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terça-feira, 7 de junho de 2011

Do sábado para o Domingo: usando a Páscoa para calar os Adventistas

Apresentei AQUI NO BLOG uma resposta ao questionamento adventista sobre a guarda do Domingo. Nenhum adventista poderá escapar da contradição de sua objeção quando notar melhor o que livro autorizado de crenças adventistas, o Nisto Cremos, diz sobre a Páscoa. Agora irei explorar mais a contradição com algumas passagens bíblicas. Expandindo ainda mais o assunto polêmico – sábado ou Domingo?
A OBJEÇÃO: Segundo os adventistas não existe ordem alguma no NT que autorize os cristãos dizerem que o Domingo seja o Dia do Senhor, dia de culto, evangelização, família e descanso aprovado por Deus no lugar do sábado.
A CONTRADIÇÃO: Porém, eles mesmos dizem que a Ceia do Senhor ocupou lugar da Páscoa, usando os mesmos princípios hermenêuticos que criticam os cristãos ao considerarem o Domingo!
A PÁSCOA: Êxodo 12. 14 diz: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Semelhanças com o sábado:
1) Os adventistas dizem que o sábado é sinal, o selo de Deus. A páscoa também era.
2) Os adventistas dizem que a guarda do sábado é uma lei eterna. A páscoa também era.
3) Os adventistas dizem que os sábado foi dado por Deus. A páscoa também foi.
Os cristãos ortodoxos, sempre viram a Ceia do Senhor como uma substituição da Páscoa. Os adventistas ficaram com eles nesse ponto, por isso acertaram.
Se algum judeu acusar um cristão de não cumprir Êxodo 12.14 ele poderá argumentar com base no NT que para nós a Ceia do Senhor é a continuação plenificada da páscoa, desta maneira a páscoa continua entre nós.
Teve muitas modificações, nem mesmo é sempre praticada no mesmo dia. O judeu perguntaria: “Qual prova então no NT que a Páscoa foi substituída pela Santa Ceia?”
Visto que os Adventistas estão com os Protestantes nesse assunto, vejamos a resposta deles com base no Nisto Cremos.
Primeiro veja isso: “durante o festival da Páscoa, Ele morreu. Paulo afirma: “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (I Cor. 5:7).” Nisto Cremos pg 64.
Jesus morreu no dia 14 do mês de Nisã, exatamente no dia da Páscoa. Não, porém no ‘crepúsculo’, tal como era a Páscoa. Mas no ‘outro’ dia. O Nisto Cremos continua dizendo: “Essa profecia de caráter cronológico, cumprida com extraordinária precisão, representa uma das mais fortes evidências da verdade histórica fundamental de que Jesus Cristo é o longamente prometido Salvador do mundo.” Concordamos que a Páscoa era profética nessa direção também, além de lembrar a libertação do Egito.

Após celebrar a Páscoa, o Senhor toma o pão e o vinho, dá aos seus discípulos e diz que eles deveriam fazer aquilo ‘em sua memória’.
Entre os protestantes, o nome comum para designar o serviço da Comunhão é “Ceia do Senhor” (I Cor. 11:20). Outros nomes são “a mesa do Senhor” (I Cor. 10:21), o “partir do pão” (Atos 20:7; 2:42) [...]” Nisto Cremos p. 271.
Notemos que agora a expressão ‘do Senhor’ figura com distinção. Observemos também que Atos 20.7 está incluído como uma referência da Ceia do Senhor. Isso norteia uma perspectiva interessante. Visto que Atos 20.7 era a ceia, os adventistas precisam amargar a realidade que o dia anterior, o sábado, não foi usado como culto de celebração da morte do Senhor! (Em uma nota o livro tenta enfraquecer a evidência baseada em Atos 20.7 dizendo: “Embora se entenda geralmente que em Atos 20:7 a expressão se aplique à celebração da Ceia do Senhor, a referência não pertence exclusivamente a essa ordenança. Em Luc. 24:35, ela se refere a uma refeição comum.” Isso é  assinar atestado de desespero!... )

Nisto Cremos diz que “A Ceia do Senhor ocupou o lugar da Páscoa praticada no Antigo Testamento.” Com base em alguma ordem de transferência? Não!

