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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

“As 'FALSAS' profecias bíblicas”!?

Quando criticamos as seitas, que não raro aventuraram-se em marcar uma data para o fim do mundo, recebemos como resposta a seguinte objeção: ‘Então Jeremias, Jonas, Natã, os apóstolos, também foram falsos profetas!’


É incrível! Eu já recebi as mesmas respostas por parte dos seguidores de William Marrion Branham, Testemunhas de Jeová e Adventistas! Todos, ao invés de reconhecerem que isso desbancou a pretensão profética do grupo (ou do fundador) continuam tentando de qualquer maneira salvá-los, nem que isso os leve a acusar a bíblia de ‘erros semelhantes’.


Um apologista do Tabernáculo da Fé, que demonstra um amplo domínio dos escritos de WMB, chegou ao absurdo de dizer que o erro de WMB em torno de 1977 é uma prova que Branham é um profeta verdadeiro, ‘visto que todo profeta verdadeiro dá motivo para tropeço!’

Os Adventistas vão mais longe, dizem que a decepção estava no cronograma de Deus para a obra Adventista. Fazia parte das profecias, ‘o livro amargo’, esse movimento errar com a data de 1844.


O Corpo Governante, dos testemunhas-de-jeová, dizem que os apóstolos também erraram! Mas a desculpa mais comum deles é que eles não são profetas inspirados.
Pretendo tratar de quatro casos que servem de ‘justificativa’ para eles defenderem seus líderes. Visto que, no caso dos seguidores de WMB e dos Adventistas, eles encontram ‘motivos bíblicos’ para esses erros, não sei se tal postagem surtiria algum efeito. 


1) O conselho de Natã: Davi expressou ao seu conselheiro a intenção de construir um templo ao SENHOR. Natã disse para Davi ‘faça o que está em seu coração, pois o SENHOR tem sido com você’. Após esse momento, Deus veio a Natã e disse que não seria Davi o construtor do Templo. Natã então foi a Davi e disse o que O SENHOR ordenou.
Visto que no primeiro momento Natã disse que  era para Davi concluir o intento de seu coração, Adventistas, Testemunhas de Jeová, etc, dizem que os enganos cometidos por seus ‘profetas’ são da mesma maneira. Se estes são falsos profetas, Natã também o foi!


RESPSOSTA: No caso em apreço (2 Sm 7.1-17) Natã não expressou nada mais que um conselho. Em momento algum Natã estava dizendo o que ‘iria acontecer’, ele incentivou a Davi fazer para o SENHOR aquilo que, como servo de Deus e um grande rei, deveria fazer para o Deus que tanto o havia livrado. Natã não emitiu o conselho baseado em uma interpretação de alguma profecia da Escritura, ou de uma visão pessoal. O conselho do profeta foi: ‘Davi Deus tem te abençoado tanto! Faça isso que está no seu coração, é uma forma de gratidão! Ele está com você em tudo, faça isso!’ Depois Deus disse a Natã que Davi não construiria a Casa para adoração. 


Que semelhança existe nisso com as profecias dos ‘profetas’ que estamos criticando? Usarei Miller como exemplo: Imagine, quantos conselhos pessoais Miller deu na vida a outras pessoas? Será que pelo fato de Miller prever a volta de Cristo para março de 1843, março de 1844 e outubro de 1844, significaria que todo seu conselho era tomado como interpretação do futuro? Claro que não!!!
Natã não serve aos falsos profetas!


2) A profecia de Jeremias a respeito dos 70 anos: Idolatria, imoralidade, injustiças, transgressão do sábado, indiferenças para com os preceitos do SENHOR, levaram Deus desferir uma punição dura contra o Seu povo. Eles seriam exilados para Babilônia e a terra de Judá. Nabucodonosor atacou Judá em 586/7 a.C. E os medos-persas derrubaram Babilônia em 539 a.C, permitindo o retorno dos judeus por volta do ano 537 a.C. Perfazendo no máximo, 50 anos de cativeiro e não 70 anos, conforme predito por Jeremias 29.10. Jeremias seria um falso profeta?


RESPOSTA: Primeiro que isso depende da maneira de como se entende profecia dos 70 anos. 


A) Se você entender os 70 anos como uma referencia ‘redonda’ mas não precisa, tal como o Salmo 90.10, não encontrará dificuldade alguma com a profecia. E se você começar contar desde quando Nabucodonosor ‘atacou’ Judá em 605, levando alguns utensílios e alguns nobres de Judá, chegará por volta de 68 anos, confirmando assim a proposta acima. Acreditamos que Daniel 2.1, “... no segundo ano do reinado de Nabucodonosor...”, seja uma evidencia que no primeiro ano de Nabucodonosor ele já teria investido contra Judá e levado ‘cativo’ alguns de Judá. 


B) A outra maneira de entender a profecia é que os 70 anos estariam ligados ao período de domínio Babilônico no mundo, incluindo Judá. A profecia diz:
“... setenta anos para Babilônia...” Jr 29.10. O profeta Isaias disse que Tiro ficaria esquecido por 70 anos, ‘o período de um rei’ (Is 23.15).  Levando ao pé da letra, podemos considerar que o pai de Nabucodonosor destruiu a Assíria em 609 a.C, segundo algumas fontes históricas, e cairia em 539 a.C diante do rei Ciro. Sendo 70 anos de domínio! Sendo esse o entendimento correto, o termo ‘desolação’ deve ser entendido como uma referencia do esvaziamento da autonomia monárquica. Visto que Ezequiel 33.24 fala de ‘moradores destes lugares desertos’, o termo ‘desolação’ não significa um total esvaziamento.


