Para muitas pessoas a situação atual do mundo evangélico pode ser boa, mas se compararmos aos princípios bíblicos fundamentais, veremos que está muito além daquilo que Deus verdadeiramente deseja para a vida do ser humano, principalmente para aqueles que se denominam filhos de Deus.
Para
boa parte da população evangélica, pode estar havendo crescimento, pode
estar havendo evangelização etc. Todavia, vejo de forma diferente. Vejo
que a quantidade de escândalos tem aumentado, o comércio exacerbado é
realizado descaradamente (IIPe 2:3), a manipulação e distorção teológica
é evidente e a mais variada gama de falsos ensinos é propagado
descontroladamente.
Hoje
temos a teologia da prosperidade para os gananciosos que desejam ser
ricos; temos a bênção de Toronto (unção do riso) para os que não sentem
alegria com a pregação bíblica e desejam transformar o culto em
picadeiro anárquico circense; temos o apostolado pós-moderno para os
gananciosos que têm sede por poder e posição; temos o louvorsão para
aqueles que vivem de shows evangélicos; temos culto de libertação para
aqueles que têm problemas tão grandes que o sacrifício de Jesus não pode
resolver, mas uma reunião de catimbó evangélico supostamente sim.
Hoje
encontramos “pastores” para todos os gostos: Pastores que urinam nos
postes de Curitiba, e depois a moda se espalhou por Londrina e outros
locais; Pastores brasileiros ungindo a cidade de Newark, NJ, nos EUA com
três galões de óleo santo de Israel com helicóptero, organizadores da
expocristã ungindo com óleo a cidade de São Paulo de helicóptero, pastor
que unge com óleo a cidade de Feira de Santana, na Bahia, de
helicóptero; Pastores que cobram para orar e proferir bênçãos numa
neo-indulgência que esvazia as pessoas para encher gazofilácios;
Pastores ecumênicos que chamam a igreja católica de irmã pois dizem
serem filhos do mesmo deus; Pastores que ensinam seus bodes a darem
ordens a Deus, se revoltarem contra a situação e declararem que querem e
irão comer o melhor dessa terra; Pastores judaizantes que conduzem seu
rebanho de volta à maldição da lei; Pastores neófitos, teologicamente
despreparados e infantis que promovem o reteté em seus redutos; Pastores
que dizem ter ido ao céu e ao inferno para revelar ao povo a verdade
dos fatos, desprezando a revelação bíblica; Pastores espíritas que ungem
objetos para que os mesmos passem a ter poderes sobrenaturais; Pastores
boçais que andam com carteiras de couro com insígnias encravadas com o
título “autoridade eclesiástica” e adesivos nos carros que dizem “pastor
evangélico – autoridade eclesiástica”; Pastores macumbeiros que
promovem a “sexta-feira 13 do desencapetamento total”, sessões de
descarregos, rosas ungidas, lenços milagrosos ...; Pastores mentirosos
que dizem ter viajado por “256 países” quando o Departamento de Estado
Americano reconhece apenas 192 países independentes (http://www.state.gov/s/inr/rls/4250.htm),
excetuando-se o caso de Taiwan; Pastores que dizem emagrecer pessoas na
hora com suas orações, que dizem ter visão de raio-x, que fazem a
“prece violenta na gruta milagrosa”, que oram para “fechamento de
corpo”, que distribuem o “diploma do dizimista assinado por Jesus
Cristo”, que oferecem “curso para pastor por correspondência” com
duração de seis meses e entrega de diploma de pastor pelo correio, que
oferecem “título emérito para apóstolo” e que lhe “glorificará como o
melhor servo do Senhor”, que lhe forma na “escola do sobrenatural”, que
lhes ensinam os “sete segredos para o homem ficar rico” porque “cansei
de ser pobre”, que oferecem a “proteção divina contra a dengue”, que
curam com o seu fétido suor embebecido no lenço, que lhes oferecem
explosões de benção, explosões de milagres e contatos com o
sobrenatural, que oferecem pulseiras proféticas que em nada se
diferenciam dos terços católicos e do Mala (rosário) budista, que
oferecem campanhas cabalísticas, numerológicas e astrológicas e pedem
“um sacrifício de sete reais, sete dias de oração, sete minutos antes da
meia noite de cada dia”, ou uma “oferta voluntária de novecentos reais”
proferida por alguém que já disse ser Deus e Jesus, que ungem os órgãos
genitais de seus membros e dizem saber o dia da volta de Jesus Cristo.
Enfim, hoje encontramos “pastores” e “igrejas” para todos os gostos.
Eu
fico muito mais aborrecido, com pessoas que se dizem seguidoras de
Jesus Cristo e que voluntária e espontaneamente aceitam tais práticas. E
mais, se sentem confortáveis com todas essas funestas desgraças. Pior
ainda, se sentem ofendidas quando lhes dizemos a verdade.
É
amargurante ver o meio evangélico aceitar tais práticas em nome do amor
ao próximo. Que amor? Amor ao pecado? Amor ao erro? Amor à blasfêmia
contra Deus e Sua Palavra?
Não,
isso não é amor. Isso é comodismo e conforto, conivência e
cumplicidade, covardia e timidez, indiferença e desinteresse,
insensibilidade moral e inconsciência doentia, desdém e apatia, desprezo
e desconsideração à Deus, pusilanimidade e poltronaria.
Por
que a igreja evangélica enfrenta tal situação? Porque ela está
aceitando em seu meio pessoas que possuem as características citadas
anteriormente.
Muitos
poderão dizer “mas está escrito que estas coisas iriam acontecer”. Bem,
se está escrito é porque vai acontecer mesmo! Mas isso não significa
dizer que Deus está satisfeito e contente com a situação, e muito menos
que foi Ele quem fez isso acontecer. É preciso entender que revelar o
que vai acontecer é uma coisa, mas fazê-la acontecer é outra totalmente
diferente.
A
grande verdade, no final das contas, é que Deus deseja que sejamos
diferentes e que façamos a diferença. Devemos entender que Deus revelou
tais coisas em Sua Sagrada Palavra para nos precavermos contra as
mesmas, e não para nos acomodarmos em uma falsa esperança baseada numa
interpretação distorcida.
Deus,
em nome de Jesus, tem misericórdia dos teus servos e verdadeiros
pastores que andam retamente segundo a verdade revelada em Sua Sagrada,
Infalível, Inerrante e Suficiente Palavra!Por: Robson T. Fernandes
Fonte: https://bereianos.blogspot.com


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