Traduzido por Anderson Rocha – Artigo
original aqui.
O
sempre citado, instigado pela paixão, que faz com que nos tranquemos num quarto
à sós para ler sobre filosofia, induzido pelo slogan da apologética, vem
de 1 Pedro 3: 15 – “estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir
a razão da esperança que há em vós”. Quantas vezes ouvimos esse
verso em conferências e seminários ou lemos isso em artigos sobre apologética?
Eu vi e ouvi essa frase citada mais vezes do que posso contar. Tornou-se
essencialmente a Grande Comissão para a Apologética.
A exortação é simples: os
cristãos precisam estar prontos para defender o que acreditam. Este versículo
fornece a ordenação bíblica para os cristãos se envolverem em apologética. Mas
isso não é tudo o que nos é ordenado fazer em 1 Pedro 3:15. A parte inicial da
passagem é raramente, ou nunca, citada como uma ordenança para aqueles que se
engajam em apologética. No entanto, fornece a base para a apologética! Sem isso,
a apologética é totalmente inútil.
Aqui
está a passagem inteira, no contexto:
“Mas também, se padecerdes por amor da justiça,
sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; Antes,
santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para
responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança
que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de
vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom
porte em Cristo.” (1
Pedro 3:14-16)
A
primeira coisa que nos é ordenado é santificar Cristo como Senhor em nossos
corações. Esta é a base para nossa apologética. “Santificar” Cristo como Senhor
significa reconhecer que Ele segura as rédeas em todas as áreas de nossas
vidas. Devemos dedicar e consagrar nosso coração a Deus, tornando Jesus o
Senhor de nossos desejos, motivos, insuficiências – tudo o que somos. Isso
torna a nossa apologética mais do que um mero exercício intelectual; é uma
oportunidade para defender a esperança que temos dentro de nós.
Nós
devemos primeiro ter essa esperança antes de defendê-la. Se Cristo não é o
fundamento de nossas vidas, do qual nossa apologética pode brotar e produzir
frutos, então isso é feito em vão. Todas as longas horas de estudo não valem
nada se não forem construídas sobre o fundamento de quem é Cristo e o que Ele
fez em nossas vidas.
Defender
a fé não pode ser simplesmente uma busca intelectual do fiel apologista; deve
ser um esforço sincero para tornar Cristo, a esperança da glória, conhecido por
aqueles que nos rodeiam. Nossa defesa deve se originar do senhorio de Cristo,
que é nossa esperança. Jesus nos fez “nascer
de novo para uma esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos” (1 Pedro 1:3). Essa é a esperança que precisamos
demonstrar, articular e defender para aqueles que nos questionam. Essa
esperança deve direcionar a nossa apologética.
E
porque Cristo é Senhor em nossas vidas, podemos também cumprir o final da
passagem: “façam isso
com gentileza e respeito, mantendo uma consciência limpa, para que aqueles que
falam maliciosamente contra o seu bom comportamento em Cristo possam ter
vergonha de sua calúnia”. Essa parte fala essencialmente por si
mesma. Sem brigas sem sentido. Sem chamar por nomes. Nenhuma explosão de raiva.
Devemos apresentar a nós mesmos e aos nossos argumentos com delicadeza e
respeito, buscando sempre compreender verdadeiramente posições opostas e ser
caridoso em nossas respostas.
Para
resumir, a Grande Comissão para a Apologética nos dá três comandos:
1.
Santificar a Cristo como Senhor em nossos corações;
2.
Estar pronto para dar uma resposta a qualquer um que lhe peça para dar a razão
da esperança que há em você; e
3.
Fazer isso com gentileza e respeito.
A
próxima vez que você sentir o desejo de citar 1 Pedro 3:15, pode ser útil
compartilhar toda a passagem e explicar os fundamentos para defender a fé e
como devemos cumprir a Grande Comissão para a Apologética. Então, que comecem
as longas noites de estudo apologético.
Tradutor: Anderson Rocha, em 05/05/2018
Fonte: napec.org
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