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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

OS TENTÁCULOS DA BESTA

A Ameaça do Desconstrucionismo

 

Um movimento emergente surgiu nas últimas décadas e vem ganhando terreno desproporcional: trata-se do movimento de desconstrução da fé cristã. Creio que seu impulso inicial se deu através do movimento Nova Era, a partir da década de 1980, mas que só vai ganhar uma força colossal nos últimos anos. A desconstrução da fé cristã não ocorre somente fora da cristandade. Embora o mundo e a cultura inserida nele sejam antagônicos à fé cristã, a desconstrução ocorre dentro da cristandade. Talvez seja a mais nociva e a etapa final no processo de surgimento da “era do anticristo”.

 

O mundo jaz no maligno. Cristo já tinha advertido seus seguidores acerca do ódio que o mundo nutre pelo nosso Senhor e Salvador. Durante muitos séculos, de certa forma, a cultura judaico-cristã moldou o mundo ocidental. Agora, esses pilares estão sendo corroídos, com a participação ou permissividade dos cristãos. Essa é uma questão delicada. Falsos cristãos estão “martelando” sobre os fundamentos da fé cristã, e outros, em estado de sonolência, apenas ignoram, senão, pior, favorecem essa desconstrução.

 

“A maior parte dos cristãos atuais não possui discernimento suficiente para perceberem a guerra cultural cujo propósito é destruir os valores cristãos tradicionais e opor-se tenazmente contra as doutrinas cristãs fundamentais da fé cristã.”

 

As origens desse movimento anticristão de desconstrução, como já citei, começaram com o movimento Nova Era. Através dele, a tese e a antítese foram conciliadas, as generalizações foram estabelecidas, e uma nova espécie de ecumenismo foi desenvolvida, para criar uma utopia alternativa sob as bases de um holismo sincrético e religioso, forçando a redução da verdade a níveis pessoais e negando o conceito de “absolutos”. Em seguida, outros movimentos que ganharam força com isso — o feminismo, o pós-modernismo, a teoria crítica das raças e modalidades pragmáticas de revisionismo — tornaram-se tentáculos furiosos atacando o cristianismo histórico. Essa é a mais devastadora corrente de apostasia escatológica que se insere no meio de todos os segmentos da sociedade. Através dessas parafernálias ideológicas, faz-se um ataque crítico, desproporcional e desonesto contra a fé cristã bíblica.

 

“O desconstrucionismo tenta apresentar uma imagem subjetiva de Deus, afastando-se das narrativas bíblicas tradicionais de um Deus Santo, justo, Salvador e Juiz, apresentando uma nova divindade que é complacente com o pecado e cúmplice dos pecadores.”

 

A Atuação do Espírito do Anticristo


Como percebemos a atuação acentuada do espírito do anticristo em nossos dias? Através da negação. Satanás, a antiga serpente, negou o imperativo divino no jardim, e sua postura sempre foi à negação, a desconstrução da verdade. Deus disse: “Certamente morrerás” (Gênesis 2:17). A serpente satânica negou e desconstruiu uma verdade: “Certamente não morrerás” (Gênesis 3:4). Esse princípio de desconstrução pela negação continua até o fim dos tempos (1 João 2:22).

 

Hoje temos o advérbio que é a expressão da negação, o “não” em toda parte contra a Palavra de Deus e contra as doutrinas do cristianismo bíblico: “Não existe inferno.” “A Bíblia não é a Palavra inspirada de Deus.” “Não existem absolutos.” “Não há gêneros definidos, mas neutros.” “Jesus não é o único caminho.” “Não preciso me congregar para viver a fé cristã.” A aplicação do advérbio de negação é infinita. Essa é a tendência de hoje. Não precisamos mais da doutrina da separação. O relativismo se alastra por todos os lados. A desconstrução é devastadora. Embora pouco sentida, infecta toda uma geração de cristãos e seus líderes descomprometidos com absolutos morais e doutrinários. Satanás não engana se apresentando como um dragão que cospe fogo, mas como um anjo de luz que se transfigura, e quase sempre, quando faz isso, sua mensagem é suave, e ele sempre tem a oferecer um “não” contra a Palavra de Deus, contra o Pai, o Filho e o Espírito Santo, contra a igreja dos redimidos, contra os mandamentos e contra os valores espirituais e os ensinamentos preciosos das Escrituras.

 

Nisso consta que a iniquidade é sempre uma perversão, uma anomalia dos princípios que ele estabeleceu, e vemos isso de forma aberrante no comportamento social hoje em dia. Cada vez mais a cristandade está “inclusiva”, não atuando como um sal para evitar a corrupção moral da sociedade, mas se adaptando ao sistema anticristão e aceitando as tendências anômalas produzidas pela desconstrução para garantir segurança e aprovação do mundo.

 

A Desconstrução Cristã e o Relativismo


A desconstrução do cristianismo é ideológica e decorrente da decadência moral dos nossos dias. Jornalistas e a mídia em geral se associam a essa militância contra a fé cristã. Todavia, esse não é o problema principal, pois a militância feita por cristãos progressistas e pós-modernos é o problema principal. Pior ainda é a indiferença e o medo dos líderes cristãos que, a fim de não comprometer a segurança pessoal e escolher a alternativa de uma religião mais pragmática, recuam e permanecem quietos para não comprometer a reputação e o status.

 

Já é terrível a condição de líderes cristãos que não denunciam e combatem todas as formas de pecados que a Bíblia condena de forma explícita, para que pecadores extrovertidos se sintam mais à vontade diante da plataforma religiosa erguida para esse fim. Exemplos disso são militantes progressistas e da igreja emergente, como Rob Bell e Rachel Held Evans.

 

Os novos oponentes da fé cristã bíblica fazem jogo de palavras, inventam, chamam os cristãos que discordam de ideologia de gênero e homossexualismo, por exemplo, de extremistas, e quando alguém faz uma apologia contra essas formas de pecado, chamam de discurso de ódio.

 

Os desconstrucionistas invadiram a mídia. Eles agora usam chavões e pronunciam em alta voz de protesto o velho advérbio satânico de negação: “Não queremos nos separar do mundo.” “Não queremos nos congregar.” “Não queremos fanatismo.” “Não queremos santa ceia.” “Não queremos um sistema eclesiástico.” “Não queremos uma tradução antiquada das Escrituras.” “Não queremos pregações de arrependimento, pois não queremos nos arrepender de nada.” “Não queremos sermões radicais que abordam a essência do Novo Testamento.” “Não queremos contrastes; queremos adaptações.” “Queremos um evangelho diluído, frouxo, sustentado pela vontade humana e não por quaisquer imperativos divinos.” Estamos vivendo dias difíceis!

 

Clavio J. Jacinto


Fonte: https://heresiolandia.blogspot.com

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