A questão se mulheres podem ser ordenadas, ou não,
como pastoras, diaconisas, tem ocupado o centro do debate entre protestantes ao
redor do mundo, em décadas recentes. Como sempre acontece, o assunto tem
dividido igrejas e denominações, como por exemplo, nos Estados Unidos e na
Europa. Entre os evangélicos existem, de forma muito geral, duas posições
básicas quanto ao assunto: Os igualitaristas e os diferencialistas. Os
igualitaristas afirmam que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais;
a subordinação feminina foi parte do castigo divino por causa da queda, com
consequentes reflexos sócio-culturais. Em Cristo, essa punição (e seus
reflexos) é removida; assim, com o advento do Evangelho, as mulheres têm
direitos iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato na Igreja. Os
diferencialistas, por sua vez, entendem que desde a criação — e portanto, antes
da queda — Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que
ambos são peculiarmente diferentes. O que nos preocupa é que a pergunta
"Podem mulheres ser ordenadas para servir como pastoras e
diaconisas?" nem sempre tem sido respondida em termos de exegese bíblica
das passagens do Novo Testamento que estão diretamente relacionadas com o
assunto.
(1) A
argumentação igualitarista, em particular, frequentemente emprega argumentos
baseados no avanço da civilização, na modernização dos tempos, no progresso
humano, na crescente participação da mulher em outras áreas da sociedade, e nem
sempre dá a necessária atenção aos textos bíblicos relevantes.
(2) Algumas das obras igualitaristas em português que têm procurado dar atenção a essas passagens, nem sempre conseguem ser coerentes com seus métodos,
(3) e nem sempre estão isentas do espírito reacionário que, por vezes, tem caracterizado os esforços exegéticos dos defensores da ordenação feminina.
(4) Por vezes, a precipitação tem obscurecido o julgamento mesmo dos mais sóbrios exegetas igualitaristas no Brasil.
(5) Embora em nosso desejo de seguirmos a verdade de Deus devamos levar em conta os tempos em que vivemos, bem como o que nos ensinam ciências correlatas à teologia, como a psicologia e a sociologia, por exemplo, ao fim, a questão só poderá ser realmente decidida em termos da Escritura — pelo menos dentro das igrejas que se consideram reformadas, e que aderem confessionalmente à regra dos reformadores: Sola scriptura. Penso que devemos examinar, mesmo que brevemente, as passagens do Novo Testamento que não podem ser ignoradas no debate sobre ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico. Se interpretarmos estas passagens partindo de uma hermenêutica reformada, e se deixarmos a Escritura ter a palavra final sobre o assunto, evitaremos os extremos dos que proíbem o que Deus não proibiu, e dos que querem que a Igreja adote aquilo que Deus não permitiu.
I. PASSAGENS DO NOVO TESTAMENTO USADAS PARA
DEFENDER A ORDENAÇÃO DE PASTORAS
A.
Romanos 16.7
Esses igualitaristas defendem que havia mulheres na
Igreja primitiva que funcionavam como apóstolos. A passagem usada para avançar
este ponto é Romanos 16.7, onde Paulo, em sua saudação à Igreja de Roma,
menciona uma pessoa por nome Júnias:
"Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes
e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos, e estavam
em Cristo antes de mim." - Rm 16.7.
Os defensores desta tese argumentam que Júnias é um
nome feminino, e que a mulher com este nome era uma "apóstola", em pé
de igualdade com Andrônico. Do ponto de vista dos defensores da ordenação
feminina, a passagem prova que Paulo reconhecia que uma mulher pode exercer uma
posição de autoridade sobre homens na Igreja apostólica. E se elas eram
admitidas ao apostolado, obviamente o eram a cargos eclesiásticos, diaconisas e
pastorado. Mas não é tão simples assim. Há várias questões relacionadas com a
interpretação deste texto. A primeira questão depende da solução de um problema
textual. Existem três variantes do nome Júnias nos manuscritos gregos de
Romanos 16.7. As duas primeiras divergem quanto à acentuação da palavra Júnias
no grego: (1) Iounia=n, que seria o acusativo de Iounia=j, (Júnia) masculino;
(2) Iouni/an, que seria o acusativo de Iouni/a, (Júnia) feminino. A terceira
variante é Iouli/an, que corresponderia ao feminino Júlia.
A segunda questão depende da interpretação da
expressão "notável entre os apóstolos". Significa que Júnias era um
dos apóstolos, já antes de Paulo, e um apóstolo notável? Ou apenas que os
apóstolos, antes de Paulo, tinham Júnias em alta conta? As questões mencionadas
acima são complexas, e sem respostas definitivas. Examinemos uma a uma.
1. JUNIA É
MASCULINO OU FEMININO ?
A variante melhor atestada, segundo o texto grego
da UBS, 4a. edição (e de Nestle-Aland, 27a. edição), é Iounia=n , acusativo de
Júnia, masculino (atestada pelos manuscritos ) A B* C D* F G P, embora sem acentos).
A variante (Júlia) é fracamente atestada, aparecendo apenas no p46 e em algumas
versões antigas. Numa pesquisa feita por computador nos escritos gregos
existentes desde a época de Homero (século 9 A.C.) até o século 5 D.C. foram
achadas apenas três ocorrências do nome Júnias, além de Romanos 16.7. Plutarco
cita uma irmã de Brutus, chamada Júnias; Epifânio, o bispo de Salamina em
Chipre, menciona Júnias de Romanos 16.7 como sendo um homem que veio a ocupar o
bispado de Apaméia da Síria; e João Crisóstomo se refere a Júnias de Romanos
16.7 como sendo uma irmã notável até mesmo aos olhos dos apóstolos. Os
resultados são inconclusivos. Parece evidente que Júnias era nome tanto de
homem quanto de mulher no período neotestamentário. O problema é que não sabemos
em que gênero Paulo o usou em Romanos 16.7. Isto explica o surgimento de
variantes divergindo na acentuação, e o surgimento da variante, que é
claramente uma tentativa de resolver a ambiguidade. Se tivermos de tomar uma
decisão, devemos dar mais peso à palavra de Epifânio, pois ele sabe mais sobre
Júnias do que Crisóstomo, já que informa que Júnias se tornou bispo de Apaméia.
Concorda com isto o testemunho de Orígenes (morto em 252 D.C.), que num
comentário em latim à carta aos Romanos se refere a Júnias no masculino. Nomes
gregos masculinos terminando em -aj não são incomuns, mesmo no Novo Testamento:
André (Andre/aj , Mt 10.2), Elias (Eli/aj, Mt 11.14) e Zacarias (Zaxari/aj, Lc
1.5). Para alguns comentaristas, Júnias é a abreviação de Junianius, um nome
masculino — mas não há evidências claras disto. A conclusão é que não podemos
saber com certeza se Júnias era uma mulher — mais provavelmente era um homem. É
por isto que a maioria das traduções modernas, onde possível, traduzem Júnias
como masculino (e não Júnia, feminino).
A. Era
Júnias um(a) apóstolo(a)?
Mais uma vez perguntamos, é possível termos uma
resposta definida para a pergunta "era Júnias um(a) apóstolo(a)?"
Gramaticalmente, a expressão "os quais são notáveis entre os apóstolos "tanto
pode indicar que Andrônico e Júnias eram apóstolos, quanto que eram tidos em
alta conta pelos apóstolos existentes. E mesmo que aceitemos que eram
apóstolos, ainda resta o fato de que a palavra apóstolo no Novo Testamento é
usada, não somente para os Doze, para Paulo, e para algumas pessoas associadas
a ele, como Barnabé, Silas e Timóteo (cf. At 14.14; 1 Ts 2.6), mas para
mensageiros e enviados (este é o sentido primário de igrejas locais, como
Epafrodito (Fp 2.25) e uns irmãos mencionados em 2 Coríntios 8.23. Estes não
parecem exercer governo ou autoridade sobre as igrejas locais, eram
simplesmente enviados por elas. Portanto, se Andrônico e Júnias eram apóstolos,
deveriam pertencer a este tipo de mensageiros das igrejas locais, com um
ministério itinerante. Estes "apóstolos" não tinham autoridade de
governo em igrejas locais; antes, eram enviados por elas para desempenhar
diferentes funções como representantes ou emissários. Em última análise, só
podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha
sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o
apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma
mulher, nem que era uma "apóstola", e muito menos uma como os Doze ou
Paulo. A passagem, portanto, não serve como evidência bíblica para a ordenação
feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de
que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência
indisputável a uma "apóstola" no Novo Testamento.
B. GALATAS 3:28
Esta passagem, aclamada pelos feministas como a "Carta Magna da Humanidade",(é, sem dúvida, a mais usada pelos defensores da ordenação de pastoras:
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
A abordagem igualitarista tradicional desta
passagem interpreta a expressão "porque todos vós sois um em Cristo
Jesus" como significando "porque todos vós sois iguais em Cristo
Jesus". Ou seja, interpretam o adjetivo pronominal cardinal
("um") no sentido de "igual". De acordo com os
igualitaristas, esta passagem mostra, então, que estão abolidas todas as
diferenças na Igreja provocadas por raça, posição social e sexo. Com a vinda de
Cristo, acabou-se a distinção entre judeus e gentios, entre escravos e livres,
e entre homens e mulheres: todos são aceitos na Igreja, inclusive para exercer
atividades, como iguais. Assim, argumentam, em Cristo voltamos ao propósito
original de Deus na criação, que foi a plena igualdade entre o homem e a
mulher. A subordinação da mulher ao homem, continuam, foi resultado posterior
da queda (Gn 3.16b), e não fazia parte da criação de Deus. Cristo veio abolir a
maldição imposta pela queda, e nele todas as dimensões da maldição imposta à
mulher quedam-se anuladas. Impedir que as mulheres exerçam o oficialato,
argumentam, seria introduzir uma distinção na Igreja baseada em sexo, o que
contraria frontalmente o ensino de Paulo nesta passagem.
1. O CONTEXTO DA PASSAGEM
Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder
de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a
discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar
de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se
Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de
funções nesta passagem, ou seja, se está dizendo que as mulheres podem exercer
os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos
sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé? A interpretação
igualitarista de Gálatas 3.28 esbarra em alguns problemas exegéticos. Primeiro,
o do contexto. Paulo escreveu Gálatas para responder a questões levantadas pela
doutrina da justificação pela fé em Cristo em face às demandas da lei de
Moisés, e ao papel da circuncisão, do calendário religioso dos judeus, e das
suas leis dietárias. No capítulo 3 Paulo está expondo o papel da lei de Moisés
dentro da história da salvação, que foi o de servir de aio, para nos conduzir a
Cristo (Gl 3.23-24). Com a vinda de Cristo, continua o apóstolo, os da fé não
mais estão subordinados à lei de Moisés: pelo batismo pertencem a Cristo
(3.25-27). A abolição das diferenças mencionadas no versículo em questão (3.28)
são em relação à justificação pela fé. Todos, independente da sua raça, cor,
posição social e sexo, são recebidos por Deus da mesma maneira: pela fé em
Cristo. Portanto, Gálatas 3.28 não está tratando do desempenho de papéis na
igreja e na família, mas da nossa posição diante de Deus. O assunto de Paulo,
portanto, não são as funções que homens e mulheres desempenham na Igreja de
Cristo, mas a posição que todos os que crêem desfrutam diante de Deus, isto é,
herdeiros de Abraão e filhos de Deus.(15)
A.