O que o livro oferece de base é Mat. 26:26-28 que é o relato do que Jesus Cristo fez na noite da Páscoa, instituindo a Santa Ceia... mas não há no texto uma ordem expressa do Senhor substituindo a Páscoa! Aliás, isso seria bem mais perceptível se ao invés de celebrar a Páscoa ele instituísse a Ceia. Com isso as palavras nem seriam necessárias mesmo, pois ele deixaria de fazer uma, por fazer outra!

O Nisto Cremos dá a resposta que procura quando questiona o Domingo dos Cristãos em lugar do sábado. Observe:

A Páscoa encontrou seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro pascal, ofereceu Sua vida. Antes de Sua morte, foi o próprio Cristo quem efetuou a substituição, que significava o grande festival do Israel espiritual sob o novo concerto. Portanto, as raízes de grande parte do simbolismo da Ceia do Senhor estendem-se para o passado, para a comemoração dos serviços da Páscoa.

Note, que A Ceia do Senhor tem raízes na páscoa. Mesmo sendo quase que totalmente diferente, encontra-se na história ligada á Páscoa! O livro Nisto Cremos diz categoricamente: ‘Foi o próprio Cristo que efetuou a substituição’!
Isso é uma conclusão teológica legítima!

Agora vamos usar a mesma linha de reflexão para o sábado e Domingo:

Nos Evangelhos percebemos que os Evangelistas diziam ESPECIFICAMENTE que o Senhor ressurgiu dos mortos no ‘ primeiro dia da semana’! Note:

“No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana...” Mt 28.1

“Passado o sábado ... no primeiro dia da semana...” Mc 16.1,2

“no sábado, descansaram, segundo o mandamento. Mas, no primeiro dia da semana...” Lc 23.56;24.1

“No primeiro dia da semana ...” Jo 20.1

Começamos ver os acontecimentos que abririam a perspectiva da igreja. Tal como sobre a Páscoa. Antes de expandir o assunto, observe que João 20.1 é o único que não lembrou no relato o fim do sábado. Entendo que o motivo era que em torno de 90 A.D., data provável da escrito do seu evangelho, o primeiro dia da semana já estava firmado na liturgia cristã.

Depois daqui temos mais duas referências no NT sobre o ‘primeiro dia da semana’.

No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão ...” Atos 20.7

Toda vez que em Atos fala do sábado está associado aos judeus.  Em Atos 20.7 temos uma clara evidência que o ‘primeiro dia da semana’ era de importância litúrgica para os cristãos. Lucas parece fazer o que fez no evangelho, e o que fizeram os demais Evangelistas. Destacou O DIA. Isso era bem cedo na história, mas a luz em torno do Domingo começa a clarear.
Parece que tal evento marcou a prática de Paulo. Veja a sua instrução:

No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coleta quando eu for.”
1 Co 16.2

Os inimigos do Dia do Senhor, o Domingo, tentam desesperadamente destruir a importância dessa instrução. Mas em vão! A palavra de Deus mostra que todo ‘primeiro dia’ da semana seria uma oportunidade de fazer ofertas para os pobres. Isso era oportuno, por quê? Claro que esse dia era usado para reuniões cristãs semanais. Tanto que essa ‘coleta’ seria feita todos os Domingos até a ida de Paulo em Corinto!

Observe que os acontecimentos são semelhantes ao que aconteceu com a Páscoa:
1) Até a morte de Cristo, as referências sobre a Páscoa eram relatadas nos evangelhos como algo normal. Uma prática aceita e reverenciada. De repente, Cristo faz algo que com o passar do tempo a igreja começa a substituir a concepção antiga com a nova perspectiva, a Santa Ceia. Embora não temos uma ordem clara: ‘A Santa Ceia entrou no lugar da Páscoa’ – as evidências são tão fortes, que se tal ordem de transferência fosse escrita, faria com os relatos de muitos acontecimentos seriam desnecessários. Estamos ligados com o povo de Deus lá no Egito! Que bênção! Mas faltam algumas coisas na Ceia?[ervas amargas, cordeiro, certo dia especifico, etc] Sim, mas vários detalhes de um certo mandamento podem também suprir necessidades contextuais e contemporâneas, que após um tempo não seriam incluídas.
2) Até a morte de Cristo, as referências sobre o sábado eram relatadas nos evangelhos como algo normal. Uma prática aceita e reverenciada. De repente, Cristo faz algo que com o passar do tempo a igreja começa a substituir a concepção antiga com a nova perspectiva, o primeiro dia da semana, o dia do Senhor. O Domingo. Tal como a páscoa, algumas coisas são diferentes, como foi dito. Partes certo mandamento poderiam ter propósito passageiro e contextual. Um forte exemplo é quando comparamos o quarto mandamento de Êxodo 20 com Deuteronômio 5! Veja:

Razão do sábado em Êxodo 20. 11: Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, POR ISSO Deus abençoou o sétimo dia, POR CAUSA DISSO os servos de Deus deveriam guardar o sétimo dia.
Razão do sábado em Deuteronômio 5. 15: Deus libertou os Israelitas da escravidão no Egito, POR ISSO abençoou o sétimo dia, POR CAUSA DISSO os servos de Deus deveriam guardar o sétimo dia.

QUEM MUDOU A RAZÃO SABÁTICA?

Para finalizar, chegamos ao último texto da discussão. A importância do que era feito no primeiro dia da semana já ficou estabelecido biblicamente. Mas agora temos mais um texto áureo do assunto. Apocalipse 1.10. Leiamos:

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor [...]” Apocalipse 1.10

Muitos adventistas acham que Ap 1.10 esteja falando do sábado. Ledo engano!

Segue-se partes de um estudo do professor João Ricardo Ferreira de França, da Igreja Presbiteriana da Herança Reformada:

“I – O uso da Palavra Domingo.
A primeira verdade que gostaria de dizer é que o termo “Domingo” é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Isso é muito importante para nós. Pois, essa palavra, bem como outras semelhantes, não existia em nenhuma outra língua do mundo até o final do 1 século, quando o apóstolo João criou a expressão grega: kyriakê hêmera, que foi vertida para o latim do seguinte modo: Dominica die. Os antigos documentos da igreja primitiva, que foram transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na Ilha de Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da Semana (domingo), ao lembrar-se das reuniões para a Ceia do Senhor que eram celebradas neste dia conforme Atos 20.7. Foi exatamente neste dia que Cristo apareceu ao velho apóstolo conforme vemos em Apocalipse 1.10. [...] O que significa o termo “ kyriakê hêmera”? A frase significa “o dia do Senhor” e ocorre uma só vez que é aqui em Apocalipse. Essa expressão foi criada por João, e a nossa pergunta é: Por quê? Acredito que existam duas razões principais para isso:

1) Para indicar algo inédito na história da humanidade: A ressurreição de Cristo.
2) Para deixar bem claro que se referia ao dia da ressurreição de Cristo, ou seja, ao domingo, e não a segunda vinda de Cristo.

Termo grego Transliteração Categoria
Gramatical. Caso Tradução. ημερα του κυριου Hêmera tou kyriou Substantivo. Genitivo de posse. Dia do Senhor κυριακη ημερα Kyriakê hêmera. Adjetivo Dativo de instrumentalidade. O que diz respeito ao Senhor.
Há textos que se referem ao Dia do Senhor como significando a volta de Cristo, e
nunca significa o domingo. Vejamos: Atos 2.20; 1 Coríntios 5.5; 1 Tessalonicenses 5.2; 2 Pedro 3.10.
O significado do termo “Kyriakê Hêmera” literalmente é: que diz respeito ao Senhor, fala do Senhor, senhorial, dominical. A Tradução de Apocalipse 1.10 seria: Eu fui arrebatado no dia Senhorial. O sinônimo usado é “dominical”.

II – O DIA DO SENHOR E A HISTÓRIA DA IGREJA.
Antes de Constantino existir em 280-337 a história da Igreja mostra que a igreja sempre considerou o “Dia do Senhor” como sendo o “Domingo”. Isso com base na
expressão de João em Apocalipse 1.10.
2.1 –O didachê do Primeiro século – “E no dia do Senhor(Kyriakê hêmera),
congregai-vos”.
2.2 – Escritos de Mileto de Sardes – Temos tratados sobre a adoração no domingo
cujo do título é: peri kyriakês.(acerca do dia dominical).
2.3 – Inácio de Antioquia – Escreveu “porque se no dia de hoje vivemos segundo a
maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a graça...Assim pois, os que haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já sem observar os sábados, porém, modelando suas vidas segundo o dia do Senhor”( Inácio, ano 115).
2.4 – O evangelho de Pedro – É um documento histórico escrito no segundo século
da era cristã e usa o termo de João par descrever o dia da ressurreição de Cristo. Este escrito é do ano 130 d.C.
2.5 – Epístola de Barnabé (ano 132 d,C): Portanto, “guardai-vos o oitavo dia(kyriakê hêmera) para nos alegrarmos também em Jesus que se levantou dentre os mortos e, havendo sido manifestado, ascendeu aos céus”.
2.6 – Justino, o Mártir; Eusébio; Clemente de Alexandria(150-168): Eles ensinaram que o Kyriakê hêmera criado por João como sendo o dia da ressurreição de Cristo, que foi vertido para o latim como “dominica die”.(Dia dominical).E foi passado para nossa língua como domingo.”

