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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A suposta intercessão dos mortos

Recebidos na pátria celeste e vivendo junto do Senhor (cfr. 2 Cor. 5,8), não cessam de interceder, por Ele, com Ele e n’Ele, a nosso favor diante do Pai, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo (cfr. 1 Tim., 2,5), servindo ao Senhor em todas as coisas e completando o que falta aos sofrimentos de Cristo, em favor do Seu corpo que é a Igreja (cfr. Col. 1,24).”

 Concílio Vaticano II, Lumen Gentium,  parágrafo 49
    O texto citado (Cl 1:24) está totalmente fora do contexto. Completar o que resta das aflições de Cristo não tem nada a ver com o que os Padres do Vaticano II sugerem acima. Basta ler o versículo para se certificar disto.

A questão é: Por que não existia um “São Noé”, “São Moisés”, “São Enoque”? Por que Paulo, João, ou mesmo Pedro não pediam intercessão de “São Elias”? Não estavam todos eles (Noé, Moisés e Elias) mais perto de Deus?

Um caso ainda mais interessante é o de Abraão. Os Judeus tinham tanta reverência com Abraão que lhe chamavam de pai (Jo 8:53; At 7:2; Rm 4:12; Tg 2:2). Por que não “rezavam” a Abraão? Será que Abraão não poderia ajudá-los? Certamente não poderia, visto que Abraão sequer conhece os que viveram depois dele (veja Is 63:16).
A Bíblia nos ensina a orar a Deus e somente a Ele (Mt 6:9-13; At 1:24-25 , 7.59-60, 4,24-30; 2 Co 12.8; Ap 22.20; Jo 15.16; 14.14; e etc). Deus exige devoção singular: “Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei.” (Jr 29:12); poderia Deus ter sido mais claro?

A pergunta que fica é a seguinte: A Bíblia não fala de santos intercessores no céu, então de onde o Clero Católico retirou esta doutrina? Sabemos, baseados na Palavra viva de Deus (Hb 4:12), que esta doutrina não procede das Sagradas Escrituras inspiradas e portanto deve ser rejeitada.

Conclusão

Esta é uma das doutrinas mais conhecidas do Catolicismo, pois o número de Santos canonizados pela Igreja Católica sobe a cada ano. No ano de 375 d.C. os santos começam a serem cultuados. Mais tarde, em 609 d.C. a “invocação dos Santos e dos anjos” passa a ser doutrina da igreja. Já no ano de 884 d.C. o Papa Adriano III aconselha a canonização dos santos. A doutrina da Comunhão dos Santos foi se formando ao longo dos séculos e claramente não vinha dos ensinamentos apostólicos, pois se fosse desta maneira, não necessitaria de ser “ajustada” ao longo dos anos.

Sobre a Comunhão dos Santos, a Igreja Católica afirma que:
  • Os Santos no céu são parte do corpo de Cristo e nos ajudam
  • Os Santos no céu podem interceder por nós
A doutrina Católica vai muito além do que vimos aqui. Esta oração aos Santos, clamando por sua intercessão, é uma prática muitíssimo semelhante à comunicação com os mortos – chamada necromancia – proibida por Deus (Dt 18:11). Temos todos os motivos para orar somente a Deus (Fp 4:6), e sabemos que ele nos ouve (2Cr 7:14; Jr 29:12) e responde nossas orações (Mt 7:8; Jo 15:16, 16:23-26; Tg 5:16). Para que precisamos inventar santos para interceder por nós? Jesus intercede por nós (Hb 7:25), o Espírito Santo intercede por nós (Rm 8:26), e a igreja (corpo de Cristo) intercede por nós (Rm 15:30). Para que precisaríamos inventar mais intercessores?

Sabemos que “É com ciúme que por nós anseia o Espírito,” (Tg 4:5), isto por que as doutrinas obscuras do Catolicismo têm traído ao Espírito Santo, trocando-o por santos. Nossas orações são devidas somente a Deus e ele vela por este princípio. Deus abomina a oração direcionada a ídolos (Is 44:17), como diz Paulo: “trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador,” (Rm 1:25). A doutrina do catolicismo da Comunhão dos Santos não é Bíblica e não tem bases nas sagradas Escrituras. Devemos então dar crédito a tal ensinamento? Será que tal doutrina procede de Deus?

Perguntas para meditação:

1.  Como os mortos continuam a fazer parte do corpo de Cristo, uma vez que o corpo de Cristo são os Cristãos que estão sobre a terra agindo em favor do Evangelho?
2.  Onde a Bíblia ensina que os que morrem no Senhor podem interceder por nós?
3.  Se a Bíblia diz que eles não têm mais parte no que se faz debaixo do sol, como podemos dizer que os mortos podem nos ajudar?
4.  Se os mortos podem interceder pelos vivos, porque Paulo nunca pediu a intercessão de Estêvão? Ou de João Batista? Ou de Tiago? Eles já não haviam morrido (At 7:60; Mt 14:10-11; At 12:2) e estavam mais perto de Deus?
5.  Não estaria o Catolicismo usando de argumentos muito mais duvidosos do que verdadeiros quando afirmam que os que estão mortos podem interceder pelos vivos?
6.  Na Bíblia não se registra nenhuma oração feita a algum “santo”. Por que então a Igreja Católica afirma que isso é Bíblico?
7.  A única base “Bíblica” de que se serve a Igreja Católica para provar a intercessão dos santos é proveniente de um livro cuja inspiração é altamente duvidosa. Pode-se, portanto, crer nisto?
8.  Merece crédito o dogma da Comunhão dos Santos?



Extraído do livro “O Catolicismo e a Bíblia” de Rafael Nogueira

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