ATOS 2:16-18
Esta passagem é parte do sermão de Pedro, no dia de
Pentecostes, quando ele cita o profeta Joel para explicar o que acabara de
acontecer consigo, e com os demais discípulos de Jesus em Jerusalém, quando o
Espírito Santo veio sobre eles (At 2.1-4). Citando Joel, Pedro diz:
"E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu
Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre
as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão - At
2.17-18 (minha ênfase)."
Os igualitaristas observam que a profecia de Joel
citada por Pedro inclui as filhas e as servas, tanto quanto os filhos e servos
na recepção do dom do Espírito Santo. E argumentam que não pode haver qualquer
distinção quanto ao serviço a Deus baseada em sexo, já que as mulheres
receberam o mesmo Espírito (e certamente, os mesmos dons) que os homens, o qual
foi dado para capacitar a Igreja ao serviço. A argumentação prossegue mostrando
que na igreja apostólica as mulheres oravam, profetizavam (cf. At 21.9, as
quatro filhas de Felipe que eram profetizas), falavam em línguas, serviam (Rm
16.1, Febe), evangelizavam, tanto quanto os homens. Algumas tinham igrejas
reunidas em suas casas (At 12.12). Priscila, por exemplo, chegou a ensinar a
Apolo o caminho de Deus com mais exatidão (At 18.26). Pentecostes, argumentam,
é a abolição das distinções de gênero na Igreja, pois ao dar às mulheres o
mesmo Espírito que aos homens, Deus mostrou que elas devem ser admitidas aos
mesmos níveis de serviço que eles. Mas não é tão simples como parece. Se as
mulheres exerceram os mesmos ministérios que os homens no período da Igreja
apostólica, por que não há nenhuma menção no Novo Testamento de apóstolas,
pastoras ou bispas? Por que não há qualquer recomendação de Paulo quanto à
ordenação de mulheres, quando instrui Timóteo e Tito quanto à ordenação de
presbíteros? Basta uma leitura superficial das qualificações exigidas por Paulo
em 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 para se ter à impressão de que o apóstolo tinha
em mente a ordenação de homens: o oficial deve ser marido de uma só esposa,
deve governar bem a sua casa e seus filhos (função do homem, nos escritos de
Paulo, cf. Efésios 5.22-24).
2. Passagens
do Novo Testamento Que
Impõem Restrições ao Ministério Feminino
Impõem Restrições ao Ministério Feminino
Vejamos outras passagens do Novo Testamento igualmente relevantes para a discussão, e que impõem restrições ao ministério feminino nas igrejas locais. É verdade que nenhuma delas diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas como, pastoras, ou bispas. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1 Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres.
A.
1 Coríntios
11.3-16
Escrevendo aos crentes de Corinto acerca de questões relacionadas com o
culto público, Paulo aborda o problema causado por algumas mulheres que estavam
orando, profetizando (e provavelmente falando em línguas) com a cabeça
descoberta, isto é, sem o véu, contrariando assim o costume das igrejas cristãs
primitivas (1 Co 11.16). A passagem é extremamente difícil de interpretar, e
depende dos detalhes de um contexto histórico que não pode ser totalmente
recuperado. Entretanto, os pontos principais do apóstolo na passagem são
suficientemente evidentes.
1.
PROFETIZANDO E ORANDO COM VÉU
Ao que tudo indica, as mulheres de Corinto haviam entendido que o Evangelho havia abolido, não somente as diferenças raciais, como também qualquer diferença de função na Igreja entre homens e mulheres crentes. Possivelmente, estavam interpretando o ensino de Paulo acerca da igualdade do homem e da mulher na salvação, como tendo consequências imediatas quanto ao culto e ao serviço cristãos. Assim, estavam querendo abolir dos cultos públicos o uso do véu, que na cultura da época era a expressão externa do conceito da subordinação da mulher ao homem. Aparentemente, algumas estavam reivindicando "direitos iguais" com um espírito contencioso (1 Co 11.16). Paulo não lhes nega o direito de participar do culto, mas insiste que elas devem faze-lo trajando o véu, expressão cultural do princípio permanente da subordinação feminina. Não usá-lo significava desonra, indecência, vergonha (11.5,6,14). O ensino de Paulo em 1 Coríntios 11 é que as mulheres devem participar do culto preservando o sinal de que estão debaixo da autoridade eclesiástica masculina.
2. O véu
como símbolo de submissão à autoridade
No verso 10 Paulo se refere ao véu como sinal de
autoridade (1 Co 11.10). O texto grego original diz literalmente que "a
mulher deve trazer autoridade sobre a cabeça". A interpretação da maioria
dos estudiosos é que ("autoridade") se refere ao véu, e que o mesmo
simbolizava que a mulher estava debaixo da autoridade do homem. Tanto assim,
que um grande número de versões inglesas traduzem como "véu" ou como
"símbolo de autoridade" (NASB, NRSV, NIV, NCV, NKJV, NAS, etc; ainda
a versão Colombe, francesa, e Reina de Valera, espanhola, e a NVI, em
português). Outras versões são mais explícitas ainda, e traduzem "símbolo
da autoridade do homem" (como a TEV e a LB). Um paralelo bíblico é o de
Gênesis 24.65, quando Rebeca, ao tomar conhecimento de que seria apresentada ao
seu futuro marido e senhor, Isaque, tomou o véu e cobriu-se. Em outras
palavras, embora Paulo permita que a mulher profetize e ore no culto público,
ele requer dela que se apresente de forma a deixar claro que está debaixo de
autoridade, no próprio ato de profetizar ou orar. Para Paulo, a expressão
externa da subordinação da mulher ao seu cabeça (o homem) durante o culto
público seria o uso do véu, já que o mesmo, na cultura oriental da época (e
mesmo em algumas culturas hoje) expressaria convenientemente este conceito.
3. Cabeça:
autoridade sem superioridade
A argumentação de Paulo para fundamentar sua
orientação vem de duas direções. Primeiro, Paulo argumenta teologicamente, a
partir da subordinação de Deus Filho a Deus Pai. O Pai é o cabeça de Cristo,
que por sua vez, é o cabeça do homem, e o homem o cabeça da mulher:
"Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem,
e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. Todo homem que ora
ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Toda mulher
que ora ou profetiza com a cabeça sem véu, desonra sua própria cabeça, porque é
como se a tivesse rapada." -1 Co 11.3-5 (minha ênfase).
Tomando-se "cabeça" em seu sentido mais
natural, de "autoridade", o que temos é uma declaração de Paulo de
que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o
homem tem autoridade sobre a mulher. Uma cadeia hierárquica que começa na
Trindade e continua na igreja e na família. Podemos inferir (guardadas as devidas
proporções) que, da mesma forma como a subordinação de Cristo ao Pai não o
torna inferior — como afirma a fé reformada em sua doutrina da Trindade — a
subordinação da mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho,
que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na
economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se
complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer
desvalorização ou inferiorização da mulher. Em várias ocasiões o Novo
Testamento determina que os crentes se sujeitem às autoridades civis (Rm
13.1-5; 1 Pe 2.13-17). Em nenhum momento, entretanto, este mandamento implica
que os crentes são inferiores ou têm menos valor que os governantes.
Igualmente, os filhos não são inferiores aos seus pais, simplesmente porque
devem submeter-se à liderança deles (Ef 6.1). O conceito de subordinação de uns
a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a
sociedade, a família e a igreja.
4. O ensino
de Paulo se aplica hoje?
Evidentemente, os igualitaristas têm procurado se
livrar das implicações desta passagem, e tentando alternativas quanto à sua
interpretação. Na verdade, alguns simplesmente se recusam a trazer a passagem
para o debate alegando que o problema que levou Paulo a dizer o que disse foi
causado pela cultura da época, e pelas circunstâncias da cidade de Corinto.
Outros ainda insistem que Paulo estava influenciado pela cultura patriarcal da
sua época, que suas palavras são condicionadas culturalmente, e, portanto,
inadequadas para as culturas e sociedades pos-modernas do fim do século XX.
Existem algumas deficiências com estas tentativas. Primeira, não fazem a
distinção entre o princípio teológico supra cultural e a expressão cultural deste
princípio. Enquanto que o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo
tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em
particular, que é o da diferença fundamental entre o homem e a mulher. O que
Paulo está defendendo é a vigência desta diferença no culto público — o véu é
apenas a forma pela qual isto ocorreria normalmente em cidades gregas do século
I. Segundo Paulo defende a participação diferenciada da mulher no culto usando
argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a
distribuição ou economia da Trindade (1 Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou
o homem (1 Co 11.8-9). Acresce ainda que Paulo defende o uso do véu em Corinto
apelando para o costume das igrejas cristãs em geral (1 Co 11.16), o que indica
que o uso do véu não era prática restrita apenas à igreja de Corinto, mas de
todas as igrejas cristãs espalhadas pelo mundo grego.
5.
Autoridade ou fonte?
Um ataque desfechado contra a passagem é que a
palavra no verso 3 não significa "cabeça" e sim "fonte" ou
"origem". Segundo esta interpretação, Paulo estaria dizendo, não que
Deus tem autoridade sobre Cristo, e o homem sobre a mulher, mas que Deus é a
fonte da qual Cristo procede, e que o homem é a fonte da qual a mulher
procedeu. Assim, a ideia de "autoridade" é removida da passagem, ou
pelo menos domesticada. Entretanto, há vários fatos que militam contra a
probabilidade de esta interpretação ser a correta: 1) Estudos exaustivos feitos
na literatura grega antiga demonstram que, na esmagadora maioria de suas
ocorrências, significa "cabeça" e não "fonte". Embora em
alguns casos possa ter esta tradução, em nenhum deles é absolutamente certo de
que "fonte" ou "origem" é o sentido pretendido pelo autor.
2) Na passagem paralela de Efésios 5.22-23 claramente significa
"cabeça" no sentido de "ter autoridade sobre". O mesmo
encontramos em Efésios 1.22.
6. O
subordinacionismo é herético?
