Confissões, Catecismos e Credos – O que eles têem a dizer sobre a divisão da lei? - O Peregrino

O Peregrino

Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16

test banner

Breaking

Post Top Ad

Minha Rádio

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Confissões, Catecismos e Credos – O que eles têem a dizer sobre a divisão da lei?



O que eles têem a dizer sobre a divisão da lei? 
Geralmente os adventistas para apoiarem sua tese da vigência e divisão da lei mosaica no NT apelam para longas listas de citações de algumas Confissões de Fé históricas e teólogos protestantes. Mas há um problema com tudo isso, pois se eles consideram quebrantadores da lei os que guardam o domingo e dizem que (citando Tiago 2.10) quem quebranta um só dos mandamentos quebrantou toda a cadeia dos dez, como então poderão citar como autoridade todos estes Catecismos, Confissões e frases protestantes como prova de que o sábado está em vigor? Eles apóiam a guarda do sábado? É realmente isso que estes artigos de fé concluem? Vejamos o que diz certas confissões de fé sobre o sábado:
Confissão de fé Batista de 1689
Capítulo 22 – Adoração Religiosa e o Dia do Senhor
7. Por instituição divina, é uma lei universal da natureza que uma proporção de tempo seja separada para a adoração a Deus. Por isso, em sua Palavra – através de um mandamento explícito, perpétuo e moral, válido para todos os homens, em todas as eras – Deus determinou que um dia em cada sete lhe seja santificado,28 como dia de descanso. Desde o começo do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia era o último dia da semana; e, desde a ressurreição de Cristo, foi mudado para o primeiro dia da semana, que é chamado ‘Dia do Senhor”. A guarda desse dia como sábado cristão deve continuar até o fim do mundo, pois foi abolida a observância do último dia da semana. 
1.Confissão de Fé de New Hampshire
2.Primeira Confissão de Londres 1644 (Inglaterra)
3.Segunda Confissão de Londres 1833 (EUA) 
“Cremos que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor, ou o sábado cristão; e deve ser mantido sagrado para propósitos religiosos, pela abstenção de todo o labor secular e recreações pecaminosas; pela observância devota de todos os meios de graça, tanto privado quanto público, e pela preparação para aquele repouso que restara para o descanso do povo de Deus.”
1.Catecismo Maior de Westminster
2.Catecismo Menor de Westminster
Pergunta 116. Que se exige no quarto mandamento?
R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquem ou guardem santos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor.
Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19-27; Ap 1.10.
Pergunta 117. Como deve ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor (= Domingo)? 
R: O Sábado, ou Dia do Senhor (=Domingo), deve ser santificado por meio de um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sempre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são lícitos em outros dias; e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações, e, com toda previsão, diligência e moderação, dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres e mais prontos para os deveres desse dia.
Ref.: Ex 20.8,10; Ex 16.25,26; Jr 17.21,22; Mt 12.1-14; Lv 23.3; Lc 4.16; Lc 23.54-56;
O Catecismo de Heidelberg
P. 103. Que é que Deus requer no quarto mandamento? 
“Primeiro, que o ministério do Evangelho e a educação cristã sejam mantidos e que eu freqüente diligentemente a igreja, especialmente no dia do Senhor, para ouvir a Palavra de Deus, para participar dos santos Sacramentos, para invocar publicamente o Senhor e para prestar serviço cristão aos que estiverem em necessidade. Segundo, que eu cesse a prática de minhas obras más todos os dias de minha vida, permita que o Senhor opere em mim pelo seu Espírito, e assim. comece nesta vida o descanso eterno.” (Até aqui as confissões).
Conclusão
Partindo da filosofia adventista de que quem quebra um dos mandamentos quebrou todo o resto, diríamos que todas essas autoridades no final não servem de base alguma para apoiar as alegações adventistas, pois nenhuma delas apoia a guarda do sábado, até mesmo o considera ab-rogado, e em seu lugar guardam o domingo o dia do Senhor. Mas são os mesmos adventistas que dizem que quem guarda o domingo está prestando honra ao papado e no futuro terá a marca da besta. A conclusão inevitável que tiramos disso é que todas essas autoridades estão debaixo do poder do papado e no futuro terão a marca da besta segundo palavras dos próprios adventistas. Observe o que diz a profetisa dos adventistas quanto a isso:
“Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que conscientemente guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais seria um sinal de vassalagem ao papa em lugar de Deus.” (O Grande Conflito)
Agora observe essa declaração a seguir: 
” A ‘imagem da besta’ representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas.”
Cabe aqui uma pergunta: Lutero e Calvino não se enquadrariam aqui nesta descrição de apostasia? E a igreja Anglicana? Todas elas sem exceção eram igrejas estatais e não pouco usaram do poder civil para impor seus dogmas em muitos casos, principalmente, o domingo.
Observe o que diz certa obra teológica:

“Os reformadores ingleses e escoceses, no entanto deram ao sabatismo sua forma mais rigorosa, ao requererem que todas as pessoas frequentassem a igreja no “Dia do Senhor, comumente chamado domingo” ; proibindo todos os trabalhos “os trabalhos e negócios mundanos , com a única exceção de “obras de necessidade ou de caridade” (Decreto-Lei Parlamentar 29, cap.7, de Carlos II). Os puritanos ingleses e os presbiterianos escoceses que foram para os Estados Unidos decretaram, por sua vez, legislações semelhantes, incluindo as “leis azuis” que restringiam o comércio aos domingos.” (Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, vol. I editor Walter A Elwell – vários colaboradores – ed. Vida Nova pág. 462)
Falando sobre os cristãos que guardam o domingo, certo escritor adventista lança toda sua raiva ao dizer: “…embora a cristandade semi-apostatada averbe este dia como o ‘dia do Senhor’.” (Subtilezas do Erro pág. 185)
A única razão obvia do porquê os adventistas ainda usarem esta lista de confissões e credos históricos é para enganar os mais incautos, é um argumento unilateral, fazem isso por pura conveniência. Deixe-me explicar: quando estes mesmos credos ou Confissões de fé vão contra outros pontos teológicos defendidos pelos adventistas tais como, o inferno de fogo, a sobrevivência da alma após a morte, o domingo etc… ai o negócio muda, já não é tão perfeito assim. Veja o que certo adventista disse a respeito destes mesmos credos que são citados em abono a tese adventista da lei:
“É de vital importância a todos os cristãos precaverem-se contra o estarem obrigados por credos escritos, não importa quão perfeitos possam parecer.” (Do Sábado para o Domingo, Carlyle B. Haynes – pág. 132).
Mas quando estes mesmos credos escritos dessas “igrejas apóstatas” parecem apoiar certos pontos de vista adventista, não hesitam em citá-los como grandes autoridades de maior gabarito para angariar apoio à sua teoria. Pode haver mais hipocrisia do que isso?
Demais disso, nem mesmo a divisão engendrada por eles e reivindicada pelos adventistas não é lá uma base muito segura, pois tais autoridades não dividem a lei em duas com o mesmo propósito e objetivo que fazem os adventistas. Eles a dividem de maneira própria em “Lei de Deus” e “Lei de Moisés”, enquanto a primeira está em vigor a segunda foi abrogada. Dizem ainda que o sábado fazia parte dessa lei de Deus que ainda está em vigor. Dizem que quando Paulo fala coisas negativas da lei, ai então se refere a chamada lei cerimonial, mas quando este mesmo apóstolo fala coisas positivas quanto a lei, ai então a lei é a chamada lei moral ou os dez mandamentos.
Quanto a isto, gostaríamos de abrir um parêntese aqui e citar o que disse certo teólogo adventista quanto a este artifício contradizendo a interpretação tradicional por eles usada:
“A ideia de que as declarações negativas de Paulo se referem à Lei Cerimonial, ao passo que as afirmativas se referem à Lei Moral, não pode ser encontrada em seus escritos.” (Samuele Bacchiocchi, artigo Paulo e a Lei.”- Revista Adventista, julho de 1985, p. 9) (destaque nosso)
Nossas observações sobre as duas leis é que essas frases tão corriqueiras e frequentes entre os adventistas não se achem em toda a Bíblia. Convidamos os adventistas a mostrar uma só referência onde essas frases Lei Moral e Lei Cerimonial sejam encontradas.
Essa não é a divisão que faz o protestantismo tradicional. Os teólogos protestantes faziam distinções entre princípios eternos e morais ou a chamada lei natural, com a parte circunstancial e cultural com que aquela lei veio mesclada. Nisto está a grande diferença entre as duas divisões, pois o sábado do sétimo dia faz parte destas cerimônias. O princípio natural era o descanso em um dia, mas a parte cerimonial e cultural a qual estava sujeita o povo de Israel era um dia determinado da semana para guardá-lo. Guardá-lo com todas as cerimônias tais como, por exemplo: do pôr do sol ao pôr do sol, oferecer cordeiros, não acender fogo, obrigar seus criados a guardá-lo, não comprar ou vender etc…

Nenhum comentário:


Campanha:

Leia um livro!

Ad Bottom