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terça-feira, 30 de junho de 2009

A história mórmon segundo as evidências

Marvin W. Cowan (do livro Mormon Claims Answered)
Tradução: Emerson H. de Oliveira


"O avivamento de 1820 e a primeira visão de Joseph"

O relato de sua primera visão, dado por Joseph Smith, é uma história fantástica. Mas por ser uma visão, uma experiência pessoal, não há como provar sua veracidade. Os que a aceitam, tem que aceitá-la pelo testemunho de um rapaz de 14 anos, sem que outros a verifiquem. Se alguem rapaz de 14 anos dissesse hoje que Deus lhe visitou e que disse que a igreja SUD é apóstata, iriam crer facilmente nele como crêem em Joseph Smith? E se não, por que não? Haveria tanta evidência a favor de sua visão como para a de Smith. Qualquer uma das duas requer que se aceite seu testemunho por fé sem qualquer evidência.

A Bíblia, por outra parte, afirma que "ninguém jamais viu a Deus" (Jo. 1:18, 1 Jo. 4:12). Em em Ex. 33:20 também Deus diz: "não me verá o homem e viverá". Uma razão porque os homens não podem ver a Deus é porque Deus é Espírito (Jo. 4.24) e o espírito é invisível. Assim diz Cl.1:15 e 1 Tm. 1:17, que Deus é invisível. E 1 Tm. 6:16 diz que Deus "habita em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver".

No entanto, o relato de Joseph Smith não só contradiz a Escritura, mas a história secular também. Não há maneira de examinar sua pretensão de haver visto a Deus, mas à luz da Bíblia. Mas sim, pode-se pôr à prova os eventos que moveram Smith a perguntar a Deus: "qual igreja tem razão?" Na Pérola de Grande Valor, Smith diz que houve uma grande agitação entre todas as seitas na região onde vivia e que "grandes multidões se uniam aos diferentes partidos religiosos". Menciona especialmente as igrejas metodista, presbiteriana e batista entre as que tomaram parte no grande avivamento. Nos versículos 14 e 22, diz que isto sucedeu em 1820, quando ele tinha 14 anos. Mas Wesley Walters examinou todas as crônicas disponíveis naquela região, buscando informações sobre tal avivamento. Descobriu que não há menção de nenhum avivamento ali em 1820 (veja seu folheto New Light on Mormon Origins, publicado pela "Utah Christian Tract Society" Box 725, La Mesa, CA., 92041). Um avivamento da importância indicada por Smith sempre deixa sinais. Mas se houve tal avivamento em Palmyra em 1820, ninguém viu exceto Smith.

Guilherme Smith, irmão de Joseph, escreveu um livro chamado William Smith on Mormonism, citado comumente pelos líderes dos SUD sobre o avivamento de 1820. Mas Guilherme Smith não fixa a data do avivamento de 1820. Diz que aconteceu em 1822 e 1823 e que José tinha 18 anos (isto estabeleceria a data em 1824). Diz que avivamento foi dirigido por um ministro presbiteriano, o Rev. Stockton, o que havia pregado no funeral de Alvin Smith, antes dessa data, indicando que Alvin foi ao inferno. E que por isto Joseph Smith não se uniu à igreja presbiteriana.

Mas se o Revdo. Stockton pregou no funeral de Alvin antes desse avivamento este não poderia ter acontecido em 1820, porque a lápide em seu túmulo diz que morreu em 19 de novembro de 1823. A data 19 de novembro de 1824, na Pérola de Grande Valor, é um erro. O jornal Wayne Sentinel de Palmyra, Nova Iorque, mostrou o anúncio em vários números começando em 25 de setembro de 1824, dizendo que Joseph Smith (o pai do profeta Smith) mandou desenterrar o corpo de Alvin. Joseph disse que o avivamento teve lugar na primavera; assim, a data mais antiga em que poderia acontecer depois da morte de Alvin, seria 1824.

Além disso, o Rev. Stockton e o Rev. Lane (mencionados como tomando parte no avivamiento) chegaram a Palmyra somente em 1824 e o Rev. Lane não chegou até julho desse ano para começar a trabalhar no círculo metodista e ficou somente até janeiro seguinte por sua má saúde. Estes dados foram perfeitamente confirmados. Qualquer avivamento em que os dois tomaram parte, teria que acontecer na última parte de 1824, não em 1820. O Wayne Sentinel reporta um avivamento em 1824-25, mas nada de tal coisa em 1820.

Os jornais nada disseram sobre a visão de Joseph Smith, nem da perseguição que disse que sofreu em 1820. Se o clamor e o movimento nas igrejas existiu, tal como Joseph o descreve na PGV 1:5, 6,9 e 10, é difícil crer que nesse mesmo ano as igrejas se uniram para perseguir o rapaz de 14 anos (Joseph diz que tinha essa idade, no v.22).

As crônicas desse período não indicam nenhum conflito eclesiástico como Joseph Smith o menciona. As estatísticas conservadas pelas várias igrejas tampouco indicam nenhum avivamento em 1820 em Palmyra. A igreja presbiteriana registrou avivamentos em 1817, 1824, 1829 e em outros anos, mas nenhum em 1820. A igreja batista ganhou exatamente cinco membros pelo batismo em 1820. O circuito metodista que incluía Palmyra, registrou perdas de 23 pessoas em 1820 e de 40 em 1821. Isto dificilmente indica que houve avivamento em 1820 em que "grande multidões se uniam aos diferentes partidos religiosos" como afirma PGV, Joseph Smith 1:5.

Mas já em 25 de setembro de 1825 o avivamento já havia terminado. Os presbiterianos registraram um aumento de 99 pessoas, os batistas 94 e os metodistas, 208. Se Joseph teve sua primeira visão na primavera depois do avivamento, teria sido em 1825. Mas essa data foi depois da "segunda visão". Esta aconteceu, segundo ele, quando Moroni lhe falou das placas de ouro em 21 de setembro de 1823. Por isto, a visão de Moroni teria que ser mudada a outra data não antes de setembro de 1825.

Smith informa haver visto a Moroni sucessivamente por quatro anos, detalhe que nos leva a setembro de 1829, ou seja, antes de receber as placas de ouro. Só então poderia dar início sua tradução (PGV, José Smith 1:29 y 53). Mas como se poderia traduzir todo o LM em junho de 1829, se Smith não recebeu as "placas de ouro" até setembro de 1829? (veja A Short History of the Church of Jesus Christ of the Latter Day Saints, p. 18.)

A data do avivamento é muito importante. Se não houve avivamento em 1820, falta o motivo que levou Smith perguntar a Deus qual igreja tinha razão. E se foi o avivamento de 1824-25 o que provocou a pergunta de Smith, então a história dos mórmons e sua cronologia estão em terrível conflito.

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