Um outro ataque desfechado pelos igualitaristas é
contra o conceito de subordinação na doutrina da Trindade, já que Paulo
fundamenta a subordinação da mulher à liderança masculina na subordinação de
Cristo a Deus Pai (1 Co 11.3). Alguns feministas evangélicos insistem que a
doutrina da subordinação na Trindade implica em inferioridade do Filho em
relação ao Pai, e que, portanto, é herética. Alguns chegam mesmo a afirmar que
o subordinacionismo foi uma heresia rejeitada pela Igreja no século IV. Mais
recentemente, alguns feministas evangélicos têm negado a subordinação do Filho
ao Pai. Esta posição tem sido rejeitada por estudiosos evangélicos como
enganosas. Em seu estudo sobre 1 Coríntios 11, T. Schreiner demonstra como o
credo Niceno afirmou a subordinação de funções do Filho ao Pai, e do Espírito
ao Pai e ao Filho, sem comprometer a igualdade e a dignidade pessoal entre as
pessoas da Trindade. O que a Igreja rejeitou como heresia foi uma forma de
subordinacionismo que predicava uma inferioridade de essência entre o Pai, o
Filho e o Espírito. 1 Coríntios 11.2-16, portanto, traz implicações quanto ao
ministério feminino ordenado que não devem ser ignoradas por aqueles que
defendem a ordenação de mulheres a funções eclesiásticas de autoridade e
liderança sobre homens. No nosso entender, nenhuma das tentativas dos
igualitaristas tem obtido sucesso na domesticação destas implicações.
A.
1 Timóteo
2.11-15
Em sua primeira carta a Timóteo, seu colaborador e
filho na fé, e que estava encarregado da igreja de Éfeso, Paulo faz as
seguintes determinações quanto às mulheres:
A mulher aprenda em silêncio, com toda submissão. E não permito que a
mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o marido; esteja, porém, em
silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi iludido,
mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Todavia, será preservada através
de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom
senso (1 Tm 2.11-15 — Almeida Atualizada, 1a. edição).
Esta é provavelmente a passagem mais importante
para a discussão sobre o ministério feminino ordenado. E tem padecido muito nas
mãos dos intérpretes. A interpretação histórica da passagem é que, aqui, o
apóstolo Paulo determina que as mulheres crentes de Éfeso aprendam a doutrina
cristã em silêncio, submetendo-se à autoridade eclesiástica dos que ensinam —
no contexto, homens (v.11). Elas, por sua vez, não tinham permissão para
ensinar os homens com esta autoridade, nem exercê-la nas igrejas sobre eles,
mas deviam submeter-se em silêncio (v.12). A causa apresentada pelo apóstolo é
dupla: Deus primeiro formou o homem, e depois a mulher (v.13). E ela foi
iludida por Satanás e pecou (v. 14).
1. A heresia
de Éfeso
Essa interpretação tem o apoio do contexto da
carta. É consenso entre os estudiosos que Paulo a escreveu para instruir
Timóteo a combater uma perigosa heresia que havia se infiltrado na igreja de
Éfeso, que estava sob a sua responsabilidade. Paulo não dá muitos detalhes na
carta sobre a natureza dessa heresia, provavelmente porque Timóteo estava
perfeitamente a par do problema. Uma reconstrução cautelosa nos revela os
seguintes pontos:
1) Os falsos mestres em Éfeso estavam semeando
dissensões e se ocupando com trivialidades (1 Tm 1.3-7; 6.4-5; cf. 2 Tm 2.14,
16-17, 23-24).
2) Os falsos mestres ensinavam que a prática ascética
era um meio para se alcançar uma espiritualidade mais elevada. Estavam
ensinando a abstinência de certas comidas, do casamento, e do sexo em geral (1
Tm 4.1-3). Possivelmente estavam ensinando que o treinamento físico também
servia para se alcançar esta espiritualidade (1 Tm 4.8).
3) Várias mulheres da igreja estavam seguindo os
falsos mestres e seus ensinos (1 Tm 5.12,15; cf. 2 Tm 3.6-7).
4) Aparentemente, os falsos mestres estavam encorajando tais mulheres a
trocarem o seu papel costumeiro no lar por uma atitude mais igualitária com
respeito a seus maridos, e aos homens em geral. O programa dos falsos mestres
incluía denegrir o casamento, e isso certamente induziria ao abandono das
funções tradicionais da mulher no lar. Algumas evidências sugerem esta
interpretação. Em suas instruções às viúvas, Paulo determina que as mais novas
se casem, tenham filhos e cuidem das suas casas (1 Tm 5.14), visto que já
"algumas se desviaram, seguindo a Satanás" (5.15). Desde que Paulo
considera o ensino dos falsos mestres como sendo "ensino de demônios"
(4.1-2), segue-se que ir após Satanás seria aceitar o ensino dos falsos mestres
em oposição ao que Paulo ordena em 5.14. Uma outra evidência é 1 Timóteo 2.15.
Embora não saibamos com exatidão o que Paulo quer dizer com "será
salva", está claro que o apóstolo está insistindo no papel natural da
mulher como mãe, uma insistência que se torna óbvia quando pensamos no ensino
dos falsos mestres desvalorizando o casamento.
Embora não saibamos os motivos com exatidão, transparece
claramente que o ensino dos falsos mestres em Éfeso incluía a rejeição dos
papéis tradicionais das mulheres no casamento, e um encorajamento a que elas
reivindicassem papéis iguais na igreja e nos lares. A situação parece bastante
similar à da igreja de Corinto, onde as mulheres procuravam exercer no culto
funções até então privativas dos homens cristãos. É contra este pano de fundo
que Paulo determina às mulheres da igreja de Éfeso que aprendam em silêncio,
que não ensinem nem exerçam autoridade sobre os homens, e que estejam em
perfeita submissão (1 Tm 2.12).
2. O que
Paulo quer dizer com "ensinar"?
O ensino de Paulo neste versículo torna-se mais
claro quando entendido à luz desta reconstrução. Vejamos com mais detalhes
alguns dos pontos mais decisivos de 1 Timóteo 2.12: Primeiro, Paulo diz não
permitir que a mulher ensine nas igrejas. Ensinar, no Novo Testamento é uma
atividade bem ampla. Todos os cristãos podem ensinar, quer, por exemplo, quer
pelo seu testemunho, quer em conversação. O próprio apóstolo determina que as
mulheres idosas ensinem as mais novas a amarem seus maridos (Tt 2.3-5). Assim,
fica claro que Paulo não está passando uma proibição geral. Mas, então, o que
ele está proibindo? Transparece do texto que ele não permite que a mulher, em
posição de autoridade, ensine os homens. Nas Cartas Pastorais, ensinar sempre
tem o sentido restrito de instrução doutrinária autoritativa, feita com o peso
da autoridade oficial dos pastores e presbíteros (1 Tm 4.11; 6.2; 5.17). Ao que
tudo indica, algumas mulheres da igreja de Éfeso, insufladas pelo ensino dos
falsos mestres, estavam querendo essa posição oficial para ensinar nas assembleias
cristãs. Paulo, porém, corrige a situação determinando que elas não assumam
posição de liderança autorizada nas igrejas, para ensinarem doutrina cristã nos
cultos, onde certamente homens estariam presentes. Paulo não está proibindo
todo e qualquer tipo de ensino feito por mulheres nas igrejas. Profetizas na
igreja apostólica certamente tinham algo a dizer aos homens durante os cultos.
Para o apóstolo, a questão é o exercício de autoridade sobre homens, e não o
ensino. O ministério didático feminino, exercido com o múnus da autoridade que
ofícios de pastor e presbítero emprestam, seria uma violação dos princípios que
Paulo percebe na criação e na queda. O ensinar que Paulo não permite é aquele
em que a mulher assume uma posição de autoridade eclesiástica sobre o homem.
Isso é evidente do fato que Paulo fundamenta seu ensino nas diferenças com que
homem e mulher foram criados (v. 13), e pela frase "autoridade sobre o
homem" (v. 12b). Um equivalente moderno seria a ordenação como ministro da
Palavra, para pregar a Palavra de Deus numa igreja local.
3. O que
Paulo quer dizer com "exercer autoridade"?
Isto nos leva ao ponto seguinte. Paulo diz também
não permitir que a mulher exerça autoridade sobre o homem. A Almeida
Atualizada, em sua 2ª edição, traduziu diferentemente esta passagem. Em vez de
preservar a leitura da 1ª edição, "exerça autoridade sobre o homem",
preferiu traduzir o genitivo como "de homem". O resultado é "não
permito que a mulher ... exerça autoridade de homem". A tradução é
gramaticalmente possível, e se encaixa no contexto geral do ensino paulino,
onde a autoridade didática e o governo nas igrejas é função dos homens
cristãos. Mas, introduz uma expressão que é absolutamente nova e estranha ao
vocabulário de Paulo. É talvez preferível permanecer com a tradução anterior,
que também é gramaticalmente possível, além de soar mais como Paulo. De
qualquer forma, fica evidente que a atitude que o apóstolo exigia das mulheres
cristãs de Éfeso, envenenadas pelo ensino dos falsos mestres, era de submissão
e silêncio, quanto ao aprendizado da doutrina cristã nas assembleias. A
proibição de exercer autoridade sobre os homens exclui as mulheres do ofício de
presbítero, que é essencialmente o de governar e presidir a casa de Deus (1 Tm
3.4-5; 5.17), embora não as exclua de exercer outras atividades nas igrejas.
4. Homem e
mulher, ou esposa e marido?
Uma outra questão é a tradução das palavras no grego que tanto podem
significar "mulher" e "homem" no sentido mais geral, quanto
"esposa" e "marido". Alguns estudiosos tem procurado
limitar o alcance da proibição de Paulo ao casamento apenas, e assim preferem a
última tradução. Para eles, Paulo está dizendo que a mulher casada não deve
ensinar ou exercer autoridade sobre o seu marido, sem generalizar quanto aos
homens em geral. Mas, esta última interpretação é improvável. O contexto e a
maneira de Paulo construir suas frases apontam na outra direção. Como observa
Douglas Moo, se Paulo desejasse se referir a maridos, teria usado um artigo
definido ou um pronome possessivo. Neste caso, a frase ficaria assim: "Não
permito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre seu marido",
como fez em Efésios 5.22; cf. Cl 3.18. Além disto, o contexto claramente trata
de homem e mulher genericamente, cf. 1 Tm 2.8-9.(35)
5. O caráter
permanente do ensino de Paulo
Uma outra consideração é que Paulo, tanto em 1 Coríntios 11 quanto em 1 Timóteo 2, fundamenta sua orientação quanto ao comportamento apropriado das mulheres cristãs nas igrejas, não em considerações condicionadas culturalmente, mas em princípios inerentes à própria humanidade. Após proibir que as mulheres ensinem e exerçam autoridade sobre os homens (1 Tm 2.12), Paulo dá a causa para sua proibição nos versos 13 e 14
1) O primeiro é baseado na forma como Deus criou o
homem e a mulher, ou seja, o homem foi criado primeiro (v. 13). A sequência
temporal, para Paulo, tem significado teológico e implicações práticas quanto
ao ministério feminino na Igreja de Cristo. O fato de que o homem foi criado
primeiro indica sua liderança sobre a mulher. E o fato de que a mulher foi
criada em seguida, como auxiliadora, indica sua posição de submissão (cf.
Gênesis 2). Para o apóstolo, se uma mulher ensina (prega) doutrina com
autoridade sobre homens, está violando este princípio inerente à criação. É
importante observar que Paulo enraíza sua proibição nas circunstâncias da
criação, e não da queda, somente. Portanto, como observa Moo, ele não considera
estas restrições sobre as mulheres como sendo apenas resultado da queda, e
portanto, também não espera que sejam removidas com a redenção que há em
Cristo.
