Ele, com um pedantismo peculiar
que somente ele saber exibir, diz:
“Só
para os desinformados. No grego clássico, realmente a expressão foi
aplicada por alguns pais da igreja ao domingo. Entretanto, a Bíblia não foi
escrita no grego clássico, mas, no grego koinê (comum, do povo). Por isso,
precisamos buscar o significado da expressão no tipo de grego utilizado pelos autores
do Novo Testamento. Isso é óbvio demais a ponto de nem ser preciso redigir um
comentário desses no presente artigo. Mas, por amor à verdade, é bom deixar
tudo bem claro.”(destaque meu) (AQUI)
Agradecemos muito ao suprassumo do
conhecimento do grego, o Titã Leandro Quadros!
Deixando a ironia de lado, gostaria
de perguntar ao Leandro Quadros se os pais da igreja falavam em grego comum ou
no grego clássico?
Se as referências eram a respeito da
interpretação que os pais davam ao texto de Apocalipse 1.10, eles escreviam
como falavam. ‘Isso é tão obvio’...
Quadros, 'nos embalos' de Samuelle
Bacchiocchi, diz que a primeira prova seria a do documento chamado ‘Evangelho
Segundo Pedro’, 70-75 após a escrita de Apocalipse. Ele diz: “ 1) A primeira
menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente
atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo
menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse. Uma
pergunta aos dominguistas: Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse
1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece
cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!"
Leandro Quadros aí foi um
especialista... em sofismar!
Voltemos aos pais que ele diz que não
vale citar como autoridade ‘espiritual’. Fiquemos com a referência histórica então!
Inácio, que segundo os eruditos viveu e escreveu por volta do ano 110 AD,
citado por Policarpo, que conhecera o Apóstolo João, nem sua carta aos
Filipenses. Inácio diz algo que pode ser interessante para mostrar o argumento
fracassado de Leandro Quadros contra o Domingo ser o dia do Senhor, apenas no
Evangelho de Pedro. Veja:
“Aqueles
que viviam na antiga aliança de coisas chegaram à nova esperança, e não
observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou
por meio dele.” (Inácio aos Magnésios 9:1. Os padres
Apostólicos, Ed. Paulus.)
A linguagem de Inácio é clara, não de
uma ordem ou interpretação que ele estava emitindo, mas de algo que os cristãos
faziam! ‘Não observam mais o sábado’. A informação é esmagadora para o argumento
de Leandro Quadros, pois percebemos a negação do termo ‘dia do Senhor’ ao
sábado, mas faz uma alusão cristalina do evento da ressurreição.
Observação: a dúvida quanto ao exato termo que Inácio usou, se
ele disse ‘dia’ ou ‘vida’, é sem sentido, pelo próprio assunto que
Inácio está tratando, a saber; Um dia em lugar de outro, não uma vida em
lugar de um dia! Se for aceita essa leitura, então a guarda do sábado
também seria abandonada, na visão de Inácio, por aceitarmos a ‘vida do
Senhor’ e não o dia de sábado! Assim, teríamos do mesmo jeito, uma prova
histórica, muito antiga, da não guarda do sábado pela Igreja Cristã.
Quando a Maiara Costa da equipe do Na
Mira da verdade, escreveu que ‘os pais viviam em uma época de apostasia, negando
até mesmo a divindade de Cristo’, o que OS PIONEIROS ADVENTISTAS
FIZERAM, me lembrei da posição de Inácio sobre esse assunto. As citações são do
livro “Padres Apostólicos” da Editora Paulus. Veja:
“... pela vontade do Pai e de Jesus
Cristo, nosso Deus” (Aos Efésios, Saudação).
“... reanimados pelo sangue de
Deus...” (Aos Efésios 1:1-compare com Atos 20.28).
“Existe apenas um médico, carnal e
espiritual, gerado e não gerado, Deus feito carne, Filho de Maria e
Filho de Deus...” (Aos Efésios 7.:2).
“... o nosso Deus Jesus
Cristo...” (Aos Efésios 18:2).
“... quando Deus apareceu em forma
humana...” (Aos Efésios 19:3).
“... Jesus Cristo Deus...”
(Aos Tralianos 7:1).
“... segundo fé e amor dela por Jesus
Cristo, nosso Deus... alegria pura em Jesus Cristo, nosso Deus”
(Aos Romanos, Saudação).
“...nosso Deus Jesus Cristo,
estando agora com o seu Pai...” (Aos Romanos 3:3).
“Desejo que estejais sempre bem em nosso
Deus Jesus Cristo...” (A Policarpo, Saudações finais).
Sem citar as vezes onde ele escreve
sobre as economia trinitária. De fato, a equipe do Na Mira da Verdade, precisa
mirar mais a verdade.
Barnabé, pelo que nos informam os
estudiosos, teria escrito suas cartas entre os anos 100 a 150. Talvez não
ajudaria muito, no debate aqui, por falta de uma melhor precisão. Ainda assim,
é uma objeção forte ao que Quadros disse. Barnabé errou em interpretações, como
todos nós erramos, mas a sua informação é de importância histórica, na ligação
do termo ‘dia do Senhor’ com a ressurreição e posteriormente com a palavra
domingo.
Depois de apresentar alguns textos a
respeito do sábado, com interpretações variadas (escatológicas, etc) ele diz o
que os cristãos faziam: “Eis porque celebramos como festa alegre o oitavo
dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos
céus.” (Carta de Barnabé, 15:9. Ed Paulus).
Pelo que Barnabé diz, já era uma
prática cristã. No mínimo décadas de liturgia ‘dominical’ deixariam essa
marca indelével nas comunidades cristãs.
Com esse contexto histórico citamos
como definitivo, a prova histórica do Didaquê. Eruditos afirmam que esse
documento cristão é um texto muito antigo, talvez entre os anos 80-90
AD! Contemporâneo do próprio Apocalipse e dos escritos do Apóstolo João, com
origem provável em Antioquia. O documento diz assim:
“Reúnam-se
no dia do Senhor para partir o pão...”
(Didaquê, 14.1 – Ed Paulus).
Lembra-nos muito o que Lucas
escreveu:
·
“No primeiro dia da semana,
estando reunidos com o fim de partir o pão...” (Atos 20.7).
O Didaquê refere-se, baseando-me nos
textos contemporâneos, ao primeiro dia da semana,
posteriormente vertido ‘Domingo’. De modo simples as provas históricas
são: 1. Primeiro dia da semana, termo usado no NT. 2. Dia do Senhor, no fim do
período apostólico. 3. Domingo, expressão usada após o NT para referir-se ao
primeiro dia, o dia da ressurreição do Senhor Jesus.
Nenhum pesquisador duvidaria que o
Didaquê, Inácio e Barnabé pensam no domingo como substituto do sábado. Acredito
que é mais honesto rejeitar o que é dito nesses documentos, acusando-os de
relatar uma prática e interpretação errada, do que rejeitá-los como prova
histórica. O que para nós, neste caso, confirma a antiguidade da nossa
interpretação do Novo Testamento a respeito do dia do Senhor, o primeiro dia da
semana, o Domingo.
Leandro Quadros vai viciado, dopado
doutrinariamente, para examinar tais informações. O entorpecente dele é o
‘espírito de profecia’, Ellen White. Argumento fracassado!
Continua...
Fonte: MCA
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