DISTORCENDO OS FATOS...

O livro de doutrinas adventistas, no desespero de tirar essas evidências do jogo, diz: “A mudança do sábado para o domingo, como dia de adoração, ocorreu gradualmente. Não existem evidências de santificação semanal do domingo por parte dos cristãos antes do segundo século, mas as evidências indicam que por volta da metade desse século alguns cristãos observavam voluntariamente o domingo como dia de adoração, não como dia de repouso.” Pg 344
Quanto circunlóquio para despistar o óbvio! O adventismo tenta empurrar essa ‘mudança gradual’ para o segundo século.
Primeiro que isso pode dar extensão histórica de magnitude, mas não é. Pensemos que metade do segundo século seria 150 AD. Muito próximo da geração apostólica, a segunda no máximo. Não estou falando de interpretação, como se os ‘pais’ fossem autoridade, mas de evidência histórica.
Segundo que o livro não fez menção do Didaquê, que é do fim do primeiro e início do segundo século. Talvez uns 20 anos após o livro de Apocalipse.
Terceiro e destruidor para o argumento manco: A prática da adoração no Domingo se deu no Novo Testamento, em Atos, em Coríntios e em Apocalipse. E não no segundo século!

‘A igreja católica diz que colocou o domingo no lugar do sábado!’

Esse é outro argumento camuflado. Um subterfúgio enganador. O adventismo cita a pretensão da seita Romana sobre o Domingo. A estupidez adventista é tão flagrante que se fossemos levar a sério as afirmações católicas a respeito de algumas crenças teríamos que acreditar nos papistas quando dizem que:
A igreja católica afirma ter estabelecido o cânon, será que ao adventismo aceita isso?
Os adventistas nesse ponto são como os filhos heréticos que produziram. As Testemunhas de Jeová, que sempre ficam dizendo: ‘Foi a igreja católica que inventou a trindade no concilio de Nicéia’!
Temos que ter muita paciência com esses fracos argumentos...

CONCLUSÃO

O TESTEMUNHO BÍBLICO (e histórico) favorece claramente e com força, a adoração Dominical. O adventismo está derrotado, sem dúvida alguma.
Uma comparação dos argumentos bíblicos da substituição da páscoa pela ceia é o trunfo para calar os opositores. E não fizemos uso de todas as oito razões apresentadas na postagem indicada no início!
Termino com uma perspectiva conciliar: Quanto à exata maneira de guardar o Dia do Senhor, é um ponto a ser discutido. Reformadores, teólogos e os puritanos não falaram a mesma coisa. Mas não restam dúvidas que tal dia entrou no lugar do sábado na perspectiva cristã Neotestamentária, como dia de adoração e atividades cristãs!

Uma reflexão devocional sobre o Domingo:

Que bendito dia, não pela sua essência, pois ele não é superior... Mas pelo que aconteceu nele!  Que bendito dia vi o Senhor ressuscitar para minha redenção!  Venceu a morte hoje!  Tal dia me traz alegria, pois da morte ressurgiu A Vida!
O Dia é Seu oh Salvador! Sexta e sábado, morto estava... decidiu sacudir a morte nesse dia! Salvou os que mortos estavam!
Nesse dia o incrédulo confessou-te Deus e Senhor!Para celebrar Sua vitória, cultuaremos o Senhor todos os dias! Mas nunca deixaremos de fazer no Seu dia! Esse dia é Seu Homem-Deus, pois venceu por mim a morte!
Justificou-me! Nesse dia apareceu aos discípulos... nesse dia derramou Teu Espírito na Igreja... nesse dia convocou os primeiros para o Batismo... nesse dia convocou Tua igreja a reunir-se... nesse dia apareceu a João e revelou fim!

 
Fonte: http://mcapologetico.blogspot.com/

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