1 Timóteo 2.13 é um versículo simples e direto, que
intérpretes igualitaristas têm dificuldade em explicar. Thomas Schreiner, em
recente livro combatendo o igualitarismo, alista as tentativas de feministas
evangélicos de descartar 1 Timóteo 2.13.
Mary Evans diz que a relevância do verso 13 para o
verso 12 é obscura, e que o verso 13 simplesmente introduz o verso seguinte
sobre Eva. Gordon Fee afirma que o verso 13 não é central para o argumento de
Paulo. Timothy Harris diz que o verso "é difícil de entender de qualquer
ponto de vista". Craig Keener pensa que o argumento de Paulo aqui é
difícil de perscrutar. David Scholer protesta que o texto é obscuro, e que
Paulo está fazendo uma citação seletiva de Gênesis 2. Steve Motyer diz que
lógica e justiça ficam anuladas se a interpretação histórica deste verso for
aceita.
2) O segundo motivo é fundamentado no fato de que
não foi Adão, mas sim Eva, quem foi iludida por Satanás e desobedeceu a ordem
de Deus (v.14). Para alguns, Paulo está citando a maneira pela qual o primeiro
casal caiu em pecado para mostrar que a mulher é mais crédula ao erro
religioso, e mais susceptível de ser enganada por Satanás (cf. 2 Co 11.3);
portanto, não deve ocupar funções de ensino doutrinário nas igrejas, para que
não caiam em heresia, e induzam outros. Embora possa haver alguma verdade neste
pensamento, é mais provável que Paulo esteja citando o incidente para mostrar o
que ocorreu quando Eva tomou a liderança que havia sido dada a Adão. Uma
leitura cuidadosa de Gênesis 3 mostra como a mulher entrou em diálogo com o tentador
(Gn 3.1-5), e como, assumindo a liderança, tomou do fruto e deu-o a seu marido,
levando-o ao pecado (3.6). As palavras do Senhor Deus ao homem, "porque
atendeste a voz da tua mulher" (3.17), soam, assim, como uma repreensão
por Adão ter aceitado a liderança da sua esposa na transgressão. E o castigo
imposto por Deus à mulher, de que seria dominada pelo homem, encaixa-se com
essa dimensão do pecado da mulher (3.16). Portanto, o que Paulo quer mostrar em
1 Timóteo 2.13, não é que o homem não peca, ou que não pode ser enganado por
Satanás, mas sim, o que ocorre quando homem e mulher revertem os papéis que
Deus lhes determinou. O apelo de Paulo às Escrituras demonstra que, para ele,
as causas dos diferentes papéis do homem e da mulher estão enraizadas nas circunstâncias
em que a criação e a queda aconteceram, e não em demandas provisórias das
igrejas e nem em aspectos culturais da época.
Conclusões
Meu objetivo com este estudo é demonstrar a importância de levarmos em
conta o ensino do Novo Testamento no debate acerca do ministério feminino
ordenado. A nossa análise das passagens mais usadas para defender a ordenação
de mulheres ao pastorado demonstrou que elas não dão suporte às pretensões do
programa igualitarista, embora certamente nos ensinem que devemos encorajar e
defender o ministério feminino em nossas igrejas. Por outro lado, nossa análise
das três principais passagens usadas como evidência de que Deus não intentou
que as mulheres cristãs ministrassem nas igrejas aos homens, de uma posição de
autoridade, quer ensinando-os ou governando-os, mostrou que a interpretação
diferencialista destas passagens encaixa-se nos seus contextos, honra a
aplicabilidade dos princípios bíblicos para nossos dias, e responde
satisfatoriamente às objeções. Minha conclusão é que não há respaldo bíblico
suficiente para que se recebam mulheres ao pastorado ou bispado de igrejas
cristãs locais, onde irão, como tais, presidir, governar, e ensinar doutrina
aos homens. Na realidade, as evidências bíblicas apontam em outra direção.
Estas passagens não podem ser ignoradas pelos que almejam o ministério ordenado
de mulheres nas igrejas evangélicas do Brasil. Somente com as ferramentas da
crítica bíblica radical, que abstraem estas passagens dos manuscritos,
isolam-nas da realidade atual das igrejas, e domesticam o poder de suas
implicações, é que se pode contornar o seu ensino óbvio. Uma palavra final. Os
presbíteros exerciam a autoridade e o governo nas igrejas, mas não eram
absolutos. Poderiam ser repreendidos, se falhassem (1 Tm 5.19-20), e deveriam
exercer sua autoridade não como dominadores, mas como exemplos (1 Pe 5.5). Sua
autoridade era limitada pelo ensino de Jesus e dos apóstolos, que hoje se
encontram nas Escrituras. Não poderiam ir de encontro a este ensino, como hoje
presbíteros, conselhos e concílios em geral também não podem. Nenhum concílio
eclesiástico, argumentando a partir das mudanças sociais do tempo presente, tem
poderes para ir além da Escritura, ou contradize-la, ordenando mulheres como
pastoras ou bispas.
A POSIÇÃO DA
MULHER NA IGREJA
“ A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, na caridade e na santificação.” - 1Tm 2:11 a 15.
Temos observado nestes dias que estamos vivendo,
mudanças aceleradas, em todas as áreas das atividades humanas. E, no que diz
respeito a posição da mulher na sociedade atual e, principalmente, na igreja do
Senhor Jesus Cristo, todos sabemos que ela tem alcançado posição, que há cinquenta
anos atrás, nem sequer se imaginava. Mas como cristãos, que somos, devemos nos
perguntar, até que ponto isto é bom? Qual é a perfeita vontade de Deus para a
mulher na família, na sociedade e na igreja? Será que Deus tem mesmo se
agradado deste movimento conhecido, mundialmente, como feminismo? Ou será que à
luz das Escrituras Sagradas, este movimento, que hoje, está seduzindo muitas
mulheres, até dentro de igrejas, que professam a fé cristã, não é a mesma
mentira do Éden, apenas com uma nova roupagem? Examinemos as Escrituras:
No jardim do Éden foi dito à mulher que ela poderia
ser como Deus: “Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos,
e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” (Gn 3:4,5). E não é o feminismo a
mesma oferta da serpente, agora querendo igualá-la ao homem, que é a imagem e
glória de Deus?: “ O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e
glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão.” (1Cor:11:7). A Bíblia nos
deixa claro, que foi o próprio Deus que elegeu o homem para liderar a família
e, também para governar o seu povo, e quando isto não acontece, podemos ter
certeza que já estamos em juízo, e não que ele (o Senhor), se agrada que
mulheres estejam na liderança do seu povo: “ Os opressores do meu povo são
crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te
guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:11). Portanto, o
assunto que iremos tratar a seguir, fala, mais especificamente, da posição da
mulher na igreja do Senhor Jesus; não é questão de “machismo”, como muitos
podem dizer, e muito menos de “feminismo”, e sim de obedecer ou desobedecer o
Deus Criador dos céus e da terra; senão vejamos:
No princípio Deus criou o homem e já, então, lhe
atribuía a responsabilidade de trabalhar no cuidado da sua criação: “ E tomou o
SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.” (Gn
2:15), e tudo sob sua única e exclusiva orientação: “ E ordenou o SENHOR Deus
ao homem , dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore
da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás.” (Gn 2:16,17).
Desde o marco inicial da nossa história, o que Deus
nos pede é obediência, mediante a fé, em sua santa palavra, como verdade
absoluta. Como Adão poderia saber que, realmente, morreria, senão pela fé?: “
Certamente morrerás.” Ele foi o primeiro homem criado e sendo assim, a sua
única referência era a própria palavra que ouvira de Deus, e ao consentir com a
transgressão da sua mulher, veio a experimentar a morte, que é o salário do
pecado. Repare que Adão não foi enganado, e sim, voluntariamente, usando do
livre arbítrio de escolha, deu ouvidos a voz da mulher, comendo também do fruto
que o Senhor lhe ordenara que não comesse: “ E deu também a seu marido, e ele
comeu com ela.” (Gn 3:6). Talvez ele tenha pensado que Deus não era fiel
naquilo que lhe tinha ordenado, pois a sua mulher comera do fruto e ainda
estava “viva”; ou talvez a “morte”, como consequência da desobediência não
fosse, assim, tão ruim, não é mesmo?: “ Então, foram abertos os olhos de ambos,
e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si
aventais.” ( Gn 3:7).
Ás vezes me pergunto: E se Adão não tivesse comido
do fruto proibido, independentemente, de sua mulher, teria o pecado entrado na
raça humana? Acredito que não, pois a sua fidelidade à Deus, à sua santa
palavra, bem como o seu testemunho pessoal e exercendo com autoridade a responsabilidade
de liderar a família, santificaria a sua mulher trazendo-a de volta a sua
verdadeira posição, que lhe foi atribuída por Deus, que é de sujeição: “ Porque
o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é
santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos, mas,
agora, são santos.” ( 1Cor 7:14). E não seria por isso que no novo concerto, o
Senhor manda que as santas mulheres, nas igrejas, se sujeitem aos seus maridos,
e como Sara a Abraão, lhes chamem de senhor: “ Vós, mulheres, sujeitai-vos a
vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também
Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” (Ef
5:22,23).
Reparem também, amados irmãos, que a ordem de não comer
da árvore do conhecimento do bem e do mal, foi dada por Deus diretamente ao
homem, e não a mulher: “ Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” ( Gn 2:17).
Relato bíblico que nos deixa claro que a obrigação de orientar e ensinar a
mulher nos caminhos do Senhor é responsabilidade do homem, não o contrário, e
quando isto não acontece no lar e nem na igreja é, com certeza, incorrer na
mesma transgressão do Éden: “ A mulher aprenda em silêncio, com toda sujeição.
Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido,
mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E
Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, na
caridade e na santificação.” (1Tm 2:11 a 15).
Será que Deus ( que não muda), permite que, hoje,
mulheres assumam posição de liderança nas igrejas? Ou será que pastores, que
afirmam que receberam uma “nova unção”, tem mais autoridade, que a própria
autoridade das Escrituras Sagradas e podem, agora, “consagrar” mulheres para o
ministério pastoral? O que temos observado nestes últimos dias, nada mais é ,
que o cumprimento da palavra também revelada, de que viria o tempo em que a sã
doutrina não seria sofrida (2Tm 4:3,4), e que antes da volta do Senhor, para
buscar o seu povo, viria a APOSTASIA: “ Ninguém de maneira alguma, vos engane,
porque não será assim, sem que antes venha a apostasia...”(2Ts2:3a). Apostasia
que, literalmente, significa “desvio”, “afastamento” e “abandono”, ou seja,
nestes últimos dias, um grande número de pessoas, nas igrejas, tem se apartado,
da verdade bíblica, e ainda assim, acreditam, que é possível servir a Deus,
desobedecendo a sua palavra.
