizer outra coisa”, foi outra resposta triste.
“As pessoas na Bíblia tinham faltas”, responderam vários, o que nada tem
que ver com o teste de Deus para o profeta.
“Simplesmente não acredito que José Smith foi um profeta falso!”
“É um monte de mentiras!” gritou uma querida alma mórmon,
ignorando o fato de que as citações são quase que exclusivamente de livros,
fontes, e apóstolos mórmons, e estão bem documentadas de modo que pode
verificar por si mesma e tirar suas próprias conclusões.
Por certo que os corações de todos os cristãos verdadeiros têm compaixão
pelos mórmons, se houver em tais corações um grama do amor de Cristo. Ver e sentir a
angústia dos que começam a reconhecer que foram iludidos não é nada agradável.
Entretanto, a angústia de uma eternidade perdida sem Cristo é infinitamente
mais horrível. O verdadeiro amor não pode fugir à responsabilidade. Podemos
sentir como o médico que se deve fazer de aço a fim de dizer a um amigo querido
que sofre de câncer.
teste foi dado. José Smith não passou no teste. Não foi profeta de Deus.
Foi um falso profeta.
__________
Notas
[1] Pratt, Journal of Discourses, vol.9, p.71
[2] Joseph Smith, History of the Church (História da Igreja) (Salt Lake
City; A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1902-1912), volume
2, p.182.
[3] Huntington Library, San Marino, California, de o Journal of Oliver
B. Huntington, volume 2, página 166.
[4] Doutrina e Convênios 114
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