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segunda-feira, 15 de abril de 2013

O argumento fracassado de Leandro Quadros contra o DOMINGO – Parte 2

O segundo erro que os que defendem o Domingo cometem, segundo Leandro Quadro, é que a expressão ‘dia do Senhor’ em Apocalipse 1.10 não seria uma base linguística para tal apoio.


Ele, com um pedantismo peculiar que somente ele saber exibir, diz:


Só para os desinformados. No grego clássico, realmente a expressão foi aplicada por alguns pais da igreja ao domingo. Entretanto, a Bíblia não foi escrita no grego clássico, mas, no grego koinê (comum, do povo). Por isso, precisamos buscar o significado da expressão no tipo de grego utilizado pelos autores do Novo Testamento. Isso é óbvio demais a ponto de nem ser preciso redigir um comentário desses no presente artigo. Mas, por amor à verdade, é bom deixar tudo bem claro.”(destaque meu) (AQUI)

Agradecemos muito ao suprassumo do conhecimento do grego, o Titã Leandro Quadros!

Deixando a ironia de lado, gostaria de perguntar ao Leandro Quadros se os pais da igreja falavam em grego comum ou no grego clássico?

Se as referências eram a respeito da interpretação que os pais davam ao texto de Apocalipse 1.10, eles escreviam como falavam. ‘Isso é tão obvio’...

Quadros, 'nos embalos' de Samuelle Bacchiocchi, diz que a primeira prova seria a do documento chamado ‘Evangelho Segundo Pedro’, 70-75 após a escrita de Apocalipse. Ele diz: “ 1) A primeira menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse. Uma pergunta aos dominguistas: Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!"

Leandro Quadros aí foi um especialista... em sofismar!

Voltemos aos pais que ele diz que não vale citar como autoridade ‘espiritual’. Fiquemos com a referência histórica então! Inácio, que segundo os eruditos viveu e escreveu por volta do ano 110 AD, citado por Policarpo, que conhecera o Apóstolo João, nem sua carta aos Filipenses. Inácio diz algo que pode ser interessante para mostrar o argumento fracassado de Leandro Quadros contra o Domingo ser o dia do Senhor, apenas no Evangelho de Pedro. Veja:


“Aqueles que viviam na antiga aliança de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele.” (Inácio aos Magnésios 9:1. Os padres Apostólicos, Ed. Paulus.)

A linguagem de Inácio é clara, não de uma ordem ou interpretação que ele estava emitindo, mas de algo que os cristãos faziam! ‘Não observam mais o sábado’. A informação é esmagadora para o argumento de Leandro Quadros, pois percebemos a negação do termo ‘dia do Senhor’ ao sábado, mas faz uma alusão cristalina do evento da ressurreição.

Observação: a dúvida quanto ao exato termo que Inácio usou, se ele disse ‘dia’ ou ‘vida’, é sem sentido, pelo próprio assunto que Inácio está tratando, a saber; Um dia em lugar de outro, não uma vida em lugar de um dia! Se for aceita essa leitura, então a guarda do sábado também seria abandonada, na visão de Inácio, por aceitarmos a ‘vida do Senhor’ e não o dia de sábado! Assim, teríamos do mesmo jeito, uma prova histórica, muito antiga, da não guarda do sábado pela Igreja Cristã.

Quando a Maiara Costa da equipe do Na Mira da verdade, escreveu que ‘os pais viviam em uma época de apostasia, negando até mesmo a divindade de Cristo’, o que OS PIONEIROS ADVENTISTAS FIZERAM, me lembrei da posição de Inácio sobre esse assunto. As citações são do livro “Padres Apostólicos” da Editora Paulus. Veja:

“... pela vontade do Pai e de Jesus Cristo, nosso Deus” (Aos Efésios, Saudação).

“... reanimados pelo sangue de Deus...” (Aos Efésios 1:1-compare com Atos 20.28).

“Existe apenas um médico, carnal e espiritual, gerado e não gerado, Deus feito carne, Filho de Maria e Filho de Deus...” (Aos Efésios 7.:2).

“... o nosso Deus Jesus Cristo...” (Aos Efésios 18:2).

“... quando Deus apareceu em forma humana...” (Aos Efésios 19:3).

“... Jesus Cristo Deus...” (Aos Tralianos 7:1).

“... segundo fé e amor dela por Jesus Cristo, nosso Deus... alegria pura em Jesus Cristo, nosso Deus” (Aos Romanos, Saudação).

“...nosso Deus Jesus Cristo, estando agora com o seu Pai...” (Aos Romanos 3:3).

“Desejo que estejais sempre bem em nosso Deus Jesus Cristo...” (A Policarpo, Saudações finais).

Sem citar as vezes onde ele escreve sobre as economia trinitária. De fato, a equipe do Na Mira da Verdade, precisa mirar mais a verdade.

Barnabé, pelo que nos informam os estudiosos, teria escrito suas cartas entre os anos 100 a 150. Talvez não ajudaria muito, no debate aqui, por falta de uma melhor precisão. Ainda assim, é uma objeção forte ao que Quadros disse. Barnabé errou em interpretações, como todos nós erramos, mas a sua informação é de importância histórica, na ligação do termo ‘dia do Senhor’ com a ressurreição e posteriormente com a palavra domingo.

Depois de apresentar alguns textos a respeito do sábado, com interpretações variadas (escatológicas, etc) ele diz o que os cristãos faziam: “Eis porque celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus.” (Carta de Barnabé, 15:9. Ed Paulus).

Pelo que Barnabé diz, já era uma prática cristã. No mínimo décadas de liturgia ‘dominical’ deixariam essa marca indelével nas comunidades cristãs.

Com esse contexto histórico citamos como definitivo, a prova histórica do Didaquê. Eruditos afirmam que esse documento cristão é um texto muito antigo, talvez entre os anos 80-90 AD! Contemporâneo do próprio Apocalipse e dos escritos do Apóstolo João, com origem provável em Antioquia. O documento diz assim:

“Reúnam-se no dia do Senhor para partir o pão...” (Didaquê, 14.1 – Ed Paulus).

Lembra-nos muito o que Lucas escreveu:
·          “No primeiro dia da semana, estando reunidos com o fim de partir o pão...” (Atos 20.7).

O Didaquê refere-se, baseando-me nos textos contemporâneos, ao primeiro dia da semana, posteriormente vertido ‘Domingo’. De modo simples as provas históricas são: 1. Primeiro dia da semana, termo usado no NT. 2. Dia do Senhor, no fim do período apostólico. 3. Domingo, expressão usada após o NT para referir-se ao primeiro dia, o dia da ressurreição do Senhor Jesus.

Nenhum pesquisador duvidaria que o Didaquê, Inácio e Barnabé pensam no domingo como substituto do sábado. Acredito que é mais honesto rejeitar o que é dito nesses documentos, acusando-os de relatar uma prática e interpretação errada, do que rejeitá-los como prova histórica. O que para nós, neste caso, confirma a antiguidade da nossa interpretação do Novo Testamento a respeito do dia do Senhor, o primeiro dia da semana, o Domingo.

Leandro Quadros vai viciado, dopado doutrinariamente, para examinar tais informações. O entorpecente dele é o ‘espírito de profecia’, Ellen White. Argumento fracassado!

Continua...

Fonte: MCA

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