E, infelizmente, muitas mulheres, até bem
intencionadas, estão, literalmente, caminhando para morte, por darem ouvidos a
espíritos enganadores (1Tm4:1),e acreditando que Deus ( que deixa claro na sua
palavra que não permite que a mulher exerça autoridade) está se agradando desta
prática apóstata, que tem desviado multidões da perfeita vontade de Deus para o
seu povo, que é a obediência incondicional a sua santa palavra, pois já nos
ensina um outro conhecido versículo bíblico: “ Eis que o obedecer é melhor do
que o sacrificar.” (1Sm 15:22). Mas parece, que o total desprezo, pela palavra
revelada, tem cada dia que passa , se multiplicado como “células” entre aqueles
que se dizem chamar de cristãos, ou melhor, que só querem se chamar por este
nome, mas comer do seu próprio pão, ou seja, colocam o seu conceito de certo ou
errado acima da revelação Bíblica : “ E sete mulheres, naquele dia, lançarão
mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão e nos vestiremos de nossas
vestes; tão-somente queremos que sejamos chamadas pelo teu nome, tira o nosso
opróbrio.” (Is 4:1). E não será este o dia que se referiu o profeta? Confira:
Quando os discípulos perguntaram ao Senhor Jesus:
Que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Ele lhes respondeu: “
Acautelai-vos, que ninguém vos engane.” (Mt 24:4). Nos advertindo assim, que o
engano religioso seria volumoso na terra antes da sua vinda. Para não ser
enganado, cada crente, deve crescer em fé e amor para com Cristo e ter a palavra
de Deus, dada pelo Espírito Santo, como autoridade máxima em sua vida,
conhecendo-a bem, em sua totalidade: “ Porque virá tempo em que não sofrerão a
sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores
conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade,
voltando às fábulas.” (2Tm 4:3,4).
O homem e a mulher são igualmente amados e
preciosos à vista de Deus: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já
vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl
3:27,28). Porém, foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção
da família e da igreja: “ O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a
imagem e glória de Deus, mas a mulher a glória do varão. Porque o varão não
provém da mulher, mas a mulher do varão. Porque também o varão não foi criado
por causa da mulher, mas a mulher, por causa do varão.” (1Cor 11: 7 a 9). O
ensino de Paulo (o apóstolo) quanto a mulher não ensinar nas igrejas, vem dos
princípios estabelecidos pelo Criador para o homem e a mulher, quando da sua
criação original e dos efeitos da entrada do pecado na raça humana: “ E Adão
não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (1Tm
2:14).E portanto, não é uma questão de “machismo” (como afirmam muitas
“pastoras”), e sim de obediência ou desobediência à palavra revelada do Senhor
nosso Deus.
Deus criou primeiro o homem, e assim revelou o seu
propósito do homem orientar e liderar a mulher e a família. A mulher foi
formada depois (de uma costela de Adão) para ser companheira e adjutora dele,
no cumprimento do plano de Deus para o casal: “ E disse o SENHOR Deus: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante
dele.” (Gn 2:18). Portanto não aceitar este plano em nossas vidas: A mulher
achar que agora pode assumir o lugar do homem na família e na igreja, e o homem
consentir com a mulher ( até mesmo consagrando-a como “pastora”), é ,
LITERALMENTE, mais uma vez ser enganado pela serpente: “Mas temo que, assim
coma a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma
sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em
Cristo. Porque , se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos
pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebeste, ou outro evangelho
que não abraçastes, com razão o sofrereis.” (2Cor 11:3,4).
E, hoje, infelizmente, principalmente os da “nova
unção” gedoziana (igrejas em células) estão se deixando enganar, mas ainda é
hora, e agora é, de voltarmos, arrependidos, a simplicidade que há em Cristo ,
pois já nos ensina as Escrituras Sagradas que a vontade de Deus é que todos se
salvem e venham conhecer a verdade: “ Que quer que todos os homens se salvem e
venham ao conhecimento da verdade.” (1Tm 2:4)
Obedecer de coração a palavra de Deus é melhor do
que qualquer forma exterior de adoração, serviço a Deus, ou abnegação pessoal.
O Pecado de Saul (1Sm 15:22) foi seguir o seu próprio conceito de certo ou
errado, colocando-o acima da revelação Bíblica e este , também, tem sido, o
pecado de muitos nestes dias. Cristãos professos insistem em desprezar a
palavra de Deus (versículos que tratam da posição da mulher na igreja),
pensando que Ele não é fiel naquilo que já determinou, e à semelhança de Uzá,
também caminham para a morte, apesar de bem intencionados: “ Então, a ira do
SENHOR, se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e
morreu ali junto à arca de Deus.” (2Sm 6:7)
Uzá é um exemplo do perigo inerente de alguém ter
zelo por Deus, mas desobedecendo a sua santa palavra. Uzá morreu porque ele não
era levita e, portanto, não tinha a permissão de Deus para levar a arca ( mesmo
que tenha tido do rei Davi e do sumo sacerdote), pois o que Deus nos pede é
obediência a sua palavra, e não sacrifícios: “ E, quando o tabernáculo partir,
os levitas o desarmarão; e, quando o tabernáculo assentar no arraial, os
levitas o armarão; e o estranho que se chegar morrerá.” (Nm 1:51). Portanto se
a amada irmã, foi consagrada “pastora” (mesmo com o consentimento do seu marido
ou pastor), gostaria de mais uma vez, em nome do Senhor Jesus Cristo,
exortá-la: Deus não permite esta prática na sua Igreja (1Tm 2: 11 a 15), e o que
é ainda pior: É indecente que mulheres falem (com autoridade de ensino, é
claro, pois todos podemos cantar, testemunhar, profetizar e etc): “ As mulheres
estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar, mas estejam
sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres
falem na igreja.”(1Cor 14:34,35). Agora, se a amada irmã cuida ser profeta ou
espiritual, reconheça que estas palavras são mandamentos do Senhor: “ Se alguém
cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isso, que ignore.” (1Cor 37,38). E
ignorar a palavra de Deus é ignorar o próprio Deus, não é mesmo?
Ainda sobre a morte de Uzá: Deus o feriu, porque
Davi e o sumo sacerdote não tinham determinado que somente os levitas
transportassem e cuidassem da arca, segundo o seu mandamento (Nm 1:47 a 52).
Deus ordenara, que ninguém deveria, sequer, tocar na arca, símbolo da sua
presença e majestade. A ação de Uzá resultou da sua imprudência diante dos
mandamentos de Deus, ou da sua falta de temor ao Senhor e a sua morte, mesmo
tendo tido o consentimento do Rei de Israel e do sumo sacerdote, nos deixa
claro que a salvação é individual, ou seja, todos prestaremos contas de nós
mesmos ao Deus Todo-Poderoso. Uzá (ele não era levita), ao segurar a arca,
quando esta ameaçava cair do carro de boi, demonstrou certo zelo pelo Reino de
Deus, mas a palavra de Deus é clara: “ Ninguém pode levar a arca do SENHOR,
senão os levitas; porque o SENHOR os elegeu, para levarem a arca do Senhor e
para o servirem eternamente.” (1Cr 15:2). Mas Deus não se agrada de boa
intenção, minha amada irmã, Ele se agrada sim, que se lhe obedeça a palavra
(1Sm 15:22). E, ainda, hoje, no novo concerto, ele continua a nos falar: “ Não
permito, porém, que a mulher ensine...” (1Tm 2:12a).
O que também, me chama atenção neste relato
bíblico, é que os homens que estavam à frente do povo de Deus ( Davi e o sumo
sacerdote), e portanto deveriam orientá-lo no serviço do Senhor, se omitiram,
ou melhor, consentiram que Uzá, mesmo sem a permissão de Deus, transportasse a
arca, contribuindo para sua morte (2Sm 6:7). E, hoje, quantas mulheres, estão
caminhando para a morte, porque os seus pastores, não lhes anunciam todo o
conselho de Deus?: “ Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de
Deus.” (At 20:27).
Mulheres estão sendo consagradas “pastoras”, num
total desprezo a sua palavra revelada e ainda insistem em afirmar, que a
multiplicação de “igrejas células” é sinal evidente que Deus tem se agradado
desta desobediência generalizada, ou melhor “gedosianizada”, onde a palavra de
Deus tem sido como coisa estranha, que nos faz lembrar o “avivamento” do povo de
Deus no passado: “ Porquanto Efraim multiplicou os altares para pecar; teve
altares para pecar. Escrevi para eles as grandezas da minha lei; mas isso é
para eles como coisa estranha.” ( Os 8:11,12). E o que é pior: Ensinam que a
multiplicação do número de membros e, consequentemente, o crescimento também do
número de novos templos que são abertos é prova evidente que Deus tem se
agradado deles, e usam o conselho de Gamaliel para se justificarem. Ora, não é
sábio afirmar, que todo movimento, aparentemente, cristão é de Deus somente
porque não para de crescer, pois se assim for, teremos que acreditar que as
Testemunhas de Jeová, Espíritas, Mormons, ou mesmo todas as outras grandes
religiões no mundo são também de Deus, não é mesmo? Também se multiplicam como
“células”.
Repare que a mulher ficar calada na igreja, porque
não lhe é permitido falar é devido a sua posição de sujeição, estabelecida pelo
Criador, quando da sua criação, e não da vontade do homem, que nos fica claro
quando nos diz:: “Como também ordena a lei”. Repare também que Nadabe e Abiú
(sacerdotes), morreram perante o Senhor, porque trouxeram fogo estranho perante
a sua face, o que não lhes ordenara: “ Então, saiu fogo de diante do SENHOR e
os consumiu; e morreram perante o SENHOR.” (Lv 10:2). E o que é que o Senhor
tem nos ordenado, amados irmãos?: “ Não permito que a mulher ensine.” É Deus
quem não permite, e quem é o homem que ousará desafiar o Senhor levando fogo
estranho para o altar, que o Senhor não nos tem ordenado, impondo, precipitadamente,
as mãos, sobre mulheres?: “ E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um
o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e
trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.” (Lv
10:1).
E quem tem ouvidos, ouça: A consagração de mulheres
para o ministério pastoral é , literalmente, trazer fogo estranho para o altar,
e a mulher achar, que agora ela pode assumir posição de liderança no lar e na
igreja, pois tem o consentimento de muitos pastores, é mais uma vez ser
enganada pela serpente. Basta um exame superficial das Escrituras Sagradas para
compreendermos isto: Quando Eva foi enganada pela serpente, ela acreditou que
poderia ser como Deus, e hoje, muitas estão também enganadas, acreditando que podem
ser como o homem, mas não podem, pois a posição da mulher, no lar e na igreja
do Senhor Jesus é de sujeição, posição esta que foi estabelecida pelo próprio
Deus, e nunca, no exercício de autoridade sobre o marido (no lar) e sobre o
homem ( na igreja), e não aceitar este fato é , com certeza, se rebelar contra
a perfeita vontade do Senhor Jesus para a sua igreja: “Vós, mulheres,
sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador
do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também
as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.” (Ef 5:22 a24). Observamos
assim que a sujeição da mulher ao marido é vista pela Senhor, como a ele mesmo,
o que fica claro quando nos diz: “Como ao Senhor.”