C) Por ultimo, a profecia também pode ser entendida como tendo cumprindo de 587/6 a.C até 516 a.C. Visto que templo foi reconstruído em 516 a.C, na época de Ageu e Zacarias, teríamos 70 anos de desolação daquilo que era mais importante em Judá, o templo! Interessante que Zc 1.12 diz algo que pode favorecer esse entendimento:
“Então, o anjo do SENHOR respondeu: Ó SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais está indignado faz setenta anos?” 


Observe que as cidades ainda eram alvos de indignação de Deus, mas o povo estava lá! Por setenta anos! Mas eles estavam pensando assim por causa da ausência do Templo. Por isso mais adiante Deus disse “... a minha casa será edificada...” (16). 

Como podemos ver, existem maneiras de entender a profecia, mas jamais incorrer na blasfêmia de dizer que ‘houve um erro profético!’ (Das três propostas acima prefiro a letra A.)



3) A profecia de Jonas: Deus enviou Jonas a pregar para Níneve que em 40 dias a cidade seria destruída (Jn 3.4). Segundo Ronaldo Lidório, Jonas fez isso ‘correndo’. Provavelmente por medo. Passaram 40 dias e isso não aconteceu! Jonas seria um falso profeta?


RESPOSTA: A mensagem condenatória era corretiva e condicionalmente apocalíptica. O próprio Jonas que ‘sabia’ que isso iria acontecer (Jn 4.2)! Jeremias expressou assim: “No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar,  derribar e destruir, se tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.” Jr 18.7,8


A) Para que a mensagem dos Adventistas de 1844, dos Testemunhas de Jeová em 1914 [e tantas outras], ou de 1977 de WMB, fosse análogo ao caso de Jonas, o requerimento era muito simples:Houve conversão da nação?’
Um punhado ridículo de fanáticos seguiu esses movimentos apocalípticos! Não houve conversão em massa de uma nação inteira juntamente com seus governantes!


B) A justificativa deles na época não foi a conversão do mundo, para os quais eles pregaram, tal como foi Jonas. Antes foi a alegorização de suas mensagens! Isto é, nem mesmo eles na época viram o que alguns apologistas estão vendo hoje. Claro que não.


C) A volta do Senhor Jesus é para o Dia do Juízo Final. Sendo assim, não é da mesma categoria daquelas mensagens dos profetas do VT. A analogia é ilegítima.


4) Os apóstolos também erraram: Os apóstolos acharam que o Reino de Deus se manifestaria em Jerusalém e outros acharam que João viveria até a volta de Cristo. Os enganos deles são semelhantes aos nossos.


RESPOSTA: Em nenhum desses casos os apóstolos ‘pregaram como mensagem bíblica, ou revelada, ou interpretação apostólica’, que Cristo viria em certa data! Qualquer dessas imprecisões, se assim fossem, seriam apenas conversas particulares sobre os sinais que estavam observando, nunca uma mensagem que contrariasse as palavras do Senhor Jesus em Mateus 24.36 ou uma desobediência ao que Cristo advertiu a eles em Atos 1.7.


Jesus certa vez, ao perceber que o momento o local poderia parecer propício para um engano, contou uma parábola para dissipar a expectativa errada (Lc 19.11). Após ficar bem claro ele continuou a jornada (Lc 19.28).


CONCLUSÃO:


Um profeta é caracterizado por sua mensagem, dita por revelação, interpretação bíblica, sonhos, etc. Se ele anuncia algo para o futuro e as pessoas o olhem como profeta/mensageiro do Senhor, e assim ele usufrua desse status, ele deve ser esmiuçado e escrutinado pelos padrões bíblicos. Devemos esmagá-lo com proposições bíblicas até que não sobre nada, a não se a verdade. Se ele resistir a tudo isso, podemos mesmo assim dispensá-lo e dizer que temos a Bíblia (2Tm 3.14-17)! Que ele sirva de profeta para si mesmo!

 
Mas nenhum deles tem sido dispensado sem erros proféticos... Parece que Deus tem cuidado para que, por melhor que seja, ‘o rabo fica de fora’, para alertar os verdadeiros servos de Deus para que não caiam na cilada do diabo.


Os erros dos falsários, não deveriam ser misturados com a Bíblia, nem buscar nela justificativas. Seria, no mínimo ‘cristão’, rejeitar seu ‘profeta’, com base na Bíblia. Mas visto que eles não são cristãos, jamais sentiram essa necessidade.


“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” A Palavra de Deus!


SE O ESPÍRITO SANTO NOS DISSE ISSO HÁ QUASE DOIS MIL ANOS É POR QUE NÃO TERÍAMOS MENSAGENS DE PROFETAS NESTE TEMPO,  A NÃO SER DE FALSÁRIOS!!!

Fonte: MCA

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