A sociedade está mudando em ritmo acelerado e,
consequentemente, os valores também, nos revelando o quão perto estamos da
volta do Senhor Jesus. Hoje, o errado passou a ser o certo, o certo passou a
ser o errado ( Como exemplo podemos citar a legalização do casamento entre
homossexuais, com o direito a adoção de filhos e tudo mais). Se o casal optou
pela homossexualidade, até aí, tudo bem: Deus nos legou o direito de escolha,
até mesmo desta prática abominável (Lv18:22), mas e o direito da criança? Será
que ela gostaria de ter dois “papais” ou duas “mamães”?: “ E pervertem o
direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR
dos Exércitos.” ( Ml 3:5).
Mas a Bíblia é clara, quando diz, que ele ( o
Senhor), não muda: “ Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.” (Hb
13:8). E, embora, para muitos, o pecado, hoje, seja uma coisa normal, mas para
Deus o seu salário ainda continua sendo a morte: “ Porque o salário do pecado é
a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso
Senhor.”(Rm 6:23). Deus ama o pecador, mas abomina o pecado, e nisto não há,
também, acepção de pessoas: Tanto fora, como dentro da sua igreja. E
desobedecer a sua palavra, mesmo que estejamos, bem-intencionados, à semelhança
de Uzá, que não era levita e não tinha a permissão de Deus para levar a arca
ou, à semelhança de mulheres que não tem a permissão de Deus para o exercício
de autoridade nas igrejas (como “pastoras”), é pecado. A Bíblia faz referência
à mulheres profetizas, juízas, rainhas e etc, mas nada sobre sacerdotisas, e
sabe por que? Porque Deus não é Deus de confusão: “ Porque Deus não é Deus de
confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1Cor 14:33).
O apóstolo Paulo, em algumas de suas epístolas, se
preocupa com o relacionamento correto entre o homem e a mulher, e procura
manter este relacionamento como Deus ordenou. Ele ensina que em Cristo há
perfeita igualdade espiritual entre o homem e a mulher, como herdeiros da graça
de Deus, mas é uma igualdade que envolve a ordem e subordinação, no tocante à
autoridade (Gl 3:28). Sabemos que toda autoridade é constituída por Deus (Rm
13:1), e se rebelar contra a autoridade constituída é se rebelar contra o
próprio Deus: “ Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de
Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.” (Rm 13:2). E quem
foi que Deus constituiu como autoridade no lar e na igreja, meu amado irmão?: “
Mas quero que saibas que Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça
da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo.” (1Cor 11:3)
Portanto, fica claro neste versículo bíblico que
Deus é a cabeça em relação a Cristo, Cristo é a cabeça em relação ao homem e o
homem é a cabeça em relação a mulher. Paulo fundamenta a liderança do homem no
lar e na igreja, não em princípios culturais, mas na atividade e propósitos
criativos de Deus, ao criar a mulher para ajudar o homem. A subordinação da
mulher não é o rebaixamento da pessoa, pelo contrário, ela mostra que o homem
deve reconhecer o grande valor que Deus atribui a mulher, e que é
responsabilidade dele amá-la, protegê-la e orientá-la, de tal maneira, que a
vontade de Deus para ela no lar e na igreja seja cumprida: “ Salvar-se-á,
porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, na caridade e na
santificação.” (1Tm 2:15). Além disso, no Reino de Deus, a liderança nunca
implica ser o “maior”. A condição de ser servo e obediente na posição que Deus
nos colocou são grandezas no Reino de Deus: “ Não será assim entre vós; mas
todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal.”
(Mt 20:26)
Nos ensina a palavra de Deus: “ Vós, mulheres,
sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor.” (Ef 5:22). A esposa tem a tarefa
dada por Deus de ajudar o marido e de submeter-se a ele. Seu dever para com o
marido inclui o amor, o respeito, a ajuda, a pureza, a submissão, um espírito
manso e quieto, e ser uma boa mãe e dona de casa. É importante notar que a
submissão da mulher ao marido é vista por Deus, como parte integrante da sua
obediência a ele: “Como ao Senhor”.
E: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar,
purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo
igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível.” (Ef 5: 25 a 27). Deus estabeleceu a família como a unidade
básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus
atribui ao marido a responsabilidade de ser a cabeça da esposa e família. Sua
liderança deve ser exercida com amor, mansidão, lealdade, fidelidade, proteção,
compreensão, não buscando seus próprios interesses, e sofrendo os “danos” das tribulações
do dia a dia, exatamente como Cristo amou a igreja: Se sacrificando por ela.
Assim devemos amar nossas mulheres e que o Senhor nosso Deus tenha misericórdia
de nós e nos ajude, para que naquele Dia não sejamos envergonhados, pois aos
olhos do Senhor, de nada adianta, se, nos púlpitos, somos conhecidos como
“homens de Deus”, mas , dentro do nosso lar, nossas esposas e filhos não podem
dizer o mesmo: “ Mas , se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos
da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” (1Tm 2:8).
Como acabamos de ver: Basta apenas, um exame
superficial das Escrituras Sagradas, para compreendermos que, hoje, mulheres
assumindo posição de liderança nas igrejas, seminários teológicos e etc, é mais
um esforço de Satanás para semear engano no meio do povo Deus. Se uma das
qualificações dada por Deus, para o homem ser consagrado pastor é saber
governar bem a sua própria casa: “( Porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (1Tm 3:5). E todos sabemos que
foi o homem que ele elegeu para liderar a mulher e a família. Então o fato, de
mulheres sendo consagradas “pastoras” é um ato de rebelião ao Senhor, que não
permite tal prática nas suas igrejas, e por isso muitas estão “enfeitiçadas”
pela oferta de Satanás: “ Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria.”
(1Sm 15:23a). E que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Afinal, qual foi mesmo a razão da queda do homem?:
“ E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.”
(1Tm 2:14). Tanto o homem, como a mulher, abandonaram as atribuições que o
Senhor lhes dera no Jardim do Éden. Eva, ao agir como líder, independente do
seu marido, comeu do fruto proibido. Adão, ao negligenciar sua responsabilidade
de liderança, sob a orientação de Deus, consentiu com a transgressão de Eva, e
como resultado, ele também caiu, e trouxe o pecado e a morte à raça humana. E
repare bem no que foi dito por Deus, depois da queda, a Adão e Eva,
respectivamente: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e
comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a
terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.”(Gn
3:17); “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua
conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele
te dominará.” (Gn 3:16).
O castigo imposto sobre o homem e a mulher, bem
como o efeito do pecado sobre a natureza, tinham o propósito de relembrar à
humanidade as consequências terríveis do pecado e de levar cada um de nós a
depender de Deus, com fé e obediência, pois podemos ter certeza, que na
obediência temos a vida, mas na desobediência herdamos a morte e esta palavra
ainda vale para os nossos dias, ou não?: “ Certamente morrerás” (Gn 2:17). E, à
semelhança, do que fez com Eva, Satanás continua querendo enganar as
verdadeiras servas de Deus destes dias, agora dizendo que elas serão como o
homem e para isso já tem o consentimento de muitos “pastores” que chamam de
tradicionais, antiquados e “machistas” todos os que perseveram na obediência à
palavra revelada. Movimento este que chamamos “carismático feminista” , ou como
já é mais conhecido mundialmente: “ Movimento Carismático Internacional”, ou
Grupo dos Doze (G-12), ou “igrejas em células”.
Hoje, claramente, observamos, que o movimento
feminista, já se encontra bem enraizado dentro de muitas igrejas que professam
a fé cristã. Satanás tem seduzido multidões com seus ensinos anti-bíblicos, que
mesmo desprezando a palavra de Deus se é possível herdar a salvação, pois tem
dito: “ Certamente não morrereis.” (Gn 3:4). Mas é MENTIRA, minha amada irmã, a
salvação da mulher está também condicionada a ela aceitar de bom grado a
posição que lhe foi imposta no lar e na igreja pelo Criador e que por toda as
Escrituras Sagradas lhe proíbe o exercício de autoridade: “ Salvar-se-á, porém,
dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, na caridade e na
santificação.” (1Tm 2:15). O que significa ser modesta na fé? Será que é
assumir posição de liderança no lar e na igreja, mesmo sem a permissão de Deus?
Acredito que não. A mulher é salva pela fé em Deus, aceitando com modéstia, o
que lhe foi atribuído pelo Criador.
“Salvar-se-á, porém, dando à luz à filhos”. A mais
alta posição da mulher, e a sua verdadeira dignidade, está no lar como esposa e
mãe piedosa. Ela não terá maior realização interior, alegria, benção ou honra,
do que tornar-se esposa e mãe cristã, dar à luz filhos, amá-los e criá-los para
glória de Deus. Ou será que o nosso Criador não nos conhece melhor do que nós
mesmos? Talvez para os feministas e simpatizantes de nossos dias este versículo
bíblico não tenha mais o mesmo valor que quando foi escrito. Se Uzá não
conhecia a palavra de Deus, que não permitia que ele transportasse a arca, a
Bíblia não relata, mas você, minha amada irmã, está sendo orientada segundo
todo o conselho de Deus: “ Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de
autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi
formado Adão, depois Eva.” (1Tm 2:12,13). E sabe por que Deus não permite que a
mulher exerça autoridade sobre o homem, minha amada irmã? Porque só o Senhor é
Deus, o Todo-Poderoso e apenas ele e mais ninguém tem poder sobre o “barro”, e
na sua soberania criou primeiro o homem, e depois a mulher para ser sua
adjutora e ponto final. Poderia ter sido diferente? Poderia, mas não foi, e
será isso motivo para nos rebelarmos contra o nosso Criador e Senhor?: “ Mas, ó
homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que
a formou: Por que me fizeste assim?” (Rm 9:20). Que o Senhor tenha misericórdia
de nós, e de nossas mulheres e de nossos filhos.
E, hoje, muitas “pastoras” querendo justificar, com
base bíblica, a sua posição de liderança nas igrejas, citam o fato de Débora
ter assumido posição de liderança em Israel: “ E Débora, mulher profetiza,
mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.” (Jz 4:4). Mas o trecho
bíblico fala por si só: Débora foi profetiza e juíza, ela não foi sacerdotisa e
o fato de Deus ter usado uma mulher para livrar o seu povo da opressão dos seus
inimigos: “ E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra
pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o SENHOR venderá a Sísera. E
Débora se levantou e partiu com Baraque para Quedes.” (Jz 4:9), era sinal
evidente de juízo de Deus contra a liderança do seu povo, que fazia o que era
mal aos seu olhos (Jz 4:1), e que também não encontrou um homem que estivesse
na brecha por aquela geração (Ez 22:30), a não ser o “inseguro” Baraque, pois a
vontade perfeita de Deus é que homens estejam à testa do seu povo, e não
mulheres: “ Os opresssores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa
do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho
das tuas veredas. O SENHOR se levanta para pleitear e sai a julgar os povos. O
SENHOR vem em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes.”
( Is 3: 12,13 e 14).
Esta era a realidade em Israel nos dias de Débora
e, também, a realidade que estamos vivendo hoje ( Ez 22: 23 a 31), quando
muitos que se dizem pastores, movidos pelos mais diferentes interesses, que na
maioria da vezes é político ou financeiro, colocam o seu conceito de certo ou
errado acima da revelação bíblica. Pregam mensagens atraentes e sedutoras,
bíblicas mas não evangélicas, e enganam multidões com este outro evangelho
GEDOZIANO, que permite até a consagração de “pastoras”, mesmo sem a permissão
de Deus. E o que é pior: Mulheres, que a exemplo de Débora, deveriam se
levantar em profecia e julgando o fruto para saber se a “árvore” é boa,
cooperando na obra do Senhor, preferem se deixar seduzir e seguir os passos de
Eva, caminhando, repito, para a morte, por darem ouvidos à estes “ministros de
justiça”: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia,
assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem
da simplicidade que há em Cristo.” ( 1Cor: 11:3). Não se deixe enganar, minha
amada irmã, seja uma “Débora”, e não uma “Eva”.
Débora, mulher valorosa e virtuosa, foi um “tipo”
da Igreja do Senhor Jesus para os últimos dias. Ela cumpriu com determinação e
obediência as atribuições que lhe foram dadas pelo Senhor, pois agiu, com
fidelidade, exatamente, como muitas santas mulheres em nossos dias, verdadeiras
cooperadoras e adjutoras na obra do Senhor. E que nós, pastores, também, nos
momentos de “insegurança” e desânimo em nossos ministérios, ou em dias de
apostasia, possamos ouvir nossas esposas e cooperadoras também profetizarem: “
Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia em que o SENHOR
tem dado a Sísera na tua mão.” ( Jz 4:14). Repare também, meus amados irmãos,
que Débora, mesmo na condição de juíza e profetisa em Israel, , ela ainda
assim, reconheceu a sua sujeição ao “inseguro” Baraque, quando disse que o
Senhor tinha dado Sísera na mão dele e não na sua, pois como mulher de Deus que
era, ela sabia que o Senhor elegera os homens para liderarem seu povo (Is 3:12
a 14), e não mulheres. ALELUIA! Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
MARANATA!
O Ministério Da Mulher
Uma das características de grande parte da Igreja
Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos
evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos
e pais da Igreja — que uma vez deturpada foi mais tarde defendida pelos
reformadores — e vivem numa busca constante de novidades e modismos
doutrinários. Nos últimos anos, vimos vários ensinos e práticas controvertidos
invadir os púlpitos e infestar a mídia evangélica, tais como, quebra de
maldições hereditárias, cura interior, espíritos territoriais, mapeamento
espiritual, galacionismo (que é a tentativa de levar a igreja à práticas e
ensinos do Velho Testamento, como a guarda do sábado e das festas de Israel),
dentre muitos outros, não nos esquecendo do movimento G-12 / Encontro que mais
tem dividido igrejas atualmente.
Agora, surge em nosso meio a questão sobre o
ministério pastoral feminino, ou seja, temos base bíblica para a ordenar
pastoras? Os que apoiam esta teoria se defendem alegando discriminação,
preconceito e machismo contra a mulher por parte daqueles que preferem ficar
com a Bíblia e não veem este ministério contido nela. Não podemos olhar pelas
lentes da capacidade da mulher como querem, não é esta a discussão, todos
sabemos que a mulher tem capacidade ímpar, mas sim devemos olhar para a Palavra
de Deus.
Muito argumento é usado por parte daqueles que defendem a ordenação de
pastoras, porém sem nenhuma base Bíblica, para iniciar este assunto começo
destacando os seguintes tópicos:
1. O Valor
da Mulher segundo a Bíblia;
2. A posição da Mulher segundo a Bíblia e o Presbitério
3. Argumentos refutáveis;
4. Bíblia x Modismo.
2. A posição da Mulher segundo a Bíblia e o Presbitério
3. Argumentos refutáveis;
4. Bíblia x Modismo.
É bom lembrar que não pretendo neste opúsculo, desrespeitar autoridades por Deus constituídas, nem aqueles que defendem a ordenação de pastoras. Mas já vimos homens de Deus consagrados que uma vez se apoiando em suas experiências espirituais, esqueceram a Bíblia e estão “ passando do evangelho ” Gálatas 1:6b.
1. O Valor
da Mulher segundo a Bíblia
Seríamos ignorantes em afirmar que a mulher não tem
valor, pela palavra de Deus, vemos que a mulher tem um valor maravilhoso, e
muitas vezes não é reconhecido. Muitos versículos poderiam ser usados aqui para
descrever o valor da mulher, mas vamos ver à luz de Provérbios 31 “A Mulher
virtuosa”.
- Diligente e prendada, portanto treinada e
instruída, vers. 13, 19, 22.
- Proprietária de Terras e bem-sucedida mulher de negócios, vers. 16, 23.
- Benfeitora dos pobres e necessitados, uma filantropa e benfeitora dos pobres e necessitados, vers. 20
- Sábia e possuindo opinião respeitada, vers. 26.
- Proprietária de Terras e bem-sucedida mulher de negócios, vers. 16, 23.
- Benfeitora dos pobres e necessitados, uma filantropa e benfeitora dos pobres e necessitados, vers. 20
- Sábia e possuindo opinião respeitada, vers. 26.
Somente nesta passagem Bíblica vemos o quanto a
mulher é valorizada, isto é quando sábia, e hoje infelizmente em muitas denominações
ela não é respeitada, a Bíblia nos ensina a necessidade de destacarmos o
ministério da Mulher.
Uma antiga estória judaica demonstra como era
importante a mulher em Israel. A estória diz que certa vez um homem casou-se
com uma mulher eles não tinham filhos, portanto decidiram divorciar-se, o
ex-marido casou-se com uma mulher ímpia o qual o tornou ímpio também, a
ex-mulher dele casou-se com um homem ímpio e fez dele um homem reto, pio. Moral
da estória, é que a influência da mulher determina a vida espiritual da família
e da nação, “... se alguns dos maridos não obedecem à palavra, pelo
procedimento das mulheres sejam ganhos sem palavra...” I Pedro 3:1b “... pois o
marido incrédulo é santificado pela mulher...” I Coríntios 7:14a.
Nosso Presbitério sempre valorizou as mulheres,
nosso estatuto dá imensa área de atuação à mulher, não seria um título, como o
de pastora, que a faria mais capacitada ou habilitada para desenvolver seu
potencial como, pregadora, conselheira, dirigente de departamentos, etc. Muito
ainda poder-se-ia falar sobre o valor da mulher, mas este opúsculo seria
pequeno para isto.
2. A posição
da Mulher segundo a Bíblia e o Presbitério;
Exemplos da posição de Mulheres na Bíblia:
- Eva companheira, adjutora, chamada a estar ao
lado do marido.
- Miriã foi profetiza e cantava louvores, Ex. 15:20, 21, esteve ao lado de Moisés e Arão, Mq. 6:4 na liderança do povo de Israel;
- Débora, profetiza e Juíza, Jz 4:4, 5, liderou um ataque ao inimigo;
- Hulda, II reis 22:14, inspirou o rei Josias as mais amplas reformas morais e espirituais já registradas tendo como resultado um grande avivamento;
- Maria, Mãe de Jesus;
- Ana a profetiza, Lc 2:36, 37;
- Uma pregadora Jo. 4;28,29,39;
- Mulheres que sustentavam a Jesus, Lc 8:2,3;
- Mulheres ao lado da cruz, Jo 19:25 e Mc 15:47;
- Mulheres anunciaram a ressurreição, Jo 20:1, Mt 28:8;
- Veja sobre Débora no final deste opúsculo
- Miriã foi profetiza e cantava louvores, Ex. 15:20, 21, esteve ao lado de Moisés e Arão, Mq. 6:4 na liderança do povo de Israel;
- Débora, profetiza e Juíza, Jz 4:4, 5, liderou um ataque ao inimigo;
- Hulda, II reis 22:14, inspirou o rei Josias as mais amplas reformas morais e espirituais já registradas tendo como resultado um grande avivamento;
- Maria, Mãe de Jesus;
- Ana a profetiza, Lc 2:36, 37;
- Uma pregadora Jo. 4;28,29,39;
- Mulheres que sustentavam a Jesus, Lc 8:2,3;
- Mulheres ao lado da cruz, Jo 19:25 e Mc 15:47;
- Mulheres anunciaram a ressurreição, Jo 20:1, Mt 28:8;
- Veja sobre Débora no final deste opúsculo
Quando Jesus ordenou “Ide a todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura” nesta comissão a mulher estava incluída, o mesmo
ocorre quanto aos sinais “...Estes sinais seguirão aos que creem” Mc 16:17 , e
também as mulheres se incluem naquela maravilhosa promessa : “Aquele que crê em
mim, fará as obras que eu faço” Jo 14:12. Mas em nenhuma parte da Bíblia vemos
o ministério pastoral feminino, ainda que a mulher desempenhe um trabalho que
se aproxime do ministério pastoral, contudo não a torna uma pastora, se
abrirmos brechas segundo argumentos estaremos nos rendendo a precedentes
inimagináveis, tais como ordenar crianças ao ministério, aceitar homossexuais
como ministros só porque são excelentes como pessoa, conforme está escrito “Um
abismo chama outro abismo” Salmos 42:7.
Palavra do Presbitério sobre o Ministério da
Mulher, Manual página 10 diz:
"Cremos que todas as mulheres que se tornam
cristãs... e como membros efetivos da igreja recebem dons espirituais que as
capacitam a exercer ministério específicos, no Lar, Igreja e Sociedade. As
mulheres cristãs sob autoridade...devem ter oportunidade para se dedicarem ao
serviço cristão através da sua igreja, conforme habilidade e dons. Deus
soberanamente vocaciona...mulheres para exercerem ministério específicos,
AUXILIANDO e SUPLEMENTANDO...nunca COMPETINDO, ou DESAUTORIZANDO o homem.
Ministérios reconhecidos: Ministério de educação secular, Ministério de
assistência Social, Ministério de aconselhamento, Ministério de evangelismo,
Ministério de missões, Ministério de oração e intercessão."
O PRESBITÉRIO DEIXA A SEGUINTE NOTA :
NÃO TEMOS NA BÍBLIA UM SÓ EXEMPLO DE MULHERES MINISTRAS OU PASTORAS,
AINDA QUE HAJA, UM SEM NÚMERO QUE DEIXARAM UM EXEMPLO E DEVOÇÃO AO MESTRE
JESUS.
Não devemos confundir DONS ESPIRITUAIS, COM POSIÇÃO
OFICIAL NA IGREJA, há tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento, caso
de mulheres exercendo o serviço conforme DONS RECEBIDOS DE CRISTO, porém JAMAIS
EXERCENDO AUTORIDADE NA IGREJA SOBRE OS HOMENS. Fica Claro à luz da Bíblia, que
o propósito de Deus ao criar a mulher foi para que esta fosse Companheira e
AUXILIAR IDÔNEA DO MARIDO, estando Debaixo da sua autoridade e governo,
conforme I Coríntios 11:3.
As experiências de algumas denominações evangélicas
na ordenação de mulheres ao Ministério Oficial, além de estar gerando muita
polêmica desnecessária, não tem sido de toda aprovada deixando inúmeras sequelas
para as mesas.
Temos aqui acima a palavra do Presbitério hoje,
primeiro, não podemos cair no erro infantil de dizer que o estatuto está
ultrapassado, sendo que o mesmo não tem nem dez (10) anos completos desde que
foi aprovado, segundo, aceitamos no Estatuto só o que nos agrada e os demais
artigos ignoramos ou pedimos renovação? Isto seria pisarmos em cima dos homens
de Deus sérios e consagrados que ajudaram a formular e aprovar este Estatuto,
muitos dos quais ainda se encontram em nosso meio e merecem respeito, no artigo
102o do referido estatuto diz: As Igrejas deverão alterar seus Estatutos para
se adequarem às normas constantes nesta constituição e não o contrário, adequar
o Presbitério ao gosto das Igrejas, e terceiro, não será uma assembleia geral
ordinária ou extraordinária que resolverá este assunto por meio de voto, e sim
a Bíblia a Palavra de Deus, a final de contas, somos guiados pelos votos da
Assembleia ou pela Bíblia? Pode a Assembleia ser maior que a Bíblia, sendo assim
seria a banalização do Evangelho, este assunto não se resolve com votação, e
sim com a Bíblia aberta e examinada, o estatuto diz: a assembleia é soberana em
suas decisões, mas pergunto estaria a Assembleia acima da Palavra de Deus,
respondo : NUNCA!
“Errais não conhecendo as escrituras e nem o poder de Deus” - Mateus
22:29
"Examinais as escrituras, porque pensais ter nelas a vida eterna” - João 5:39
"Examinais as escrituras, porque pensais ter nelas a vida eterna” - João 5:39
3.
Argumentos refutáveis
Aqueles que defendem a ordenação de pastoras, usam de argumentos extra-bíblicos para corroborarem sua posição, desde que as mulheres em algumas áreas seculares se dão muito melhor que certos homens, que nas forças armadas o que importa é derrotar o inimigo e não quem está atrás do gatilho, é verdade que temos visto, vergonhosamente, lares desestruturados, onde homens perderam sua posição dentro do lar, homens que perderam sua autoridade dentro de casa onde suas mulheres por terem um salário maior é que tem sido cabeça impondo condições, sendo autoridade sobre o marido, sabemos que muitos homossexuais trilharam este caminho por verem em seus pais valores invertidos, onde a mulher é a cabeça e o homem consequência dela, verdadeiras ‘varuncas’, insubmissas, ameaçadoras verdadeiras Jezabe’is impondo sobre os Acabe’s da vida. Os que argumentam indagam que o machismo tem que ser derrotado, e o preconceito e a discriminação tem que cair, dando a nítida impressão chamando de machistas, preconceituosos ou discriminadores homens de Deus que tem apoio bíblico para não ordenar mulheres como pastoras, é bom lembrar que estes homens de Deus permanecem fiéis à Palavra de Deus e os contraditórios sim querem colocar de lado a Bíblia e enfiar ‘goela’ a baixo mais este modismo.
Se olharmos para os nossos sentimentos e emoções, como
pastor é obvio que queremos o melhor para as nossas esposas, pois o marido
querendo o bem da esposa terá o bem para si mesmo, pois são ambos uma só carne,
dou testemunho que a minha esposa trabalha na obra tão bem e até mais que
alguns pastores que conheço, porém não é por isto que ela deseja a ordenação
pastoral e nem por isso esquecemo-nos da Bíblia.
Olhando para o mundo, sentimentos e emoções veremos
inúmeros exemplos de mulheres na liderança, de empresas, cidades, até de
países, porém, temos que olhar para o mundo ou para a palavra de Deus ? “ não
te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que tenhas sucesso...
não se aparte da palavra, medita de dia e de noite, para que tenhas o cuidado
de fazer conforme tudo quanto nele esta escrito” Josué 1:7,8 .
4. Bíblia X
Modismos
O que está na moda hoje? Ou seja, Qual o modismo
agora? Entendo que a Bíblia é a nossa bússola, nos indica a direção, é luz para
o caminho, lâmpada para os pés.
Será que Deus ( que não muda), permite que, hoje, mulheres
assumam posição de liderança nas igrejas? Ou será que pastores, que afirmam que
receberam uma “nova unção”, tem mais autoridade, que a própria autoridade das
Escrituras Sagradas e podem, agora, “consagrar” mulheres para o ministério
pastoral? O que temos observado nestes últimos dias, nada mais é , que o
cumprimento da palavra também revelada, de que viria o tempo em que a sã
doutrina não seria sofrida (2Tm 4:3,4), e que antes da volta do Senhor, para
buscar o seu povo, viria a APOSTASIA: “ Ninguém de maneira alguma, vos engane,
porque não será assim, sem que antes venha a apostasia...”(2Ts2:3a). Apostasia
que, literalmente, significa “desvio”, “afastamento” e “abandono”, ou seja,
nestes últimos dias, um grande número de pessoas, nas igrejas, tem se apartado,
da verdade bíblica, e ainda assim, acreditam, que é possível servir a Deus,
desobedecendo a sua palavra.
E, infelizmente, muitas mulheres, até bem
intencionadas, estão, literalmente, caminhando para morte e levando outros, por
darem ouvidos a espíritos enganadores (1Tm4:1),e acreditando que Deus ( que
deixa claro na sua palavra que não permite que a mulher exerça autoridade) está
se agradando desta prática apóstata, que tem desviado multidões da perfeita
vontade de Deus para o seu povo, que é a obediência incondicional a sua santa
palavra, pois já nos ensina um outro conhecido versículo bíblico: “ Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar.” (1Sm 15:22). “ Porque virá tempo em que
não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da
verdade, voltando às fábulas.” (2Tm 4:3,4). O homem e a mulher são igualmente
amados e preciosos à vista de Deus: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo
já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl
3:27,28). Porém, foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção
da família e da igreja: “O varão, pois, não deve cobrir a cabeça(submeter-se à
autoridade da mulher), porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher a
glória do varão. Porque o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão.
Porque também o varão não foi criado por causa da mulher, mas a mulher, por
causa do varão.” (1Cor 11: 7 a 9). O ensino de Paulo (o apóstolo) quanto a
mulher não ensinar nas igrejas, vem dos princípios estabelecidos pelo Criador
para o homem e a mulher, quando da sua criação original e dos efeitos da
entrada do pecado na raça humana: “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão.” (1Tm 2:14). E portanto, não é uma questão de
“machismo” (como afirmam muitas “pastoras”), e sim de obediência ou
desobediência à palavra revelada do Senhor nosso Deus. Agora, se a amada irmã
cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que estas palavras são mandamentos
do Senhor: “ Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas
que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isso, que
ignore.” (1Cor 14:37,38). E ignorar a palavra de Deus é ignorar o próprio Deus,
não é mesmo? : “ Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia
em que o SENHOR tem dado a Sísera na tua mão.” ( Jz 4:14). Repare também, meus
amados irmãos, que Débora, mesmo na condição de juíza e profetisa em Israel, ,
ela ainda assim, reconheceu a sua sujeição ao “inseguro” Baraque, quando disse
que o Senhor tinha dado Sísera na mão dele e não na sua, pois como mulher de
Deus que era, ela sabia que o Senhor elegera os homens para liderarem seu povo
(Is 3:12 a 14), e não mulheres. ALELUIA! Que o Senhor tenha misericórdia de
nós. MARANATA!
Não devemos ficar imitando só porque a Igreja X ou
N tem Pastoras, Bispas ou Episcopisas, não significa que temos que imita-los,
temos sim que imitar o que é bom, mas não exemplos que tem difamado,
envergonhando e causado divisão como o próprio Presbitério afirma, disse Jesus
“Quem é comigo ajunta e não espalha”. “E Ele mesmo deu uns para apóstolos,, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para PASTORES ( AS ?
) e doutores” Efésios 4:11.
Finalizando:
Só porque alguns movimentos estão em evidência não
significa que devemos nos submeter a eles, devemos sim nos envolver no mover do
Espírito Santo e nos satisfazer com a Palavra de Deus, muitos por irem além do
evangelho, caíram da graça se desviando e desviando a muitos.
Volto a afirmar que não é a capacidade e valores da
mulher que estão sendo examinandos, tenho certeza que temos em nosso meio
servas de Deus exemplares de capacidades e valores que sobrepujam em muito
pastoras auto-rotuladas ou não, mas o que examinamos à luz da Bíblia aqui é, se
existe alguma base bíblica para tal procedimento, e descobrimos que não.
Examinando a Palavra vemos que Deus chama a mulher para a obra sim, lhes envia
dons, porém não as ordena como pastoras.
Posso citar alguns prováveis problemas se
separarmos as mulheres ao ministério Pastoral.
1) A Igreja cujo pastor é o presidente, tendo sua
esposa-pastora na vice-liderança, ocorrendo o óbito dele, ela assumiria a
Igreja, sendo autoridade sobre os presbíteros e oficiais, desviando totalmente
dos princípios bíblicos.
2) No Presbitério provavelmente algum dia uma
pastora assumiria como Presidente, submetendo pastores e oficiais submissos à
sua liderança contrariando a ordem bíblica.
3) Mesmo no caso de ordenarmos apenas as esposas
dos pastores como pastoras teríamos inúmeros problemas, aqui em São José do Rio
Preto-SP, temos visto pastoras divorciadas, amasiadas, pastoras quais os
maridos nem convertidos são, pastoras viúvas exercendo autoridade sobre homens,
inclusive aquelas que literalmente ‘mandam em seus maridos’, pois os mesmos creem
que estariam contrariando uma “ungida” de Deus. Não podemos nos esquecer que as
mulheres são uma benção, porém quando fora da direção divina, provocam muitos
estragos, tais como Hellen White a profetiza dos Adventistas, Valnice Milhomens
com seus ensinos judaizantes, sabatistas. (indico a leitura do Livro
Evangélicos em Crise). Temos caso em nossa cidade de uma obreira após se formar
pastora, saiu da Igreja onde estava e abriu uma para ela, casos assim são
constantes, uma outra no rádio e na TV desafia pastores a medir forças
espirituais com ela.
4) Pastores de outras denominações, inclusive
oficiais tem mostrado insatisfação em ter que se submeter a uma Pastora ou
Bispa, que muitas das vezes age pela emoção e não pela razão da Palavra, e
muitas outras dificuldades poderiam ser apresentadas aqui. Este não será o
último vento de doutrina a invadir o arraial evangélico. Seus líderes atuais já
abraçaram outros modismos no passado e certamente, abraçarão outros que virão.
Por esta razão, deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou
ministério que se abrem para um vento de doutrina, um modismo doutrinário ou
uma aberração teológica, estarão sempre abertos para a próxima onda quando
aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a permanecermos constantes, firmes na
Rocha!
Em Cristo Jesus,
Pr. Afonso Martins
Pr. Afonso Martins
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Fonte CACP
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